Cidades

EMBRIÃO NO ENSINO

Ensino da medicina pode sofrer remodelações com tecnologia de MS

Método ainda só é utilizado no Rio de Janeiro e pretende baratear curso

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Uma nova proposta educacional, usando tecnologia desenvolvida em Mato Grosso do Sul, pode baratear um dos cursos universitários mais caros do Brasil: o de medicina. Ao mesmo tempo, essa novidade atua em uma polêmica questão que é o uso do ensino à distância para a medicina.

O embrião desse método está em utilização apenas no Rio de Janeiro, nas universidades UniRio e Severino Sombra. As instituições aceitaram a proposta de servirem de experiência para que a tecnologia seja testada. A Academia Nacional de Medicina e a Fundação Carlos Chagas também estão participando do processo de "tubo de ensaio" dessa plataforma.

A base tecnológica do conceito foi desenvolvida na empresa Master Case, que tem em Campo Grande sua central de desenvolvimento tecnológico e ramificações em São Paulo e Rio de Janeiro. O negócio começou em 1998 e se solidificou no mercado.

Alcir Abuchaim, natural de Três Lagoas e hoje vivendo no Rio de Janeiro, foi quem criou a plataforma. Formado em gestão de políticas públicas, o empresário entendeu que com o uso da tecnologia poderia ser possível criar novas formas do ensino da medicina. 

"Não nos posicionamos como um EAD (Ensino à Distância), mas sim uma nova modalidade de ensino. Queremos é democratizar a educação, dando mais acesso onde não seria possível. A plataforma tem várias aplicações e interações. O professor está presente na hora da aula, o aluno também. Eles só não ocupam o mesmo espaço físico", defendeu Abuchaim.

Diretor da Universidade Severino Sombra, João Côrtes, analisou que a médio prazo a plataforma deve influenciar o mercado. Uma mensalidade para o curso de medicina está em R$ 7 mil, valor inviável para muitas pessoas. Já em uma universidade pública, a maior dificuldade é a grande concorrência.

"Tudo que é novo vai assustar um pouco. O termo 'à distância' vai começar a ser questionado. O que se está fazendo agora é a fusão do real com o virtual. Estamos pegando o melhor de um (curso presencial) com do outro (à distância) e fundimos", opinou o diretor.

FALTA DE PROFESSORES

Ele comentou que a possibilidade do método espalhar-se para o Brasil deve levar algum tempo, mas pode acontecer para contornar a problemática de falta de professores. Para indicar que a plataforma online pode ajudar na educação, Cortês mencionou que mesmo em universidades públicas nem sempre sem tem profissionais para lecionar aulas.

"Vim recentemente de um congresso e foi falado lá que em Sinop, no Mato Grosso, a UFTM (Universidade Federal do Estado) abriu curso de medicina e não tinha professor para lecionar. A plataforma vai servir para suprir demandas assim também. Vai ser possível alguém que está em um lugar ministrar a aula em outro. Depois teremos os professores e técnicos para atuar nos laboratórios, que não tem como serem substituídos", explicou.

Na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, que iniciou as aulas de medicina neste ano, também enfrenta problemas para completar seu quadro de professores. No meio do ano, alunos relataram, em protesto, que faltam 90 profissionais.

"Rio de São Paulo concentram a maior parte dos professores da área. Outras regiões sofrem com a carência", disse o diretor da Severino Sombra, universidade que fica em Vassouras (RJ) e atrai estudantes de várias partes do país.

QUALIDADE OU NÃO

Os testes da plataforma têm sido feitos para aulas virtuais com até 50 alunos, que seria a capacidade de uma sala física.

Essa quantitativo seria o máximo permitido para que o professor possa interagir. Segundo os envolvidos na metodologia tecnológica, o número de estudantes podem diminuir para até 20 se quem ministra a aula avalia que é necessário.

Outra característica é que nesse novo modo de ensino o encontro tem horário para começar e terminar. Nesse caso, o universitário não pode estudar a qualquer hora. "O professor prepara a aula e tudo fica na plataforma. Materiais de leitura e outras indicações. E não existe aula sem interação, por isso o professor fica ao vivo. Sabemos que nada substitui a relação humana", indicou o criador da plataforma, Alcir Abuchaim.

Para tentar comprovar que não há risco da qualidade do ensino cair, a Academia Nacional de Medicina está auditando o processo.

CUSTO

A plataforma funciona a partir de uma espécie de cartão que o aluno recebe e pode conectar a qualquer computador. Isso funciona como se fosse uma "chave" para poder acessar as aulas ao vivo e outros serviços, dependendo do pacote que a universidade adquire.

Com investimento estrangeiro, o sistema tem custo atual de US$ 100 dólares por usuário ao ano, mas esse valor pode mudar dependendo da estrutura do projeto contratado.

A manutenção ainda permite que para cada 10 estudantes, um técnico fica disponível para auxiliar em caso de problemas na conexão.

OPINIÕES

Médicos e professores comentaram sobre o uso da tecnologia e o que acreditam que pode ser mudado. Eles também comentam o que defendem que é preciso renovar no ensino da medicina.

*Matéria editada às 14h50 de 09/11/2016 para acréscimo de informações.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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