Cidades

Campo Grande

Compradores de fios de cobre roubados serão multados e enquadrados por receptação

Além de responder na justiça, comerciante que revender fios de cobre sem comprovar a origem terá alvará cassado por dez anos

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Como medida para coibir furtos de fiações elétricas, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, assinou nesta segunda-feira (9) o decreto que impõe punição para todos aqueles que adquirirem, estocarem, comercializarem ou reciclarem materiais ferrosos sem comprovar a origem.

O proprietário do estabelecimento que for detectado com esses materiais terá o alvará de atendimento cassado por dez anos, deverá pagar multa de R$ 10 mil, e ainda responderá por receptação* com reclusão que pode chegar a 4 anos.

*Art. 180. Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte

"Por onde a gente anda em Campo Grande nós somos cobrados. É parque sem iluminação, escolas públicas que deixam de ter aulas porque foram furtados os fios, avenidas sem luz, acidentes sendo provocados pelo furto de fios de semaforização... São muitos problemas causados por essa situação", afirmou a chefe do Executivo Municipal.

Desde o início do mandato de Adriane Lopes, em abril de 2022, foram furtados cerca de 15 mil metros de fios de cobre, que geraram prejuízo de mais de R$ 200 mil. Segundo a prefeita, os gastos para repor a fiação elétrica acabam atrasando o investimentos em outros setores da Capital.

"É uma medida mais dura para que a gente possa acabar com esse problema, porque deixamos de investir em outras áreas, em escolas, em pavimento, em outras obras na cidade, para ficar repondo fio", pontuou.

A partir da publicação do decreto, as ações de fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) serão realizadas em conjunto com a Defesa Civil e com a Polícia Civil.

"A Semadur já faz a fiscalização, mas não tem poder de punir, então, a fiscalização agora será feita em ação conjunta. Cidade boa para se viver é cidade que tem regra de convivência, e é o que nós vamos buscar estabelecer a partir dessa ação", concluiu Lopes.

O delegado Buno Santacatharina, da 1º Delegacia de Polícia de Campo Grande, afirmou que o decreto terá função importante para reforçar o trabalho dos agentes policiais.

"Na esfera de segurança pública, na esfera criminal, a primeira tese de defesa dessas pessoas que são flagradas com coisa que é produto de crime é ausência de dolo. Ou seja, 'não sabia que era produto de crime'. Essa é a primeira alegação. O decreto reforça o trabalho da polícia, porque, a partir do momento em que é publicado e amplamente divulgado um decreto especificamente em relação a esse tipo de furto, a lei, o decreto, o ato normativo, no sentido amplo, é, presumidamente, do conhecimento de todos, de toda a população. Ninguém pode alegar excusas quanto a isso. Então, reforça o trabalho da polícia, porque a partir de agora, quem for flagrado com esse tipo de objeto, de produto, não pode alegar", explicou Santacatharina.

Problema nacional

De janeiro a junho deste ano, quase 2,9 mil km de fiação foram furtados no Brasil, o equivalente a 16 km por dia. 

O volume é suficiente para cobrir a distância entre as cidades de São Paulo e Belém, no Pará, e supera em 23,5% as ocorrências registradas no mesmo período do ano passado, quando empresas do setor contabilizaram perda de 2,3 mil km de cabos.

Os dados são da Conexis Brasil Digital, entidade que representa as principais operadoras de telefonia e internet do país, e foram divulgados pela Folha de São Paulo nesta segunda-feira (9).

O cobre é um dos principais materiais utilizados em fiações para serviços de telecomunicações e movimenta a ação de criminosos pelo alto valor de mercado. Atualmente, o quilo do metal é cotado em aproximadamente R$ 40, conforme a bolsa de metais de Londres.

A reportagem apontou que o furto de fios não impacta apenas os serviços de telecomunicação. Serviços como transporte sobre trilhos, iluminação das ruas e distribuição de energia elétrica também estão sujeitos a interrupções devido aos furtos e roubos de fios.

Com informações de Folha.

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INFÂNCIA SEGURA

Perigos das férias escolares; da alimentação a riscos dentro e fora de casa

Dra. Kamilla Moussa, pediatra da Unimed Campo Grande, dá dicas para os pais curtirem o descanso dos filhos em segurança

21/12/2024 18h00

Pedriatra confirma aumento nos atendimentos, já que férias podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação

Pedriatra confirma aumento nos atendimentos, já que férias podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação Arquivo/Ilustração

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Período em que os pequenos se vêem livres do ambiente escolar, as férias das crianças costumam deixar os pais de cabelo em pé e, seja por traumas ou outras doenças, os atendimentos pediátricos têm aumento nessa época entre os anos, então por isso é preciso estar atento os perigos que existem dentro e fora de casa. 

Em entrevista ao Correio do Estado, a Dra. Kamilla Moussa, pediatra da Unimed Campo Grande, confirma que é comum observer um aumento nos atendimentos pediátricos durante as férias escolares.

"Isso se deve à maior exposição das crianças a atividades ao ar livre, viagens e mudanças na rotina, que podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação", afirma a Dra. 

