Cidades

BRASIL

Custos para adquirir licença e arma de fogo partem de R$ 4 mil

Valores estão longe das possibilidades da maior parte dos brasileiros

RAFAEL RIBEIRO (com agências)

13/01/2019 - 12h11
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Principal promessa e primeira medida efetiva do governo Jair Bolsonaro (PSL) no campo da segurança pública, a facilitação da posse de armas de fogo, que deve ser publicada em decreto nesta semana, atenderá à parcela da população mais abastada, que tem condições de arcar com os gastos envolvidos. Um levantamento feito pelo jornal 'O Globo' em três capitais do País mostra que os custos para adquirir uma arma atualmente partem de R$ 4 mil em diante e podem chegar a até R$ 10 mil.

Os valores estão longe das possibilidades da maior parte dos brasileiros. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes a 2017, metade da população tem renda média de R$ 754 por mês.

Entre os custos envolvidos nos planos de se armar, o que mais pesa no bolso é o preço da própria arma de fogo. Os valores do mercado variam de acordo com o modelo e calibre, oscilando de cerca de R$ 3,5 mil a R$ 8 mil ou mais.

O cálculo mais conservador de gastos, de cerca de R$ 4 mil no total, pressupõe que o interessado optará pelas armas mais baratas no mercado brasileiro e que não terá necessidade de fazer aulas práticas para se submeter ao teste de tiro exigido pela Polícia Federal, responsável por autorizar civis a terem armamento.

Considerando armas mais caras e a necessidade de fazer aulas práticas, o valor pode mais que dobrar, atingindo cerca de R$ 10 mil. O curso básico para aprender a atirar custa de R$ 500 a R$ 600 nos principais estandes de grandes cidades.

Em todos os casos, a Polícia Federal exige laudo atestando aptidão psicológica e a comprovação de capacidade técnica para o manuseio da arma de fogo.

A consulta, que só pode ser feita com psicólogos credenciados pela instituição, custa em torno de R$ 200. Já o teste de capacidade técnica, também realizado apenas por instrutores autorizados, tem preço médio de R$ 250. Os valores foram levantados pela reportagem em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

REGRAS MANTIDAS

Há também uma taxa de R$ 88 cobrada pela Polícia Federal para receber os pedidos de autorização. Hoje, a instituição analisa se o interessado tem “efetiva necessidade” da arma a partir de um relato feito com a solicitação.

O decreto que o presidente Jair Bolsonaro deve editar nesta semana vai criar critérios objetivos para justificar a posse de arma, como morar em localidades violentas. A ideia é tirar o “poder” da PF de decidir se o cidadão pode ter arma.

A flexibilização planejada por Bolsonaro não retira, no entanto, a necessidade do atestado de capacidade técnica nem do laudo psicológico. Isso porque esses dois requisitos estão previstos no Estatuto do Desarmamento, uma lei sancionada em 2003 que só pode ser modificada pelo Congresso.

Da mesma forma, os critérios de idade mínima de 25 anos e não ter antecedentes criminais continuarão valendo no país, pois fazem parte da legislação. Bolsonaro prometeu facilitar as demais regras, previstas em decreto de 2004, que regulamentou o Estatuto do Desarmamento.

Uma das bandeiras de Bolsonaro que podem baratear o preço da arma de fogo é abrir o mercado. Hoje, embora seja possível ao cidadão comum importar armamento, o processo é burocrático, demorado e caro. Órgãos públicos só compram fora caso não haja modelo similar no Brasil e se o Exército autorizar.

Enquanto a abertura do mercado permanece no campo das intenções de Bolsonaro, as ações da fabricante de armas Taurus, que domina o mercado no país, não param de subir. Às vésperas do decreto que vai facilitar a posse de arma, os papéis preferenciais da empresa acumularam alta de 93% e os ordinários, de 76%, em apenas dez dias.

Por causa dos custos elevados, as armas legais não apenas ficarão nas mãos das classes média e alta, mas também estarão menos acessíveis exatamente para a população que mais sofre com a violência: os pobres. São eles as maiores vítimas dos homicídios no País, apontou Daniel Cerqueira, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) na área da segurança pública e contrário à flexibilização das regras.

"Mais de 70% dos assassinados no país não têm ensino fundamental completo, o que indica a baixa renda. Essa população não tem a menor condição financeira de ter arma, o que, para mim, não é uma notícia ruim", afirmou Cerqueira, autor de pesquisa que indica aumento em até 2% na taxa de homicídios a cada 1% a mais de armas de fogo em circulação.

