A Energisa informou nesta tarde, por meio de nota à imprensa, que depois de uma reunião com a empresa ABF Engenharia e Serviços e sindicato da categoria, decidiu rescindir o contrato de trabalho com a empresa terceirizada da concessionária de energia. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (15).
A empresa de energia informou ainda que como a ABF Engenharia e Serviços não cumpriu com as obrigações trabalhistas dos funcionários, a própria concessionária fará o pagamento devido de cada trabalhador através dos meios judiciais, diretamente com os empregados, sem passar pela ABF Engenharia e Serviços.
Diante do fim do contrato, a concessionária afirmou que alguns trabalhadores, que agora não prestarão mais serviços para a Energisa, poderão ser contratados pela própria concessionária.
Trabalhadores da ABF e de outra empresa, a Reluz, protestam nesta tarde em frente ao escritório da Energisa, no centro da Capital. Juntos, os trabalhadores reivindicam serem contratados pela concessionária.
Segundo nota divulgada, a Energisa justifica a decisão: “A empresa prestadora de serviço ABF vem apresentando dificuldade para honrar seus compromissos legais perante ao contrato estabelecido com a ENERGISA, o que coloca em risco o interesse e direitos dos trabalhadores, bem como o da própria companhia e seus princípios de boa governança. Ao longo do tempo tentou-se identificar as raízes dos problemas enfrentados pela empresa prestadora de serviços e ao final constatou-se que não há outro caminho que não da rescisão contratual. Esperamos que os impactos sofridos pelos trabalhadores possam ser mitigados e grande parte dos mesmos possam ser aproveitados em nova prestadora de serviço”.
ENTENDA O CASO
Cerca de 70 trabalhadores da empresa ABF Engenharia e Serviços, terceirizada da concessionária de energia Energisa, paralisaram os trabalhos nesta terça-feira (14). Segundo o sindicato que representa os trabalhadores, atrasos de salários são os principais problemas.
Os trabalhadores atuam no setor de ligação e religação de energia e pararam por tempo indeterminado.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracon), José Abelha, explica que além dos salários atrasados, muitos funcionários foram colocados em férias sem receber qualquer pagamento.
A informação repassada pela direção da ABF à categoria dão conta de que atrasos nos repasses da Energisa estariam motivando os atrasos.


