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prefeito de ivinhema

Em operação contra o tráfico, PF toma caminhonete do "mais louco do Brasil"

Apreensão ocorreu nesta terça-feira (15), mas o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro, diz que já havia vendido a Silverado avaliada em R$ 519 mil e que foram comprada de um traficante

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Depois de ter a casa apreendida em meio a uma operação contra o narcotráfico internacional de drogas, agora  prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), perdeu sua caminhonete, uma Silverado avaliada em R$ 519 mil comprada no começo de 2024. 

A apreensão da casa ocorreu no dia 8 de agosto, na primeira fase da operação contra uma quadrilha de traficantes com base em Ivinhema e Angélilca. A caminhonete, por sua vez, foi apreendida nesta terça-feira (15), durante a operação Defray, que é um desdobramento da operação Lepidosiren, realizada em oito de agosto de 2024.

Juliano Ferro, que se diz o prefeito “mais louco do Brasil”, não acompanhou a apreensão, pois está passando uma temporada de sete dias nas praias de Maceió, conforme mostram publicações em suas redes sociais, onde postou passeios de helicóptero e em barco a vela, entre outras postagens. 

Somente no Instagran ele tem 768 mil seguidores. Em postagens feitas ontem (15) e nesta quarta-feira (16), não fez nenhuma referência à nova operação da Polícia Federal em Ivinhema. 

Contas pagas

A operação de agosto foi batizada de Lepidosiren em homenagem ao chefe da quadrilha que atua na região, que é conhecido como Piramboia (Lepidosiren é o nome científico do peixe piramboia). Ele conseguiu escapar, mas sua mulher foi presa.

Nesta terça-feira, o nome escolhido pela PF para batizar a operação foi “defray”, um termo inglês que tem uma série de significados, entre os quais “liquidar · pagar · satisfazer despesa”.  Ou seja, com este nome a PF deixou claro que alguém está pagando as despesas de outrem em Ivinhema.

Tanto a casa quanto a caminhonete de luxo do prefeito foram adquiridos de Luiz Carlos Honório, preso no dia 8 de agosto acusado de envolvimento com o narcotráfico. A casa, oficialmente avaliada em R$ 750 mil, foi comprada em 2021, mas até agora não havia sido definitivamente registrada em nome do prefeito e por isso foi apreendida.

A caminhonete, por sua vez, foi adquirida em janeiro deste ano, e não havia sido quitada. À PF o prefeito informou que deu um veículo Troller, de cerca de R$ 140 mil, e um cheque de R$ 380 mil, que seria liquidado agora em dezembro ou janeiro de 2025.

O dinheiro para quitar este cheque, segundo Luiz Carlos Honório, o prefeito conseguiria com a venda de rifas. Atualmente, o “mais louco do Brasil” está vendendo rifas para sortear um Landau “relíquia”. 

Oficialmente, o prefeito entrou na mira da PF porque não declarou à Justiça Eleitoral a posse de uma caminhonete Dodge Ram e da Silverado. Em seu depoimento, no começo de setembro, alegou que elas não estavam em seu nome e por isso não fez a declaração.

Nota divulgada nesta terça-feira pela PF informa que nesta segunda fase da operação foi feito o “bloqueio de bens totalizando R$ 100 milhões, pertencentes aos envolvidos”. Esta mesma nota, porém, destaca que “durante as diligências, foram identificados e apreendidos um imóvel no valor de R$ 458 mil e uma caminhonete avaliada em R$ 519 mil”. 

Ao especificar o valor da caminhonete, a PF, embora não citasse nomes, fez questão de demonstrar que se tratava do veículo que estava com o prefeito desde o começo do ano, uma vez que este valor já havia vindo a público por conta do inquérito aberto pela Justiça Eleitoral. 

Além disso, ao especificar entre os R$ 100 milhões uma casa teoricamente simples, de R$ 458 mil, a PF deu a entender que nesta terça-feira bloqueou a casa que o prefeito entregou ao traficante Luiz Carlos Honório em troca da casa na qual reside hoje com a família. 

Em seu depoimento no dia 3 de setembro, Juliano Ferro afirmou que entregou aquele imóvel por R$ 400 ou R$ 500 mil no negócio que fizera em 2021, quando ainda era vereador. No dia 8 de agosto a Justiça Federal de Ponta Porã já havia bloqueado pelo menos oito imóveis pertencentes à quadrilha, que é comandada por Pirambóia. Um deles foi a casa onde o prefeito reside. 

