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Com desconto atípico, empreiteira capixaba vence licitação milionária em MS

A construtora Contek Engenharia ofereceu deságio de 5,8% sobre o valor máximo e vai faturar R$ 96 milhões para implantação de 23 km de asfalto

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Novata em Mato Grosso do Sul, a empreiteira capixaba Contek Engenharia, da cidade de Serra (ES), ofereceu desconto de 5,8% sobre o valor máximo estipulado no edital e venceu a licitação para implantação de quase 23 quilômetros de asfalto na MS-134, estrada que liga a BR-267 à MS-040, no município de Nova Andradina.

O edital previa investimento de até R$ 101,97 milhões para elaboração do projeto e a execução da obra. Porém, depois da apresentação de 20 lances enviados eletronicamente, a gigante Caiapó desistiu da disputa. Ela apresentou o valor de R$ 96,31 milhões, mas foi suplantada pela Contek, que ofereceu um valor um pouco menor, de R$ 96,06 milhões. 

O projeto faz parte do pacote de obras financiado com os R$ 2,3 bilhões que o BNDES emprestou ao Governo de Mato Grosso do Sul para implantação de 570 quilômetros de asfalto novo e recapeamento de outros 250 quilômetros. 

Pelo menos 15 licitações deste pacote de obras já foram concluídas e pela primeira vez o deságio supera os 3%. Em média, os descontos tem sido da ordem de 1%.

Mas, na maior das obras do pacote do BNDES, a pavimentação de 63 quilômetros da MS-320, entre Inocência e Três Lagoas, o deságio foi zero. 

A empreiteira SA Paulista chegou sozinha ao final da disputa e nem mesmo precisou oferecer desconto para sair vitoriosa. Ela vai faturar ao menos R$ 276,16 milhões pela obra. A mesma empresa havia concluído, em maio do ano passado, a parte inicial desta mesma rodovia, de quase 32 quilômetros, e faturado em torno de R$ 107 milhões.  

No caso da MS-134, porém, a situação foi um tanto diferente e chegou a ocorrer disputa real. Um consórcio de três empresas "pequenas", de Nova Andradina, entrou na disputa, mas foi inabilitado por não atender às exigências técnicas do edital. Entrou com recurso administrativo, mas não conseguir reverter o caso. 

E, assim como ela, outras 13 empreiteiras foram inabilitadas antes mesmo da fase de apresentação de propostas financeiras, conforme mostra a ata da licitação. Somente quatro seguiram no certame e na hora das propostas financeiras, a disputa ficou entre a goiana Caiapó e a construtora capixaba. 

A Caiapó, que participou em praticamente todas as licitações do pacote de obras do BNDES, mas não venceu nenhuma até agora. Porém, faz parte do consórcio que venceu a licitação para administrar durante os próximos 30 anos os 870 quilômetros da chamada Rota da Celulose (BR-262, BR-267 e MS-040).

Além disso, é responsável pela construção da BR-419, entre Rio Verde de Mato Grosso e Aquidauana, e integra o consórcio que está implantando os 13 quilômetros da alça de acesso da BR-267 à ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho. Somente por esta obra da rota bioceânica vai faturar R$ 472 milhões. 

TRECHO INICIAL

A licitação vencida agora pela Contek é relativa ao lote dois da MS-134, próximo ao distrito de Casa Verde, vilarejo localizado às margens da BR-267, entre as cidades de Bataguassu e Nova Alvorada do Sul.  A pavimentação será fundamental para atender aos interesses da fábrica de celulose que a Bracell promete construir em Bataguassu. 

Ao todo, o trecho entre a MS-040 e a BR_267 tem em torno de 82 quilômetros. As obras para o restante da rodovia, de cerca de 50 quilômetros, ainda não têm data para serem licitadas. 

Oficialmente a empreiteira capixaba, que pela primeira vez será contratada pelo Governo do Estado, ainda não foi declarada vencedora. Porém, na chamada Ata de Contratação Eletrônica, já cumpriu todos os requisitos e foi declarada como a escolhida. 

