Cidades

REMOTO

Disciplinas seguem à distância até o fim de 2020 na UFMS

Medida afeta cursos que têm aulas no Instituto de Biociências

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Várias disciplinas teóricas continuarão à distância até o fim de 2020 na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A medida foi recomendada pela instituição, mas cada instituto, faculdade e escola ficou encarregada de incluí-la ou não nos planos de biossegurança cuja aprovação é necessária para que as atividades possam ser retomadas em momento futuro, quando a Covid-19 estiver sob controle.

O Correio do Estado teve acesso com exclusividade às diretrizes do Instituto de Biociências (Inbio). No local funcionam as graduações de Ciências Biológicas nas modalidades licenciatura e bacharelado, além de quatro pós-graduações. 

Contudo, alunos de outros cursos fazem disciplinas nos laboratórios e salas de aula dessa unidade setorial. Assim, Medicina, Veterinária, Nutrição, Farmácia, Enfermagem, Fisioterapia, Odontologia, Zootecnia, Educação Física e Química também serão afetadas. 

“As aulas teóricas e avaliações presenciais de todas as disciplinas ofertadas pelo Inbio serão ministradas até o final do ano letivo de 2020 por meio das tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)”, diz o documento. 

Os professores serão orientados para a identificação de estudantes em situação de vulnerabilidade que, mesmo com a concessão de auxílios emergenciais de pacotes de dados e de cadastro de computadores, não possuam acesso à internet, a fim de que possam desenvolver atividades alternativas.

Além disso, será orientada a aplicação de regime especial para todos os acadêmicos do grupo de risco para a Covid-19 ou que tenham filhos em idade escolar (até que a suspensão das aulas do ensino regular siga mantida pelo poder público).

Os estágios obrigatórios dos cursos de Ciências Biológicas também serão feitos por meio das TICs. As atividades em que o contato com alunos seja essencial foram realocadas para o segundo semestre letivo, “e serão realizadas apenas a partir da reavaliação da situação epidemiológica e na possibilidade de que os alunos frequentem as escolas”, afirma o plano.

A maioria das aulas de campo previstas nas disciplinas ofertadas pelo Inbio serão substituídas por atividades remotas. A única exceção é a disciplina de Ecologia de Campo, desenvolvida na Base de Pesquisas do Pantanal (Passo do Lontra-MS). Como as atividades no local foram suspensas por tempo indeterminado, a matéria em questão foi cancelada e será reofertada de forma condensada no fim de 2020.

Conforme o documento, a UFMS analisa o cenário de propagação da Covid-19 com frequência e estipula níveis de risco. A chamada Etapa 1 é a mais grave e vigente, forçando a suspensão de toda e qualquer atividade presencial.

Na Etapa 2 (médio risco), serão permitidas atividades presenciais essenciais e devem ser realizadas sem aglomerações nos laboratórios. Já a Etapa 3 envolve todas as disciplinas que não puderam ser oferecidas à distância.

Já as atividades presenciais de servidores têm sido realizadas de forma escalonada. Este tipo de trabalho escalonado continuará sendo realizado. Funcionários do grupo de risco estão totalmente em home office.

As medidas de contenção à Covid-19 adotada pela UFMS tiveram aval do Ministério Público Federal. O sindicato que representa os servidores da universidade chegaram a protocolar pedido para suspender o calendário acadêmico, alegando dificuldades dos alunos na modalidade remota. 

Contudo, o procurador da República Pedro Gabriel Siqueira Gonçalves rejeitou e mandou arquivar representação. Ele entendeu que as medidas adotadas pela universidade garantem o direito à educação e saúde dos acadêmicos.

A assessoria de comunicação da UFMS confirmou ao Correio do Estado que "não existe uma data única para retorno de atividades presenciais, que dependem dos planos de biossegurança e da avaliação de cada unidade. Importante esclarecer que as aulas foram mantidas por meio de estudos dirigidos com o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação, tanto na graduação como na pós-graduação". A universidade não disse se planos de outras unidades da administração setorial também previram aulas remotas até o fim do ano

TRIBUTAÇÃO

Morador de Campo Grande é o que mais gasta com iluminação pública no Brasil

Arrecadação bruta da Cosip da Capital se aproximou de R$ 200 milhões em 2024, três vezes maior que a de Porto Alegre

22/12/2025 09h00

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante Súzan Benites/Correio do Estado

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Entre as grandes cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes, Campo Grande é o lugar onde moradores mais gastam com a Contribuição Social para o Custeio da Iluminação Pública (Cosip).

Proporcionalmente, a capital do estado de Mato Grosso do Sul está entre as que mais arrecadam no Brasil e tem uma receita anual com a taxa, cobrada de maneira casada com a conta de luz, maior que a do município de Curitiba (PR), que tem o dobro da sua população.

