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Em 72 horas, três pessoas morrem afogadas em MS

Duas mortes ocorreram no Rio Aquidauana e uma em um balneário de Bonito

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Entre os dias 29 e 31 de dezembro, três pessoas morreram afogadas em Mato Grosso do Sul.

Samuel da Silva e Silva, de 26 anos, desaparecido no dia 29 último, foi encontrado na tarde desta segunda-feira (30), ele morreu afogado após ser arrastado pela correnteza do Rio Aquidauana, próximo ao distrito de Piraputanga.

Segundo os familiares da vítima, Samuel sumiu após tentar atravessar o rio a nado, nas proximidades do restaurante Serrano. O corpo foi achado próximo de um pesqueiro.

Equipes do Corpo de Bombeiros iniciaram as buscas já no domingo, entretanto, precisaram interromper as operações ao anoitecer devido à baixa visibilidade, além de questões de segurança.

Nesta terça-feira (31), Diego Moacyr morreu após se afogar no Rio Aquidauana, desta vez no município de Rochedo, distante 83 quilômetros de Campo Grande.

Conforme o Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, ele passava as festas de final de ano junto da namorada, quando decidiu, por volta das 15h, tomar banho no rio, onde se afogou.

De acordo com a namorada do rapaz, Diego se afastou das margens do local e seguiu para uma área mais profundo. Tanto a namorada, como dois amigos tentaram socorrê-lo, entretanto, não conseguiram por conta do peso de Diego Moacyr.

Acionado por volta das 17h, o Corpo de Bombeiros só realizou o resgate na manhã desta quarta-feira (1°), com Dyego Moacyr já sem vida. Segundo o Boletim de Ocorrência, o corpo do jovem foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande.

Também nesta terça-feira, um menino de 6 anos morreu afogado em um parque aquático de Bonito, cidade turística distante 297 km de Campo Grande.

A criança foi encontrada pelo guarda-vidas do próprio parque aquático, na tarde desta terça-feira (31), já submersa em uma piscina. A tragédia ocorreu por volta das 13h20 na Praia da Figueira.

Conforme apurado pelo Correio do Estado, o garoto queria descer de um tobogã, entretanto foi impedido por um dos monitores do balneário, justamente por não ter a altura mínima para utilizar o brinquedo.

Diante da situação, o irmão mais velho do garoto, já com 11 anos, pediu para que ele o esperasse em uma piscina rasa.

Cerca de 15 minutos após a conversa entre os irmãos, a criança menor já foi encontrada sem vida, no fundo da piscina.

Conforme o Corpo de Bombeiros, médicos que foram ao balneário iniciaram a reanimação do garoto. Já no hospital do município, os profissionais tentaram reanimar a criança por cerca de 1h30, porém, sem sucesso.

Nesta quarta (1°), o Parque Aquático Praia da Figueira emitiu uma nota de pesar acerca do ocorrido. A Polícia Civil investiga o caso.

Confira a nota na íntegra:

“É com profundo pesar que a Praia da Figueira comunica um acidente ocorrido em nossas dependências, prestado socorro no local, acionado o Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital, infelizmente o menor veio a óbito.

Estamos devastados com o ocorrido e, desde o momento do acidente, estamos dando todo o suporte necessário à família, além de colaborar integralmente com as autoridades para esclarecer os fatos. Nosso compromisso sempre foi com a segurança e o bem-estar de nossos visitantes.

Prestamos nossas mais sinceras condolências à família e amigos neste momento tão difícil. Estamos de luto e solidários com todos que compartilham essa imensa dor.”

Outros casos

Jovem identificado como Maikon Felipe Torqueti Lopes, de 24 anos, morreu, no último dia 24, véspera de natal, também em Rochedo, novamente no Rio Aquidauana.

Segundo a Polícia, a vítima morava em Campo Grande e estava acompanhada de amigos no momento do acidente.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, o grupo de amigos chegou à cachoeira por volta das 14h. Às margens do rio, algumas pessoas notaram que a vítima estava na água, o que surpreendeu as pessoas, uma vez que “ninguém viu o rapaz entrando no local.”, diz o B.O.

Ao notar que Maikon Felipe Torqueti se afogava, alguns amigos tentaram resgatá-lo, sem sucesso, por conta da força da correnteza. A vítima desapareceu na água e foi encontrada 1 km à frente, já sem vida.

Conforme o registro policial, uma testemunha informou que ninguém ingeriu bebida alcoólica e disse não saber se Maikon sabia nadar.

No último dia 28,  o  empresário identificado como Walter Diogo Ferreira, de 70 anos, foi encontrado morto em uma lagoa na zona rural de Nova Andradina.

Conforme boletim de ocorrência, familiares notaram o sumiço do idoso e, quando saíram para procurá-lo, notaram que havia marcas no barranco às margens da água, local onde Walter caiu. De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima estava em companhia da esposa e outros familiares, em uma propriedade rural e foi encontrada no fundo da lagoa, já sem sinal de vida. A morte deve ser esclarecida pela Polícia.