Mas, esta não foi a primeira tentativa da Contek de entrar no mercado das obras públicas em Mato Grosso do Sul. Desde o começo do ano ela se inscreveu em pelo menos dez outras licitações, todas do pacote bancado com recursos federais. Em praticamente todas foi habilitada, mas em nenhuma avançou na apresentação de oferta financeira. 
 

DEZEMBRO VERDE

MS registra 54 denúncias de maus-tratos e abandono de animais por dia

Relatório da Superintendência de Políticas Integradas de Proteção da Vida Animal mostra que, em 2025, o Estado já catalogou mais de 18 mil denúncias

26/12/2025 12h15

Cães e gatos somam 18,2 mil denúncias de maus-tratos e abandonos em MS neste ano

Cães e gatos somam 18,2 mil denúncias de maus-tratos e abandonos em MS neste ano Foto: Pixabay

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De janeiro a novembro, Mato Grosso do Sul registrou mais de 18 mil denúncias de maus-tratos e abandono de animais domésticos, o que resulta em cerca de 54 ocorrências por dia, segundo relatório da Superintendência de Políticas Integradas de Proteção da Vida Animal (Suprova), com base em números da Delegacia Virtual de Mato Grosso do Sul (Devir).

Este mês é conhecido por ser o Dezembro Verde, campanha nacional de conscientização que ocorre em dezembro para combater o abandono e os maus-tratos de animais. Como um reflexo da importância desta ação, o Estado registrou 1.482 denúncias somente em novembro, dos quais 942 foram relacionadas a cães e 540 a gatos.

“O canal de denúncias é uma ferramenta essencial para combater os maus-tratos. Ele facilita o acesso da população e fortalece a rede de proteção animal em todo o estado”, destaca Carlos Eduardo Rodrigues, superintendente da Suprova.

Uma das ações voltadas ao mundo animal realizadas este ano foi a Caravana da Castração, que foi lançada no início de julho pela Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc).

De acordo com dados divulgados pelo Governo do Estado, mais de 16,7 mil animais foram castrados até dezembro deste ano em 45 municípios. “A proteção da vida animal é uma pauta transversal, que envolve saúde pública, educação e cidadania. Esses números representam cuidado, responsabilidade e respeito à vida”, disse o titular da Pasta, Marcelo Miranda.

Sobre metas, o relatório reforça o desejo de atingir 20 mil animais domésticos atendidos até março de 2026. Além disso, a previsão é que mais 17 municípios integrem o calendário da Caravana da Castração dentro de 90 dias. De “recesso” neste final de ano, a ação retorna no ano que vem no dia 15 de janeiro, com mais de duas mil vagas, nas seguintes cidades:

  • Eldorado
  • Bela Vista
  • Sonora
  • Coxim
  • Rio Verde de Mato Grosso
  • São Gabriel do Oeste
  • Camapuã
  • Figueirão
  • Bandeirantes
  • Jaraguari
  • Rio Negro
  • Sidrolândia
  • Terenos
  • Ribas do Rio Pardo
  • Corguinho
  • Rochedo
  • Campo Grande (incluindo Rochedinho e Anhanduí).

Além da castração, a caravana oferece os serviços de microchipagem, que consiste na implantação de um pequeno dispositivo eletrônico sob a pele do animal, a fim de auxiliar nos casos de roubo ou perda, e medicação pós-operatória por sete dias. Todos os procedimentos são acompanhados por uma equipe técnica, que tem à disposição um ônibus adaptado e um CTI móvel em casos de emergência.

Instrutores

Este ano também foi lançado o Sistema de Gestão de Proteção e Esterilização de Animais (Sigpet), primeira plataforma digital do país criada para gerenciar os cadastros e as vagas da Caravana da Castração. Atualmente, o sistema contabiliza 30.957 tutores e entidades cadastrados.

Aos interessados em participar, é preciso realizar cadastro prévio pelo site www.sigpet.ms.gov.br, ferramenta digital criada pela Secretaria-Executiva de Transformação Digital (SetDig). Podem ser registrados até três animais por CPF e, no caso de ONGs, até 25.

