Cidades

Cidades

Em MS, 16 pessoas foram presas na operação das eleições

Dentre elas, seis eram candidatos e 10 eram eleitores. Além disso, foram apreendidos R$ 7.954 em flagrantes de compra de votos e boca de urna

Continue lendo...

Durante o andamento das eleições municipais em Mato Grosso do Sul, a operação da Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) prendeu seis candidatos e dez eleitores em MS. 

De acordo com o levantamento de ocorrências da Operação das eleições, as prisões de candidatos ocorreram nos municípios de Paranaíba, Itaquiraí, Sete Quedas, Água Clara, Santa Rita do Pardo e Rio Verde de Mato Grosso.

Os casos de prisão dos eleitores aconteceram nas cidades de: Itaporã (1), Paranaíba (2), Caracol (2), Água Clara (2) e Santa Rita do Pardo (3).

O município de Sete Quedas, segundo a Sejusp, foi a cidade onde ocorreu mais ocorrências envolvendo crimes eleitorais, com três flagrantes de compra de votos e um caso de desordem.

Neste final de semana, as forças de segurança apreenderam R$ 7.954 usados para prática de crimes eleitorais junto com 6.253 materiais de campanha irregulares, além de um veículo.

Em entrevista coletiva, o secretário-executivo da Sejusp e Coordenador do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), coronel Wagner Ferreira, falou sobre o balanço geral das ocorrências em Mato Grosso do Sul.

“Foram pouquissimas ocorrencias por municipio, em um período no qual muitas pessoas estão nas ruas para irem aos locais de votação, que geram aglomerações ao longo do dia. Então realmente são registros muito baixo para um dia tão importante para nós”, declarou Wagner.

Em Campo Grande, foi registrado apenas um caso de propaganda eleitoral irregular. Além de um atendimento de um idoso, de 60 anos, que sofreu uma crise convulsiva em uma escola na Vila Santa Luzia, sendo prontamente atendido pelo Corpo de Bombeiros. No total foram registrados 26 crimes eleitorais em Mato Grosso do Sul.

COMANDO E CONTROLE

Segundo a Sejusp, os crimes eleitorais monitorados nestas eleições incluem derrame de material de propaganda (conhecido como “chuva de santinhos”), corrupção eleitoral, boca de urna, transporte irregular de eleitores, concentração de eleitores, obstrução ao exercício do voto, desobediência, dano e destruição de urnas eletrônicas, perturbação da propaganda eleitoral, fraude na identificação do eleitor, denunciação caluniosa eleitoral, entre outros.

Desde o início da operação, equipes das Polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, além Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Guarda Civil Metropolitana, Coordenadoria-Geral de Perícias, Detran e Tribunal Regional Eleitoral, concentraram-se no CICC, recebendo e monitorando todas as ocorrências de crimes eleitorais tanto na Capital quanto  no interior do Estado.

LEI SECA

A derrubada da Lei Seca feita em decisão do presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), Desembargador Carlos Eduardo Contar, não resultou em casos de alcoolismos em locais de votação nas eleições, em Mato Grosso do Sul.

Segundo informações do secretário-executivo da Sejusp e Coordenador do CICC, coronel Wagner Ferreira, apesar da liberação de venda e consumo de bebidas alcoólicas no dia da eleição, as forças de segurança não tiveram registros de ocorrências envolvendo embriaguez nos locias de votação.

“Nos não tivemos nenhum registro. Porque o crime que pode ser cometido neste sentido, é o eleitor comparecer a sua zona eleitoral embriagado, porque isso pode trazer um transtorno no andamento da eleição”, declarou Wagner.

O secretário também informou que foram registrados dois casos de desordem durante as eleições no Estado, porém, nenhum destes casos informados se tratava de consumo de alcool nas zonas eleitorais.

“A gente percebeu não tivemos nenhuma ocorrência que demonstre que a revogação da Lei Seca possa ter comprometido no resultado das eleições”, acrescentou.

Neste sábado(5), horas depois da 35ª Zona Eleitoral de Campo Grande, e outras cidades anunciarem que a Lei Seca seria adotada nestas eleições, o presidente do TRE-MS derrubou a Lei Seca, do qual previa a regulamentação de venda e consumo de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais no dia das eleições municipais.

Segundo consta no documento publicado, dentre os motivos para a retirada da determinação foi que “a venda ou consumo de bebida alcóolica no dia das eleições não são condutas definidas como crime”, além de que “não cabe ao agente político de qualquer uma das esferas de Poder, a qualquer tempo, decidir fora das normas constitucionais e legais”.