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CADA VEZ PIOR

Ano de 2024 foi o mais quente já registrado no Brasil, segundo dados do Inmet

Instituto Nacional de Meteorologia verificou temperatura média de 25,02ºC, a maior desde quando iniciou-se o registro, em 1961

04/01/2025 11h00

2024 foi o ano mais quente da história do Brasil

2024 foi o ano mais quente da história do Brasil Marcelo Victor / Correio do Estado

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O ano de 2024 foi o mais quente já registrado no Brasil, segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A média de 25,02°C verificada para o ano passado é a maior desde 1961, ponto de partida da série histórica do órgão oficial de meteorologia brasileiro.

A diferença em relação à média de temperatura foi de 0,79°C, considerando a série de 1991 a 2020.

Os dados completos confirmam a tendência apontada em informações parciais, com dados até novembro, de que 2024 tomaria o lugar de 2023 como o ano mais quente do país, como mostrou reportagem da Folha de S.Paulo da última segunda-feira (30). Em 2023, a média foi de 24,92°C.

De acordo com comunicado do Ministério da Agricultura e Pecuária, ao qual o Inmet é vinculado, foi verificada uma tendência de aumento estatisticamente significativo das temperaturas ao longo dos anos nos desvios de temperaturas médias, "que pode estar associada à mudança no clima em decorrência da elevação da temperatura global e mudanças ambientais locais."

A anomalia é uma variação —positiva ou negativa— de uma temperatura em relação à linha de base. No caso, a mais alta até então havia sido a de 2023, com 0,69°C. Essa média é feita com ao menos 30 anos de dados, segundo a meteorologista Andrea Ramos, e é usada para fazer as observações de desvios.

"É importantíssima, é a anomalia que define o quanto ficou acima ou abaixo da média, seja em temperatura ou em chuva e umidade. A partir de uma estação meteorológica convencional, que tem mais de 30 anos de dados, podemos gerar essa climatologia, com valores de referência", explica a especialista.

Para além das ondas de calor, dois fenômenos que marcaram o ano passado, lembra Ramos, foram os incêndios florestais em diversas regiões do país e as chuvas que devastaram o Rio Grande do Sul —e isso sem a ocorrência de um super El Niño, ela destaca.

A chuva minguou e antecipou a temporada de seca e fogo, como visto no pantanal.

"Tivemos tempo e solo secos, com déficit hídrico e aumento de biomassa, pelas folhas secas. A partir de abril e maio começaram os incêndios, seja por questões naturais ou humanas, mais plausíveis para o que passamos, com toda aquela intensidade. Quando chegou o inverno, o caos já estava acontecendo", recorda a meteorologista.

Somou-se à situação a ocorrência dos bloqueios atmosféricos por sistemas de alta pressão com tempo quente e seco, que não permitiam o trânsito de umidade para o Centro-Oeste. Como as frentes frias ficavam estacionadas no Sul, a região viu os temporais caírem com violência.

"Então esses dois fenômenos foram bem típicos dessa era dos extremos, algo que a OMM [Organização Meteorológica Mundial] já estabeleceu. Anos quentes, secos e com chuvas previstas para o mês ocorrendo em dias ou horas, como aconteceu no Rio Grande do Sul."

Já era esperado que 2024 estivesse entre os anos de calor recorde, situação que pode ser explicada pela combinação de oceanos e continentes mais quentes, em razão das mudanças climáticas e pelos efeitos do El Niño, entre outros fatores.

Um possível refresco com o La Niña, caracterizado pelo resfriamento da superfície do oceano nas porções central e oriental do Pacífico Equatorial, fica cada vez mais fraco e distante, segundo previsões da OMM, agência ligada à ONU (Organização das Nações Unidas).

No Brasil, geralmente o La Niña muda a distribuição de chuvas, com precipitação maior nas regiões Norte e Nordeste e menor no Sul e Centro-Oeste. As temperaturas costumam ficar mais baixas no país.

No cenário mundial, já é dado por certo que 2024 será o ano mais quente da história da humanidade, segundo o observatório Copernicus, da União Europeia.

Com a confirmação de que novembro foi mais um mês com temperaturas escaldantes no planeta, os cientistas do órgão calcularam ser impossível que 2024 não supere a marca anterior, que é de 2023.

Os números oficiais serão divulgados na próxima semana pelo observatório europeu e também pela Nasa (Agência Espacial Americana) e pela Noaa (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA).

Os pesquisadores europeus apontam que a marca será a maior dos últimos 125 mil anos. A conclusão inclui a análise de vestígios do ambiente pré-histórico, necessária para saber as temperaturas da Terra muito antes da existência dos termômetros.

O ano de 2024 será lembrado também por ser o primeiro a terminar com média de temperatura acima de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.

Esse limite é considerado pelos cientistas como o teto para impedir as piores consequências do aquecimento global, como o desaparecimento de países insulares. Ele é também o valor preferencial pactuado no Acordo de Paris, de 2015.