No último dia 6, Juliano Ferro foi releito com 81,29% dos votos válidos em Ivinhema, tendo a votação mais expressiva da história do município. O “mais louco do Brasil” teve 12.838 votos e Fábio do Canto, seu oponente, teve 2.954 votos. 

O que diz o prefeito

Nesta quarta-feira, o prefeito Juliano Ferro informou “que não houve nenhuma busca e apreensão em sua residência ou o cumprimento de qualquer mandado judicial contra sua pessoa. Ademais, desconhece qualquer medida judicial adotada contra sua pessoa em âmbito de qualquer investigação policial. Outrossim, teve conhecimento da busca e apreensão de um veículo cuja venda já havia sido efetuada, e não tem qualquer relação com o ocorrido”.

E, além de garantir que já havia vendido a Silverado, afirmou que está a “disposição da justiça, pois antes de ser prefeito tive revenda de veículos quase 20 anos e sempre comprei e vendi imóveis”. 

Questionado sobre a data da venda da caminhonete, o valor e o nome do comprador, Juliano Ferro não se manifestou mais.


 

Rede Limpa

Nova etapa de operação retira 24 mil metros de fios irregulares no Centro

Foco foi no trecho considerado o mais crítico em relação à fiação irregular e força-tarefa também deve ser expandida para bairros

07/12/2025 17h00

Cerca de 24 quilômetros de fios irregulares foram retirados do Centro de Campo Grande

Cerca de 24 quilômetros de fios irregulares foram retirados do Centro de Campo Grande Foto: Divulgação / PMCG

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Em nova do Projeto Rede Limpa, cerca de 24 mil metros de cabos irregulares foram retirados de postes na região central de Campo Grande, neste domingo (7). Na primeira etapa da operação, realizada no dia 27 de novembro, foram retirados 15 mil metros de fios irregulares

Conforme a prefeitura, o foco foi no trecho considerado o mais crítico em relação à fiação irregular, sendo o quadrilátero central, formado pelas avenidas Mato Grosso e Afonso Pena e pelas ruas Calógeras e 13 de Maio.

A área foi escolhida após mapeamento técnico da concessionária de energia elétrica, a Energisa, que apontou que o local apresentou maior quantidade de instalações irregulares.

O ponto de partida da ação foi o cruzamento das ruas Treze de Maio e Barão do Rio Branco, às 7h. Os serviços se estenderam ao longo de todo o dia, com intervenções em 79 postes, sendo 28 na rua Treze de Maio, 35 na Calógeras e 16 na Afonso Pena.

A força-tarefa ainda terá outras etapas e deverá ser expandido para outros bairros de Campo Grande, embora ainda não haja cronograma definido.

Conforme a prefeitura, as ações ocorrerão de forma planejada, priorizando as áreas com maior concentração de irregularidades e risco à população.

Para o presidente do Conselho Regional do Centro, João Matos, a iniciativa atende a uma demanda histórica de comerciantes e moradores.

“O excesso de fios sempre foi uma preocupação no centro, tanto pela segurança quanto pelo impacto visual. Essa ação é muito bem-vinda e traz resultados concretos para quem vive e trabalha aqui”, afirmou.

A prefeita Adriane Lopes afirmou que o objetivo da retirada da fiação irregular não é apenas uma questão estética.

"O Rede Limpa é, sobretudo, uma ação de segurança e organização urbana. Estamos cuidando da cidade, prevenindo riscos e garantindo mais tranquilidade para quem circula pelo centro”, afirmou.

Adriana Ortiz, representante da Agência Estadual de Regulação (Agems), disse que a ação também tem caráter regulatório e de fiscalização.

“Essa operação é resultado de um trabalho técnico e integrado, que busca garantir que as normas sejam cumpridas e que os serviços prestados à população ocorram com segurança e qualidade”, declarou.

Já o gerente da Energisa, Moacir Costa, explicou que todas as operadoras foram previamente comunicadas com antecedência sobre a realização da ação deste domingo.

“As empresas credenciadas junto à Energisa foram notificadas antes da primeira etapa e novamente comunicadas nesta semana. O objetivo é corrigir irregularidades e organizar a ocupação dos postes de forma adequada e segura”, pontuou.

Primeira etapa

Na primeira etapa do projeto, foram vistoriados 43 postes, com a retirada de cerca de 15 mil metros de fios irregulares, um resultado considerado positivo.

