A defesa de Elize Matsunaga pediu, nesta terça-feira (11), a exumação do corpo do empresário Marcos Matsunaga, assassinado em maio deste ano. O promotor José Carlos Cosenzo disse que vai se posicionar sobre o pedido antes da decisão do juiz. “Ainda não decidi se concordo ou não com esse pedido de exumação. Mas, terei que avaliar e me posicionar para que depois não aleguem que o Ministério Público está cerceando a defesa”, diz o promotor José Carlos Cosenzo.
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, o juiz Adilson Paukoski Simoni, do 5º Tribunal do Júri de São Paulo, só vai dizer se aceita o pedido dos advogados de Elize após receber o parecer do promotor e do assistente de acusação.
De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, a defesa apresentou o pedido de exumação nesta terça durante a audiência de instrução do caso. O argumento para a solicitação seria a confirmação da causa da morte de Marcos.
Um laudo divulgado em junho, que fez parte do inquérito policial do caso, apontou que Marcos foi decapitado quando ainda estava vivo. Segundo os peritos, a morte ocorreu por choque traumático, causado pela bala, e asfixia respiratória por sangue aspirado devido à decapitação. Na ocasião da divulgação do laudo, porém, seu resultado já havia sido questionado pelo advogado de defesa de Elize, Luciano Santoro.
O advogado entende que Elize pode pegar uma pena de no máximo dez anos. A exumação solicitada poderá ser chave para que Elize não seja condenada pela qualificadora de meio cruel caso fique comprovado que Marcos morreu em razão do disparo na cabeça e que já estava morto quando foi esquartejado. A assistente da defesa, Roselli Soglio, afirmou que em casos de traumatismo craniano causado por um tiro de pistola 380 a morte acontece em poucos segundos.
Para o promotor José Carlos Cosenzo, o crime foi premeditado, por motivo financeiro - Marcos era diretor da empresa de alimentos Yoki. Ele espera que ela seja condenada a 30 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe (vingança movida por dinheiro), utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel (esquartejamento).


