Cidades

CG 119 ANOS - CENTRO

Empresário doa seu tempo e amor há 40 anos a uma rede de solidariedade

Gelásio Lani motiva, inspira e mobiliza

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A história do crescimento social de uma cidade é formada por aquilo que o Estado propriamente dito oferece e pelo voluntariado, praticado por uma legião de pessoas. Na área central de Campo Grande, mais precisamente na Rua Barão do Rio Branco, um capixaba vindo do Rio de Janeiro  instalou, em meados dos anos 1970, um verdadeiro QG, em que funcionam seu trabalho – a Ótica Itamaraty – e a “sede” de sua atividade ligada ao voluntariado. Gelásio Roque Lani é o nome dele. E basta perguntar nas redondezas para perceber que muita gente conhece bem este lado solidário do empresário.

“Estudei em colégio marista, que é religioso. Meu pai é extremamente católico, sempre tirava da boca dele para dar para as pessoas necessitadas e, então, você vai aprendendo. E, depois que você entra neste esquema, não tem mais como sair. A felicidade eu acho que está aí, não tem outro jeito de a pessoa se realizar que não seja ajudando o próximo”.

A boa localização da empresa e o perfil da família ligado à oftalmologia colaboraram para que ele criasse, mesmo sem pretensão alguma, uma rede de amigos solidários que atua das mais variadas formas. E isso começou já nos anos 1970, ao lado do irmão oftalmologista, Luís Lani. “Eu preciso lembrar que este meu irmão [in memoriam] já fazia isso. Ele fez um dos primeiros transplantes de córnea em Campo Grande, numa época em que não havia muitos meios. E pedia para eu ajudá-lo em campanhas de olhos”. 

Para trazer resultados, Gelásio trabalhou por muito tempo na Feirona, na Exposição, no alto da Afonso Pena, com shows chamando atenção para a causa. “Fizemos um trabalho muito grande, bem devagarinho, para firmar o Banco de Olhos e ajudar quem precisava do transplante.  E, no fim dos anos 1980, o Banco de Olhos daqui era um dos melhores do Brasil”.

Instituições como Cotolengo Sul-Mato-Grossense, Lar dos Sonhos Positivos (que cuida de crianças com vírus HIV), entre outras, são constantemente beneficiadas por ações promovidas pelo empresário e por sua rede de amigos. São almoços, romarias, shows variados, aos quais  ele mobiliza parceiros para a produção, fazendo tudo acontecer. “Quando sou solicitado, sempre estou à disposição para ajudar. As pessoas já conhecem este meu lado voluntário e vêm me procurar. Mas às vezes eu também não posso, por conta do meu trabalho aqui na ótica”. 

Aparecer com o triciclo Brucutu ou o Phyra Show é retorno na certa. “O Brucutu faz parte do Jacaré Triciclo Clube, de Campo Grande. Eu e Elieser [conhecido por Jacaré] somos donos do triciclo gigante que levamos para vários locais. Nosso objetivo é sempre levar alegria; fazer, por exemplo, um Natal solidário, levar o Papai Noel até as crianças mais humildes, a gente consegue.”

Para angariar fundos, no fim do ano é promovida a Festa dos Pratos. “Todo dinheiro arrecadado é usado para comprar brinquedos para doação. Várias entidades se envolvem com a gente, incluindo o Rotary Clube, do qual faço parte”.

Gelásio acredita que o ditado “doar para receber” é a mais pura verdade. “Tem muito comerciante que fica se queixando da crise, mas não se mobiliza, não se mexe. Ajude o próximo, promova uma rede solidária, que tudo muda. Eu nunca chego aos lugares e falo que tenho uma ótica. Vou lá, faço a minha parte. Faço por amor”.

TRIBUTAÇÃO

Morador de Campo Grande é o que mais gasta com iluminação pública no Brasil

Arrecadação bruta da Cosip da Capital se aproximou de R$ 200 milhões em 2024, três vezes maior que a de Porto Alegre

22/12/2025 09h00

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante Súzan Benites/Correio do Estado

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Entre as grandes cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes, Campo Grande é o lugar onde moradores mais gastam com a Contribuição Social para o Custeio da Iluminação Pública (Cosip).

Proporcionalmente, a capital do estado de Mato Grosso do Sul está entre as que mais arrecadam no Brasil e tem uma receita anual com a taxa, cobrada de maneira casada com a conta de luz, maior que a do município de Curitiba (PR), que tem o dobro da sua população.

Levantamento da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) indica que, em todo o ano de 2024, a capital de Mato Grosso do Sul teve uma receita bruta de R$ 196,8 milhões com a Cosip. O custo per capita para os moradores da cidade é de R$ 206,24 – o maior do Brasil.

