Cidades

Emenda parlamentar

Com pix de R$ 2,5 milhões, obras e reformas de "gordinho do Bolsonaro" seguem no papel

Verba é destinada à reforma da Praça do Mercadão Municipal e à construção de uma praça no Jardim Los Angeles

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Com R$ 2,5 milhões em emendas pix já encaminhados ao município, às obras e reformas a serem realizadas com a verba federal enviada pelo deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) seguem no papel, seja a reforma da Praça do Mercadão Municipal, a qual o deputado destinou R$ 650 mil, ou mesmo a edificação de uma praça no Bairro Jardim Los Angeles, construção a qual ele destinou R$ 870 mil. Além das citadas, Nogueira enviou R$ 1 milhão para o custeio da Fundação Municipal de Esportes (Funesp).

Em ambos os casos, trabalhadores e moradores seguem desesperançosos com melhorias futuras. No Mercadão Municipal, dezenas de trabalhadoras esperam que o dinheiro sirva para a construção de banheiros novos, ou mesmo dormitórios que atendam as necessidades dos cerca de 60 comerciantes indígenas que trabalham diariamente na praça do local.

Presidente da Associação dos Feirantes Indígenas de Campo Grande (AFI), Elida Fátima Julio Antônio, 69 anos, disse que as condições em que os feirantes trabalham são, neste momento, um tanto insalubres, já que além de se atentarem às vendas, os trabalhadores que chegam de outros municípios, descançam em meio às mercadorias e dividem banheiros com todos que frequentam o Mercadão Municipal.

“As mulheres continuam dormindo no chão, não tem alojamento. Quando chove, molha tudo. Queremos alojamento, pintura da praça, além da pintura dos três quiosques.”, disse ao Correio do Estado. Natural de Miranda, e há 30 anos em Campo Grande, ela destaca que parte das mercadorias vendidas na feira são produzidas pelos próprios indigenas, moradores das aldeias Bananal (Aquidauana) e Lagoinha (Sidrolândia).

“Pedi 20 beliches com colchões, todos dormem no horário de descanso do trabalho, ou no chão do próprio quiosque, ou na parte de fora do quiosque. Os vendedores se revezam entre uma ou duas semanas de trabalho e depois voltam para as aldeias”, disse Elida Fátima.

Apesar da falta de crença nas melhorias prometidas, a presidente da associação dos feirantes indígenas disse que a prefeita Adriane Lopes (PP) e a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) estiveram na feira, inclusive com a presença de arquitetos. “Arquiteto veio aqui, mediu tudo. Esse dinheiro tem que chegar, a gente sofre muito aqui, perdemos muita mercadoria, molha feijão, molha tudo o que não pode molhar. Apodrece todas as mercadorias”, finalizou.

Além de Elida, turistas também reclamaram do espaço e da higiene de alguns feirantes, que por falta de espaço, depositam frutas e verduras espalhadas pela praça. Alimento no chão é falta de higiene, produtos no chão afastam os clientes, eu sou muito enjoada com isso”, disse a vendedora ambulante Clara Inês (58).

Naturais de Rio Verde de Mato Grosso, ela e o marido, Ali Khalaf (55), técnico em radiologia, estiveram na praça nesta sexta-feira (27) e ficaram na bronca com o espaço do estacionamento destinado aos clientes. “Tem que melhorar o estacionamento do Mercado Municipal, você procura estacionamento e não arruma, um espaço para  os turistas, principalmente sábado e domingo, hoje está tranquilo, mas tem dias que é quase impossível.”, falou Ali Khalaf.

“Abandonados”

Com R$ 870 mil destinados à construção de uma praça, moradores do Jardim Los Angeles disseram que, caso se concretize, a obra será de grande importância econômica para a região, até o momento, “esquecida” pela gestão municipal.

“Você vai na Moreninha é uma cidade, você vai no Aero Rancho, tem lugar ‘top’, até no Dom Antônio. Aqui não tem nada, a população é esquecida. Aqui só tem o mercado, que o ‘cara’ vai e faz uma compra, e uma conveniência onde o ‘cara’ compra uma cachaça e vai pra casa.”, falou Alcides Júnior, 34 anos, proprietário de uma barbearia entre a Rua Engenheiro Paulo Frontin e a Rua Eusébio de Queirós.

Sem destino certo para a construção da praça, o cruzamento entre as ruas, que conta com um terreno vago, é o ponto mais cotado pelos moradores para que a obra saia do papel, já que, segundo quem vive por lá, o local, atualmente cercado por cercas de arame, é o único terreno capaz de abarcar uma praça pública.

