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Duplicação de trecho norte da BR-163 pode triplicar preço do pedágio em MS

Construção de novo Anel Viário na Capital não aparece em edital, mas conta pode ficar para o motorista também

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Se o valor da tarifa de pedágio cobrada na BR-163 entre Campo Grande e divisa com Mato Grosso pode dobrar com a nova concessionária do trecho de 379 km, a duplicação da pista vai fazer o valor aumentar três vezes. 

É que a minuta da relicitação apresentada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes) para ser debatida em audiências públicas prevê que o valor a cada 100 km pode ir a R$ 19,87 com a segunda pista em trecho “homogêneo”.

Os estudos preveem que a tarifa suba de imediato 110% com nova gestora da rodovia, passando de R$ 6,75 a cada 100 km para R$ 14,20.

No documento da autarquia consta que a tarifa será calculada seguindo critérios diferentes dos atuais. Hoje o valor por km é o mesmo tanto em pista simples quanto duplicada (R$ 675). Isso vai mudar.

O cálculo do pedágio levará em consideração  Trecho de Cobertura de Praça (TCP), que é a extensão em Km de cobertura de determinada praça de pedágio; e o Trecho Homogêneo, que é segmento do Sistema Rodoviário delimitado no PER, cujas características são consideradas homogêneas para fins de análise de capacidade viária.

Também é previsto que poderá ser feita a reclassificação tarifária que aumenta o valor do pedágio a qualquer momento desde que “autorizada pela ANTT após realização de vistoria, por meio da qual será atestada a entrega da pista dupla de determinado Trecho Homogêneo em função de aspectos de segurança e funcionalidade, consoante previsto neste Contrato e no PER.”

Para efetivar este procedimento, a concessionária deverá comunicar a Agência com antecedência de um mês em relação à data de conclusão das obras, sendo que a autarquia terá um mês para decidir se aumenta o valor da tarifa.

Na impossibilidade de conclusão integral das obras de duplicação de determinado Trecho Homogêneo , a ANTT ‘poderá autorizar a aplicação da Reclassificação Tarifária, desde que os segmentos efetivamente concluídos representem, no mínimo, 90% da extensão total” e que todas as obras de melhorias correspondentes aos segmentos entregues estejam concluídas. 

Na prática, o usuário da BR-163 vai pagar 40% a mais dos R$ 14,20 por cada 100 Km previstos na minuta do contrato quando for concluída a duplicação em trechos contínuos da rodovia. Essa é uma  inovação em relação ao edital que concedeu a BR-163 para a MSVia em 2014.  

Para dar segurança jurídica a este novo parâmetro, na minuta do edital consta que nos trechos com pista dupla a tarifa de pedágio poderá ser 40% maior, chegando a R$ 19,87 a cada 100 km: “A Tarifa de Pedágio aplicável a Trechos Homogêneos de pista dupla corresponderá a um incremento de 40% (quarenta por cento) sobre a de pista simples nos termos do Contrato.”, consta no documento. 

Desta forma, se a nova concessionária optar em duplicar e fazer as obras em um trecho específico atendido por uma das praças de pedágio, além dos 67 km divididos em vários pontos da rodovia que estão pré-definidos na minuta, a tarifa paga será 40% superior aos demais trechos que estão com pista simples. 

Na Capital, grupos da sociedade civil e condomínios de luxo querem a expansão do Anel Viário, porém, ela não está prevista no prejeto, e poderá aumentar ainda mais o custo do pedágio para o motorista, caso a obra tenha de ser custeada pela futura concessionária. 

Revisões da Tarifa 

A autarquia vai realizar a primeira revisão tarifária 18 meses após a concessionária assumir a rodovia, sendo as outras revisões anualmente, no mesmo dia e mês da primeira alteração, de acordo com a minuta do contrato apresentada. 

