Cidades

INTERIOR

Com mais de 90 mm, chuva causa estragos em Coxim

Precipitação levou água para dentro da casa de moradores e aumentou buraco na obra de uma das principais avenidas do município

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Na região norte de Mato Grosso do Sul, o município de Coxim registrou mais de 90 milímetros de chuva entre esta terça e quarta-feira (08 e 09 de abril), Fenômeno que deixou rastro de destruição na cidade, mas que por outro lado pode trazer um respiro para a situação do Rio Paraguai. 

Longe cerca de 252 quilômetros de Campo Grande, o município viu a chuva que caía passar de 81 milímetros na terça-feira (08), o que segundo o Executivo em nota já foi suficiente para causa alagamentos e estragos em diversas regiões da cidade. 

Dados divulgados pelo meteorologista Natalio Abrahão mostram que, entre ontem e hoje, Coxim registrou um total de 92,2 milímetros de chuva, sendo o município com maior volume de chuva na região norte, enquanto Corguinho, Rio Verde e Chapadão do Sul não passaram de 30 mm até às duas horas desta terça. 

Toda essa chuva foi suficiente para agravar uma cratera em uma das principais avenidas de Coxim, a obra de manutenção na Avenida Mato Grosso do Sul que ficou ainda maior e acabou interditando a via, segundo o prefeito Edilson Magro e o secretário de Obras, Ivaldo Lopes. 

Reprodução/Prefeitura/Coxim 

"As obras na avenida eram necessárias e estavam em andamento, mas, devido à chuva, tivemos que suspender temporariamente os serviços", disse Ivaldo após visita aos pontos prejudicados. 

Dos locais mais afetados, eles apontam para a região central da cidade, além do bairro Jardim Alvorada e o Piracema, próximo da extensão da Escola Marechal Rondon, pontos onde a água chegou a invadir casas. 

Rios e chuva

No norte de Mato Grosso do Sul fica localizado o Rio Coxim, afluente do rio Taquari que faz parte da Bacia do Rio Paraguai e alimenta uma área considerável da planície no Pantanal. 

Apesar de certa regularidade neste ano, o nível do rio em Coxim esteve abaixo da média histórica no período recente entre os meses de fevereiro e março, com acumulado do mês passado sendo de 144,4 milímetros em nove dias com chuva, diante de uma média histórica de 122 mm. 

Sobre o nível dos rios, o monitoramento por boletim por parte do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul - com base em dados do Sistema HIDRO, mantido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) - indica um volume que chama atenção. 

Nessa cota em centímetros, da estação do Rio Taquari em Coxim, é levantado ainda um sinal de alerta pela permanência acima de 5%. 

Vale lembrar que, a chamada escassez hídrica afeta diversas partes de Mato Grosso do Sul com o passar dos anos, prejudicando a navegabilidade e o transporte de minérios pelo Rio Paraguai, por exemplo, ainda que a chuva vista em Coxim não resolva diretamente esse problema nos próximos dias. 

Em números absolutos, dados consolidados da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) mostram queda de mais da metade do volume transportado pelo Rio Paraguai entre 2023 e 2024, de 7,91 milhões de toneladas para apenas 3,31 milhões no ano passado. 

Na atividade mineradora, por exemplo, pelos períodos características por cheia e escassez é comum uma retomada de embarques por volta do segundo mês a cada ano, o que não aconteceu em 2024 já que tais serviços só foram retomados em abril para uma nova paralisação acontecendo em setembro, dois meses antes do previsto 

Todos esses percalços resultaram, por exemplo, na queda de 16,3% do valor em royalties arrecadados com mineração em 2024 por Mato Grosso do Sul. 
 

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CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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