Cidades

Operação no fim de semana

Em operação de apreensão de armas, Choque prende autor de violência doméstica

Agentes apreenderam quatro armas sem registro, e três homens foram detidos

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Na sexta-feira (18) e sábado (19), o Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPMChoque) realizou uma operação para tirar de circulação armas ilegais, que poderiam ser utilizadas para a criminalidade.

Segundo o Choque, as ações aconteceram durante patrulhamentos estratégicos em áreas com alto índice de criminalidade. Em dois dias, foram 4 armas apreendidas, e três homens detidos.

Em um dos casos, a equipe foi acionada por populares que relataram ter visto um homem armado, que estava tendo atitudes agressivas e havia obrigado uma mulher a entrar em um carro. Para convencer a vítima, ele teria até disparado para o alto.

Após diligências no bairro Chácara Cachoeira, o Choque localizou o veículo e realizou a abordagem. A mulher afirmou ser casada com o homem há 30 anos, e revelou ser vítima de violência doméstica. O homem portava uma pistola PT 917 C, 9 mm, e não apresentou documentação que o autorizasse a portar a arma. Sendo assim, ele foi preso e encaminhado à delegacia. Segundo o choque, o indivíduo já possui antecedentes criminais por desobediência, lesão corporal e vias de fato.

Outras apreensões

Na sexta-feira (18), em uma única abordagem, feita na região do bairro Guanandi, foram localizados dois revólveres calibre .38, de uso restrito no Brasil, um deles com numeração parcialmente suprimida e 5 munições intactas. O homem de 32 anos que se identificou como proprietário do armamento já tinha passagens pela polícia por porte ilegal de arma de fogo. 

Na mesma noite, no Centro, diante do nervosismo de um motorista, uma equipe do Batalhão de Choque realizou  abordagem a veículo e encontrou com um de seus passageiros, de 21 anos, uma pistola 9 mm de modelo não aparente. O jovem foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil para as providências cabíveis.

"Com a apreensão dessas armas, o Batalhão de Choque não apenas interrompe a ação de criminosos, mas também reduz as chances de que novos crimes violentos sejam cometidos. A retirada dessas armas de circulação contribui diretamente para a segurança da sociedade, proporcionando maior tranquilidade para a população de Campo Grande", diz nota do BPMChoque.

De acordo com o comandante do Batalhão de Choque, tenente coronel Rigoberto Rocha da Silva, "Somente em 2024, a unidade já retirou 97 armas de circulação, demonstrando nossa eficiência e agilidade no combate ao crime, em todas as suas formas. Cada operação bem-sucedida reforça o compromisso do Batalhão de Choque com a proteção e o bem-estar da sociedade, contribuindo para uma Campo Grande mais segura para todos”, finaliza.

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Tragédia

Estudante morre atropelada por carreta ao sair da escola em bicicleta elétrica

O acidente aconteceu no município de Jardim na manhã de hoje (21). O motorista até parou para prestar socorro, mas encontrou a adolescente sem vida.

21/10/2024 18h14

Local do acidente em que matou uma jovem de 16 anos

Local do acidente em que matou uma jovem de 16 anos Imagens/ Jardim MS News

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Uma adolescente de 16 anos morreu atropelada nesta segunda-feira (21) no município de Jardim, a 235 quilômetros de Campo Grande. Segundo testemunhas, a vítima conduzia uma bicicleta elétrica quando saía da escola no momento do acidente.

A colisão aconteceu no cruzamento das ruas São Paulo com a Antônio Pinto Pereira, quando a adolescente que transitava no veículo foi surpreendida pela carreta ao realizar uma conversão no cruzamento por uma carreta acoplada por um cavalo, que teria passado por cima do corpo da vítima. 

Em entrevista ao site Jardim MS News, o motorista, cuja identidade foi preservada, disse que parou o veículo, mas, ao descer da carreta, avistou a jovem sem vida.

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas no local e constataram a morte da estudante.

Além da Polícia Civil, a Polícia Militar e setores de investigação estiveram no local para entender a dinâmica do acidente.

O caso foi registrado na delegacia de Polícia Civil de Jardim para investigação. 

 

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tenta acordo

Motorista de Porsche que matou moto entregador manobra para escapar da Justiça

Defesa protocolou pedido de Acordo de Persecução Penal, que pode livrá-lo de responder pelo crime e, consequentemente, de eventual condenação por homicídio culposo

21/10/2024 17h44

Motorista escondeu Porsche após acidente e levou na oficina dias depois para reparar os danos

Motorista escondeu Porsche após acidente e levou na oficina dias depois para reparar os danos Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O empresário Arthur Torres Rodrigues Navarro, de 34 anos, motorista de um Porsche Cayenne, avaliado em R$1,2 milhão, que atropelou e matou o entregador do iFood Hudson Oliveira Ferreira, de 39 anos, no dia 22 março deste ano, pode se livrar de responder pelo crime.

