Cidades

PASSADO

Correio do Estado nasceu com a missão de servir a sociedade e se tornou referência

Jornal passou a circular em 1954 e contou com o brilhantismo do professor J. Barbosa Rodrigues para ganhar projeção

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Quando a primeira edição do Jornal Correio do Estado foi publicada, no dia 7 de fevereiro de 1954, tendo como manchete a chegada de técnicos encarregados pela perfuração dos poços artesianos para abastecer o Bairro Amambaí, em Campo Grande, ainda no Mato Grosso uno, havia a ambição de que a publicação atingisse todo o Estado, servindo “o povo de nossa terra, informando-o, indagando dos seus problemas, empenhando-se na sua solução, batendo-se por seus direitos e verdadeiros interesses”.

Passados 70 anos, tendo como farol o brilhantismo do professor e jornalista J. Barbosa Rodrigues, o periódico não só alcançou a ambiciosa meta, mas também se tornou referência em Mato Grosso do Sul, graças à credibilidade adquirida ao longo das últimas sete décadas.

O Correio do Estado vivenciou e registrou os momentos mais marcantes do Estado, do Brasil e do mundo, desde o golpe de 1964, que ocorreu 10 anos após a fundação do jornal, no dia 1º de abril, e a chegada do homem à Lua, em 20 de julho de 1969, até a criação de Mato Grosso do Sul, em 11 de outubro de 1977, fruto da divisão de Mato Grosso, e o atentado terrorista às Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, nos EUA, em 11 de setembro de 2001.

Nesses anos todos, o Correio do Estado também registrou o problema das enchentes na região central de Campo Grande e também na periferia da cidade, no início da década de 1990, algo que até hoje ainda continua sem solução, principalmente nos bairros.

O jornal ainda noticiou a eleição do primeiro governador do PT em Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, em 1999, e a ascensão do então prefeito de Campo Grande, o médico André Puccinelli (MDB), ao governo do Estado, em 2006, bem como a vitória de Reinaldo Azambuja (PSDB) para governar Mato Grosso do Sul em 2014.

O periódico também acompanhou as cinco conquistas do futebol brasileiro, desde a Copa de 1958, na Suécia, passando pela Copa de 1962, no Chile, pela Copa de 1970, no México, até a Copa de 2002, no Japão e na Coreia do Sul.

No tricampeonato da seleção brasileira de futebol, o Correio do Estado trouxe a manchente “Acabou a festa: a Copa é nossa”.

A conquista foi muito celebrada pela população de Campo Grande, que na época ainda fazia parte do Mato Grosso uno.

Na retomada da democracia no Brasil, o Correio do Estado também esteve presente ao noticiar, em 15 de janeiro de 1985, que o País conheceria seu novo presidente.

Na mesma edição, o jornal revelou que o então presidente, general João Batista de Figueiredo, acompanhou pela televisão, do hospital onde estava internado, a votação do colégio eleitoral, enquanto em Campo Grande a população estava mobilizada desde as 6h.

Também coube ao Correio do Estado noticiar a morte do presidente eleito Tancredo Neves, no dia 21 de abril de 1985, trazendo como manchete o fato: “Tancredo morreu”. Ainda na mesma edição, o jornal falou sobre a 47ª Expogrande.

Na década de 1990, mais precisamente em fevereiro de 1994, o Correio do Estado trouxe a criação do Plano Real, alertando que, com a Unidade Real de Valor (URV), provocaria perdas salariais aos trabalhadores.

Nas seis primeiras décadas de existência do Correio do Estado, o jornal foi a principal fonte de informação da população de Campo Grande e das principais cidades do sul do Mato Grosso e, depois de 1977, de todo o Mato Grosso do Sul.

A verdade é que, desde a sua criação em 1954 até os dias atuais, se é importante para os leitores sul-mato-grossenses, está no Correio do Estado.