A premissa do acesso desigual à arma já foi manifestada pelo deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente e espécie de garoto-propaganda da liberação das armas. Em mensagem recente nas redes sociais, ele afirmou que “dar acesso ao cidadão sem abrir o mercado nacional não faz sentido, vai permitir que apenas ricos tenham a legítima defesa e privilegia uma monopolista nacional de armas”.

PORTE

Pablo Lira, professor de mestrado em segurança pública e doutorando com estudo sobre a geografia do crime, afirma que a política pública deveria se empenhar em desarmar o criminoso e não armar a população. O efeito colateral de mortes evitáveis, segundo ele, poderá ser potencializado em função do momento social atual. "No cenário em que vivemos de intolerância e radicalização, preocupa muito a circulação maior de armas de fogo", disse.

O decreto de Bolsonaro vai flexibilizar regras apenas para posse, que dá direito ao cidadão de manter a arma em casa ou no trabalho, caso seja o responsável legal pelo estabelecimento. Mas ele já afirmou em entrevista que também pretende facilitar o acesso ao porte, que é poder andar armado. Hoje, o porte é proibido para o cidadão comum, sendo concedido em casos excepcionais.

AS EXIGÊNCIAS DO GOVERNO

De três a quatro meses
É o tempo médio atual entre o pedido protocolado na PF e a obtenção de fato da arma

1 - Protocolar pedido na PF
Com exceções, a população civil precisa de autorização da PF para ter arma. É necessário entregar antecedentes criminais, por exemplo

2 - Avaliação psicológica
Tem que ser feita por profissional credenciado pela PF. Há uma lista de psicólogos habilitados no site da instituição. O documento tem validade de um ano

3 - Obter capacitação técnica
O teste de manuseio de arma é feito por instrutor credenciado pela PF. Se o interessado não passar, pode ter que fazer um curso básico de tiro. O atestado tem validade de um ano

4 - Comprar a arma
Após a PF autorizar a compra de arma para posse, o interessado leva a permissão até a loja e faz a aquisição. Somente alguns modelos são permitidos ao cidadão comum

5 - Registrar a arma
Ele recebe da loja a nota fiscal e volta à PF para obter o registro daquela arma especificamente. No documento, estarão especificações do armamento. Hoje, ele tem validade de cinco anos

6 - Retirar a arma
Após receber o registro, com os dados da arma de fogo, o cidadão volta à loja para retirá-la. A PF concede também uma autorização para transporte até a residência para ser usada nessa ocasião

De três a quatro meses
É o tempo médio atual entre o pedido protocolado na PF e a obtenção de fato da arma

Previsão de gastos

Quanto custa uma arma de fogo: de R$ 3,5 mil a mais de R$ 8 mil
Taxa na PF: R$ 88
Laudo psicológico: de R$ 500 a R$ 600
Teste técnico: R$ 250
Curso básico de tiro (não obrigatório): cerca de R$ 200

 

TRIÊNIO 2025-2027

Bito Pereira é reeleito presidente OAB-MS

O atual presidente superou o candidato da oposição, Lucas Rosa, em uma disputa pela Ordem dos Advogados do Brasil

22/11/2024 17h50

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O advogado Bito Pereira segue para seu segundo mandato como presidente da Seccional Mato Grosso do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), para o triênio 2025-2027. Ele venceu nas urnas o advogado Lucas Rosa.   

Bito Pereira teve 5.041 votos enquanto Lucas Rosa conseguiu  3.429. No total foram 8.867 advogados que compareceram para votar. Enquanto  177 votaram branco e 220 anularam. 

O ex-presidente da OAB-MS, Mansour Elias Karmouche, ressaltou a vitória expressiva de Bito, que inclusive - em suas próprias palavras - obteve mais votos do que ele na campanha. 

Ao comentar a vitória, o presidente reeleito da OAB-MS ressaltou que teve uma vitória "maiúscula". Para o próximo triênio a promessa foi de empreendedorismo na advocacia. 

"Esse é o momento de externar a nossa gratidão a uma festa democrática que escolheu optar por um trabalho que nós fizemos não só na Capital, mas em todas as subseções. Foi uma vitória histórica que nos deixa com muita alegria e com muito mais vontade de trabalhar, então aproveito para agradecer a advocacia sul-mato-grossense", ressaltou Bito. 
 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado a chapa  "Pelo futuro da OAB" foi registrada no dia 8 de outubro, pelo presidente, com a diretoria e  conselheiros seccionais e federais que vão representar a advocacia do Mato Grosso do Sul pelos próximos três anos.

