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AUDIÊNCIA PÚBLICA

Diretor da ANTT prevê duplicação total da BR-163 em MS

Inicialmente estão previstos somente 203 km, mas o novo contrato traz gatilhos de demanda e assim que houver necessidade, novas duplicações terão de ser feitas

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Embora o acordo inicial entre a CCR MSVia e o Governo Federal preveja a duplicação de apenas 203 quilômetros da BR-163 em Mato Grosso do Sul, o diretor-geral da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale Rodrigues, disse nesta terça-feira que a rodovia inteira deve ser duplicada ao longo dos 30 anos do novo contrato de concessão. 

A declaração foi dada antes do início de uma audiência pública na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), em Campo Grande. De acordo com o diretor da agência, o novo contrato traz uma série de exigências, que ele chamou de gatilhos, prevendo que a concessionária faça duplicação de novos trechos toda vez que a ANTT constatar que existem gargalos. 

“O contrato traz o mecanismo do gatilho, o gatilho de demanda. Se a demanda começar a subir, esse gatilho vai ser acionado e a concessionária automaticamente é obrigada a duplicar. E o pedágio só vai aumentar depois que ela entrega a duplicação. Então é uma coisa bem amarrada, bem arquitetada, para que não se desperdice dinheiro antes da hora, não gaste o dinheiro antes da hora, gaste no momento certo, mas sempre eliminando todos os gargalos que apareçam, sejam eles do ponto de vista de fluidez, quando tem muito congestionamento ou lentidão de tráfego ou, principalmente, os gargalos de segurança”, explicou o chefe máximo da ANTT.

Atualmente, a rodovia de 846 quilômetros tem em torno de 170 quilômetros duplicados e uma das principais reclamações de Cláudio Cavol, presidente do sindicato das empresas de transporte, que participou da audiência pública na Fiems, é que esse novo contrato prevê a duplicação de apenas alguns trechos. 

E em resposta a essa insatisfação o chefe máximo da ANTT não economizou otimismo. “É arriscado dizer, mas com o crescimento projetado de Mato Grosso do Sul para os próximos anos fatalmente a BR-163 vai ser duplicada de Guaíra até Sonora ao longo dos próximos 30 anos”, afirmou Rafael Vitale.

Nos três primeiros anos de concessão estão previstos investimentos da ordem de R$ 2 bilhões, o que garantirá a duplicação de boa parcela dos 203 quilômetro inicialmente previstos. “A gente sabe da necessidade que o cidadão de Mato Grosso do Sul tem para essas duplicações e por isso a gente estabeleceu como prioridade dar um grande avanço nas duplicações nos três primeiros anos”.

E esta duplicação deve ocorrer principalmente entre Nova Alvorada do Sul e Bandeirantes, incluindo os 25 quilômetros do anel viário de Campo Grande,  trecho que concentra em torno de 20% dos acidentes da rodovia inteira. 

Além disso, conforme a proposta que está em tramitação, está prevista a instalação de 150 quilômetros de terceira faixa, o que ajuda a agilizar o tráfego. Hoje, esta terceira faixa está restrita praticamente ao trecho entre Campo Grande e Nova Alvorada do Sul. 

Porém, com os novos investimentos, a valor do pedágio vai duplicar, passando da faixa de R$ 7,00 para R$ 15,00 a cada 100 quilômetros. Conforme Rogério Vitale, esse é o valor parecido com aquele que está sendo praticado em praticamente todos os seis recentes leilões que ocorreram pelo país. 

Ele garante que os aumentos de tarifa vão ocorrer somente depois que os investimentos tiverem sido feitos. “É um contrato muito mais moderno. A tarifa só aumenta se  tiver a entrega de investimentos. Ele é muito mais coerente com a realidade, muito mais coerente com a expectativa do usuário”, garantiu. Em 2014 a cobrança do pedágio também só começou após a duplicação de 150 quilômetros. Depois do início da cobrança, porém, nada mais foi duplicado.

Os termos no novo contrato, que só deve ser assinado no segundo semestre do próximo ano, já estão praticamente todos definidos e a audiência pública desta terça-feira em Campo Grande está ocorrendo somente porque o Tribunal de Contas da União exigiu. 

Quer dizer, a possibilidade de alguma sugestão ser acatada é remota, deixou claro o diretor da ANTT. “Se alguma sugestão ou observação que for colocada aqui fizer sentido, nós não vamos deixar de ouvir, nós vamos fazer questão de estudar e de repente pode ter uma adaptação desse contrato para que atenda melhor a sociedade. A gente acredita que o contrato está muito ajustado. Mas sempre pode surgir alguma coisa adicional que a gente possa incrementar”.  

Cidades

Em dois anos, número de profissionais do Mais Médicos mais que dobrou em MS

Atualmente, estado conta com 351 médicos ativos, e ainda há vagas em processo de ocupação

17/12/2024 12h40

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

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Dados divulgados pelo Governo Federal mostram que o Mais Médicos teve crescimento de 104% nos últimos dois anos em Mato Grosso do Sul. O número de profissionais foi de 172 em novembro de 2022 para 351 em novembro de 2024. Somente neste ano foram 124 novos médicos atuando no estado.

Os médicos atuam em 63 municípios, com abrangência de cerca de 807 mil habitantes. Há divisão na distribuição por necessidade de atendimento, sendo 20 dos profissionais fixados em municípios considerados de alta vulnerabilidade e outros seis em regiões de muito alta vulnerabilidade. Um grupo de 39 médicos trabalha em distritos sanitários especiais indígenas.