A ação dessa fase teve início no quadrilátero formado pelas avenidas Mato Grosso, 13 de Maio, Afonso Pena e Calógeras. Também foram incluídas ruas internas como 14 de Julho, Antônio Maria Coelho, Maracaju, Marechal Rondon, Dom Aquino e Barão do Rio Branco.

Foram atendidos 21 postes na Rua 13 de Maio e 22 na Avenida Calógeras. Em média, foram removidos cabos de 12 pontos por poste. As equipes iniciaram os trabalhos às 22h, horário escolhido para minimizar impactos no trânsito e na circulação de pedestres.

Após a limpeza dos postes, haverá rondas preventivas pelas forças de segurança para evitar novas ligações clandestinas.

A operação contou com a participação da Agência Estadual de Regulação (Agems) e da Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Especial de Articulação Regional (Sear), Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semades), Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

boletim

Mortes por aids caem 4% no período de um ano em MS

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde aponta que há 1.194 pessoas vivendo com HIV ou aids no Estado

07/12/2025 14h30

Em todo o Brasil, houve a expansão na oferta de testes

Em todo o Brasil, houve a expansão na oferta de testes Foto: Breno Esaki / Agência Saúde-DF

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O número de mortes por aids teve queda de 4,1% em Mato Grosso do Sul no comparativo entre 2023 e 2024. Boletim epidemiológico 2025, com ano-base 2024, foi divulgado na última semana pelo Ministério da Saúde e aponta que em 2023 foram 172 óbitos pela doença no Estado, passando para 165 em 2024.

Ainda conforme a Pasta, o resultado acompanha a tendência nacional. O País reduziu 13% os óbitos por aids no período, passando de mais de 10 mil para 9,1 mil, o menor número em três décadas.

Considerando o número de casos, foram registrados 788 em Mato Grosso do Sul no ano passado. O Estado contabiliza ainda 1.194 pessoas vivendo com HIV ou aids.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que o resultado reflete os avanços em prevenção e diagnóstico, com terapias de ponta que atualmente são capazes de tornar o vírus indetectável e intransmissível e que estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Alcançamos o menor número de mortes por aids em 32 anos. Esse resultado só foi possível porque o SUS oferece gratuitamente as tecnologias mais modernas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Os avanços também permitiram ao país alcançar as metas de eliminação da transmissão vertical como problema de saúde pública”, afirmou Padilha.

Os casos de aids no Brasil também apresentaram redução no período, com queda de 1,5%, passando de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil no último ano, conforme o boletim epidemiológico.

No componente materno-infantil, o País registrou queda de 7,9% nos casos de gestantes com HIV (7,5 mil) e de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus (6,8 mil). O início tardio da profilaxia neonatal caiu 54%.

Em todo o Brasil, há 68,4 mil pessoas que vivem com o vírus HIV ou aids, mantendo a tendência de estabilidade observada nos últimos anos.

O País manteve a taxa de transmissão vertical abaixo de 2% e a incidência da infecção em crianças abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos.

O país também atingiu mais de 95% de cobertura em pré-natal, testagem para HIV e oferta de tratamento às gestantes que vivem com o vírus. Isso significa que o país interrompeu a infecção de bebês durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Os resultados estão em linha com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Prevenção, diagnóstico e tratamento

O Brasil adota a estratégia de Prevenção Combinada, que reúne diferentes métodos para reduzir o risco de infecção pelo HIV.

Antes centrada principalmente na distribuição de preservativos, a política incorporou ferramentas como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que reduzem o risco de infecção antes e depois da exposição ao vírus.

Desde 2023, o número de usuários da PrEP cresceu mais de 150%, resultado que fortaleceu a testagem, aumentou a detecção de casos e contribuiu para a redução de novas infecções. Atualmente, 140 mil pessoas utilizam a PrEP diariamente.

Para dialogar com o público jovem, que vem reduzindo o uso de preservativos, o Ministério da Saúde lançou camisinhas texturizadas e sensitivas, com a aquisição de 190 milhões de unidades de cada modelo.

No diagnóstico, houve expansão na oferta de exames com a aquisição de 6,5 milhões de duo testes para HIV e sífilis, 65% a mais do que no ano anterior, além da distribuição de 780 mil autotestes, que facilitam a detecção precoce e o início oportuno do tratamento.

O SUS mantém oferta gratuita de terapia antirretroviral e acompanhamento a todas as pessoas diagnosticadas com HIV.

Mais de 225 mil utilizam o comprimido único de lamivudina mais dolutegravir, combinação de alta eficácia, melhor tolerabilidade e menor risco de efeitos adversos a longo prazo.

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