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PREJUÍZO

Técnico furta R$ 30 mil de professora para usar no "jogo do tigrinho" em MS

Mulher de 35 anos procurou o suspeito para que ele trocasse a tela de seu aparelho celular, mas senha de desbloqueio era a mesma para acessar contas bancárias

26/12/2025 11h30

Professora de 35 anos foi furtada e suspeito usou dinheiro em Jogo do Tigrinho

Professora de 35 anos foi furtada e suspeito usou dinheiro em Jogo do Tigrinho Foto: Arquivo

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Uma professora de 35 anos, de nome ainda não identificado, sofreu prejuízo de R$ 30,5 mil ao confiar seu aparelho celular a um suspeito de 29 anos, que teria furtado a quantia para usar uma parte em jogos de azar, em Batayporã.

De acordo com o noticiário local Jornal da Nova, que se baseou no boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia Civil de Batayporã no Natal, a vítima pediu para que o técnico trocasse a tela danificada de seu celular. 

Como já conhecia o autor, que por sua vez já tinha trabalhado em lojas especializadas em reparos técnicos, ela entregou o aparelho e passou a senha para desbloquear a tela inicial. Porém, a combinação de números era a mesma para acessar a conta bancária do Banco do Brasil, o que foi tentado e conseguido pelo técnico.

A mulher descobriu o furto quando tentou utilizar o cartão de débito e não conseguiu por ter saldo insuficiente. Curiosa, ela emitiu um extrato bancário e percebeu que havia ocorrido diversas transferências e pagamento que não haviam sido autorizados.

Conforme apurações iniciais, as primeiras movimentações foram feitas no dia 23 de dezembro, com destaque para uma transação via Pix no valor de R$ 2 mil, que teria sido depositado em uma plataforma de jogos de azar.

Questionado pela vítima por telefone, o suspeito confirmou a autoria do furto e alegou ser viciado em apostas digitais, detalhando o “jogo do tigrinho” - cassino on-line de tipo caça-níquel que promete ganhos de dinheiro - como o seu favorito.

Diante do relatado, o caso foi registrado como furto qualificado com abuso de confiança. Em suma, é quando alguém subtrai um bem alheio, aproveitando-se de uma relação de confiança preexistente (como empregado, familiar, cuidador) para ter acesso facilitado ao objeto, sem violência. 

Segundo consta no Código Penal Brasileiro, a pena é de reclusão de dois a oito anos, além de multa.

OUTRO CASO

Em março deste ano, um caso parecido ocorreu em outra cidade do interior do Estado. Na ocisão, uma jovem, identificada como C.B.F., de 25 anos, tirou proveito do fato de que a avó, de 67 anos, não tinha conhecimento sobre questões financeiras e desviou cerca de R$ 55 mil da idosa.

A Polícia Civil de Brasilândia concluiu o inquérito e indiciou a neta pelos crimes de estelionato e apropriação de proventos de idoso.

A investigação apontou que, por não ter conhecimento das próprias finanças, a avó confiava à neta a responsabilidade de realizar os pagamentos de suas contas.

Além de ludibriar a vítima, informando valores superiores aos reais das contas, a jovem não realizava os pagamentos e ficava com todo o dinheiro.

Aproveitando-se da confiança da avó, a jovem instalou um aplicativo bancário em seu próprio celular e transferiu cerca de R$ 55 mil da conta da idosa. Desse total, R$ 30 mil foram usados em jogos virtuais, como o do “tigrinho”.

Em conversa com o delegado, C.B.F. confessou parte dos crimes e relatou estar arrependida, mas foi indiciada e responderá na Justiça.

Cabe ressaltar que o artigo 102 da Lei 10.741/2003 determina que a apropriação indevida ou o desvio de bens de idosos são crimes.

O crime ocorre quando o idoso, por necessitar de ajuda, termina confiando em uma pessoa que, em tese, deveria ajudá-lo, mas acaba se aproveitando da situação para desviar seus bens.

Art. 102. Apropriar-se ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da sua finalidade. A pena prevista é de  reclusão de 1 a 4  anos e multa.

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