Levantamento da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) indica que, em todo o ano de 2024, a capital de Mato Grosso do Sul teve uma receita bruta de R$ 196,8 milhões com a Cosip. O custo per capita para os moradores da cidade é de R$ 206,24 – o maior do Brasil.

Na capital paranaense, que tem 1,83 milhão de habitantes, praticamente o dobro dos 960 mil habitantes de Campo Grande, foram arrecadados R$ 154,1 milhões em 2024, resultando em uma Cosip per capita de R$ 84,27.

Foi o suposto mau uso desta verba de centenas de milhões de reais que levou o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) a desencadear, na sexta-feira, a Operação Apagar das Luzes, que investiga um esquema de corrupção em contratos de iluminação pública da Prefeitura de Campo Grande.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, em um caso que indica a ocorrência de reiteradas fraudes na licitação, além de contratos firmados para a execução de serviço de manutenção do sistema de iluminação pública de Campo Grande, já tendo sido identificado superfaturamento superior a R$ 62 milhões. As empresas envolvidas na operação seriam a Construtora B&C Ltda. e a Construtora JLC Ltda.

A JLC, por exemplo, é a empresa contratada pelo Município para promover a decoração natalina de Campo Grande, por R$ 1,7 milhão. Neste ano, apesar do valor, a decoração se restringiu apenas à área central da cidade.

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante

ALTA ARRECADAÇÃO

Os números do levantamento da FNP mostram que na Região Centro-Oeste a arrecadação com a Cosip destoa de outras capitais. Os R$ 196 milhões arrecadados pela Prefeitura de Campo Grande em 2024, que correspondem a 3,6% de sua receita corrente líquida, são mais que o dobro do valor arrecadado em Goiânia.

Na capital de Goiás o município recolheu R$ 98,4 milhões na cobrança casada com a conta de luz. Goiânia, contudo, tem 1,4 milhão de habitantes, o que corresponde a uma Cosip per capita de R$ 65,87, quase um terço dos R$ 206,24 de Campo Grande.

No Centro-Oeste, a segunda e terceira maiores contribuições de iluminação pública estão em Cuiabá (R$ 142,45 per capita) e Dourados (R$ 142,04).

No Brasil, nenhuma cidade com mais de 200 mil habitantes tem uma Cosip per capita superior à de Campo Grande.

CONTRATOS

Como mostrou reportagem do Correio do Estado, dados do site da Transparência da Prefeitura de Campo Grande trazem que a iluminação pública da Capital é dividida em sete contratos independentes, para cada uma das regiões da cidade: Anhanduizinho (Lote 1); Bandeira (Lote 2); Centro (Lote 3); Imbirussu (Lote 4); Lagoa (Lote 5); Prosa (Lote 6); e Segredo (Lote 7).

A Construtora B&C é responsável pelos lotes 4, 5 e 7, que, somados, estão avaliados em R$ 14.885.371,67. Já a Construtora JLC administra a iluminação dos lotes 1, 2 e 3, que resultam em R$ 17.837.068,21.

Avaliado em R$ 4.300.411,70, o Lote 6 ficou sob responsabilidade da MR Construtora. Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, essa empresa também estaria sendo investigada por estar envolvida nos contratos.

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CAMPO GRANDE

Cavalos invadem avenida e são recolhidos no Terminal Guaicurus

Manada estava vagueando pela avenida Guaicurus, em pleno trânsito, no meio dos carros, apresentando risco tanto para os motoristas quanto para os animais

22/12/2025 08h45

Manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos.

Manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos. Reprodução

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Uma cena inusitada chamou atenção, na madrugada desta segunda-feira (22), em Campo Grande: seis cavalos foram recolhidos para dentro do Terminal Guaicurus após serem flagrados perambulando pela região.

Conforme apurado pela reportagem, a manada estava vagueando pela avenida Guaicurus, em pleno trânsito, no meio dos carros, apresentando risco tanto para os motoristas quanto para os animais.

Em seguida, o Corpo de Bombeiros (CBMMS) flagrou a tropa andando pela pista e resolveu recolhê-los para dentro do Terminal Guaicurus, com o objetivo de mantê-los em segurança e resguardar a vida da população.

A manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos.

Os bombeiros acionaram o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mas, o órgão não possui plantão noturno. Também acionaram a Polícia Militar Ambiental (PMA), mas, de acordo com a PMA, só é possível atender animais silvestres.

Logo em seguida, o dono dos animais foi localizado. Ele afirmou aos bombeiros que a porteira ficou aberta e por isso os animais fugira. Com isso, os militares conduziram o animal até o local de origem.

 

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