Por seguir mais de um critério “a  Tarifa de Pedágio, em cada praça, será revisada anualmente, a partir da primeira Revisão Ordinária”, sendo que serão levados em consideração o Trecho de Cobertura de Praça  e o Trecho Homogêneo.

Ampliação da capacidade

Em até 12 meses do início concessão, a vencedora do certame deverá apresentar um planejamento das obras de ampliação de capacidade e melhorias da rodovia especificando o que será executado até 36º mês.

Este planejamento deverá compreender todas as obras previstas no certame, entre elas  duplicações e implantação de faixas adicionais.

Já as obras de ampliação de capacidade consistem na implantação de vias marginais, viadutos, passagens superiores e inferiores, trevos em nível, correções de traçado, passarelas, melhorias em acessos, passagens de fauna, ciclovia.

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Educação

Enade: inscritos devem responder questionários até 23h59 de hoje

Exame teórico será aplicado neste domingo

23/11/2024 20h00

Estudante com prova do Enade

Estudante com prova do Enade Foto: UFT/Divulgação

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Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2024 das Licenciaturas neste domingo (24) devem responder ao Questionário do Estudante até as 23h59 (horário de Brasília) deste sábado (23).

A prova teórica será aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para 283.550 inscritos.

O questionário do Estudante coleta informações que permitam caracterizar o perfil dos estudantes e o contexto de sua formação acadêmica, consideradas pelo Inep como relevantes para a compreensão dos resultados teóricos e práticos dos estudantes no Enade e para subsidiar os processos de avaliação dos cursos de graduação.

O preenchimento completo do Questionário do Estudante é um dos itens que caracteriza a efetiva participação do estudante no exame.

Anualmente, a inscrição no Enade é obrigatória para todos os estudantes de cursos de licenciatura habilitados à avaliação teórica ou à avaliação prática, vinculados às áreas avaliadas, conforme o edital.

A partir desta edição, o exame passa a ter dois tipos de avaliação: a teórica, tradicionalmente realizada, e a nova prova prática dos estudantes de graduações direcionadas à docência.

Cada uma das avaliações terá um cronograma específico.

Áreas de conhecimento avaliadas

O exame das licenciaturas será aplicado em cursos de 17 áreas de conhecimento diferentes. A edição de 2024 avaliará licenciaturas das áreas de artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.

O exame terá foco na avaliação dos cursos que formam professores para a educação básica. O Inep informa que o objetivo é aprimorar as avaliações e a formação de docentes no Brasil.

Aplicação da prova
Para saber o local de aplicação da prova, bem como obter informação sobre atendimento especializado e tratamento pelo nome social, quando for o caso, o participante deve acessar o Cartão de Confirmação de Inscrição, disponível no Sistema Enade, com CPF . O acesso ao documento só é liberado após o preenchimento do Questionário do Estudante.

Neste domingo, os portões de acesso aos locais de provas serão abertos às 12h (horário de Brasília) e fechados às 13h. O início da aplicação será às 13h30, com encerramento às 18h para os participantes regulares. Os estudantes que solicitaram tempo adicional e tiveram o pedido aprovado pelo Inep terão mais uma hora para finalizar a prova.

Orientações para o Enade 2024

Neste domingo, o participante deverá comparecer ao local das provas com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, Cartão de Confirmação de Inscrição e documento de identidade original com foto válido.

Antes da participação na prova, é importante que o inscrito guarde, no envelope porta-objetos, o telefone celular e quaisquer outros aparelhos eletrônicos desligados, além de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, gorro ou similares), e material de papelaria (caneta de material não transparente, lápis, réguas e borracha, entre outros).

Também não é permitido ficar com celulares e quaisquer outros aparelhos eletrônicos descritos no edital ou fone de ouvido.

O envelope porta-objetos deve ser mantido, durante todo o período de prova, debaixo da carteira, lacrado e identificado.

Enade

Realizado anualmente pelo Inep, o Enade é um dos componentes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O exame avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos previstos nas diretrizes curriculares, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para formação geral e profissional, bem como o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.

