Cidades

Qdenga

Com 40 mil atrasados, vacinas da dengue estão prestes a vencer em Dourados

Aplicação da primeira dose acabou dia 31 de julho e apenas 58% da meta inicial foi atingida. Agora, a preocupação é com a falta de interesse pela dose complementar

Continue lendo...

Com meta inicial de imunizar 150 mil pessoas, Dourados encerrou o programa de vacinação contra a dengue com 88 mil doses aplicadas, o que representa 58% do público-alvo. Porém, a imunização só acontece com a aplicação da segunda dose e, segundo o infectologista Júlio Croda,  cerca de 40 mil daqueles que tomaram a primeira dose já deveriam ter tomado a segunda e simplesmente ignoraram os chamados. 

E, boa parte do estoque enviado pelo laboratório japonês Takeda justamente pensando na aplicação desta dose complementar, que deve ser tomada 90 dias após a primeira, vence agora em agosto. Doutor em ciência da saúde e coordenador do projeto de vacinação inédito no país, Croda não soube informar, porém, se estas doses serão descartadas ou foram enviadas para alguma outra cidade. 

Ele solicitou que a reportagem procurasse a prefeitura de Dourados. As informações foram solicitadas na segunda-feira pela manhã e nesta terça-feira (06), mas até a publicação da reportagem a assessoria não havia dado retorno aos pedidos de informações. 

De acordo com o infectologista, grande parte daqueles que tomaram a primeira vacina está recebendo "convocações" personalizadas, diretamente pelo celular, mas mesmo assim o retorno está aquém do esperado.

Iniciado em 3 de janeiro, o programa foi prorrogado duas vezes e desde 31 de julho está suspensa a aplicação da primeira dose, segundo Júlio Croda. Em maio, depois da segunda prorrogação, a meta de vacinação foi reduzida de 150 mil 100 mil pessoas. Então, levando em consideração com este novo número, foi alcançado 88% do esperado. 

Em Dourados, segundo dados do IBGE divulgados no ano passado, residem 243 mil pessoas. Destas, cerca de 200 mil têm entre 4 e 59 anos e poderiam ter tomado a vacina, que em laboratórios privados custa em torno de R$ 450,00 cada dose. 
Até agora, de acordo com Júlio Croca, em torno de 24 mil pessoas tomaram a segunda dose, que segue disponível em todos os pontos de vacinação da cidade.  

Desde o dia 19 de maio, quando o prazo foi estendido até 31 de julho, cerca de 13 mil pessoas tomaram a segunda dose. No mesmo período, nove mil se interessaram pela primeira. 

Dourados foi a única cidade do mundo a receber vacinação em massa gratuita contra a dengue, em uma parceria do laboratório Takeda com a prefeitura, sob coordenação científica do infectologista. 

E, apesar de a procura ter ficado abaixo do esperado, o médico acredita que o alcance tenha sido suficiente para fazer novas avaliações sobre a eficácia do imunizante assim que surgirem epidemias da doença na cidade, principalmente do sorotipo um e dois. 

Estes estudos vão se estender pelos próximos três ou quatro anos e somente então será possível certificar a importância que está tendo esse programa, explica o pesquisador e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 

Embora não utilize o termo negacionismo, Edvan Marques atribui a baixa procura, entre outros fatores, a esse estranho fenômeno. “Vivenciamos desde 2016 uma onda de baixa cobertura vacinal como um todo, e isso também reflete na vacinação contra a dengue. Com a campanha da gripe,  que é a campanha mais tradicional que temos, acontece o mesmo”, lembra ele. 

Até o fim de maio, o laboratório japonês havia enviado a Dourados cerca de 210 mil doses em dois lotes e parte delas vence agora em agosto. E, com o encerramento da primeira etapa, todos precisariam tomar a segunda dose até 31 de outubro.

MORTES

No ano passado, 43 pessoas morreram vítimas de dengue no Estado, sendo cinco em Doutrados. Em 2024, conforme dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (5), já são 28 mortes. Duas delas, de uma criança de 7 anos e de um adulto com 33, foram registradas em Doutados.

Além disso, outras 13 mortes estão sob investigação em todo o Estado. Desde o começo do ano, Mato Grosso do Sul já registrou 15,3 mil casos confirmados, de acordo com dados do boletim desta semana.

E, além da imunização em massa em Dourados, a vacina também está sendo oferecida a crianças e adolescentes de todo o Estado. Até agora, 64.919 mil doses  foram aplicadas na população de 10 a 15 anos. 

E, assim como em Dourados, a procura também está muito abaixo do esperado, já que o Estado recebeu 151.339 doses do imunizante e menos da metade foi aplicada. 
 

CLIMA

Meteorologia reduz probabilidade de chuva em Campo Grande no fim de semana

Inicialmente, a previsão para a capital era de queda nas temperaturas e chuva entre sábado (14) e domingo (15); Outras regiões de MS terão fim de semana chuvoso

13/09/2024 11h20

Tempo deve seguir seco e muito quente na capital campo-grandense

Tempo deve seguir seco e muito quente na capital campo-grandense Bruno Henrique / Correio do Estado

Continue Lendo...

