Mais afetadas, crianças de até 4 anos representam 658 dos 1,4 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) de Campo Grande em 2025, percentual de 45% do total registrado em todo o ano.
De acordo com os dados registrados no Painel de Monitoramento da Prefeitura Municipal, já são 1.460 casos desde o início do ano, 43% dos 3.330 de 2024.
Entre janeiro e maio, foram registrados 413 casos de crianças com menos de um ano e outros 275 com idade entre 1 e 4 anos. Em um dado comparativo, esta foi a faixa mais atingida pela Srag em 2024, 1,3 mil de todos os casos.
Conforme a prefeitura, nesta mesma época do ano, a capital registrava 1.420 casos ano passado.
Cautela
Divulgado na última quinta-feira (15) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o boletim InfoGripe, apontou que o estado de Mato Grosso do Sul está em nível de alerta e alto risco para a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave. O estudo identifica uma tendência de crescimento de longo prazo nos casos registrados em todo o estado.
Na capital Campo Grande, embora o número de casos também esteja acima do esperado, a situação apresenta estabilidade nas últimas semanas, sem evidência de crescimento contínuo como no restante do estado.
Segundo o boletim, o nível de alerta indica que o volume de casos está fora do padrão esperado para esta época do ano, o que exige atenção redobrada das autoridades de saúde e da população.
A tendência de crescimento observada nas últimas seis semanas sugere que o aumento não é pontual, mas sim parte de uma progressão consistente.
Até a 18ª semana epidemiológica, o estado já registrou 2.708 casos de SRAG e 203 mortes em decorrência da doença. Dentre esses casos, 586 foram confirmados para Influenza, resultando em 68 mortes entre os pacientes hospitalizados.
Os idosos são os mais afetados, representando 48,70% das internações, seguidos por crianças de 1 a 9 anos, com 26,80%. No caso dos idosos, a evolução para óbito ocorreu em 79,40% dos casos confirmados.
Nacional
Em âmbito nacional, o levantamento revela que o aumento nos casos de SRAG é impulsionado, sobretudo, pela circulação do vírus Influenza A entre idosos, sendo essa a principal causa de mortalidade neste grupo. Já entre as crianças pequenas, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) lidera como causa de óbito, seguido por rinovírus e também pela influenza A.
Idosos
Em Campo Grande, os idosos, pessoas acima de 60 anos também estão entre os mais atingidos pelo vírus, 247 casos desde o início do ano. Ao longo de 2024, foram registrados 600 casos nesta faixa etária.
Saiba*
De acordo com a Fiocruz, ao todo, 14 capitais brasileiras estão em nível de alerta, risco ou alto risco para SRAG, com crescimento na tendência de longo prazo. São elas: Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).


