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TURISMO

Eleita 16 vezes, Bonito é o melhor destino de ecoturismo do Brasil

Cidade é reconhecida nacionalmente e mundialmente pelo ecoturismo e turismo de aventura: belíssimas águas cristalinas, grutas, cavernas, trilhas e observatórios

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Bonito, cidade localizada a 297 quilômetros de Campo Grande, foi eleita 16 vezes como o melhor destino de ecoturismo do Brasil, pela revista Viagem e Turismo Editoria Abril. O município é conhecido, a nível nacional, como a Capital do Ecoturismo.

Cachoeiras da Ceita Corê. Foto: DIVULGAÇÃO/Prefeitura de Bonito

Ecoturismo é o turismo que respeita e preserva o meio ambiente, promovendo a conservação, educação ambiental e turismo ecológico.

Está fundamentado nos conceitos de preservação, edução, proteção, conservação e sustentabilidade.

O objetivo é proteger e conservar a fauna e flora local. É caracterizado por promover o contato do ser humano com a natureza durante uma atividade turística.

Os passeios de ecoturismo presentes em Bonito são:

  • Flutuação - Rio da Prata, Rio Sucuri, Barra do Sucuri e Aquário Natural
  • Mergulho Lagoa Misteriosa e Rio Formoso
  • Trilhas Estância Mimosa, Boca da Onça, Gruta do Lago Azul, Serra da Bodoquena, Boiadeira, Ceita Corê
  • Observação de aves Buraco das Araras
    Mergulo no Rio Sucuri . Foto: DIVULGAÇÃO/Prefeitura de Bonito

"A região de Bonito Serra da Bodoquena é um dos melhores destinos de ecoturismo do país pelas boas práticas adotadas pelo destino e pela capacidade que ele tem de manter a conservação dos seus atrativos naturais, com controle de capacidade de carga e o SGS (Sistema de Gestão de Segurança), por exemplo", destacou o diretor-presidente da Fundação de Turismo de MS (Fundtur-MS), Bruno Wendling, em entrevista exclusiva ao Correio do Estado.

Outros destinos de ecoturismo prestigiados no Brasil são Chapada dos Veadeiros (GO), Fernando de Noronha (PE) e Jalapão (TO).

Abismo Anhumas. Foto: DIVULGAÇÃO/Prefeitura de Bonito

Bonito também é um destino forte no ramo de turismo de aventura. O ecoturismo se diferencia do turismo de aventura pelo seu foco na consciência ambiental, ecológica e sustentável.

Porém, o turismo de aventura pode se conectar ao ecoturismo, pois as atividades podem ser desenvolvidas com uma postura voltada à preservação ambiental.

Combinar ecoturismo e turismo de aventura, de forma consciente, alia as boas práticas sustentáveis ao turismo de aventura, oferecendo esportes variados com respeito ao meio ambiente.

 

 

PRÊMIOS INTERNACIONAIS

Gruta do Lado Azul, cartão postal de Bonito. Foto: DIVULGAÇÃO/Prefeitura de Bonito

Além se ser prestigiada nacionalmente, Bonito (MS) também foi reconhecida, a nível mundial, como um dos melhores destinos de ecoturismo/turismo sustentável do mundo.

Em 2013, recebeu o prêmio Responsible Tourism Awards (Melhor Destino de Turismo Responsável do Mundo, em português) durante o World Travel Market (WTM), sediado em Londres, um dos mais expressivos eventos de turismo mundial.

Nesta semana, representou o Brasil no Adventure Travel World Summit (Cúpula Mundial de Viagens de Aventura, em português), de 11 a 14 de setembro de 2023, no Sapporo Convention Center, em Hokkaido, Japão.

O evento abrange os temas de ecoturismo e turismo de aventura e é um dos mais importantes e reconhecidos a nível mundial. É a segunda vez consecutiva que o Estado participa deste evento.

Bonito também recebeu certificado internacional de 1º Destino de Ecoturismo Carbono Neutro do mundo, emitido pela Organização Internacional Green Initiative, do PAÍS XXXX.