Comerciantes trabalham na Praça do Mercado Municipal / Foto: Gerson Oliveira

“Se sair, saiu. Na verdade tem várias verbas destinadas e que não saem nada. Aqui tem um bando de muleque atoa, na rua, se tivéssemos uma praça seria bom. Para o comércio e para a vila. Há oito anos em Campo Grande, Alcides é natural de Corumbá e disse que no tempo em que vive em Campo Grande, o bairro só viu investimento privado.

Emendas

Apenas neste ano, a Prefeitura de Campo Grande recebeu quase R$ 10 milhões – R$ 9,7 milhões – em emendas individuais da modalidade Transferências Especiais (TE), mais conhecidas como “emendas Pix”, enviadas pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e pelos deputados federais Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Dr. Luiz Ovando (PP-MS), via Orçamento da União, para a construção de uma praça e a reforma de outra, bem como a reforma das quadras poliesportivas das escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme) e o custeio de instituições com trabalhos sociais.

Como essas emendas estão em uma modalidade de transferência que peca pela falta de transparência e, portanto, têm sido alvo de constantes críticas por parte de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O maior montante, de R$ 4.400.000,00, foi destinado pelo senador Nelsinho Trad, sendo R$ 4 milhões para reforma das quadras de esportes das escolas da Reme e R$ 400 mil para a compra de uma van que será utilizada como uma gibiteca para percorrer os bairros de Campo Grande.

Já o deputado federal Dr. Luiz Ovando ofereceu R$ 2.780.000,00 para o custeio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e também para inúmeras instituições sociais, como: Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas (Ismac), Centro de Integração da Criança e do Adolescente (Cica), Peniel, Cotolengo, Asilo São João Bosco, Nova Criatura, Instituto Atos de Amor, Associação dos Autistas de Campo Grande, Projeto Segunda Casa, Lar Infantil Ligia Hans, Sirpha – Lar do Idoso, Recanto da Criança, entre outras. 

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ALERTA

Procon-MS alerta para mensagens falsas usando o nome da instituição

A orientação da instituição, é para que não se clique em links desconhecidos

06/04/2025 17h30

Procon faz alerta sobre golpes utilizando nome da instituição

Procon faz alerta sobre golpes utilizando nome da instituição FOTO: Divulgação

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O Procon de Mato Grosso do Sul veio a público para alertar consumidores e fornecedores sobre golpes que estão sendo aplicados, utilizando o nome da instituição, vinculada à Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead).

Conforme o órgão, golpista estão enviando notificações por e-mail ou por aplicativos de mensagens, informando a abertura de uma denúncia ou reclamação. Em seguida, fica disponível um link para supostamente "verificar autos", conteúdo que pode causar danos ao destinatário, devendo ser denunciado e apagado.

A instituição orienta que não se clique em links desconhecidos, já que os golpistas estão utilizando essa prática para enganar as pessoas, sugerindo acesso sobre denúncias ou reclamações e redirecionando-as para páginas falsas na internet.

O Procon reforçou que, as mensagens que realmente são enviadas pela instituição, utilizam o domínio "@procon.ms.gov.br" ou o telefone fixo (67) 3316-9800.

Em caso de dúvidas, os consumidores podem recorrer ao atendimento pelo disque Procon 151 ou pelo telefone (67) 3316-9800. Também é possível denunciar a ocorrência de golpes enviando a cópia do e-mail para cartorio@procon.ms.gov.br.

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DENGUE

MS registra 2,4 mil casos de dengue em três meses

O Estado já contabiliza 7 mortes e outras 6 seguem em investigação

06/04/2025 17h00

A vacinação é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade

A vacinação é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade FOTO: Divulgação

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De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela SES/MS - (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul), na última sexta-feira (04), de janeiro a março, Mato Grosso do Sul já registrou um total de 2.445 casos de dengue.

Ainda conforme o documento, o Estado já contabiliza sete mortes e outras seis seguem em investigação. Nos últimos 14 dias, os municípios de  Aparecida do Taboado e Figueirão foram os que registraram maior aumento nos casos confirmados.

As mortes registradas ocorreram nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã e Coxim.

O boletim ainda mostrou que, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde o equivalente a 241.030 doses do imunizante contra a doença. Desse número, 201.349 já foram aplicadas no público alvo. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

Até o momento, conforme recomendação do Ministério da Saúde, a vacinação é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue.

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