Cidades

REPERCUSSÃO

Condenado pela morte de Eliza, Bruno se diz em "Luto pela minha família" com derrota de Bolsonaro

Criminoso vive em regime semiaberto desde 2019, já deixou de pagar pensão, com valores em aberto que somam cerca de R$ 650 mil

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Em regime semiaberto, Bruno Fernandes de Souza - condenado pela morte de Eliza Samúdio, com notoriedade nacional por seus atrasos de pensão -, apontou estar "em luto pela minha família", mas devido à derrota de Jair Bolsonaro nas urnas neste domingo (30). 

Em publicação no instagram, o goleiro estendeu um "agradecimento" à Jair Bolsonaro por "me fazer ter orgulho de ser brasileiro!". 

Bruno ganha repercussão na mídia sempre que um novo capítulo, no atraso da pensão de seu filho, tem um desdobramento. 

Ex-jogador do Flamengo, ainda no mês passado ele teria arrecadado R$ 90, para enviar ao seu filho e ganhou notoriedade após "sumir" com o montante que teria usurpado de seus "fãs". 

Todo esse montante, vale ressaltar, vem sendo corrigado à tempos, com juros de 1% ao mês, e já giram em torno de R$ 150 mil. 

Cerca de R$ 150 mil dessa indenização que deve ao filho, referem-se a danos materiais, sendo o restante por danos morais, conforme valores atualizados na última sexta-feira (28).  

Carregando o mesmo nome do pai, o filho de Bruno e Eliza, desde a época do crime (que completou 12 anos em junho de 2022), é criado pela avó, Sônia Moura, mãe de Eliza Samudio, assassinada pelo atleta em 2010.

Importante ressaltar que, após o crime hediondo, Bruno ainda teve chance de voltar ao esporte, sendo atleta pelo Rio Branco Football Club.

Relembre

Eliza Samúdio foi morta por estrangulamento, esquartejada e enterrada sob camada de concreto pelo ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, em 10 de junho de 2010.

Bruno, de 37 anos, foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, mas, atualmente, cumpre a pena em regime aberto.

O filho do casal, tem 12 anos e mora com a avó em Campo Grande. Ela cria o menino desde a morte da filha.

Em entrevista ao Correio do Estado em novembro de 2021, a avó lamentou a cena de um homem fantasiado de Bruno, com o saco de lixo na mão em alusão a Eliza.

“Fico muito triste em falar sobre isso, aquela cena mexeu com o meu psicológico, porque a minha filha foi remetida ao lixo. Minha filha é um ser humano, não é um lixo”, argumentou. 

 

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CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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