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Com prejuízo diário de R$ 1,1 milhão, CCR vai elevar pedágio em 101% em MS

Prejuízo é relativo ao terceiro trimestre de 2024 e o aval para dobrar o valor das tarifas, que ocorrerá em quatro anos, foi concedido pelo TCU nesta quarta-feira (13)

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O faturamento com a cobrança de pedágio nos 845 quilômetros da BR-163 em Mato Grosso do Sul teve aumento de 28% nos primeiros nove meses deste ano na comparação com igual período de 2023. Mesmo assim, a CCR MSVia alega que segue operando no vermelho e o prejuízo teve crescimento ainda maior, de 33,4%. Por isso, o valor do pedágio terá aumento superior a 100% nos próximos quatro anos. 

Conforme relativos ao terceiro trimestre da concessionária, o faturamento com pedágio entre janeiro e o fim de setembro deste ano somou R$ 169 milhões, ante R$ 131,8 milhões no ano passado. No terceiro trimestre os usuários da rodovia desembolsaram R$ 68 milhões, o que é R$ 10 milhões a mais (17% a mais) que em igual período de 2023. 

Entre as explicações para este aumento estão duas elevações de tarifa, em agosto do ano passado, de 16,8%, e em junho deste ano, de 3,7%. Mesmo assim, o prejuízo informado no balanço trimestral aumentou de R$ 216,8 milhões para R$ 289,2 milhões de um ano para o outro. 

Somente no terceiro trimestre o prejuízo foi de R$ 100,3 milhões. Isso significa, segundo dados oficiais da CCR, prejuízo diário da ordem de R$ 1,11 milhão. Juntando todos os prejuízos, a CCR alega que acumula déficit de R$ 1,317 bilhão desde que assumiu a rodovia, em 2014. 

Apesar disso, a empresa vai continuar na administração da rodovia por mais 30 anos, conforme aval obtido nesta quarta-feira (13) pelo Tribunal de Contas da União (TCU).  Assim que acabou a votação no TCU, a empresa divultou Fato Relevante ao mercado "comemorando" o resultado falando sobre os próximos passos deste processo. 

E, por conta dos constantes prejuízos, a repactuação prevê que a tarifa de pedágio passe dos atuais R$ 7,52 a cada 100 quilômetros para R$ 15,13 a cada 100 quilômetros nas pistas simples, em quatro anos. Isso significa aumento de 101%.

“Assim, a tarifa de pista simples parte dos atuais R$ 7,52/100km, passando para R$ 10,06/km”. Ou seja, já no primeiro ano de concessão haverá aumento da ordem de 33%, mesmo sem melhorias significativas para os usuários. 

Em contrapartida, a CCR promete investir R$ 16,9 bilhões até 2054. Na repactuação estão previstos  203 quilômetros de duplicações; 147 de terceiras faixas;  23 quilômetros de vias marginais; 467 quilômetros de melhoria no acostamento; implantação de 22 km de contornos em pista simples; implantação de 6 quilômetros de contornos em pista dupla, alé da implantação de 22 passarelas

Dos R$ 16,9 bilhões, apenas R$ 9,29 bilhões estão previstos para obras. O restante,  R$ 7,7 bilhões, será destinado à operacionalização da rodovia. 

HITÓRICO

A BR-163 foi privatizada em 2014 e a promessa da CCR era que fizesse a duplicação total da rodovia. O contrato também previa que a cobrança de pedágio somente poderia começar após a duplicação de 150 quilômetros. 

A empresa fez estas duplicações em locais aleatórios, que demandavam baixo investimento, começou a cobrar pedário e depois disso suspendeu os investimentos. Ela chegou a devolver a rodovia e atualmente opera à base de aditivos. 

O aditivo mais recente prevê que o contrato acabe em março do próximo ano. A previsão é de que até lá seja assinado o novo contrato de concessão, que se estenderá por dez anos além da previsão inicial. 

 

Educação

Enade: inscritos devem responder questionários até 23h59 de hoje

Exame teórico será aplicado neste domingo

23/11/2024 20h00

Estudante com prova do Enade

Estudante com prova do Enade Foto: UFT/Divulgação

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Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2024 das Licenciaturas neste domingo (24) devem responder ao Questionário do Estudante até as 23h59 (horário de Brasília) deste sábado (23).

A prova teórica será aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para 283.550 inscritos.

O questionário do Estudante coleta informações que permitam caracterizar o perfil dos estudantes e o contexto de sua formação acadêmica, consideradas pelo Inep como relevantes para a compreensão dos resultados teóricos e práticos dos estudantes no Enade e para subsidiar os processos de avaliação dos cursos de graduação.

O preenchimento completo do Questionário do Estudante é um dos itens que caracteriza a efetiva participação do estudante no exame.

Anualmente, a inscrição no Enade é obrigatória para todos os estudantes de cursos de licenciatura habilitados à avaliação teórica ou à avaliação prática, vinculados às áreas avaliadas, conforme o edital.

A partir desta edição, o exame passa a ter dois tipos de avaliação: a teórica, tradicionalmente realizada, e a nova prova prática dos estudantes de graduações direcionadas à docência.

Cada uma das avaliações terá um cronograma específico.

Áreas de conhecimento avaliadas

O exame das licenciaturas será aplicado em cursos de 17 áreas de conhecimento diferentes. A edição de 2024 avaliará licenciaturas das áreas de artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.

O exame terá foco na avaliação dos cursos que formam professores para a educação básica. O Inep informa que o objetivo é aprimorar as avaliações e a formação de docentes no Brasil.