Na capital paranaense, que tem 1,83 milhão de habitantes, praticamente o dobro dos 960 mil habitantes de Campo Grande, foram arrecadados R$ 154,1 milhões em 2024, resultando em uma Cosip per capita de R$ 84,27.

Foi o suposto mau uso desta verba de centenas de milhões de reais que levou o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) a desencadear, na sexta-feira, a Operação Apagar das Luzes, que investiga um esquema de corrupção em contratos de iluminação pública da Prefeitura de Campo Grande.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, em um caso que indica a ocorrência de reiteradas fraudes na licitação, além de contratos firmados para a execução de serviço de manutenção do sistema de iluminação pública de Campo Grande, já tendo sido identificado superfaturamento superior a R$ 62 milhões. As empresas envolvidas na operação seriam a Construtora B&C Ltda. e a Construtora JLC Ltda.

A JLC, por exemplo, é a empresa contratada pelo Município para promover a decoração natalina de Campo Grande, por R$ 1,7 milhão. Neste ano, apesar do valor, a decoração se restringiu apenas à área central da cidade.

Em 2024, Campo Grande arrecadou R$ 196,8 milhões com a Cosip, o que significa um custo de R$ 206,24 por habitante

ALTA ARRECADAÇÃO

Os números do levantamento da FNP mostram que na Região Centro-Oeste a arrecadação com a Cosip destoa de outras capitais. Os R$ 196 milhões arrecadados pela Prefeitura de Campo Grande em 2024, que correspondem a 3,6% de sua receita corrente líquida, são mais que o dobro do valor arrecadado em Goiânia.

Na capital de Goiás o município recolheu R$ 98,4 milhões na cobrança casada com a conta de luz. Goiânia, contudo, tem 1,4 milhão de habitantes, o que corresponde a uma Cosip per capita de R$ 65,87, quase um terço dos R$ 206,24 de Campo Grande.

No Centro-Oeste, a segunda e terceira maiores contribuições de iluminação pública estão em Cuiabá (R$ 142,45 per capita) e Dourados (R$ 142,04).

No Brasil, nenhuma cidade com mais de 200 mil habitantes tem uma Cosip per capita superior à de Campo Grande.

CONTRATOS

Como mostrou reportagem do Correio do Estado, dados do site da Transparência da Prefeitura de Campo Grande trazem que a iluminação pública da Capital é dividida em sete contratos independentes, para cada uma das regiões da cidade: Anhanduizinho (Lote 1); Bandeira (Lote 2); Centro (Lote 3); Imbirussu (Lote 4); Lagoa (Lote 5); Prosa (Lote 6); e Segredo (Lote 7).

A Construtora B&C é responsável pelos lotes 4, 5 e 7, que, somados, estão avaliados em R$ 14.885.371,67. Já a Construtora JLC administra a iluminação dos lotes 1, 2 e 3, que resultam em R$ 17.837.068,21.

Avaliado em R$ 4.300.411,70, o Lote 6 ficou sob responsabilidade da MR Construtora. Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, essa empresa também estaria sendo investigada por estar envolvida nos contratos.

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CAMPO GRANDE

Cavalos invadem avenida e são recolhidos no Terminal Guaicurus

Manada estava vagueando pela avenida Guaicurus, em pleno trânsito, no meio dos carros, apresentando risco tanto para os motoristas quanto para os animais

22/12/2025 08h45

Manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos.

Manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos. Reprodução

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Uma cena inusitada chamou atenção, na madrugada desta segunda-feira (22), em Campo Grande: seis cavalos foram recolhidos para dentro do Terminal Guaicurus após serem flagrados perambulando pela região.

Conforme apurado pela reportagem, a manada estava vagueando pela avenida Guaicurus, em pleno trânsito, no meio dos carros, apresentando risco tanto para os motoristas quanto para os animais.

Em seguida, o Corpo de Bombeiros (CBMMS) flagrou a tropa andando pela pista e resolveu recolhê-los para dentro do Terminal Guaicurus, com o objetivo de mantê-los em segurança e resguardar a vida da população.

A manada permaneceu abrigada no Terminal por algumas horas, até a chegada dos donos dos bichos.

Os bombeiros acionaram o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mas, o órgão não possui plantão noturno. Também acionaram a Polícia Militar Ambiental (PMA), mas, de acordo com a PMA, só é possível atender animais silvestres.

Logo em seguida, o dono dos animais foi localizado. Ele afirmou aos bombeiros que a porteira ficou aberta e por isso os animais fugira. Com isso, os militares conduziram o animal até o local de origem.

 

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