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Consumo de energia em MS bate recorde e diferença é capaz de abastecer Dourados

Uso de energia elétrica registrou picos de demanda em setembro e em novembro deste ano, com 1.419 MWh no dia 16

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Com as altas temperaturas que atingem Mato Grosso do Sul nos últimos meses, o consumo de energia tem alcançado números extremos. De acordo com a Energisa, fornecedora de energia de Mato Grosso do Sul, em setembro e em novembro, foram registrados recordes de demanda no Estado, com diferença de até 8 megawatts entre os dias 25 e 26 setembro, valor capaz de abastecer Dourados por mais de um dia.

Ao Correio do Estado, a Energisa informou que os maiores registros ocorreram na primeira onda de calor do ano, que fez o uso de energia elétrica atingir patamares altos nos dias 21, 25 e 26 de setembro, com consumo de 1.248 megawatts-hora (MWh), 1.395 MWh e 1.403 MWh, respectivamente. 

Segundo Jonas Ortiz, coordenador comercial da Energisa, apenas a diferença de elevação no consumo entre os dias 25 e 26 de setembro seria capaz de abastecer toda a cidade de Dourados por mais de um dia. 

“As famílias sul-mato-grossenses consumiram, em média, 41% mais energia entre os meses de agosto e novembro do que no restante do ano. Em outubro deste ano, por exemplo, houve um aumento de 40% no consumo de energia na área sob a concessão da Energisa, em comparação com o mês de outubro de 2022”, completa.

Um novo pico de demanda de energia elétrica no Estado foi registrado pela Energisa na quinta-feira (16), às 21h45min, em que a demanda alcançou 1.419 MWh.

O aumento exponencial do consumo de energia elétrica em Mato Grosso do Sul tem sido uma realidade preocupante em 2023, impulsionado por recordes mensais de temperatura que elevaram a demanda a patamares inéditos. 

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o Sistema Interligado Nacional ultrapassou os 100 mil megawatts, um marco histórico para o País.

Em Mato Grosso do Sul, a concessionária Energisa destaca que está preparada para lidar com demandas extraordinárias e que elaborou um plano de contingência específico para enfrentar as condições climáticas extremas.

“Contamos com investimento e ações prévias de manutenção e de substituição de equipamentos na rede de distribuição, que está preparada para atender às demandas extraordinárias causadas pelas altas temperaturas – que têm sido cada vez mais intensas, prolongadas e severas – a fim de garantir o acesso à energia elétrica de forma confiável e contínua”, afirma a empresa.

A Energisa também esclarece que as interrupções e as oscilações de energia têm sido provocadas pelas condições climáticas atípicas, como altas temperaturas, queimadas e fenômenos meteorológicos. Até o momento, a concessionária diz que as ocorrências estão dentro da normalidade, sem bairros inteiros sem energia, e que equipes estão trabalhando continuamente para solucionar situações pontuais.

“A Energisa tem orientado a população a redobrar a atenção com o consumo de energia elétrica. Neste período, é comum que o aumento do uso de eletrodomésticos, como aparelhos de ar-condicionado, ventiladores, máquinas de lavar e refrigeradores, resulte no aumento individual do consumo de energia, refletindo em faturas mais altas”.

A concessionária tem orientado a população a adotar medidas para o uso eficiente e econômico da energia elétrica. As dicas incluem ajustar adequadamente a temperatura do ar-condicionado, evitar o uso simultâneo de muitos aparelhos durante a noite e preferir lâmpadas de LED, que consomem até 80% menos energia.

“Os eletrodomésticos passam a gastar mais energia para se manter operando em altas temperaturas. Orientamos ainda evitar a utilização de muitos aparelhos simultaneamente no período da noite. No passado, os maiores consumos registrados ocorriam no período da tarde, já nos últimos dois anos, o comportamento do cliente mudou e o aumento de consumo identificado pela classe residencial ocorre no período da noite (por volta das 22h), por conta da grande utilização de condicionadores de ar”, afirma a Energisa.

Quanto às condições meteorológicas extremas que têm afetado o Brasil, causadas pelo fenômeno El Niño, o Grupo Energisa reforça seu plano estratégico de contingência. Investimentos e ações preventivas buscam assegurar o fornecimento de energia, demonstrando a adaptação constante da empresa às mudanças climáticas.

O desafio persiste em Mato Grosso do Sul, e a população é instada a adotar práticas conscientes de consumo enquanto a Energisa trabalha incessantemente para garantir a estabilidade do fornecimento de energia elétrica em meio a um cenário climático cada vez mais imprevisível.

CALOR

Vários municípios de Mato Grosso do Sul têm registrado recordes de calor nos últimos meses. O calorão extremo deu uma trégua no domingo, e as temperaturas devem se manter amenas durante esta semana.

No entanto, nas últimas semanas, o Estado enfrentou a terceira onda de calor registrada neste ano, com condições meteorológicas extremas, de altíssimas temperaturas e baixa umidade relativa do ar.

Dezenas de cidades tiveram sensação térmica acima de 40°C. Além disso, as condições favoreceram a propagação dos incêndios florestais. No Pantanal, a fumaça dos incêndios se alastrou para vários outros municípios, incluindo Campo Grande, gerando alerta para a qualidade do ar em níveis críticos.

