Cidades

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Laudo prevê indenização de R$ 377 milhões ao consórcio Guaicurus

Além dos valores retroativos, um laudo pericial também aponta que a passagem de ônibus teria de passar de R$ 4,75 para R$ 6,90

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Laudo técnico concluído na última sexta-feira (23) para ser entregue à Justiça concluiu que o consórcio Guaicurus, que está sendo alvo de uma CPI na Câmara de Vereadores de Campo Grande, tem direito a uma indenização de R$ 377.031.572,22.

E este valor, que teria de ser garantido pelo poder concedente, que é a prefeitura, ainda não contabiliza os juros e a correção monetária relativa a outubro de 2012, quando foi assinado o contrato de concessão,  e dezembro do ano passado. 

De acordo com este laudo, feito pelo Instituto Brasileiro de Estudos Científicos (IBEC), atendendo a pedido do consórcio, a tarifa do transporte coletivo deveria ter sofrido reajuste de 142% no período de 11 anos analisado pelos peritos.

Em vez disso, porém, os aumentos acumulados somam apenas 66,67%. Quando da assinatura do contrato, a passagem estava em R$ 2,85. Agora, está em R$ 4,75. Mas, de acordo com a perícia, deveria estar em R$ 6,90 no final do ano passado. 

Neste mesmo período, aponta a perícia, o salário dos motoristas, que é o principal custo operacional (40%), teve aumento de 89%. O  diesel, que representa 25% dos custos, subiu 155%. Peças e insumos variados tiveram alta de 104%, apontam os peritos. 

No laudo, que foi encomendado pelos donos dos ônibus, não aponta, porém, a queda no consumo e a redução de gastos com o combustível ou na folha de pagamento por conta da redução de veículos em circulação. 

Os peritos responderam a 19 quesitos, todos formulados pelo consórcio e nenhum deles fazia referência ao enxugamento dos custos operacionais ao longo destes anos. No período, por exemplo, duas das quatro garagens foram desativadas e o consórcio, apesar de ser composto por quatro empresa, se resume a somente duas, pertencentes a um único grupo empresarial. 

Por outro lado, dá grande destaque à redução no número de usuários do transporte coletivo, o que ajuda a explicar a queda no faturamento e a suposto diferença de R$ 377 milhões entre aquilo que deveria ter entrado e aquilo que efetivamente entrou nos cofres das empresas. 

Em 2013, primeiro ano do contrato, foram 78,59 milhões de usuários do transporte coletivo. No ano passado, de acordo com o laudo, foram apenas 45,62 milhões, o que corresponde a uma queda da ordem de 42%. 

O contrato de concessão prevê uma margem de lucro de 9,4% sobre o patrimônio das empresas. Porém, em nenhum ano este percentual foi alcançado.  De acordo com os peritos, o percentual foi de apenas 1,5%, em média. Os problemas mais graves, aponta o laudo, começaram  em 2020, por conta da pandemia.

Desde então, somente em 2022 é que as empresas não fecharam no vermelho, conforme os dados oficiais apresentados por elas e divulgados no laudo. Mesmo assim, aponta o mesmo estudo, o consórcio ainda acumula lucro de R$ 27,3 milhões nestes 11 anos. 

CONTRADIÇÕES

Esta perícia contradiz, inclusive, um laudo anterior apontando que até 2019 o lucro das empresas estava 78% acima daquilo que previa o contrato e por conta disso as empresas não tinham direito a revisão tarifária extra. Aquele estudo apontava que o lucro dos sete primeiros anos deveria ser de R$ 38 milhões, mas superou os R$ 68 milhões.

Mas, mesmo que não tivesse havido pandemia ou queda no número de usuários, a perícia encomendada pelos donos dos ônibus diz agora que merecem indenização desde o começo do contrato. Em 2013, por exemplo, dizem que deveriam ter faturado quase R$ 27,6 milhões a mais do que aquilo que conseguiram.

A diferença entre aquilo que as empresas faturaram e aquilo que dizem ter direito seria ainda maior se não fossem os subsídios que a prefeitura e governo do estado têm repassado nos últimos quatro anos, que superam os R$ 89 milhões. Não fosse essa ajuda, as concessionárias estariam exigindo agora R$ 466 milhões de indenização. 
 

