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Embrapa detecta 32 tipos de agrotóxicos e produtos de degradação no Rio Dourados

Dentre os produtos foram encontrados 15 herbicidas, oito inseticidas, três fungicidas e seis produtos de degradação

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Estudo realizado pelo Laboratório de Análises Ambientais da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) detectou 32 tipos de agrotóxicos ou produtos de degradação do Rio Dourados.  

Dos 32 compostos encontrados no Rio Dourados, a classificação com base no seu tipo foi: 15 herbicidas, oito inseticidas, três fungicidas e seis produtos de degradação.

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A pesquisa foi realizada durante o período de 10 de dezembro de 2019 a 11 de dezembro de 2020. Amostras foram coletadas mensalmente ou quinzenalmente, em três pontos de amostragem diferentes.

O objetivo era analisar a qualidade da água das bacias hidrográficas em vários rios do Estado, a partir da monitoração de resíduos de 46 tipos de agrotóxicos e os devidos produtos de degradação em amostras de água.  

As concentrações dos agrotóxicos e dos produtos de degradação detectados nas amostras de água do Rio Dourados que são previstos na legislação (atrazina, alacloro e simazina) não ultrapassaram os valores máximos permitidos (VMP) pela legislação brasileira e, portanto, estão em conformidade com a norma vigente.  

No entanto, para grande parte dos agrotóxicos detectados nesse estudo, os VMP não são estabelecidos e contemplados pela legislação brasileira no que concerne à qualidade das águas superficiais. De acordo com os especialistas da pesquisa, é urgente a necessidade de inclusão dos VMP desses agrotóxicos na legislação brasileira.

Os resultados obtidos são para diagnóstico do nível de exposição do Rio Dourados aos agrotóxicos utilizados nos principais sistemas de produção da região, fornecendo dados técnico-científicos para aprimoramento de políticas públicas. 

Um exemplo, é a inclusão de agrotóxicos não previsto na legislação e regula valores máximos permitidos desses compostos em águas superficiais.

Além disso, as amostras servem para o processo de avaliação do risco ambiental de agrotóxicos pelas autoridades regulatórias.  

De acordo com o estudo, quanto transportados para a água, os agrotóxicos colocam em risco a biodiversidade aquática e a qualidade das fontes de captação de água para a população local e animais.  

As formas em que o produto é aplicado para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas, podem ser um importante processo para entrada dos agrotóxicos nas águas superficiais.

Laboratório de Análises Ambientais

O Laboratório de Análises Ambientais da Embrapa Agropecuária Oeste foi inaugurado com parceria estabelecida entre várias Instituições. A equipe do laboratório monitora a qualidade da água das bacias hidrográficas em vários rios do Estado, além da água potável de alguns municípios.

O laboratório é resultado de um investimento total de mais de R$ 3 milhões, utilizados para a obra de construção física do prédio, aquisição de novos e modernos equipamentos, além de custeio para pagamento dos padrões analíticos.  

A parceria viabilizou recursos provenientes da Embrapa, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Prefeitura Municipal de Dourados, por meio do Instituto do Meio Ambiente de Dourados (IMAM).

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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