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Aneel anuncia que janeiro terá bandeira verde e contas de luz não terão custo extra

Com condições de geração favoráveis, foi possível mudar da bandeira amarela para verde

23/12/2025 17h50

MS é o estado onde mais se pesquisou como se cadastrar na tarifa social de energia elétrica

MS é o estado onde mais se pesquisou como se cadastrar na tarifa social de energia elétrica Divulgação

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou, nesta terça-feira (23), que a bandeira tarifária no mês de janeiro de 2026 será verde, ou seja, começará sem custo extra na conta de energia da população brasileira. 

Isto porque, apesar do período chuvoso estar abaixo da média histórica, os meses de novembro e dezembro tiveram uma manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas. Com isso, em janeiro de 2026 não será necessário despachar as termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor.

O último mês deste ano teve o acionamento da bandeira amarela, representando um alívio em relação à vermelha patamar 1, que vigorou em novembro. A medida reduziu em R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h) consumidos e passou a R$ 1,885.

Sistema de bandeiras 

O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar o custo real da energia. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, e o acionamento de fontes de geração. 

De acordo com a Aneel, sua aplicação gerou economia em juros evitados na ordem de R$ 12,9 bilhões desde sua criação.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.

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Presidente do TJMS nega liminar e mantém apreensão de HD de empresa investigada pelo Gecoc

Desembargador Dorival Renato Pavan rejeita Habeas Corpus da defesa de Jorge Lopes Cáceres, afirmando que pedido deveria ter sido feito ao juízo de primeira instância

23/12/2025 17h01

MPMS recolheu malotes com documentos de empresas alvo da operação Apagar das Luzes

MPMS recolheu malotes com documentos de empresas alvo da operação Apagar das Luzes Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), desembargador Dorival Renato Pavan, negou o pedido de liminar em Habeas Corpus impetrado pela defesa do empresário Jorge Lopes Cáceres, um dos sócios da JLC Construtora. A decisão mantém a validade da apreensão de um SSD de 2 terabytes realizada pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) durante a "Operação Apagar das Luzes", na última sexta-feira (19).

A defesa alegava que a apreensão do dispositivo foi ilegal e configurava "pesca probatória", mas o desembargador rechaçou os argumentos, afirmando que a defesa "queimou etapas" ao recorrer diretamente ao Tribunal e que a ordem judicial não continha ilegalidades.

Na manhã de 19 de dezembro, agentes do Gecoc cumpriram um mandado de busca e apreensão na sede da JLC Construtora, empresa responsável por contratos de iluminação pública na capital. Durante a operação, foi apreendido um SSD de 2TB que, segundo a defesa, contém mais de 20 anos de informações fiscais e financeiras da empresa.

No sábado, os advogados de Jorge Lopes Cáceres, do escritório Gustavo Passarelli, impetraram um Habeas Corpus no TJMS, argumentando que o mandado judicial autorizava apenas o "acesso" ao conteúdo do HD, e não sua remoção física. A defesa classificou a ação do promotor Adriano Lobo, que acompanhou a diligência, como um "excesso" e uma fishing expedition (busca exploratória de provas), pedindo a anulação da prova e a devolução imediata do equipamento.

Ao analisar o pedido de liminar durante o plantão judiciário, o desembargador Dorival Renato Pavan negou a urgência da solicitação. O presidente do TJMS apontou um erro processual da defesa. Segundo ele, qualquer questionamento sobre a forma como o mandado foi cumprido deveria ter sido apresentado primeiro ao juiz de primeira instância que autorizou a busca, e não diretamente ao Tribunal.

O desembargador também refutou a tese de que a ordem judicial era genérica ou que o promotor agiu com excesso. Ele argumentou que, em investigações complexas, é impossível detalhar previamente todos os itens a serem apreendidos.

Operação Apagar das Luzes

Ao menos nove contratos relacionados ao serviço receberam reajustes próximos de 25%, percentual máximo permitido pela legislação, mesmo em um período de crise financeira enfrentada pela prefeitura.

Os contratos foram assinados inicialmente entre maio e junho de 2024 e, menos de um ano depois, receberam aditivos em 13 de março, elevando significativamente os valores.

Os reajustes ocorreram menos de uma semana após a prefeita Adriane Lopes publicar decreto determinando a redução de 25% nos gastos com água, luz e combustíveis, além da revisão para menor de todos os contratos com prestadores de serviço.

Ainda assim, no dia 13 de março, seis contratos com empresas do setor foram elevados, garantindo repasse extra de R$ 5,44 milhões apenas com os aditivos.

Os aumentos variaram entre 24,92% e 24,98%, muito acima da inflação oficial acumulada nos 12 meses anteriores, que era de 5%, segundo o IBGE. Quando da assinatura inicial, as empresas B&C e JLC tinham direito a faturar R$ 21,82 milhões. Após os reajustes, o valor saltou para R$ 27,27 milhões.

Dos seis contratos reajustados naquele momento, quatro tratam da manutenção, implantação e ampliação do sistema de iluminação pública nas regiões do Anhanduizinho, Lagoa, Bandeira e região central, áreas que já contavam com luminárias de LED.

Os outros dois contratos referem-se à implantação de luminárias públicas LED Solar, com fornecimento de materiais, nas avenidas José Barbosa Rodrigues e Amaro Castro Lima, além da instalação do mesmo tipo de luminárias nos parques Soter, Ayrton Senna, Jacques da Luz e no poliesportivo da Vila Nasser.

Dias depois, em 19 de março, outros três contratos com a empresa B&C, receberam novos aditivos, novamente com reajustes próximos de 25%. Apenas nesses contratos, a empresa obteve faturamento extra de R$ 2,77 milhões.

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