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Em expansão, dezembro será o mês mais letal da Covid-19 em MS

Sem contabilizar dois dias, números do período já estão muito perto do registrado em agosto, o pior até agora

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Dezembro deve registrar recorde no número de mortes causadas por Covid-19 durante todo o período de pandemia em Mato Grosso do Sul. 

Em agosto, mês com maior número de mortes até agora, foram registrados 488 óbitos pela doença, apenas 13 casos a mais do que já foi contabilizado neste mês. 

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Não bastasse isso, o Estado está há quase um mês em elevação da média móvel de mortes.

A macrorregião de Campo Grande possui maior número de óbitos, com 1.450 (64,6%), seguida de Dourados, 441 (19,6%), Três Lagoas, 157 (7,0%) e Corumbá, que notificou 222 mortes (9,9%). No total, Mato Grosso do Sul já registrou 2.270 mortes em 10 meses de pandemia, onde 21% dos casos ocorreram apenas em dezembro, que até ontem tinha 475 óbitos.

Dados do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que Mato Grosso do Sul está com média diária de 24 mortes pela Covid-19, uma das maiores desde o início da pandemia no Estado. 

Caso a média de mortes continue, nos dois últimos dias do mês será registrado o maior número de mortes por Covid-19 do ano.  

De acordo com a secretária adjunta de saúde do Estado, Christinne Maymone, mesmo sendo uma doença nova, Mato Grosso do Sul planejou ações de prevenção precocemente e, com isso, conseguiu frear a curva de crescimento durante 10 meses. 

No entanto, o número voltou a crescer com o cansaço da população em seguir as regras de biossegurança.  

“Atualmente, observo dois aspectos sociais acontecendo: um de continuidade de algumas pessoas que negam a existência da doença. Negar a doença para não entrar em contato com o que ela exige de você, no caso, mudanças comportamentais. O segundo é que as pessoas estão exaustas da obrigatoriedade das mudanças de comportamento, uso de máscaras, distanciamento social”, explica Maymone.

De acordo com dados da plataforma Farol Covid, feita por pesquisadores e utilizada pelo governo do Estado, Mato Grosso do Sul é o estado brasileiro com a maior média móvel de mortes por Covid-19. Nos últimos sete dias, o Estado registrou média móvel de 0,86 a cada 100 mil habitantes. O segundo estado do País com maior número de mortes, em média, é Espírito Santo, com 0,71, seguido de Santa Catarina, com 0,62 de média de mortes.  

Conforme publicação do Farol Covid, Mato Grosso do Sul possui a segunda maior média de casos confirmados por Covid-19 nos últimos sete dias. 

O Estado tem 37,51 de média móvel de casos por 100 mil habitantes. A segunda unidade da federação com o maior número de episódios do País é Espírito Santo, com 43,13% proporcionalmente a sua população. Na segunda-feira, porém, ele também era o primeiro do País nesta estatística.

Segundo o boletim da SES, em dezembro foram registrados 30.699 novos casos confirmados de Covid-19, 23% do total de casos da doença no Estado. A taxa de reprodução da doença, ou seja, o número de pessoas que serão infectadas a cada caso positivo, está em 1,11 no Estado.

Além disso, em 10 meses de pandemia, o coronavírus se tornou a segunda maior causa de mortes por doença no Estado este ano. A doença só fica atrás de óbitos indeterminados pelo sistema de contabilização, que marcam 3.590 casos. Os dados são do Registro Civil, que se baseia nas Declarações de Óbito (DO) registradas nos Cartórios do País.

De acordo com o Registro Civil, a Covid-19 já matou 2.220 pessoas desde março, quando o primeiro caso foi identificado no Estado. Outras causas com maiores números de óbitos são pneumonia, com 1.925 e infarto, com 1.427 mortes.  

FERIADOS

De acordo com a Diretoria de Ensino, Pesquisa e Qualidade Institucional (DEPQI) do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) durante feriados comemorativos, quando há um relaxamento no isolamento social e flexibilização no horário de comércio, os números de contágio e morte por coronavírus aumentam significativamente.

De acordo com a estimativa, que leva em conta as evoluções da pandemia pós-feriado, os efeitos do Natal e do Ano Novo podem levar, em janeiro de 2021, o coronavírus a atingir números recordes de casos.

No dia 25, feriado de Natal, o boletim emitido pelo Hospital Regional registrou 3.406 casos com 630 mortes. A evolução aponta que até o 15° dia após o Natal e virada do ano, se o relaxamento continuar, os números podem chegar a mil óbitos, com aproximadamente 5 mil casos notificados pelo HRMS.

BOLETIM

De acordo com o boletim epidemiológico da SES, divulgado ontem, Mato Grosso do Sul tem ao todo 130.850 casos confirmados de Covid-19 e 2.270 óbitos pela doença. Em 24 horas foram registrados 1.366 novos casos confirmados da doença e 25 mortes.

Os recuperados somam 114.563, mas em isolamento domiciliar encontram-se 13.328 pessoas que ainda transmitem o vírus. 

Entre os internados, 689 pessoas confirmadas com a doença ocupam leitos, das quais 371 estavam em leitos clínicos (244 público e 127 privado) e 318 em unidades de terapia intensiva (222 público e 96 privado).

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ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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