Veja composição do grupo “Pelo futuro da OAB”:

Diretoria seccional

  • Presidente: Luís Cláudio Alves Pereira – OABMS nº 7.682
  • Vice-Presidente: Marta Taques –  OAB/MS
  • Secretário-Geral: Luiz Renê Gonçalves do Amaral – OAB/MS nº 9.632
  • Secretária-Geral Adjunta: Letícia Arrais Miranda Guimarães – OAB/MS nº 23.983
  • Diretor-Tesoureiro: Fábio Nogueira Costa – OAB/MS nº 8.883

Conselho seccional titular

  • Alex Ribeiro Campagnoli – OAB/MS nº 17.405-A
  • Aline Coelho Granzotto – OAB/MS nº 13.365
  • Ana Maria Medeiros Navarros Santos – OAB/MS nº 6.380
  • André Luiz Garcia de Freitas – OAB/MS nº 6.160
  • Andressa Nayara Moulie Rodrigues Basmage Machado – OAB/MS nº 12.529
  • Andriela de Paula Queiroz Aguirre – OAB/MS nº 12.365-A
  • Antônio Teixeira da Luz Ollé – OAB/MS nº 13.029
  • Arnaldo Escobar – OAB/MS nº 8.777
  • Beatriz Fonseca Sampaio Stuart – OAB/MS nº 9.272 
  • Bianca Della Pace Braga Medeiros – OAB/MS nº 10.943
  • Bruna Cândido Diniz Teixeira – OAB/MS nº 26.053 
  • Bruna Milan – OAB/MS nº 22.946
  • Bruno Mendonça de Azambuja – OAB/MS nº 18.690 
  • Caio Cesar Pereira de Moura Kai – OAB/MS nº 22.950
  • Caio Magno Duncan Couto – OAB/MS nº 15.936
  • Camila Faria Gonçalves da Silva – OAB/MS nº 15.731
  • Carlos Alberto Almeida de Oliveira Filho – OAB/MS nº 12.353-B
  • Carlos Rogério da Silva – OAB/MS nº 8.888
  • Carolina Cury Braff – OAB/MS nº 13.748
  • Caroline Lemos Karmouche – OAB/MS nº 17.284
  • Cecília Saad Cruz – OAB/MS nº 10.620
  • Christiane Gonçalves da Paz – OAB/MS nº 10.081
  • Chrystian de Aragão Ferreira dos Santos – OAB/MS nº 25.173
  • Cláudia Bossay Assumpção Fassa – OAB/MS nº 7.670
  • Cláudia Guimarães Vieira – OAB/MS nº 13.796
  • Daniel Iachel Pasqualotto – OAB/MS nº 19.600-A
  • Davi Araújo Quadros – OAB/MS nº 17.479
  • Denise Tiosso Sabino – OAB/MS nº 6.833
  • Diogo Ferreira Rodrigues – OAB/MS nº 12.085
  • Douglas de Oliveira Santos – OAB/MS nº 14.666
  • Eliton Carlos Ramos Gomes – OAB/MS nº 16.061
  • Felipe Ramos Baseggio – OAB/MS nº 8.944
  • Felipe Simões Pessoa – OAB/MS nº 16.155
  • Giulliano Gradazzo Catelan Mosena – OAB/MS nº 13.646
  • Guilherme Almeida Tabosa – OAB/MS nº 17.880
  • Guilherme Azambuja Falcão Novaes – OAB/MS nº 13.997
  • Gustavo Cruz Nogueira – OAB/MS nº 10.669
  • Gustavo Gottardi – OAB/MS nº 8.640
  • Heitor Canton de Matos – OAB/MS nº 21.998
  • Heloisa Nonato de Lima – OAB/MS nº 25.499
  • Heloysa Vareschini Furtado – OAB/MS nº 16.637
  • Herika Cristina dos Santos Ratto – OAB/MS nº 13.155
  • Ilson Roberto Morão Cherubim – OAB/MS nº 8.251
  • Isa Maria Formaggio Marques Guerini – OAB/MS nº 11.853
  • Jackeline Torres de Lima – OAB/MS nº 14.568
  • Janaína Galeano Silva – OAB/MS nº 10.139
  • Jaqueline Villa Gwozdz Rodrigues – OAB/MS nº 11.154
  • Jéssica Caroline Ferreira dos Reis – OAB/MS nº 23.694
  • João Paulo Calves – OAB/MS nº 15.503
  • João Paulo Mendonça Thomazini – OAB/MS nº 13.777
  • José Armando Cerqueira Amado – OAB/MS nº 11.292
  • Julianna Lolli Ghetti – OAB/MS nº 18.988
  • Juliano Tannus – OAB/MS nº 10.292
  • Larissa Marques Brandão – OAB/MS nº 19.574
  • Lauane Braz Andrekowisk Volpe Camargo – OAB/MS nº 10.610
  • Lucas Arguelho Rocha – OAB/MS nº 21.855
  • Luciana Ramires Fernandes Magalhães – OAB/MS nº 10.995
  • Luiz Carlos Ormay Junior – OAB/MS nº 19.029
  • Márcio Ricardo Gardiano Rodrigues – OAB/MS nº 7.527-B
  • Maria Caroline Scheeren do Valle – OAB/MS nº 10.549
  • Maria Clara Cintra Paim – OAB/MS nº 24.328
  • Maria Fernanda Carli de Freitas Muller – OAB/MS nº 11.963
  • Marília Bachi Comerlato Paschoalick – OAB/MS nº 22.372
  • Michell Moreira Caiçara – OAB/MS nº 20.078
  • Michelly Bruning – OAB/MS nº 9.269
  • Murillo Pereira Cruvinel – OAB/MS nº 15.109
  • Natália Feitosa Beltrão de Morais – OAB/MS nº 13.355
  • Nikollas Breno de Oliveira Pellat – OAB/MS nº 18. 471
  • Nubielli Dalla Valle Rorig – OAB/MS nº 12.878
  • Paula Coelho Barbosa Tenuta – OAB/MS nº 8.962
  • Paulo de Tarso Azevedo Pegolo – OAB/MS nº 10.789
  • Paulo Eugênio Souza Portes de Oliveira – OAB/MS nº 14.607
  • Raíssa Duailibi Maldonado Carvalho – OAB/MS nº 20.769
  • Raquel da Silva Borges – OAB/MS nº 25.701
  • Renata de Cássia Moraes Nicodemos – OAB/MS nº 18.240
  • Salvador Divino de Araújo – OAB/MS nº 12.444
  • Sebastião Rolon Neto – OAB/MS nº 7.689
  • Sidnei Escudero Pereira – OAB/MS nº 4.908
  • Stevão Martins Lopes – OAB/MS nº 12.336
  • Thaís Nascimento Moreira – OAB/MS nº 19.174
  • Tiago Bunning Mendes – OAB/MS nº 18.802
  • Valéria Ferreira de Araújo Oliveira – OAB/MS nº 13.716
  • Vania Aparecida Stefanes Antunes – OAB/MS nº 9.086
  • Vitória Faverão Junqueira de Andrade – OAB/MS nº 22.810
  • Wilson Vilalba Xavier – OAB/MS nº 13.341

Diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados

  • Presidente: Gabriel Affonso de Barros Marinho – OAB/MS nº 16.715
  • Vice-Presidente: Marta dos Carmo Taques – OAB/MS nº 3.245
  • Secretário-Geral: Euclydes José Bruschi – OAB/MS nº 5.127
  • Secretária-Geral Adjunta: Ildália Aguiar de Souza Santos – OAB/MS nº 16.599
  • Diretor-Tesoureiro: Roberto Santos Cunha – OAB/MS nº 8.974

Conselho federal titular

  • Alexandre Ávalo Santana – OAB/MS nº 8.621
  • Daniel Castro Gomes da Costa – OAB/MS nº 12.480
  • Fabíola Machetti Sanches Rahim – OAB/MS nº 10.828
  • Gaya Lehn Schneider Paulino – OAB/MS nº 10.766
  • Mansour Elias Karmouche – OAB/MS nº 5.720
  • Mara Regina Goulart – OAB/MS nº 10.325

Diretoria da Escola Superior de Advocacia

  • Diretor-Geral: João Paulo Sales Delmondes – OAB/MS nº 17.876
  • Vice-Diretora Geral: Renata Alves Amorin – OAB/MS 19.102
  • Secretário-Geral: Luís André de Carvalho Macena – OAB/MS nº 22.689-B
  • Secretário-Geral Adjunto: Juliana Medina de Aragão – OAB/MS nº 10.036
  • Tesoureiro: Régis Santiago de Carvalho – OAB/MS 8.019

 

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Perfil


Bitto Pereira, de 48 anos,  concorreu com a chapa "Pelo Futuro da OAB", permanece à frente da instituição para o segundo mandato. Ele entrou no lugar de Mansur Elias Karmouche.