De acordo com o diretor-presidente da Fundtur-MS, Bruno Wendling, apresentar Mato Grosso do Sul para o mundo é uma maneira de atrair turistas estrangeiros para o Estado.

Buraco das Araras. Foto: DIVULGAÇÃO/Prefeitura de Bonito

"É um momento fundamental, pois teremos de novo a oportunidade de apresentar o turismo de Mato Grosso do Sul e participar do Marketplace com operadores internacionais, trocar experiências, fazer networking, participar das palestras e consolidar MS como um importante player da comunidade do ecoturismo mundial. Nosso objetivo é trabalharmos cada vez mais para fortalecer nossa imagem e aumentar o número de turistas estrangeiros que vem para Mato Grosso do Sul. Estaremos juntos com a Embratur, que vai fortalecer a imagem do Brasil como um destino de natureza e, mais uma vez, Mato Grosso do Sul será o principal destino neste evento que conta com a participação de operadores de turismo, jornalistas especializados, destinos internacionais e dezenas de países", disse o diretor-presidente.

O Correio do Estado procurou a Prefeitura Municipal de Bonito, por meio de e-mail, mensagem e ligação, para comentar as homenagens, mas, até o fechamento desta reportagem, não foi respondido ou atendido.

PASSEIOS

Bonito possui diversos passeios para todas as idades, gostos e bolsos.

A cidade possui rios de águas cristalinas, cavernas/grutas secas e alagadas, cachoeiras, trilhas, balneários, observatórios naturais, flutuação e mergulho em rios, praias de água doce, boia cross e aquários.

Boca da Onça. Foto: DIVULGAÇÃO/Prefeitura de Bonito

Os passeios variam de R$50,00 a R$1.200,00. Confira:

  • Gruta do Lago Azul cartão postal da cidade
  • Grutas de São Miguel
  • Grita São Mateus
  • Gruta Catedral
  • Gruta do Mimoso (nova atração)
  • Abismo Anhumas
  • Nascente Azul
  • Lagoa Misteriosa
  • Rio Sucuri
  • Rio da Prata
  • Rio Formoso
  • Aquário Natural
  • Estância Mimosa
  • Boca da Onça
  • Cachoeiras da Serra da Bodoquena
  • Balneário do Sol
  • Balneário Bosque das Águas
  • Balneário Municipal
  • Eco Park Porto da Ilha
  • Eco Serrana Park
  • Recanto das Águas
  • Cânion do Rio Salobra
  • Fazenda Ceita Corê
  • Buraco das Araras
  • Buraco do Macaco
  • Praia da Figueira
  • Projeto Jiboia
  • Biopark

ÁGUA MAIS CRISTALINA DO MUNDO

Rio Sucuri, localizado em Bonito (MS), está entre os três rios mais cristalinos do mundo, de acordo com a secretária de Turismo, Indústria e Comércio, Juliane Ferreira Salvadori.

O rio possui águas cristalinas, com profundidade de 3 metros e extensão de 1.800 metros. Os tons da água variam de azul turquesa a verde-chá.

Rio Sucuri. Foto: Arquivo/Correio do Estado

Está localizado na Fazenda São Geraldo, zona rural de Bonito, a 18 quilômetros da cidade e a 316 quilômetros de Campo Grande.

A temperatura da águae é de 23ºC. O pH é ácido, variando de 4,25 a 5,92 no período da manhã.

Por conta da transparência da água, é possível enxergar, de dentro do barco, a areia branca que fica no fundo do rio.

As águas são extremamente cristalinas e límpidas, com jardins subaquáticos e grande diversidade de peixes, como dourados, piraputangas, piaus e curimbas.

O "Rio Sucuri" ganhou esse nome porque, visto de cima, seu formato parece uma cobra sucuri.

Segundo Salvadori, as belezas naturais, biodiversidade e formações geológicas de Bonito atraem turistas que vivenciam experiências únicas.