A marca não significa, no entanto, que o planeta já rompeu definitivamente a barreira de 1,5°C e as metas do acordo, explicam cientistas. Para considerar que o limite foi definitivamente violado, seriam necessários vários anos com os termômetros acima desse patamar.

Por Folhapress

2025 CHUVOSO

Primeiro sábado do ano deve ser chuvoso em MS

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, precipitação pode chegar aos 50 mm, acompanhada de ventos fortes, com previsão de duração até a manhã deste domingo (05), mas os dias ainda devem ser calorentos

04/01/2025 10h30

Chuvas intensas devem atingir todo o território sul-mato-grossense neste sábado (04)

Chuvas intensas devem atingir todo o território sul-mato-grossense neste sábado (04) Foto: Gerson Oliveira

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um aviso para mais da metade dos municípios brasileiros, incluindo todos do Mato Grosso do Sul, alertando para chuvas intensas neste sábado (04) até manhã de domingo (05), o primeiro fim de semana de 2025.

Segundo a notificação do órgão, devem ser observadas chuvas de 20 mm a 50 mm nas próximas 24 horas, acompanhadas de ventos fortes de 40 a 60 km/h. Porém, é “baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas”, de acordo com a própria instituição meteorológica.

O Inmet também disponibiliza orientações a serem seguidas durante esta chuva intensa que deve atingir o estado: não se abrigar debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas; não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda; evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada; e obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Temperaturas no sábado

Estão previstas mínimas entre 21°C e 23°C e máximas entre 26°C e 32°C para as regiões SulLeste Sudeste do Estado.

Nas regiões Pantaneira Sudoeste esperam-se mínimas entre 23°C e 26°C e máximas entre 27°C e 31°C.

Já nas regiões do Bolsão Norte são esperadas mínimas entre 22°C e 24°C e máximas entre 29°C e 33°C.

Em Campo Grande, são esperadas mínimas entre 21°C e 23°C e máximas entre 26°C e 28°C.

Previsão para domingo (05)

Em grande parte do Estado, a previsão indica predomínio de sol e variação de nebulosidade para o domingo.

Nas regiões Centro-Norte, Pantaneira e Bolsão há possibilidade para chuvas de intensidade fraca a moderada devido ao avanço da frente fria.

"Não descarta-se que,pontualmente, possam ocorrer chuvas mais intensas e tempestades acompanhadas de raios", acrescenta o Cemtec.

Temperaturas

Estão previstas mínimas entre 18°C e 22°C e máximas entre 31°C e 35°C para as regiões SulLeste Sudeste do Estado.

Nas regiões Pantaneira Sudoeste esperam-se mínimas entre 21°C e 24°C e máximas entre 31°C e 34°C.

Já nas regiões do Bolsão Norte são esperadas mínimas entre 22°C e 24°C e máximas entre 30°C e 33°C.

Em Campo Grande, mínimas entre 20°C e 22°C e máximas entre 29°C e 31°C.

E ontem?

Nesta sexta-feira (03), segundo dados fornecidos novamente pelo Instituto, alguns municípios sul-mato-grossenses registraram precipitação, com destaque para Paranaíba (25,4 mm), Coxim (15,6 mm), Nhumirim (14,8 mm) e Sonora (10,4 mm). Outras cidades também choveram:

  • Ivinhema (5,8 mm)
  • Rio Brilhante (5,4 mm)
  • São Gabriel do Oeste (3,8 mm)
  • Campo Grande (1 mm)

Já o restante, municípios como Três Lagoas, Cassilândia e Miranda, registraram milímetros de chuva abaixo de 1.

Prognóstico do verão (Jan-Fev-Mar)

O verão em Mato Grosso do Sul será de calor intenso, forte 'mormaço' e chuvas de rápida duração, as famosas "chuvas de verão".

A informação foi divulgada pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), em publicação de prognóstico da estação climática no estado. O verão começou oficialmente em 21 de dezembro e vai até 20 de março.

Ainda segundo o Cemtec, o forte calor deve superar as médias históricas para o período. Este cenário favorece a formação de ondas de calor, nos momentos em que não houver ocorrência de nuvens e chuvas.

As chuvas, contudo, deverão ter rápida duração e ocorrer de maneira irregular. Essa irregularidade pode agravar a recuperação das condições hídricas da região, o que acende um alerta para o setor agropecuário. 

Conforme o Cemtec, mesmo que as chuvas se mantenham dentro da média histórica no próximos meses, isso não será suficiente para reverter o cenário de seca que afeta a região central do país, incluindo o estado de Mato Grosso do Sul. Nesse sentido, para os pesquisadores, o cenário é de incerteza.

Essa tendência incerta está diretamente relacionada ao fenômeno La Niña. O evento climático provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o que impacta na ocorrência irregular das chuvas e na imprevisibilidade do clima no estado.

*Colaborou Alanis Netto e Lucas Caxito

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