Cidades

Medidas cautelares

Desembargadora Tânia Garcia concede habeas corpus a presos na Ouro de Ofir

Durante plantão judicial, ela substituiu prisão por medidas cautelares

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Durante plantão judicial deste fim de semana, a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges concedeu habeas corpus a Celso Éder Gonzaga Araújo e Anderson Flores de Araújo, presos pela Polícia Federal no ano passado, durante a Operação Ouro de Ofir. Eles já foram soltos e serão monitorados por tornozeleira eletrônica.

Celso e Anderson foram presos no dia 16 de novembro de 2017 por formação de quadrilha especializada em golpes financeiros que agia a partir de Campo Grande. A prisão foi convertida em preventiva no dia 24 de novembro, após representação do delegado da Polícia Federal, que afirmou que mesmo após a operação, o grupo criminoso continuou realizando atividades voltadas a manter os negócio fraudulentos como se fossem lícitos.

O processo, inicialmente instaurado na Justiça Federal, foi transferido para a esfera estadual, por se tratar de crime de estelionato sem danos à União.

Defesa de Celso e Anderson tenta desde o ano passado a revogação da prisão, com pedido para que eles aguardem em liberdade o processo e julgamento, sustentando que é "descabida a alegação de que continuam desempenhando atividades no grupo criminoso, pois não cita qualquer indício ou fato novo que demonstre tal acusação". 

Dois pedidos foram rejeitados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e outro foi indeferido pela presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz.

No plantão judicial deste domingo (18), a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, apreciou o pedido. Na decisão, desembargadora diz que "dada e excepcionalidade da medida, e considerando que, pelo menos em sede cognição sumária, os requisitos imprescindíveis da medida liminar encontram-se presentes, tenho que a tutela requerida, consistente na substituição da prisão preventiva, deve ser deferida”.

Ela afirma ainda que os réus têm bons antecendentes, residência fixa e trabalho lícito. "Tendo em vista tratarem-se de réus com bons antecedentes, que possuem residência fixa na Comarca, bem como realizam ocupação lícita, consubstanciada na atuação no ramo empresário, (...) atuante no setor alimentício", escreveu a desembargadora.

“Ademais, a mera alegação de basear-se a prisão preventiva na garantia da ordem econômica, bem como na garantia da ordem pública, em abstrato, não é suficiente para a manutenção da prisão preventiva”, ainda informou a decisão.

Desta forma, a prisão preventiva foi substituída pelas seguintes medidas cautelares: apresentar-se mensalmente em juízo, até o julgamento, informando sobre as atividades profissionais efetuadas; proibição de ausentarem-se da comarca por tempo superior ao legalmente permitido e monitoração eletrônica.

A decisão da desembargadora serve como mandado para que seja cumprida imediatamente. Dessa forma, dupla já foi solta. Ela também decretou o sigilo do processo.

Quanto a Sidinei dos Anjos Peró, que também foi preso na operação, habeas corpus foi negado porque ele não apresentou comprovação de requisitos necessários para a análise da concessão liminar.

OURO DE OFIR

A organização criminosa, da qual Celso, Anderson e Sidinei faziam parte, buscava lucro a partir da falsa existência de uma suposta mina de ouro cujos valores estariam sendo repatriados para o Brasil e cedidos, vendidos ou até mesmo doados a terceiros mediante pagamento. Foram inclusive detectados contratos de doação, mediante pagamento. 

​A operação culminou na prisão de Celso, gerente da empresa Company Consultoria Empresarial Eireli, localizada no Jardim São Francisco e usada para legitimar os golpes, juntamente com os demais envolvidos. Os três coordenavam as operações SAP, abreviação para o nome de Peró, e Aumetal. A ação consistia em “típica fraude para burlar tanto o fisco federal como as supostas vítimas que acreditam estarem investindo num negócio lícito e devidamente declarado, com respaldo das autoridades federais de fiscalização”, lê-se no relatório policial. 