"A gente até brinca que quando Deus criou o mundo ele colocou a mão aqui de uma maneira muito especial porque as belezas cênicas, a natureza é tudo muito incrível", disse a secretária de turismo ao Correio do Estado, em 14 de abril de 2023.

NÚMEROS

Fauna de Bonito. Foto: DIVULGAÇÃO/Prefeitura de Bonito

Dados divulgados pelo Observatório do Turismo e Eventos de Bonito (OTEB) apontam que o município recebeu 26.921 turistas no mês de agosto e 197.675 visitantes de janeiro a agosto de 2023.

Conforme o levantamento, a maioria dos turistas brasileiros que visitaram Bonito são dos estados de São Paulo (32,06%), Rio de Janeiro (11,10%), Paraná (8,82%), Santa Catarina (8,21%), Rio Grande do Sul (7,05%), Mato Grosso do Sul (6,5%), Minas Gerais (5,96%), Distrito Federal (2,58%), Espírito Santo (1,52%), Bahia (1,05%), entre outros.

A região sudeste (55%) representa mais da metade dos turistas de Bonito, seguido pela região Sul (26%), Centro-Oeste (12%), Nordeste (5%) e Norte (2%).

Já os turistas estrangeiros que visitaram o município são dos países do Paraguai (1,50%), Holanda (0,99%), Estados Unidos da América (0,98%), Alemanha (0,91%), Argentina (0,68%), França (0,57%), Bolívia (0,33%), Austrália (0,25%), Bélgica (0,24%), entre outros.

Rio do Peixe. Foto: DIVULGAÇÃO/Prefeitura de Bonito

Do total de turistas que visitaram Bonito e região em junho, 11,28% desembarcaram pelo aeroporto. O mês com maior número de desembarques é julho (3.036), seguido de janeiro (2.224), agosto (2.065), abril (1.714), junho (1.682), março (1.554), maio (1.464) e fevereiro (1.336).

Bonito bateu recorde de visitação no mês de agosto se comparado ao mesmo mês dos últimos nove anos. Ao todo, 26.921 pessoas visitaram o município em agosto de 2023.

Confira o número de visitantes que Bonito recebeu no mês de agosto dos anos de 2023, 2022, 2021, 2020, 2019, 2018, 2017, 2016 e 2015:

AGOSTO/ANO

NÚMERO DE TURISTAS

2015

14.046

2016

16.563

2017

13.910

2018

9.856

2019

13.410

2020

6.534

2021

15.927

2022

22.461

2023 ***

26.921 ***

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado em agosto deste ano, o diretor-presidente da Fundtur-MS, Bruno Wendling, afirmou que o aumento do número de turistas de um ano para o outro se deve ao esforço do governo do Estado, empresários, rede hoteleira, setor comercial e de divulgação.

Boca da Onça. Foto: DIVULGAÇÃO/Prefeitura de Bonito

"Com certeza esse aumento se deve à alguns fatores, como o aumento da procura dos destinos de natureza pelos turistas brasileiros, pelo aumento do turismo internacional que começa a retomar no país, pelo trabalho contínuo de promoção dos destinos turísticos de Mato Grosso do Sul e de apoio à comercialização feitos pela Fundtur/MS, que é uma estratégia acertada e segmentada, trabalhando os públicos nacionais e internacionais e, claro, pelo o trabalho empresarial dos empreendedores de Bonito que vêm realizando um trabalho super importante. Então é uma somatória de esforços de um trabalho que, repetindo, vem sendo realizado com muita assertividade já há alguns anos e que reflete no resultado positivo de 2023", ressaltou o diretor da Fundtur.

BONITO

Praça do Peixe, em Bonito. Foto: Divulgação

Bonito é uma cidade localizada na região sudoeste de Mato Grosso do Sul, a 297 quilômetros de Campo Grande. Foi fundada em 2 de outubro de 1948 e completará 75 anos em 2023.

De acordo com dados divulgados pela Prefeitura Municipal de Bonito, a área do município é de 4 934,318 km² e a área urbana 3,483 km².