O que antes era um sonho, aos poucos vai se tornando um pesadelo: com mudança na previsão meteorológica, o fim de semana em Campo Grande (MS) deve ser quente e sem chuva.

Conforme dados do Climatempo retirados no início da semana (10), o final de semana na capital seria marcado por sol e muitas nuvens, mas com possibilidades de chuvas isoladas à noite e no domingo. Além da chuva, também era previsto uma mudança brusca de temperatura, com máxima de 25º e mínima de 20º, a capital passaria por uma  tarde marcada por um tempo chuvoso.

No entanto, as últimas atualizações do Climatempo indicam uma mudança significativa na previsão para Campo Grande. Atualmente, segundo dados do Climatempo, o calor não deve dar trégua aos campograndenses. E, muito menos, chuva. Com temperaturas de até 38oC no sábado, a única previsão de chuva para a capital é no domingo à noite. No entanto, com apenas 1.2mm de chuva.

De acordo com a previsão, as chuvas devem voltar, possivelmente, somente na próxima semana. Contudo, ainda com um volume abaixo do desejado.  De outro modo, apesar de um baixíssimo volume de chuvas, a umidade segue a mesma e deve seguir aumentando. 

 

Fonte de dados meteorológicos: Wetter vorhersage 30 tage

 

Outras regiões 

No restante do estado, as notícias são boas:

Enquanto Campo Grande deve enfrentar um fim de semana seco, outras regiões de MS terão condições climáticas diferentes. Dourados e Ponta Porã, por exemplo, devem receber fortes pancadas de chuva, com uma queda significativa nas temperaturas. Já no Pantanal e no extremo oeste do estado, o calor e o clima seco devem predominar

Confira

Em Dourados, além de uma queda nas temperaturas entre sábado (14) e domingo (15), o fim de semana será de muitas nuvens e com fortes pancadas de chuva. De acordo com a previsão, a cidade dourada deve receber até 34mm de chuva somente neste final de semana. 

Na fronteira, em Ponta Porã, uma frente fria deve chegar para dar uma trégua no calor. Com temperaturas mínimas de 15ºC, e com máxima de 24ºC.  Além do frio, a previsão também aponta pancadas de chuva. 

No Pantanal, em Corumbá, o forte calor e o clima seco devem continuar. Não há previsão de chuva para a região.

Em Porto Murtinho, no extremo oeste do estado, uma onda de frio deve ajudar a amenizar o clima, com mínima de 20ºC e máxima de 25ºC, msa sem chuvas. 
 

Assine o Correio do Estado

Tensão

Conflito deixa três indígenas feridos no interior de MS

Confronto com a PM teve início na tarde de ontem, e se estende até esta sexta-feira, com indígenas cercados na sede de uma fazenda; veja vídeo

13/09/2024 10h45

Reprodução: Aty Guasu/Instagram

Continue Lendo...

Através das redes sociais, a Aty Guasu, Assembleia Geral do povo Kaiowá e Guarani, vem denunciando conflitos na aldeia Marangatu, localizada no município de Antônio João, distante aproximadamente 280,8 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul.

Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) informou que a comunidade foi atacada pela Polícia Militar. Três pessoas, uma mulher e dois homens, ficaram feridas, e uma delas permanece internada no hospital.

"Após os eventos, a Força Nacional foi para a região. Os indígenas resistem cercados na sede da fazenda", diz texto do Cimi.

Na legenda de uma de suas publicações, a Aty Guasu relembrou os confrontos em Douradina, em julho deste ano, e pediu apoio. 

"Mais uma vez o povo Guarani Kaiowá não tem sossego, mês passado era no município de Douradina no qual teve conflito durante dois meses, e agora na outra região. Guarani Kaiowá precisa de apoio", diz legenda da publicação feita pela Aty Guasu.

Já na manhã desta sexta-feira (13), por volta das 8h, a Aty Guasu publicou um novo vídeo do confronto, dizendo que a situação persiste no local. "Urgente: Guarani Kaiowá está sob ataque no momento", diz legenda.

No vídeo, é possível ouvir diversos disparos. A Aty Guassu atribui os ataques à "milícia do agronegócio". Confira:

Segundo o Cimi, essa é a propriedade que ainda faltava ser retomada pela comunidade, sendo que a última tentativa ocorreu em 2016. Na ocasião, houve confronto com fazendeiros da localidade.

O conflito resultou na morte, a tiros, de Simião Vilhalva. Na TI Nhanderu Marangatu também foram assassinados Dorvalino Rocha, em 24 de dezembro de 2005, e Marçal Tupã, em novembro de 1983.

Decisão da Justiça

Após a tentativa de retomada, a Justiça Federal de Ponta Porã, através de decisão publicada ainda na quinta-feira (12), autorizou a atuação da polícia estadual para proteger a propriedade privada, o que foi considerado pelo Cimi a "legitimação da violência" contra a comunidade. O órgão considerou ainda a decisão "controversa e apressada".

 

 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).