Cidades

Mudanças

Empresa aérea encerra voos entre Corumbá e Campo Grande

A partir de agosto, aviões com destino a cidade pantaneira sairão de Campinas

MARESSA MENDONÇA

16/06/2015 - 14h00
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A Azul linhas aéreas não vai mais operar voos entre Campo Grande e Corumbá, a partir do dia 3 de agosto. Segundo informações do Diário Corumbaense, a empresa fez alterações na escala e agora, o voo partirá de Campinas para Corumbá todas as segundas, quartas e sextas, às 12h08min, com previsão de chegada às 13h15min.

Ainda segundo informações do Diário Corumbaense, quando o itinerário é de Corumbá para a Campinas, sairão voos segundas, quartas e sextas às 13h45min (horário local), com chegada às 16h40min. Já no domingo, o voo partirá de Corumbá às 13h20min para chegar em Campinas às 16h16min.

Preocupação

Para o setor de turismo do município, a novidade trouxe preocupação. A empresária Raquel Amaral, afirma que várias passagens aéreas de Campo Grande para Corumbá foram compradas em pacotes fechados, até o mês de outubro. “Os pacotes foram vendidos para os clientes contando com este voo, e aí?”, indaga Raquel. “Corumbá é um grande centro, estão desconsiderando que Corumbá seja uma cidade de grande importância”, afirmou à reportagem do Diário Corumbaense.

“Eu já fiz contato com algumas pessoas aqui de Campo Grande que viajam com a gente, são médicos, são pessoas que vão passar o final de semana, vão passear no São João em Corumbá, são pessoas que realmente precisam do voo”, afirma Raquel Amaral. “Você vê a Prefeitura de Corumbá investindo em novos produtos, as pessoas querendo passear em Corumbá, passar um dia no rio, conhecer o Forte Coimbra, no máximo um final de semana. Agora, ficar um final de semana e perder um dia indo e um dia voltando, o turista já não vai querer ir. Querendo ou não, ida e volta dá 840 km. Vai ser um problema para a cidade, tanto para o turismo quanto para a população toda”, enfatiza.

A opinião é compartilhada pelo vice-presidente da Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo (Acert), Luiz Martins. “Nosso medo é que esse voo venha só para Corumbá e a cidade não consiga manter o voo lotado, não vai ter gente que realmente compense à companhia manter. Nosso medo é que esse voo acabe sendo cancelado para Corumbá. Acreditamos que a sustentação do voo para Corumbá seria Campo Grande”, analisa.

“É claro que nós queríamos realmente um voo que viesse para Corumbá direto de Campinas, mas nosso medo é que esse voo não seja viável por causa da baixa temporada que nós temos, na época da piracema, que é o período que os pescadores amadores mais utilizam voos de São Paulo a Corumbá. São quatro meses parados, e isso vai dar uma baixa muito grande no número de passageiros. Esse é nosso medo, porque Campo Grande, a gente sabe que já existe uma ocupação, daí pra frente, as conexões ali são mais fáceis”, completa Luiz Martins.

Outra opinião

A diretora-presidente da Fundação de Turismo do Pantanal, Hélènemarie Dias Fernandes, acredita que essa mudança nos voos da empresa aérea não irá prejudicar o setor de turismo. Ela afirma que há muitos anos os empresários do ramo de turismo almejavam essa ligação direta entre Corumbá e São Paulo, visto que a maior clientela do turismo pantaneiro é proveniente das regiões Sul e Sudeste.

Segundo Hélènemarie, a Fundação de Turismo entrou em contato com Marcelo Bento, diretor de operações da Azul Linhas Aéreas, para saber o que motivou a empresa a cancelar a conexão entre Corumbá e Campo Grande e oferecer quatro voos semanais para Campinas. Marcelo Bento respondeu que há muitos anos o setor de turismo de Corumbá requeria essa conexão direta com São Paulo, centro distribuidor nacional e internacional. Além disso, essa mudança vai otimizar a venda de passagens, já que as conexões para outros destinos compreendem 70% do uso do voo.

“Há dez anos Corumbá não recebe um jato, essa é uma grande oportunidade de atrair cada vez mais turistas para a cidade e Corumbá era a última cidade, segundo ele me informou, do Mato Grosso do Sul, que ainda mantinha esse voo com ligação com a Capital. Dourados já não tem mais, Bonito, há três anos não tem mais e todas as suas conexões são com Campinas”, afirma Hélènemarie.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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