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade tem 23.659 habitantes em 11.326 domicílios. Em 2010, o número de residentes no município era de 19.587. 

Em 1924, as primeiras habitações iniciaram-se em terras da Fazenda Rincão Bonito, que possuía uma área de 10 léguas e meia e foi adquirida do Sr. Euzébio pelo Capitão Luiz da Costa Leite Falcão, que aí se aportara em 1869, e é considerado o desbravador de Bonito, tendo sido também seu primeiro escrivão e tabelião.

DECISÃO

Justiça volta atrás em decisão e libera joias apreendidas de famoso designer

O juiz entende que se o Fisco promoveu a apuração do valor tributável e a constituição do crédito, não há justificativa de reter as mercadorias como providência investigativa

23/12/2025 19h34

Ícone global da joalheria, Ara Vartanian

Ícone global da joalheria, Ara Vartanian Site oficial/reprodução

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O juiz Claudio Müller Pareja, da 2ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, reconsiderou sua decisão e deferiu liminar para determinar que o fisco estadual libere as joias apreendidas do renomado joalheiro e economista Ara Vartanian, independentemente de recolhimento de tributo, multa ou prestação de garantia.

De acordo com os autos, o juiz entendeu, na decisão anterior, que a retenção das mercadorias teria natureza acautelatória (garantia) e investigativa, pois havia a suspeita de irregularidade documental e a possibilidade de providências administrativas e penais. Naquele momento, os fatos não se apresentaram como meio coercitivo de cobrança tributária.

Porém, o Fisco quantificou a base de cálculo, apurou o suposto tributo devido e aplicou a multa a empresa Avartanian Comércio Ltda., com indicação de valores expressivos, inclusive com menção à precificação das mercadorias. Houve,portanto, a constituição do crédito tributário, em linha com o lançamento de ofício.

Diante deste cenário, a situação se altera, pois se a administração promoveu a apuração do valor tributável e a constituição do crédito, não há justificativa de reter as joias como providência “investigativa” por tempo indeterminado. 

"A partir disso, a manutenção da apreensão passa a produzir efeito prático típico de sanção política, pois condiciona, na realidade, a liberação do bem à satisfação de exigência fiscal", diz o juiz Claudio Müller Pareja no documento.

O magistrado dá continuidade e afirma ser inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos, de acordo com as diretrizes do Supremo Tribunal Federal (STF). "A Administração dispõe de meios próprios para a cobrança do crédito constituído, sem necessidade de constrição material destinada a compelir o contribuinte".

Ainda de acordo com a decisão, a manutenção da apreensão só se justificaria caso houvesse ato da autoridade policial indicando a necessidade da medida para a apuração do suposto crime. Contudo, não há informação nos autos acerca desse ato.

A decisão limita-se a reconhecer, em juízo de probabilidade, que a manutenção da retenção, após a quantificação do tributo e da multa, revela-se incompatível com a vedação sumulada pelo STF, devendo a discussão sobre o crédito seguir pelas vias ordinárias de impugnação e cobrança.

Apreensão de joias

O fisco sul-mato-grossense flagrou, em 1º de outubro deste ano, a empresa de Ara Vartanian enviando joias com valor subfaturado para Cuiabá (MT). Na nota fiscal do carregamento, constavam 126 peças de joias avaliadas em R$ 1,9 milhão, mas, após contagem física realizada por auditores tributários da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul, verificou-se que o carregamento, na verdade, continha 248 peças de joias de alto padrão, avaliadas em R$ 22,6 milhões.

Para piorar, a empresa em Cuiabá que seria o destino das joias, a Fernando S. Perez Lerez Ltda., não possuía em seus registros qualquer vínculo com o comércio de joias ou de metais preciosos. A atividade principal da empresa é o comércio de móveis e, a secundária, a representação comercial.