Após apresentar outras justificativas a favor da queda da Lei Seca, o Desembargador presidente tornou “sem efeito todas as Portarias e demais atos administrativos expedidos pelos Juízos Eleitorais do Estado de Mato Grosso do Sul nas eleições 2024, que versem sobre comércio e/ou consumo de bebidas alcóolicas”.

OUTRAS OCORRÊNCIAS

Além dos casos de crimes eleitorais e Lei Seca, na noite de domingo, após o resultado que elegeu Christina Fiuza, como vice-prefeita de Sidrolândia, o pai da candidata, ex-prefeito da cidade, Daltro Fiúza (MDB) sofreu um atentado em sua casa.

De acordo com uma publicação do prefeito eleito Rodrigo Basso (PL), Fiuza, Daltro e outros familiares não estariam na comemoração do resultado da eleição, que seria na praça da cidade, devido ao ocorrido.

“Nossa prioridade é garantir a segurança de todos, e estamos tomando as medidas necessárias para que isso seja resolvido o mais rápido possível”, comentou Basso.

Na reta final da eleição em Sidrolândia, a então candidata à reeleição, Vanda Camilo (PP) foi alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que apreendeu, após denúncia, R$75 mil em dinheiro que supostamente seria usado para compra de votos.

Outro caso, em Nova Andradina, também chamou a atenção das autoridades. Um homem, identificado como Rodrigo Barbosa da Silva, de 38 anos, foi encontrado morto na manhã do último sábado (5), em um hotel no centro da cidade. Ele era morador de Campo Grande, e no local foram encontrados documentos e nove aparelhos celulares.

De acordo com o Jornal da Nova, a principal suspeita é de que a vítima teria tirado a própria vida. O portal ainda relatou que as polícias Civil, Militar e Científica foram chamadas no local, e constataram o sucícidio.

Saiba

A operação eleitoral  da Sejusp envolveu um efetivo de 3.694 agentes das forças de segurança, 286 viaturas, 4 aeronaves e 7 drones.

Colaborou Ketlen Gomes, João Gabriel Vilalba e Naiara Camargo.

MATO GROSSO DO SUL

Apreensão de drogas cresce 151% no primeiro trimestre de 2025

Números mostram que 116,3 toneladas de entorpecentes foram apreendidas entre 1º de janeiro e 31 de março de 2025, frente a 46,2 toneladas capturadas no mesmo período do ano passado

09/04/2025 10h30

Entorpecentes apreendidos pelo DOF

Entorpecentes apreendidos pelo DOF Foto: Governo de MS

Continue Lendo...

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que a apreensão de drogas cresceu 151% no primeiro trimestre de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024, em Mato Grosso do Sul.

Números mostram que 116,3 toneladas de entorpecentes foram apreendidas entre 1º de janeiro e 31 de março de 2025, frente a 46,2 toneladas capturadas no mesmo período do ano passado. O número representa um crescimento de 151%.

As drogas apreendidas neste ano são maconha (114,7 ton), cocaína (2,2 ton) e pasta base de cocaína (1,9 ton).

Entorpecentes apreendidos pelo DOFPoliciais do DOF em operação. Foto: Governo de MS

As apreensões ocorreram com maior frequência no interior do Estado (105,8 toneladas - 164%) e em Campo Grande (10,4 toneladas – 68%).

Formação de 479 novos policiais militares, investimento em novas viaturas e aeronaves, tecnologia, inteligência são os fatores responsáveis pelo aumento da apreensão de drogas.

O Correio do Estado já noticiou diversas apreensões realizadas pelo Departamento de Operações de Fronteira (DOF). Por exemplo, em 18 e 19 de março, o DOF apreendeu 10,7 toneladas de maconha avaliadas em R$ 21,8 milhões.

Os fatores responsáveis pelo aumento da apreensão de drogas são:

  • Investimento em tecnologia e inteligência
  • Investimento em novas viaturas e aeronaves
  • Formação de quase 1.000 novos policiais militares (479 se formaram em setembro de 2024 e outros 500 irão se formar em agosto de 2025)
  • Cooperação entre as forças de segurança estaduais (PMMS e PCMS)
  • Fiscalização/bloqueio em rodovias

Operações especiais, como o Programa Protetor das Fronteiras e Divisas, que é uma parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)

"O incremento de 70 novas viaturas para Campo Grande e o aumento das operações policiais e do policiamento aéreo na região sul do Estado contribuíram significativamente para o aumento das apreensões. Este ano levaremos essas operações também para as regiões leste e norte de Mato Grosso do Sul, visando o combate a todos os tipos de crimes, em especial ao tráfico de drogas”, explicou o secretário da Sejusp, Antônio Carlos Videira.