Dos profIssionais, 218 são do sexo feminino e 133 do masculino. A faixa etária com maior número de médicos ativos no programa no estado é de 30 a 34 anos, com 77. Na sequência, há 76 profissionais entre 25 e 29 anos e 64 entre 35 e 39 anos.

No recorte por raça, a maioria (229 profissionais) se identifica como brancos. Na sequência, há 92 identificados como pretos ou pardos e 29 como amarelos.

"O Mais Médicos não se encerra em si mesmo. Ele é um meio potente e importantíssimo para viabilizar e fortalecer a Estratégia de Saúde da Família", afirma Jerzey Timóteo,  secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde

No Brasil

Em âmbito nacional, o Mais Médicos teve um crescimento de mais de 100% entre o fim de dezembro de 2022 e novembro de 2024. Eram 12,8 mil no final da gestão anterior e são 26,7 mil atualmente. Um efetivo que atende mais de 68 milhões de habitantes. Só em 2024, 6.729 novos profissionais entraram em atividade em mais de 2 mil municípios. O número representa mais de 25% do total de médicos ativos, que atuam em 4.412 cidades e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis).

Retomada

Em 2023, o programa foi retomado com o conceito de levar profissionais aos municípios distantes dos grandes centros e periferias das cidades. O Mais Médicos avançou, sobretudo, entre municípios com maior vulnerabilidade social, onde estão 60% dos profissionais.

Discussão

Os resultados nos últimos dois anos foram discutidos no Encontro Nacional das Referências do Programa Mais Médicos, no início de dezembro. O intuito foi, além de dar visibilidade às ações desenvolvidas, mostrar o papel importante que as referências regionalizadas têm para o sucesso do programa.

Elos

As referências e parcerias com estados e municípios são consideradas essenciais. São elos entre o Governo Federal e o local onde as pessoas efetivamente vivem, formam família e recebem atendimento. Essas parcerias garantem apoio técnico, orientações, mediações de conflitos, acompanhamento e monitoramento das atividades realizadas. "Com a aproximação entre a gestão federal e as referências regionalizadas, é possível identificar os desafios de cada território e alinhar ações, diretrizes e planos futuros", disse o diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, Wellington Mendes Carvalho. Para ele, o ano de 2025 será para consolidar o trabalho, metas e políticas retomadas desde o início da gestão.

Curso e bolsa

Outro destaque foi a concessão de curso e bolsa-formação de medicina de família e comunidade de R$ 4.000 a 2.700 residentes de medicina de família e comunidade (MFC). Essa formação prepara o futuro médico de família e comunidade para que ele transmita o conhecimento a novos profissionais em formação, para ampliar a capacidade do país de criar novos programas de residência médica em MFC.

Integração

O Ministério da Saúde anunciou, ainda, a integração das formas de provimento do programa, o que garante mais segurança às equipes de saúde e fortalece o atendimento à população. Com isso, 3,6 mil médicos bolsistas serão efetivados pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS), com permanência nos municípios onde já atuam, mantendo o vínculo com a comunidade.

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Táxis "somem", mas mantêm exclusividade de estacionamento nas ruas da Capital

Redução no número de veículos é visível, mas áreas dedicadas a pontos de táxi continuam amplas e presentes em Campo Grande

17/12/2024 12h20

Ponto de Táxi nº3 foi extinto e dará espaço a oito vagas no centro de Campo Grande

Ponto de Táxi nº3 foi extinto e dará espaço a oito vagas no centro de Campo Grande Paulo Ribas/Correio do Estado

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O município de Campo Grande conta com 525 alvarás ativos concedidos a taxistas. No entanto, menos da metade deles atua nas ruas da Capital.

Não é preciso esforço para notar que os pontos de táxi da cidade estão menos movimentados nos últimos anos, principalmente após a chegada dos aplicativos de transporte.

Até na região central, onde há grande fluxo de pessoas, a quantidade de motoristas apresentou redução considerável. Em contrapartida, a Capital enfrenta problemas relacionados à falta de vagas de estacionamento, principalmente na região central. 

Apesar da queda na operação, as ruas continuam com amplos espaços dedicados a veículos desse tipo de transporte de passageiros.

Nesta terça-feira (17), a Prefeitura de Campo Grande formalizou, através de edital no Diário Oficial (Diogrande), a extinção do Ponto de Estacionamento Nº 3 de táxi convencional. Os permissionários do ponto em questão serão "unidos" aos do Nº 1.

Com a extinção do ponto, serão disponibilizadas oito novas vagas no centro da Capital.

Ponto de Táxi nº3 foi extinto e dará espaço a oito vagas no centro de Campo GrandePermissionários serão remanejados para o Ponto de Táxi Nº1.

Segundo a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), a união dos pontos foi feita a pedido dos próprios permissionários, "considerando o fluxo constante de veículos na Avenida Afonso Pena, que dificultava o acesso dos taxistas ao ponto nº 03".

Dentre as justificativas apresentadas pela Prefeitura no edital, estão a considerável redução de alvarás e a necessidade de ampliação no quantitativo de vagas de estacionamento na área central da cidade.

Como os pontos são próximos, um localizado na Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho e outro localizado na Rua 14 de Julho, foi avaliado que o impacto na rotina dos profissionais e na demanda de passageiros seria pequeno.

Questionada sobre a possibilidade de novos pontos de táxi serem extintos, a Agetran informou que ainda não há previsão de fusões de novos pontos.

No entanto, tais uniões podem acontecer caso haja demanda por parte dos permissionários ou do poder público.

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