Diante da constatação dos auditores tributários de Mato Grosso do Sul, a nota fiscal foi considerada inidônea. A Avartanian tentou, 12 horas após a apreensão, utilizar uma nova nota fiscal, desta vez com a discriminação correta dos produtos, mas já era tarde demais.

Habeas Corpus negado

Em novembro, o superintendente de Administração Tributária da Sefaz-MS, Bruno Gouveia Bastos, enviou notícia-crime à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações Falimentares e Fazendários (DEDFAZ), da Polícia Civil, para a abertura de inquérito criminal pela prática de crime tributário.

No caso do designer de joias Ara Vartanian, seu advogado Augusto de Arruda Botelho pede que a investigação sequer seja aberta pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Ele ancora seu pedido na Súmula Vinculante nº 24, que estabelece que crimes contra a ordem tributária somente se consumam com a constituição definitiva do crédito tributário, o que, segundo ele, não seria o caso da notícia-crime.

Por isso, no pedido de habeas corpus, Botelho alega que seu cliente foi submetido a constrangimento ilegal. O juiz Robson Celeste Candeloro, do Núcleo de Garantias da comarca de Campo Grande, indeferiu o pedido, na última quinta-feira (18), pois "revela-se precipitado impetrar habeas corpus contra mero ofício da Secretaria de Fazenda do Estado de Mato Grosso do Sul, o qual apresentou notitia criminis que sequer foi acolhida pela autoridade policial, além de exagerado elevar tal documento, sem nenhum poder coercitivo estatal".

Cidades

Universidades federais sofrem corte de R$ 488 milhões no Orçamento 2026

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições

23/12/2025 19h00

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

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A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou um comunicado nesta terça-feira, 23, informando que o orçamento das universidades e institutos federais para 2026 sofreu um corte de R$ 488 milhões, o que representa uma redução de 7,05% nos recursos discricionários (não obrigatórios) das instituições.

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições. O orçamento discricionário é utilizado para pagamento de contas de água, luz, limpeza, entre outras, como o pagamento de bolsas de assistência estudantil.

O Estadão questionou o Ministério da Educação (MEC) sobre quais serão as medidas para recompor o corte feito pelo Congresso, mas ainda não obteve resposta.

Conforme a Andifes, os cortes "incidiram de forma desigual entre as universidades e atingiram todas as ações orçamentárias essenciais ao funcionamento da rede federal de ensino superior"

A instituição afirma que uma das áreas mais afetadas será a assistência estudantil, fundamental para garantir que estudantes de baixa renda consigam permanecer na universidade. Apenas nesta ação, diz a Andifes, R$ 100 milhões foram cortados, o que representa uma redução de 7,3% no orçamento da área.

"Os cortes aprovados agravam um quadro já crítico. Caso não haja recomposição, o orçamento das Universidades Federais em 2026 ficará nominalmente inferior ao orçamento executado em 2025, desconsiderando os impactos inflacionários e os reajustes obrigatórios de contratos, especialmente aqueles relacionados à mão de obra", diz o comunicado.

A instituição diz ainda que cortes na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e no Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CNPq) fragilizam o desenvolvimento científico do País.

"Estamos, portanto, em um cenário de comprometimento do pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas Universidades Federais, de ameaça à sustentabilidade administrativa dessas instituições e à permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica", afirma a Andifes.

A instituição diz ainda que está articulando com o Congresso e o Governo Federal para recompor o orçamento.

A luta das universidades federais por mais orçamento é antiga. Após enfrentarem um relação turbulenta com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, as instituições retomaram o diálogo com o governo federal após o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar disso, também tiveram de enfrentar restrições orçamentárias. Em maio, as universidades anunciaram uma série de medidas de economia, como cortes nos gastos de combustível até a interrupção da compra de equipamentos de informática e passagens aéreas. A medida ocorreu devido a diminuições orçamentárias aprovadas pelo Congresso e sancionadas por Lula. Na época, uma mudança na forma como eram feitos os repasses também estrangulou a verba para universidades. Após reclamações, o governo federal anunciou a recomposição do orçamento.

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