Os investidores aplicavam cotas a partir de R$ 1 mil e chegavam a assinar contratos falsificados, acreditando que futuramente receberiam milhões dos recursos da mina. O valor pago por eles na SAP e Aumetal, afirmavam os golpistas, seria apenas para cobrir despesas com o processo. Porém, quanto mais fosse investido, maior seria o benefício.

Durante a operação, a PF descobriu que aproximadamente 25 mil pessoas foram lesadas em todos os estados da federação. Algumas chegaram a aplicar de R$ 500 mil a R$ 1 milhão. Porém, novas operações similares a SAP e a Aumetal foram descobertas recentemente, o que leva a polícia a crer em prejuízo bilionário. Sugiram a Operação Zim, com moedas do Zimbábue, Mariah, Londres, Suíça, G4 e até mesmo Armagedom.

boletim epidemiológico

Com duas novas vítimas, número de mortes por dengue chega a 20 em MS

Boletim aponta que foram confirmados 8.430 casos da doença no ano e há nove mortes em investigação no Estado

23/12/2025 18h00

MS soma 20 mortes por dengue no ano

MS soma 20 mortes por dengue no ano Divulgação

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Mato Grosso do Sul chegou ao número de 20 mortes por dengue neste ano, após a confirmação de dois novos óbito pela doença nest semana.

Conforme boletim epidemiológico divulgado nessa segunda-feira (22) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), as duas mortes ocorreram em maio e junho, respectivamente, mas a confirmação de que a causa foi dengue ocorreu no dia 22 de dezembro.

As vítimas eram mulheres, sendo uma de 64 anos, moradora de Iguatemi, e uma de 76 anos, de Antônio João. Ambas tinham comorbidades.

Além destas vítimas, as outras 18 mortes por dengue ocorridas de janeiro a dezembro ocorreram nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Paranhos, Itaquiraí, Água Clara, Miranda, Aparecida do Taboado, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande.

Entre as vítimas, nove delas possuíam algum tipo de comorbidade. Com relação às idades, apenas uma era adolescente, de 12 anos, enquanto todas as demais eram maiores de 24 anos.

Atualmente, há nove mortes em investigação para saber se foram em decorrência da dengue no Estado.

De janeiro até essa segunda-feira, Mato Grosso do Sul já registrou 14.171 casos prováveis de dengue, com 8.430 confirmados.

Nos últimos 14 dias, Itaquiraí, Ribas do Rio Pardo, Jardim, Chapadão do Sul, Maracaju, Aquidauana e Ponta Porã registraram incidência baixa de casos confirmados para a doença.

Em todo o ano passado, foram confirmados 16.229 casos de dengue, com 32 mortes pela doença em Mato Grosso do Sul.

MS soma 20 mortes por dengue no ano

Vacinação

Ainda conforme o boletim, 201.633 doses da vacina contra a dengue foram aplicadas na população alvo neste ano.

Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 241.030 doses do imunizante. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.

Cidades

Aneel anuncia que janeiro terá bandeira verde e contas de luz não terão custo extra

Com condições de geração favoráveis, foi possível mudar da bandeira amarela para verde

23/12/2025 17h50

MS é o estado onde mais se pesquisou como se cadastrar na tarifa social de energia elétrica

MS é o estado onde mais se pesquisou como se cadastrar na tarifa social de energia elétrica Divulgação

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou, nesta terça-feira (23), que a bandeira tarifária no mês de janeiro de 2026 será verde, ou seja, começará sem custo extra na conta de energia da população brasileira. 

Isto porque, apesar do período chuvoso estar abaixo da média histórica, os meses de novembro e dezembro tiveram uma manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas. Com isso, em janeiro de 2026 não será necessário despachar as termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor.

O último mês deste ano teve o acionamento da bandeira amarela, representando um alívio em relação à vermelha patamar 1, que vigorou em novembro. A medida reduziu em R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h) consumidos e passou a R$ 1,885.

Sistema de bandeiras 

O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar o custo real da energia. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, e o acionamento de fontes de geração. 

De acordo com a Aneel, sua aplicação gerou economia em juros evitados na ordem de R$ 12,9 bilhões desde sua criação.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.

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