Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem) da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, solicitou à Secretaria de Estado da Saúde (SES) a inclusão de gestantes e puérperas (mulheres com até 45 dias pós-parto) no Plano de Vacinação contra a Covid-19 no Estado.
A coordenadora do Nudem, Thais Dominato apontou as 13 mortes maternas por Covid-19 registradas no primeiro trimestre de 2021 em Mato Grosso do Sul.
"O Brasil é onde mais morrem gestantes por Covid. No ofício entregue ao secretário ressaltamos que essa quantidade de mortes é expressiva quando comparamos no mesmo período de 2020, que teve apenas três óbitos", disse.
O titular da SES, Geraldo Resende afirmou que pediu apoio da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Fesbrasgo) e da Associação de Ginecologia e Obstetrícia de Mato Grosso do Sul (Sogomat) para que levem a pauta ao Conselho Nacional de Saúde (Conas) e haja a inclusão do grupo.
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“Para mim o retrato mais cruel é a mortalidade maternal e infantil. Eu como ginecologista obstetra sei que minha passagem por aqui, na SES, não será completa se eu não fizer algo a respeito”.
Gestantes e puérperas foram excluídas do Plano Nacional de Vacinação em fevereiro de 2021. Já em março, o Ministério da Saúde recomendou a vacinação para gestantes com comorbidades preexistentes, e para gestantes sem comorbidades após avaliação de riscos e benefícios.
Contudo, a nota técnica não indicou que gestantes, puérperas e lactantes, deveriam ser incluídas no grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização (PNI). Desde então, os Núcleos se uniram para solicitar a atualização do PNI.
"Quando as gestantes foram consideradas como grupo de risco, já tinha saído o Plano Nacional de Vacinação. Nós pedimos ao Ministério da Saúde a atualização do Plano de Vacinação e colocar as gestantes como grupo de risco", relatou Dominato.
Campo Grande
Nesta semana, a prefeitura de Campo Grande liberou cadastro para grávidas a partir de 12 semanas e puérperas.
“Ainda não há uma data específica ou calendário estabelecido para vacinar este público, mas o cadastro é importante para termos esse levantamento. Além disso, é necessário, tanto para as gestantes quanto para as puérperas, que seja fornecida a autorização do médico para que essa mulher possa se vacinar e isso já pode ser providenciado para que quando chegar o dia de se vacinar, não haja surpresas", disse o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho.
O cadastro é feito pelo endereço pelo portal da prefeitura. É necessário escolher o menu “primeiro acesso” e, posteriormente, selecionar o perfil indicado e clicar em continuar. A pessoa deverá preencher um formulário com dados pessoais e obrigatórios exigidos pelo Ministério da Saúde.