A defesa do empresário entrou com um pedido de acordo de não persecução penal (ANPP) junto à Justiça, que pode favorecê-lo com a extinção da punibilidade. O acordo está nas mãos do Procurador-Geral de Justiça, Romão Avila Milhan Junior, que irá decidir pelo deferimento ou não.

Caso o acordo seja firmado, o motorista se livra de qualquer condenação pelo crime, pois não há processo e, desta forma, nenhuma eventual sujeição a uma pena privativa de liberdade.

Segundo a denúncia, ele dirigia um Porsche em velocidade de 89,4 km/h e, ao não se atentar para as condições de trânsito a sua frente, colidiu contra o motociclista Hudson Oliveira e deixou o local sem prestar socorro. O motorista morreu dois depois.

O Ministério de Público de Mato Grosso do Sul denunciou Arthur por homicídio culposo na direção de veículo automotor e por se ausentar do local sem prestar socorro.

Com base na denúncia, a defesa propôs o acordo, alegando que "o resultado morte, mesmo que trágico, não obsta a celebração do acordo, pois, em crimes culposos com resultado violento, a violência não está na conduta, mas na decorrência indesejada"

O acordo foi inicialmente negado, pois o Ministério Público considerou que o caso, mesmo se tratando de crime culposo, como teve morte como resultado, repercute negativamente no meio social e na família na família da vítima e, assim, o acordo não geraria pacificação social.

"Em verdade, o crime de homicídio culposo ostenta um injusto extremamente grave (maior desvalor de resultado), o que não recomenda a possibilidade da celebraçãodo acordo de não persecução penal. Em outras palavras, o maior desvalor de resultadodo crime em tela indica não ser socialmente recomendável a medida, sob o risco dederrubada da confiança dos familiares afetados na vigência da justiça. Assim, nahipótese, o acordo de não persecução penal se revela claramente insuficiente para a repreensão e prevenção do delito, por conta da gravidade do injusto e culpabilidade que normalmente infrações dessa natureza envolvem", disse o MP em manifestação.

A defesa do acusado, no entanto, fez nova petição requerendo que o pedido fosse encaminhado ao órgão superior do Ministério Público, especificamente à Procurdoria-Geral do MPMS.

A justificativa é a de que há "injustas recusas" e que a "ausência de consenso na avaliação subjetiva sobre a necessidade e suficiência para a prevenção e repressão do crime não pode impedir a proposta do acordo".

"Insiste-se, portanto, na celebração do ANPP, instrumento de política criminal extraprocessual que bisca uma solução que exprima a gravidade de conduta e a conscientização por meio de condições, porém sem a pena decorrente de um processo", diz a defesa.

A juíza da 3ª Vara Criminal de Campo Grande, Eucélia Moreira Cassal, Dito isso, determinou a remessa dos autos ao Procurador-Geral de Justiça, para manifestação quanto ao acordo de não persecução penal.

Relembre o caso

O acidente aconteceu na noite do dia 22 de março. Hudson Oliveira Ferreira foi atropelado pelo Porsche na Rua Antônio Maria Coelho, e o condutor fugiu do local sem prestar socorro.

O moto entregador foi socorrido por terceiros, com fraturas múltiplas, lesões extensas, sangramento com artéria tibial exposta e choque hipovolêmico e hemorrágico. Ele morreu no hospital dois dias depois em razão de embolia pulmonar, com quadro iniciado devido à colisão e politraumatismo.

Ainda após o caso, o empresário escondeu o carro na casa de um irmão e depois de oito dias levou até um oficina para conserto.

Após ser identificado, duas semanas após o acidente, o motorista se entregou a polícia e relatou que saiu de seu bar e se dirigia para casa, quando percebeu que um motorista saía de um prédio e teria atravessado todas as faixas. Arthur afirma, no entanto, não ter percebido que bateu no entregador e seguiu para seu apartamento.

Ele relatou ainda que, no dia seguinte, um funcionário contou que havia ocorrido um acidente, ocasião na qual ele percebeu que havia ocorrido uma avariaem seu veículo, mas mesmo assim diz que não imaginou que seu veículo tivesse sido capaz de lesionar ou matar a vítima, alegando ainda que não estava bêbado e nem em alta velocidade.

O Ministério Público considerou que a materialidade e indícios da autoria do crime restaram comprovados e denunciou Arthur Torres Rodrigues Navarro pelos crimes de homicídio culposo na direção de veículo automotor e por fugir do local sem prestar socorro.

Esta não é a primeira vez que o empresário é alvo de investigações por acidentes no trânsito. Em 2014, ele atropelou outro motocilista, na Avenida Bom Pastor. A vítima, de 64 anos, teve fratura exposta na tíbia e fíbula, que resultou em sequelas físicas irreversíveis.

 

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