Decisão

Caixa demite ex-vice-presidente por assédio sexual e moral

Decisão foi publicada no Diário Oficial da União

23/11/2024 18h00

Agência bancária da Caixa Econômica Federal

Agência bancária da Caixa Econômica Federal Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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Por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), a Caixa Econômica Federal demitiu, por justa causa, o ex-vice-presidente Antônio Carlos Ferreira de Sousa. Funcionário de carreira do banco, ele estava afastado do cargo desde julho de 2022, quando sugiram denúncias de assédio sexual e moral durante a presidência de Pedro Guimarães, que comandou o banco entre 2019 e 2022.

A CGU publicou na sexta-feira (22) a portaria do desligamento no Diário Oficial da União. Durante a gestão de Guimarães, Sousa foi vice-presidente de Estratégia de Pessoas e de Logística e Operações.

Além da demissão, o ex-vice-presidente está impedido de ocupar cargos comissionados ou funções de confiança no Poder Executivo Federal por 8 anos. Desde a divulgação das denúncias, Sousa estava afastado do cargo, mas continuava a trabalhar na Caixa.

Na época da divulgação das acusações de assédio moral e sexual por Pedro Guimarães, que pediu demissão em junho de 2022, a Caixa criou um canal interno de denúncias. Com base nos relatos recebidos no Contato Seguro da Caixa, o banco investigou os casos e constatou várias ocorrências de assédio por parte de Sousa.

Em nota, a Caixa afirma que não tolera nenhum tipo de assédio por parte de dirigentes ou empregados. O banco também informou ter começado a investigar os casos por meio da corregedoria interna e que o processo seguiu as regras de administração pública.

“Com a finalização das investigações feitas dentro dos ritos da governança, o banco enviou o relatório conclusivo à Controladoria-Geral da União (CGU) em outubro de 2023. O ex-dirigente já estava afastado do cargo desde julho de 2022. Com a ciência da decisão da CGU, a Caixa iniciará as providências devidas para o cumprimento”, informou a assessoria de imprensa do banco.

Histórico
Em junho de 2022, surgiram denúncias em série de casos de assédio sexual e moral durante a gestão de Pedro Guimarães na Caixa. Imediatamente após a divulgação dos relatos, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho passaram a investigar os casos. Além do então presidente, vice-presidentes e diretores foram acusados.

Guimarães pediu demissão no dia seguinte à publicação das denúncias, e outros vice-presidentes do banco renunciaram em seguida.

Desdobramentos

Em março de 2023, Guimarães virou réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias da Caixa. A ação tramita sob sigilo, e a defesa do executivo nega as acusações.

Em uma outra ação, movida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a Caixa foi condenada a pagar R$ 3,5 milhões de indenização por um evento no interior de São Paulo em que Guimarães obrigou funcionários a fazer flexões em estilo militar.

Acordos

Em abril do ano passado, a Caixa fechou um acordo com o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal para pagar uma indenização de R$ 10 milhões para encerrar a denúncia das funcionárias. Em janeiro deste ano, o banco assinou um termo de ajuste de conduta (TAC), que concedeu vantagens em processos internos de seleção a funcionários que sofreram perseguição na gestão de Guimarães.

O banco foi condenado em outros processos em São Paulo, no Amazonas e no Distrito Federal. Somadas as condenações e os TAC, o banco até agora desembolsou cerca de R$ 14 milhões em indenizações, que poderiam ser mais altas se não houvesse acordo. Sem eles, a instituição financeira teria de pagar multa de até R$ 300 milhões. No ano passado, a Caixa informou que cobraria de Pedro Guimarães, na Justiça, o dinheiro das indenizações.

Em março deste ano, a Comissão de Ética da Presidência da República aplicou uma “censura ética” a Guimarães. Aplicada a autoridades que deixaram o cargo, a penalidade prevê apenas advertência. A ação contra Guimarães na Justiça Federal ainda está na fase de audiências.

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