Cidades

LOTAÇÃO

Em fila de espera, 80 pessoas aguardam por um leito nesta quinta-feira

Há 1.148 pessoas internadas hoje (22) em todo o Estado; ocupação global de leitos de UTI-SUS em Campo Grande está em 101%

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Existem 80 pessoas à espera de um leito nesta quinta-feira (22) em Mato Grosso do Sul. Na Central de Regulação da Capital, aguardam por uma vaga 52 doentes, sendo 38 apenas de Campo Grande.

Já na Central de Regulação de Dourados, 9 pessoas estão na fila à espera de uma vaga em hospital. Na Central de Regulação do Estado (CORE), aguardam 19 doentes.

Últimas notícias

Em todo o Estado, são 1.148 pessoas hospitalizadas nesta quinta-feira (22). Dessas, 596 estão em leitos clínicos (395 público; 201 privado) e 552 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (399 público; 153 privado).

A ocupação global de leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) na macrorregião de Campo Grande está em 101%, Dourados em 94%, Três Lagoas 85% e Corumbá 100%.

Leitos estão sendo improvisados e doentes estão em locais inadequados. “Pessoas estão em prontos socorros, ala vermelha, ala azul UPAs e centros cirúrgicos já que não estão fazendo cirurgias eletivas. Isso nos preocupa”, informou o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende.

Resende afirma que as vagas de leitos que surgem são de óbitos que ocorrem. “Mesmo para quem tem o melhor plano de saúde, não vai ter acesso nem à leitos de UTI e nem clínicos. O melhor plano de saúde é ficar em casa”.

“Não há mais leitos. Nem se você tiver condição financeira de ir para outro Estado. Pessoas muitas vezes vão à óbito porque faltam leitos”, complementou a secretária adjunta de Saúde, Christinne Maymone.

O governador do estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), assegura que para o sistema de saúde não colapsar, é necessário o isolamento. “Sabemos da contrariedade de alguns segmentos da economia, mas agora não tem outra alternativa”, declara.

Capital

Ao Correio do Estado, a Santa Casa informa que opera com mais de 100% de sua capacidade e que não há possibilidade de abertura de novos leitos pois chegaram ao limite de espaço físico e recursos humanos.

Além disso, o hospital diz que não há risco de desabastecimento de oxigênio, porém, há escassez de insumos necessários ao paciente. 

O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), teve de suspender novos atendimentos por 24 horas, por falta de kits intubação, na última quarta-feira (14). 

Para manter pacientes já intubados, realizou empréstimos de kits de outros hospitais, como Cassems, Unimed, Hospital Universitário, Pênfigo e Santa Casa. Esse estoque durará 24 horas. 

Ao Correio do Estado, o Hospital Unimed Campo Grande informa que embora a demanda por oxigênio tenha aumentado significativamente neste pico de pandemia, por ora, não há risco de desabastecimento, de acordo com a empresa fornecedora.

Além disso, a cooperação afirma que há uso expressivo de insumos e medicamentos, os quais encontram-se em escassez no mercado atualmente. Portanto, não se pode contar com o mesmo estoque que havia antes da pandemia. 

O Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP-UFMS) disse ao Correio do Estado que possui estoque de oxigênio. "Nosso tanque de oxigênio líquido está hoje [15 de abril] com 15.700m³, de um total de 19.200m³ de capacidade, mais backup de cilindros de oxigênio (32 cilindros de 10m³). Ou seja, estamos com o tanque quase cheio".

Além disso, o hospital reitera que há insumos disponíveis e que recursos humanos, como médicos e enfermeiros, foram transferidos das cirurgias eletivas suspensas e realocados para atender a demanda por Covid-19.

O Hospital Cassems divulga ao Correio do Estado que continua operando em sua capacidade máxima de atendimento, com ocupação de 96% dos leitos críticos disponíveis. Além disso, avisa que não há profissionais da área da saúde suficientes por falta de especialização em determinadas áreas.

A instituição hospitalar comunica que o abastecimento de gases medicinais, em especial de oxigênio, está normal. Porém, bloqueadores neuromusculares utilizados para intubação de pacientes seguem com estoques críticos.

Novos leitos

O governo do Estado entregou 35 leitos de UTI em Dourados, sendo 20 na Unidade da Mulher e da Criança (HU), outros 10 no Hospital da Vida e 5 no Hospital Santa Rita para atendimento de pacientes do SUS em 26 de março.

A Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) ativou 11 leitos de UTI para pacientes com Covid-19 no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (HUMAP-UFMS) em 1º de abril. 

Já foram ativados 12 leitos de UTI exclusivos para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) na Clínica Campo Grande; 7 semicríticos no Hospital de Câncer; 10 no Hospital do Pênfigo; 10 leitos de UTI no Hospital El Kadri e 90 leitos clínicos e 30 de UTI na Santa Casa. 

A SES confirma a doação dos 30 leitos de UTI pela empresa Suzano a Mato Grosso do Sul. 

"Deste total, 20 serão destinados ao Estado e 10 ao município de Três Lagoas. Assim que todos os equipamentos estiverem disponíveis, a SES estuda implantar: 10 leitos no Hospital da UFGD em Dourados; 10 leitos, divididos entre os municípios de Ribas do Rio Pardo e Naviraí", divulga ao Correio do Estado.

"Os outros 10 leitos estão em discussão direta com o município de Três Lagoas. A expectativa é que estes leitos estejam em operação até a próxima semana", acrescenta.

Panorama da Covid-19 em 22 de abril de 2021

Mato Grosso do Sul totaliza 240.667 confirmações por Covid-19 desde o início da pandemia, sendo 749 casos nas últimas 24 horas. São 39 mortes de ontem (21) para hoje (22), com isso, o Estado possui 5.374 óbitos.

A média móvel de casos está em 959,9 e a de mortes em 45,7. A taxa de letalidade segue em 2,2 e a de contágio em 1,02.

Campo Grande registra 223 casos em um dia; Três lagoas 111; Dourados 70; Paranaíba 64; Corumbá 32; Fátima do Sul 16; Ivinhema 16; Ponta Porã 16; São Gabriel do Oeste 12; Água Clara 11; entre outros.

As cidades que apresentaram mortes nas últimas 24 horas são Campo Grande, Três Lagoas, Deodápolis, Água Clara, Dourados, Guia Lopes da Laguna, Ribas do Rio Pardo, Corumbá, Ivinhema, Laguna Carapã, Maracaju, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste e Terenos.

Em isolamento domiciliar encontram-se 11.548 doentes. Curados resultam em 222.597. Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

País já tem 14.122.795 brasileiros infectados e 381.475 óbitos. Em um dia, foram registrados 79.719 diagnósticos positivos e 3.472 mortes. Recuperados somam em 12.646.132. A taxa de letalidade no país está em 2,7%. Os dados são do Ministério da Saúde.

Vacinação: o Estado possui 637.058 doses aplicadas. Já o mundo, 950.653.158.

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CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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