Economia

Procon de Campo Grande atendeu mais de 2,3 mil consumidores em 2025

Durante o ano, o órgão realizou 822 audiências de conciliação e 486 ações fiscalizatórias através de denúncias no canal 156

21/12/2025 16h30

Procon realizou ações em vários estabelecimentos da Capital

Procon realizou ações em vários estabelecimentos da Capital FOTO: Valdenir Rezende/Arquivo Correio do Estado

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Ao longo de 2025, 2.306 consumidores precisaram acionar o Procon Municipal de Campo Grande para receber desde orientações técnicas até formalização de reclamações. 

O balanço divulgado pelo órgão, ligado à Secretaria de Assistência Social (SAS) apontou que, destes atendimentos, 242 casos foram solucionados diretamente pelas notificações, sem a necessidade de abertura de um processo administrativo. Ao todo, foram realizadas 822 audiências de conciliação.

Através do canal 156, foram recebidas denúncias que resultaram em fiscalizações diretas e 486 ações fiscalizatórias. 

Além disso, foram fiscalizados supermercados, postos de gasolina, distribuidoras de combustível, lojas de suplementos, agências bancárias, óticas, pet shops e todos os shoppings da Capital. 

O superintendente do Procon Municipal, José Costa Neto, destacou que a gestão 2025 focou em equilibrar a fiscalização rigorosa e o empoderamento do consumidor. 

“O balanço de 2025 reflete um Procon cada vez mais presente no dia a dia de Campo Grande. Superamos a marca de 2.300 atendimentos priorizando a agilidade; resolver 242 casos apenas com notificações mostra que as empresas estão mais atentas ao peso do órgão. Mas o nosso maior legado este ano foi a prevenção. Quando monitoramos preços por quatro semanas antes da Black Friday ou levamos palestras de educação financeira aos bairros, estamos dando ao consumidor a ferramenta mais poderosa que existe: a informação. Nossa fiscalização, que percorreu desde os postos de combustível até todos os shoppings da capital, garante que as regras sejam cumpridas, mas é a educação do consumidor que transforma o mercado a longo prazo.”

Ações de fiscalização

O Procon intensificou o monitoramento em estabelecimentos de Campo Grande em datas estratégicas, marcadas por grande movimento. 

Na Black Friday, o órgão acompanhou o comportamento dos preços de 29 produtos em grandes lojas do Centro durante quatro semanas. 

Durante o dia das mães, as ações do Procon orientaram 462 consumidores. No Dia dos Pais, o foco foi no setor de serviços, resultando em visitas técnicas em 12 barbearias por toda a cidade. 

Educação Financeira

O setor de Projetos e Pesquisas do Procon levou 6 palestras orientativas por toda a Campo Grande, com temas cruciais como Educação Financeira e Prevenção de Golpes. 

No total, aproximadamente 500 consumidores participaram das palestras, fortalecendo a cultura do consumo consciente e seguro. 

MATO GROSSO DO SUL

Blitz na MS-164 apreende mais de 150 canetas emagrecedoras dentro de veículo

Mercadorias de origem estrangeira estavam sem comprovação legal de importação

21/12/2025 16h00

Ao todo, 175 canetas emagrecedoras foram encontradas no meio da mercadoria

Ao todo, 175 canetas emagrecedoras foram encontradas no meio da mercadoria Divulgação

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Uma fiscalização de rotina da Polícia Militar Rodoviária (PMR) resultou na apreensão de uma grande carga de produtos de origem estrangeira transportados de forma irregular, na tarde deste sábado (20), em Ponta Porã, região de fronteira com o Paraguai.

De acordo com o portal Dourados News, a ação ocorreu por volta das 12h45, durante uma blitz realizada pela equipe da Base Operacional de Aquidabã, na rodovia MS-164, no km 105, em frente à unidade policial. Durante a abordagem a um veículo de passeio, os policiais encontraram diversos itens sem comprovação legal de importação.

Entre os produtos apreendidos estavam mercadorias dos ramos de perfumaria, farmácia, informática e mecânica. O destaque da ocorrência ficou por conta de 175 canetas emagrecedoras, de uso controlado, sendo 32 unidades de TG 15 mg, 115 unidades de Lipoless 15 mg, 25 unidades de Tirzec 15 mg, além de uma unidade de Lipoless 10 mg, uma de Lipoless 5 mg e duas de Retatrutide Loss.

Diante da irregularidade, o veículo, os produtos e os envolvidos foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal para as providências legais cabíveis.

Segundo a PMR, o valor estimado da mercadoria apreendida é de R$ 142.060, enquanto o veículo foi avaliado em R$ 80.500, totalizando um prejuízo de R$ 223.100 ao crime.

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