 

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FALTA DE MEDICAMENTOS

Cinco anos depois e HR segue tratando à míngua pacientes com câncer

Em 2019 a Justiça já havia determinado fim da falta de medicamentos, mas a carência persite e por isso o MPE abriu nova investigação nesta sexta-feira

20/09/2024 11h55

Em maio deste ano, 641 pessoas procuraram atendimento contra o câncer no Hospital Regional de Campo Grande

Em maio deste ano, 641 pessoas procuraram atendimento contra o câncer no Hospital Regional de Campo Grande

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Cinco anos depois de o Ministério Público Estadual conseguir na primeira e segunda instância da Justiça uma decisão obrigando o Governo do Estado a acabar com a falta crônica de medicamentos para o tratamento contra o câncer no Hospital Regional de Campo Grande, o problema continua e por isso virou alvo de mais um inquérito civil instaurado pelo MPE. 

A decisão sobre a abertura do inquérito foi publicada no diário oficial do MPE nesta sexta-feria (20) e entre as justificativas o promotor Marcos Roberto Dietz escreve que “a gravidade das falhas, em especial quando ocorre no campo da oncologia, pode resultar no agravamento do quadro dos pacientes, terminando, não raras vezes, no aumento da demanda hospitalar e majoração dos índices de mortalidade por câncer no Estado”. 

Na abertura da investigação, a promotoria diz que recebeu relatos de pelo menos dois pacientes nas últimas semanas. "Já não é a primeira vez que falta. Remédio essencial para salvar vidas'. A segunda reclamante diz que "Não é a primeira vez, isso tem sido recorrente, com isso tem atrapalhado meu tratamento e meu processo de cura," informaram os pacientes ao MPE. 

Além de relatos de pacientes que procuraram o MPE, o inquérito mostra o desespero dos próprios médicos com a situação. Em carta enviada à promotoria no dia 2 de setembro os profissionais dizem que “tais falhas geram real perda da possibilidade de cura, progressão evidente da doença e óbitos”. 

Em suas justificativas para abertura de nova investigação o promotor explica que “o Estado de Mato Grosso do Sul e a Fundação Serviços de Saúde (FUNSAU), passados mais de 5 (cinco) anos da decisão judicial citada em linhas anteriores, não adotaram as providências cabíveis para fornecimento contínuo de medicamentos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Ou seja, antes e depois da decisão judicial é observado o grave cenário de desabastecimentos de medicamentos básicos do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, implicando reconhecer falhas estruturais e estratégias nos procedimentos de aquisição e distribuição dos itens”. 

A promotoria até já ouviu os representantes do hospital para explicarem a demora na compra. Estes, por sua vez, deixam claro que existe um “racha” na administração estadual, que está preparando a "privatização" do hospital. Os administradores reclamam que perderam a autonomia para fazerem as compras. Esta responsabilidade passou para a Secretaria de Administração.

 “Os processos de compra conduzidos pela Secretaria de Estado de Administração (SAD) são marcados por excessiva morosidade, de modo que "a maioria dos processos de compra iniciou em 2023, permanecendo por meses na SAD sem andamento", explicaram os administradores ao promotor. 

Essa centralização das compras ocorre desde meados do ano passado, conforme a direção do hospital. E, além de provocar mortes, ela onera os cofres públicos, embora o objetivo da centralização fosse exatamente o contrário. “As compras emergenciais realizadas HRMS têm sido mais econômicas do que as realizadas regularmente pela SAD”, relatou a direção do hospital à promotoria. 

E não é um ou outro medicamento que está em falta. “Os atrasos incidem sobre demanda contínua (não há itens novos), 88 (oitenta e oito) quimioterápicos, sendo cerca de 15 (quinze) de consumo mais frequente. Atualmente a falta tem ocorrido de modo geral, não só em quimioterápicos, o que também se atribui à crescente demanda oncológica”, diz o texto do inquérito. 

ALTA NA PROCURA

A direção do hospital acredita que existe alguma irregularidade no aumento desta demanda. “Sugerem que se comparem os números de atendimentos oncológicos entre os hospitais, pois há muita discrepância, de modo que o HRMS tem sido mais onerado pela regulação do que outros hospitais desta capital que oferecem serviços oncológicos”. 