No currículo da academia possui pós-graduação em Processo Civil pela Universidade Católica Dom Bosco.

Com 25 anos de profissão, o campo-grandense Bitto Pereira, comandou também:

  •  Comissão da Jovem Advocacia como também Instituto dos Advogados de MS.
  • Instituto dos Advogados de MS e conselheiro federal da OAB (2016 a 2021);
  • vice-presidente da Escola Superior de Advocacia Nacional (ESA) .

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Furto audacioso

Campo Grande: mecânico é preso em flagrante ao cometer furto dentro da Polícia Federal

Rapaz estava acompanhado da esposa, grávida, quando invadiu estacionamento da PF para levar bicicleta

22/11/2024 17h20

Auxiliar de mecânico tentou levar bicicleta de estacionamento da Polícia Federal

Auxiliar de mecânico tentou levar bicicleta de estacionamento da Polícia Federal Reprodução

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O auxiliar de mecânico Felipe Balbino Varela, 23 anos, pode ter sido vítima da própria audácia na terça-feira (19), ao furtar uma bicicleta do estacionamento da Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, no Bairro Vila Sobrinho, em Campo Grande.

Flagrado não apenas pelas câmeras do local, mas por dois agentes da superintendência, ele foi preso alguns minutos depois de serrar a tela do estacionamento e levar a bicicleta que pertencia a um dos funcionários de uma empresa terceirizada, que realiza obras no local.

Auxiliar de mecânico tentou levar bicicleta de estacionamento da Polícia FederalFelipe Balbino Varela, 23 anos, preso em flagrante/reprodução

Na ocasião, o auxiliar de mecânico - empregado informalmente em uma oficina de Campo Grande - estava acompanhado de sua esposa, de 22 anos. Ela, segundo o auto de prisão em flagrante lavrado pelos policiais federais, foi contra o ato do companheiro, mas foi voto vencido.

Por não se tratar de um crime federal, o furto qualificado tramita na Justiça Estadual e, com parecer favorável do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o rapaz teve sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pelo juiz Valter Tadeu Carvalho.

Por causa da, agora, prisão preventiva por furtar a bicicleta de um funcionário da empreiteira contratada pela Polícia Federal, no estacionamento da superintendência, Felipe não acompanhará a reta final da gravidez da companheira, que espera pelo primeiro filho do casal.

Passo a passo do crime

Conforme depoimento do auxiliar de mecânico aos policiais federais no auto de prisão em flagrante, Felipe cometeu o furto logo após sacar seu benefício social, no valor de R$ 650,00, na agência da Caixa Econômica Federal da Avenida Júlio de Castilhos, em Campo Grande.

O casal seguia para um supermercado da região, o Fort Atacadista, quando passou em frente à Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul. O rapaz, porém, não se deu conta de que o estacionamento onde estava a bicicleta que ele resolveu furtar, presa a um alambrado, pertencia à Polícia Federal.

Auxiliar de mecânico tentou levar bicicleta de estacionamento da Polícia FederalLocal de onde a bicicleta foi furtada/reprodução

Depois de cortar a tela com um alicate, ele não conseguiu soltar o cadeado que prendia a roda traseira da bicicleta e, por isso, caminhou arrastando a “bike” por aproximadamente 50 metros, até ser abordado por dois policiais federais.

Depois desta abordagem, não voltou mais para casa. Foi preso em flagrante.

A esposa, grávida, escapou. No depoimento dele e dela, ambos falam que ela foi contra o ato de subtrair a bicicleta. Na delegacia da Polícia Federal, o rapaz confessou imediatamente a autoria do crime.

Antes de ser encaminhado para a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário, Felipe disse que já fez uso de maconha e utiliza medicamentos para ansiedade, que coleta no Centro de Atendimento Psicossocial da Vila Almeida.

Quanto ao trabalho de auxiliar de mecânico, trata-se de uma ocupação informal, no qual ganha aproximadamente R$ 250 por semana, como complemento de renda ao benefício do governo federal.

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