Cidades

FLAGRANTE

Dona de creche que batia e dopava crianças é indiciada por tortura e maus-tratos

Caroline Rech, 30, segundo o inquérito policial, esfregava fraudas sujas no rosto até de uma menina autista de seis anos

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Encarcerada há dez dias, Caroline Florenciano dos Reis Rech, 30, foi indiciada pela Polícia Civil por tortura e maus-tratos. Desde janeiro deste ano, ela tocava uma creche clandestina em casa, num bairro de Naviraí, cidade distante 364 quilômetros de Campo Grande. 

A partir de agora, com o indiciamento da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) da cidade, o caso segue para o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que define se oferta, ou não, denúncia contra Caroline à Justiça. Tortura pode motivar uma pena que varia de dois a oito anos de reclusão.

Ao menos no inquérito tocado pela DAM até agora, ao menos 20 crianças cuidadas por Caroline sofreram tortura. A acusada está presa preventivamente, ou seja, sem prazo definido para sair do cárcere.

Antes de presa, a DAM instalou com amparo judicial câmeras escondidas que flagraram a dona da creche dando remédios e batendo em crianças para que elas dormissem.

Conforme publicado na tarde desta quinta-feira (20), pelo site tanamidianavirai, a partir de relatos das mães e depoimento de uma cuidadora que trabalha para Caroline, as crianças que ficavam na creche quase o dia todo, passaram por episódios desoladores.

Num deles, uma menina de seis anos, que seria autista, teve o rosto coberto com frauda suja depois de fazer cocô.

Outra criança, durante refeição, teve o prato esfregado no rosto depois de vomitar em cima dele. Também segundo o inquérito concluso ontem, quarta-feira (19), crianças que faziam xixi nas calças sofriam humilhações.

A dona da creche instigava as outras crianças a baterem palmas e chamarem o ou a colega de "mijões". Caso fosse um garoto, Caroline Rech dizia que, se houvesse uma próxima vez "cortaria o pipi" dele.

Até agora, segundo o site, ao menos 20 mães foram ouvidas. Estima-se que Caroline, que nos últimos quatro anos trabalhava de babá, cuidava, em sua casa, que a fez como uma creche improvisada, de 40 crianças.

A cuidadora que auxiliava a dona da creche disse, em depoimento, que dava remédios para crianças, alguns deles proibidos por médicos.

O medicamento provocava sonolências nas crianças, que eram levados para a casa já domindo. A cuidadora também foi indiciada, mas ficou em liberdade depois pagar fiança.

Embora concluído o inquérito, a DAM deve ouvir mais depoimentos de mães que ainda não sabem se os filhos foram maltratados na creche.

DEFESA

Um dia depois de presa, a dona de creche Caroline Florenciano dos Reis Rech, por meio de nota divulgada pelo escritório de advocacia que a defende pediu "reflexão" à população, pois "muitas pessoas já foram condenadas pelas redes sociais, e com o fim do processo, não foram consideradas culpadas".

No comunicado emitido, publicado pelo Correio do Estado, ela, que segue detida, diz que "os fatos não se deram da forma que estão sendo divulgados e propagados nas redes sociais".

Ela afirmou, também, na nota: "há quatro anos, o Cantinho da Tia Carol [nome da creche clandestina] cuida de crianças para que seus pais ou responsáveis possam trabalhar. Neste período, não agrediu, não ameaçou, não constrangeu ou não praticou qualquer ato que possa caracterizar tortura, contra as crianças sob seus cuidados".
 

 

boletim epidemiológico

Com duas novas vítimas, número de mortes por dengue chega a 20 em MS

Boletim aponta que foram confirmados 8.430 casos da doença no ano e há nove mortes em investigação no Estado

23/12/2025 18h00

MS soma 20 mortes por dengue no ano

MS soma 20 mortes por dengue no ano Divulgação

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Mato Grosso do Sul chegou ao número de 20 mortes por dengue neste ano, após a confirmação de dois novos óbito pela doença nest semana.

Conforme boletim epidemiológico divulgado nessa segunda-feira (22) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), as duas mortes ocorreram em maio e junho, respectivamente, mas a confirmação de que a causa foi dengue ocorreu no dia 22 de dezembro.

As vítimas eram mulheres, sendo uma de 64 anos, moradora de Iguatemi, e uma de 76 anos, de Antônio João. Ambas tinham comorbidades.

Além destas vítimas, as outras 18 mortes por dengue ocorridas de janeiro a dezembro ocorreram nos municípios de Inocência, Três Lagoas, Nova Andradina, Aquidauana, Dourados, Ponta Porã, Coxim, Paranhos, Itaquiraí, Água Clara, Miranda, Aparecida do Taboado, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande.

Entre as vítimas, nove delas possuíam algum tipo de comorbidade. Com relação às idades, apenas uma era adolescente, de 12 anos, enquanto todas as demais eram maiores de 24 anos.

Atualmente, há nove mortes em investigação para saber se foram em decorrência da dengue no Estado.

De janeiro até essa segunda-feira, Mato Grosso do Sul já registrou 14.171 casos prováveis de dengue, com 8.430 confirmados.

Nos últimos 14 dias, Itaquiraí, Ribas do Rio Pardo, Jardim, Chapadão do Sul, Maracaju, Aquidauana e Ponta Porã registraram incidência baixa de casos confirmados para a doença.

Em todo o ano passado, foram confirmados 16.229 casos de dengue, com 32 mortes pela doença em Mato Grosso do Sul.

MS soma 20 mortes por dengue no ano

Vacinação

Ainda conforme o boletim, 201.633 doses da vacina contra a dengue foram aplicadas na população alvo neste ano.

Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 241.030 doses do imunizante. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.

Cidades

Aneel anuncia que janeiro terá bandeira verde e contas de luz não terão custo extra

Com condições de geração favoráveis, foi possível mudar da bandeira amarela para verde

23/12/2025 17h50

MS é o estado onde mais se pesquisou como se cadastrar na tarifa social de energia elétrica

MS é o estado onde mais se pesquisou como se cadastrar na tarifa social de energia elétrica Divulgação

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou, nesta terça-feira (23), que a bandeira tarifária no mês de janeiro de 2026 será verde, ou seja, começará sem custo extra na conta de energia da população brasileira. 

Isto porque, apesar do período chuvoso estar abaixo da média histórica, os meses de novembro e dezembro tiveram uma manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas. Com isso, em janeiro de 2026 não será necessário despachar as termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor.

O último mês deste ano teve o acionamento da bandeira amarela, representando um alívio em relação à vermelha patamar 1, que vigorou em novembro. A medida reduziu em R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h) consumidos e passou a R$ 1,885.

Sistema de bandeiras 

O mecanismo das bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar o custo real da energia. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, e o acionamento de fontes de geração. 

De acordo com a Aneel, sua aplicação gerou economia em juros evitados na ordem de R$ 12,9 bilhões desde sua criação.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.

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