Cidades

TEMPORARIAMENTE

Coronel Neidy é a primeira mulher a assumir o comando-geral da Polícia Militar de MS

Ela ficará a frente do cargo temporariamente, devido ao afastamento do coronel Renato dos Anjos, que sofreu acidente

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A subcomandante-geral da Polícia Militar, Neidy Nunes Barbosa Centurião, irá desempenhar a função de comandante-geral da PM de Mato Grosso do Sul até o fim de agosto, sendo a primeira mulher a assumir a chefia da corporação no Estado.

O acúmulo de função será temporário, de 30 de junho até 28 e agosto, devido ao afastamento do comandante-geral, coronel Renato dos Anjos Garnes, que sofreu um acidente em maio.

O decreto que designa a coronel Neidy para desempenhar a função de comandante-geral foi publicado no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (13).

Apesar de ser temporariamente, é a primeira vez que uma mulher assume o comando da PM desde a criação do Estado.

Em 2020, ela já havia sido a primeira mulher a ser promovida para o cargo de coronel na corporação do Estado. Neste ano, ela assumiu o cargo de subcomandante da PM, também sendo a primeira mulher nesta posição.

Neidy Nunes Barbosa Centurião tem 27 anos de atuação na corporação. Ela atuou na Companhia de Trânsito, Policiamento Montado, 1° Batalhão, Comunicação Social, comando da Cavalaria e o subcomando da PM de Corumbá e do Batalhão Rodoviário e foi uma das fundadoras do Centro de Equoterapia da PMMS.

Sobre o afastamento do coronel Renato dos Anjos Garnes, o Correio do Estado entrou em contato com a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) para saber o estado de saúde do coronel, que está afastado há cerca de um mês e meio, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Acidente

Uma viatura da Polícia Militar aquaplanou e capotou no dia 30 de maio, deixando três militares ficaram feridos, na MS-040, próximo a Santa Rita do Pardo.

Na viatura, estavam o comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, coronel Renato dos Anjos Garnes, uma cabo, um sargento e um major.

Os policiais estavam em uma viatura TrailBlazer descaracterizada, voltando de Santa Rita do Pardo e, no km 180, o veículo sofreu uma aquaplanagem, capotou por várias e parou às margens da rodovia, tombado de lado. 

A pista estava molhada devido às chuvas que caiam há dias no Estado no período.

Um ônibus de turismo que passava pelo local ajudou no resgate dos policiais, os transportando até o mini anel rodoviário de Campo Grande, onde foi interceptado pelo Corpo de Bombeiros e equipes da PM e da concessionária CCR MSVia, que já haviam sido avisadas do acidente e aguardavam para o resgate.

O comandante-geral foi encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande, consciente e orientado, sem ferimentos aparentes.

O sargento estava com indícios de lesão na coluna cervical, reclamando de dores no pescoço, enquanto a cabo teve traumatismo crânio-encefálico (TCE) leve. Já o major não precisou de atendimento médico e permaneceu no local do acidente.

Ainda segundo informações, apesar dos ferimentos, nenhum dos militares corria risco de morte.

 

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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