Aplicação da prova
Para saber o local de aplicação da prova, bem como obter informação sobre atendimento especializado e tratamento pelo nome social, quando for o caso, o participante deve acessar o Cartão de Confirmação de Inscrição, disponível no Sistema Enade, com CPF . O acesso ao documento só é liberado após o preenchimento do Questionário do Estudante.

Neste domingo, os portões de acesso aos locais de provas serão abertos às 12h (horário de Brasília) e fechados às 13h. O início da aplicação será às 13h30, com encerramento às 18h para os participantes regulares. Os estudantes que solicitaram tempo adicional e tiveram o pedido aprovado pelo Inep terão mais uma hora para finalizar a prova.

Orientações para o Enade 2024

Neste domingo, o participante deverá comparecer ao local das provas com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, Cartão de Confirmação de Inscrição e documento de identidade original com foto válido.

Antes da participação na prova, é importante que o inscrito guarde, no envelope porta-objetos, o telefone celular e quaisquer outros aparelhos eletrônicos desligados, além de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, gorro ou similares), e material de papelaria (caneta de material não transparente, lápis, réguas e borracha, entre outros).

Também não é permitido ficar com celulares e quaisquer outros aparelhos eletrônicos descritos no edital ou fone de ouvido.

O envelope porta-objetos deve ser mantido, durante todo o período de prova, debaixo da carteira, lacrado e identificado.

Enade

Realizado anualmente pelo Inep, o Enade é um dos componentes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O exame avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos previstos nas diretrizes curriculares, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para formação geral e profissional, bem como o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.

Decisão

Caixa demite ex-vice-presidente por assédio sexual e moral

Decisão foi publicada no Diário Oficial da União

23/11/2024 18h00

Agência bancária da Caixa Econômica Federal

Agência bancária da Caixa Econômica Federal Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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Por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), a Caixa Econômica Federal demitiu, por justa causa, o ex-vice-presidente Antônio Carlos Ferreira de Sousa. Funcionário de carreira do banco, ele estava afastado do cargo desde julho de 2022, quando sugiram denúncias de assédio sexual e moral durante a presidência de Pedro Guimarães, que comandou o banco entre 2019 e 2022.

A CGU publicou na sexta-feira (22) a portaria do desligamento no Diário Oficial da União. Durante a gestão de Guimarães, Sousa foi vice-presidente de Estratégia de Pessoas e de Logística e Operações.

Além da demissão, o ex-vice-presidente está impedido de ocupar cargos comissionados ou funções de confiança no Poder Executivo Federal por 8 anos. Desde a divulgação das denúncias, Sousa estava afastado do cargo, mas continuava a trabalhar na Caixa.

Na época da divulgação das acusações de assédio moral e sexual por Pedro Guimarães, que pediu demissão em junho de 2022, a Caixa criou um canal interno de denúncias. Com base nos relatos recebidos no Contato Seguro da Caixa, o banco investigou os casos e constatou várias ocorrências de assédio por parte de Sousa.

Em nota, a Caixa afirma que não tolera nenhum tipo de assédio por parte de dirigentes ou empregados. O banco também informou ter começado a investigar os casos por meio da corregedoria interna e que o processo seguiu as regras de administração pública.

“Com a finalização das investigações feitas dentro dos ritos da governança, o banco enviou o relatório conclusivo à Controladoria-Geral da União (CGU) em outubro de 2023. O ex-dirigente já estava afastado do cargo desde julho de 2022. Com a ciência da decisão da CGU, a Caixa iniciará as providências devidas para o cumprimento”, informou a assessoria de imprensa do banco.

Histórico
Em junho de 2022, surgiram denúncias em série de casos de assédio sexual e moral durante a gestão de Pedro Guimarães na Caixa. Imediatamente após a divulgação dos relatos, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho passaram a investigar os casos. Além do então presidente, vice-presidentes e diretores foram acusados.

Guimarães pediu demissão no dia seguinte à publicação das denúncias, e outros vice-presidentes do banco renunciaram em seguida.

Desdobramentos

Em março de 2023, Guimarães virou réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias da Caixa. A ação tramita sob sigilo, e a defesa do executivo nega as acusações.

Em uma outra ação, movida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a Caixa foi condenada a pagar R$ 3,5 milhões de indenização por um evento no interior de São Paulo em que Guimarães obrigou funcionários a fazer flexões em estilo militar.

Acordos

Em abril do ano passado, a Caixa fechou um acordo com o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal para pagar uma indenização de R$ 10 milhões para encerrar a denúncia das funcionárias. Em janeiro deste ano, o banco assinou um termo de ajuste de conduta (TAC), que concedeu vantagens em processos internos de seleção a funcionários que sofreram perseguição na gestão de Guimarães.

O banco foi condenado em outros processos em São Paulo, no Amazonas e no Distrito Federal. Somadas as condenações e os TAC, o banco até agora desembolsou cerca de R$ 14 milhões em indenizações, que poderiam ser mais altas se não houvesse acordo. Sem eles, a instituição financeira teria de pagar multa de até R$ 300 milhões. No ano passado, a Caixa informou que cobraria de Pedro Guimarães, na Justiça, o dinheiro das indenizações.

Em março deste ano, a Comissão de Ética da Presidência da República aplicou uma “censura ética” a Guimarães. Aplicada a autoridades que deixaram o cargo, a penalidade prevê apenas advertência. A ação contra Guimarães na Justiça Federal ainda está na fase de audiências.

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