Conforme a pediatra, há uma série de casos mais comuns nesse período de férias, por conta das exposições vividas pelos pequenos, que costumam inclusive ter "endereço certo", como bem alerta a profissional, como por exemplo: 

  • Traumas e fraturas: devido a brincadeiras em parques, atividades esportivas e quedas.
  • Afogamentos: em praias, piscinas ou balneários.
  • Queimaduras: relacionadas ao manuseio de fogos de artifício, churrasqueiras ou líquidos quentes.
  • Viroses: por contato mais frequente com outras crianças ou devido a mudanças alimentares que afetam a imunidade.

Perigos em casa

Com os pequenos mais tempo em casa e, consequentemente, os pais tendo que se desdobrar entre os cuidados com os filhos e a casa, as quedas de móveis; escadas ou andadores costumam ser comum e estar no topo dos acidentes mais comuns do período. 

Entranto, os perigos do lar não se resumem à isso, podendo até mesmo o fogão, ferro, líquidos quentes ou tomadas desprotegidas serem os causadores de queimaduras, por exemplo, além de outros riscos. 

São os casos dos afogamentos ou asfixias, que podem acontecer em baldes, tanques ou banheiras, mesmo com pouca quantidade de água, ou mesmo pela ingestão de objetos, brinquedos inadequados para a idade ou sacos plásticos.

Riscos ao ar livre

Da porta para fora também é preciso ter cuidados, quase que redobrados, já que, para além do já citado perigo de afogamento, ao qual as crianças ficam mais sucetíveis ainda em praias, rios e piscinas, há riscos ligados à picada de instos, por exemplo, ou mesmo acidentes com objetos cortantes ou perfurantes, como pedaços de vidro ou conchas, indica Camilla. 

Por isso, a pediatra alerta que os pais devem permanecer em supervisão constante; usar repelentes e roupas seguras, para evitar alguns desses problemas durante as férias. 

Além do risco de afogamento, a Dra. Camilla aponta demais riscos, bem como as medidas de segurança que os pais podem e/ou devem adotar. 

  • Exposição ao sol| Protetor solar adequado, chapéus e roupas leves são indispensáveis para evitar queimaduras e insolação.
     
  • Desidratação| Garantir hidratação frequente com água ou sucos naturais.
     
  • Infecções de pele| Como micoses devido ao contato prolongado com a umidade.
     
  • Cansaço extremo: Manter pausas regulares durante atividades para evitar exaustão.

Em complemento, ela cita ainda um perigo considerado quase invisível, já que está ligado à alimentação dos pequenos, à qual os pais também precisam estar ligados para não afetar a saúde dos filhos. 

"Sim, exageros com a comida são comuns, as crianças podem consumir: doces e alimentos gordurosos em excesso, levando a problemas digestivos como dor de estômago, vômitos ou diarreia. Bebidas açucaradas em excesso, que agravam quadros de desidratação em dias quentes, ou ainda algum tipo de alimento que pode estar malconservado, aumentando o risco de intoxicação alimentar".

Nesse sentido, durante a visita à praias ou balneários, há também o risco de que o pequeno consumo alguma quantidade de água contaminada, com a pediatra indicando que é preciso evitar justamente a ingestão e contato prolongado com qualquer área do tipo que seja considerada suspeita. 

"Durante as férias, a supervisão constante é essencial. É um período de diversão, mas os riscos aumentam pela maior liberdade nas atividades. Reforçar regras de segurança e manter um kit de primeiros socorros em casa e durante passeios pode evitar complicações", conclui a pediatra.

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TRAGÉDIA | MG

Com 38 mortes, acidente em rodovia federal é o maior desde 2007, diz PRF

Através das redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva lamentou o acidente rodoviário

21/12/2024 17h30

Segundo a PRF, número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços.

Segundo a PRF, número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços. Reprodução/Corpo de Bombeiros MG

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Ainda nas primeiras horas deste sábado (21), uma batida envolvendo um ônibus e uma carreta, na rodovia BR-116, já é considerado o maior acidente rodoviário, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), já que pelo menos 38 morreram. 

Com o passar do dia, os números de vítimas fatais foram subindo, sendo inicialmente divulgado a morte de 22 pessoas, que após atualizações do Corpo de Bombeiros subiu para 38. 

Esse acidente foi registrado ainda durante a madrugada, por volta de 03h, na altura da cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. 

Segundo os bombeiros, 37 corpos já foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), sendo que uma 38ª vítima morreu no hospital. Conforme a PRF esse é o maior acidente rodoviário desde 2007.

Mensagem da presidência

Através das redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva lamentou neste sábado (21) o acidente rodoviário que deixou mais de 30 mortos durante a madrugada em Teófilo Otoni (MG).

Entenda

Informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), indicam que esse acidente foi causado depois que um grande bloco de granito, trasnportado pela carreta em questão, se desprendeu do veículo e bateu em um ônibus de viagem. 

Vindo no sentido contrário, com o impacto da rocha, segundo a PRF, o ônibus se incendiou e um terceiro carro, de passeio, também se chocou contra a carreta e seus três ocupantes ficaram gravemente feridos.

Nas palavras da própria PRF, esse número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços.

 

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