Ou seja, dão a entender que faltam medicamentos porque a regulação, que é municipal, manda gente demais para o Regional. Em média, diz a direção do hospital, eram 300 por mês em 2022. No fim do ano passado, essa média mensal já estava em 450. A quantidade de novos casos saltou de 15 para 45 mensalmente de 2022 para 2023. Em maio de 2024 havia 641 pessoas em tratamento, com 53 novos casos.

Em vistoria feita em março deste ano ano pelo MPE, também foram constatados outros graves problemas no hospital. Um deles é a falta de profissionais da enfermagem, o que obrigou inclusive a desativação de leitos para pacientes oncológicos. 

Nesta mesmo vistoria também foi constatado que os pacientes enfrentam extremo calor, pois não havia ar condicionado. Aqueles que conseguiam, traziam ventilador de casa. 

FALTA DE CONTRATOS

O inquérito também evidencia que os problemas do hospital não se restringem à demora na aquisição de medicamentos. A direção revelou ao promotor situação delicada com os setores de anestesiologia e limpeza hospitalar.

“O contrato venceu ano passado e desde então estão pagando por indenização (reconhecimento de dívida). A estrutura do hospital somente comporta a contratação da Servan, por ter um corpo maior de profissionais, porém, a nova lei não permite a contratação emergencial da mesma empresa. E,  não é possível contratar anestesistas de fora, pois necessitam de profissionais locais para que o serviço não tenha interrupções. O serviço de lavanderia também está provocando pagamento de indenizações”, relata o promotor no inquérito. 
 

Monitoramento climático

MS vai ganhar mais 19 estações meteorológicas

Sete das estações serão instaladas na planície pantaneira; todas elas vão integrar o sistema global de monitoramento climático

20/09/2024 11h00

Uma das estações será instalada no Pantanal da Nhecolândia

Uma das estações será instalada no Pantanal da Nhecolândia Arquivo

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 O Governo do Estado vai investir R$ 7,8 milhões na instalação de 19 novas estações meteorológicas em Mato Grosso do Sul, sendo sete delas na planície pantaneira. 

  O projeto foi realizado em parceria com a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), que irá instalar as estações meteorológicas e ficará responsável pela manutenção e monitoramento. O processamento e análise de dados será feito pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec).  

Com exclusividade ao Correio do Estado, a Aprosoja informou que já existe um mapeamento de onde as estações serão instaladas, mas ainda está sendo feito o levantamento de viabilidade da instalação, que exige minuciosidade, visto que as estações vão integrar o    sistema global  de monitoramento climático.

O investimento total de R$ 7.895.834,31 foi divulgado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (20), e será feito pelo Estado por intermédio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), com recursos do Fundo para o Desenvolvimento das Culturas de Milho e Soja (Fundems), do Fundo de Regularização de Terras (FUNTER) e Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS).

O texto menciona que a instalação de novas estações é de interesse público, e que a finalidade é coletar dados e informações consistentes e precisas relativas a meteorologia, que "possibilitem estruturar análises técnicas e difusão de pesquisas de interesse científico, técnico e econômico, que são essenciais para a tomada de decisões que subsidiem o desenvolvimento sustentável e contribuam para a preservação do meio ambiente no Estado de Mato Grosso do Sul".

Localidades

Das estações, 12 serão instaladas em municípios e sete na planície pantaneira:

Municípios:

  • Alcinópolis;
  • Aquidauana;
  • Amambai;
  • Anaurilândia;
  • Água Clara;
  • Inocência;
  • Figueirão;
  • Naviraí;
  • Nioaque;
  • Ribas do Rio Pardo;
  • Paraíso das Águas;
  • e Corguinho.

Planície Pantaneira:

  • Rio Paraguai;
  • Nabileque;
  • Nhecolândia;
  • Abobral;
  • Cáceres;
  • e Paiaguá (2)

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