De acordo com o delegado titular da Delegacia Especializada na Repressão ao Narcotráfico (DENAR), Hoffman D'Ávila, a apreensão de drogas reduz o índice de crimes patrimoniais.

"Essas operações não apenas combatem o tráfico de drogas, mas também reduzem crimes patrimoniais, que frequentemente estão associados. Além disso, a integração das polícias estaduais com as forças de outros estados, especialmente por meio da Renarc (Rede Nacional de Combate ao Narcotráfico), e o investimento do Governo de Mato Grosso do Sul em inteligência e equipamentos têm sido essenciais para o sucesso das operações", comentou o delegado.

Os órgãos responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS) e Polícia Civil (PCMS).

Entorpecentes apreendidos pelo DOFApreensão de cocaína de 1º de janeiro a 9 de abril de 2025. Foto: Painel/SEJUSP
Entorpecentes apreendidos pelo DOF
Apreensão de maconha de 1º de janeiro a 9 de abril de 2025. Foto: Painel/SEJUSP

INVESTIGADA

Quem é a douradense suspeita de chefiar rede de prostituição internacional

Rebeka Episcopo, mais conhecida como DJ Beka, teve sua prisão decretada pela justiça portuguesa na semana passada, por exploração sexual e suspeita de aliciar mulheres no Brasil

09/04/2025 10h15

DJ Beka, nascida em Dourados, é suspeita de chefiar rede de prostituição em Portugal

DJ Beka, nascida em Dourados, é suspeita de chefiar rede de prostituição em Portugal Foto: Reprodução/Instagram

Continue Lendo...

Na última semana, a Polícia de Segurança Pública de Portugal prendeu a douradense Rebeka Episcopo, conhecida como DJ Beka, suspeita de chefiar uma rede de prostituição de luxo.

Segundo reportagem do UOL, Rebeka foi modelo internacional durante boa parte da carreira, mas se lançou como DJ e produtora musical durante a pandemia da Covid-19. Na sua nova profissão, baseou sua imagem em “empoderamento feminino, espiritualidade e sucesso internacional”, se descrevendo como uma girl boss, ou seja, quando uma mulher se opõe ao mundo empresarial dominado pelos homens.

Em entrevistas, ela disse já ter morado em cidades famosas mundialmente, como Bali, Milão, Paris, Barcelona e Atenas. Nos últimos anos, presidia quatro clubes na capital portuguesa, Lisboa, e era fundadora da produtora Adoya, festas com foco em sonoridades afro house - subgênero da house music que mistura elementos da cultura africana com a house tradicional - e organic - que se caracteriza por um som harmonioso e relaxante.

Para reforçar essa imagem que tanto falava, postava no Instagram, onde tem 65 mil seguidores, “bastidores de eventos, frases inspiradoras e registros sensuais nos ambientes dos spas”. Para a revista Rolling Stones África, ela afirmava ser uma artista conectada às raízes afro-latinas, incorporando o idioma iorubá - língua da família nigero-congolesa, falada na África Ocidental e no Brasil - e elementos de tradições africanas em sua música.

Além da sua produtora, foi veiculado que Rebeka era empresária em duas unidades de nuru, uma massagem corpo-a-corpo cheia de sensualidade realizada entre duas pessoas com um exclusivo tipo de gel. Foram nesses estabelecimentos que as suspeitas da Polícia começaram.

Segundo Carina Alves, responsável pelas investigações do caso, as investigações duraram cerca de dois anos até a deflagração da operação, denominada como Last Massage (do português, última massagem).

“O crime foi descoberto depois de mais de dois anos de investigação sobre uma suspeita que caía sobre dois spas. Somente depois de dois anos conseguimos identificar a natureza do crime que elas praticavam e ambas respondem por lenocínio, já que tinham uma espécie de sociedade”, afirmou a comissária.

Lenocínio “consiste em tirar proveito da prostituição alheia, participando direta ou indiretamente de seus lucros, ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça”. Ainda, ela também é suspeita de sonegação contra o sistema previdenciário de Portugal.

Além dela, a curitibana Jacimara Berwig, apontada como braço esquerdo no esquema, também foi presa. Durante a operação, a Polícia encontrou 107 mil euros em dinheiro vivo, uma pistola calibre 22, duas espingardas, munições, celulares, computadores e tablets, cumprindo 17 mandados de busca e apreensão em imóveis relacionados ao grupo criminoso.

Nos documentos confiscados pela justiça, ficou comprovado que as mulheres que trabalhavam nos estabelecimentos empresariados por Rebeka não tinham registro legal. Ainda, há suspeita da rede aliciar mulheres no Brasil, que iriam até a Europa para “trabalhar” para a DJ.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).