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Entenda sobre riscos psicossociais e novas regras de comunicação no trabalho

Há uma série de setores considerados como "prioridade" entre as fiscalizações, como os bancos, serviços de saúde e o de teleatendimentos

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Em maio entra em vigor uma nova redação da chamada Norma Reguladora 1 (NR-1), com um texto que institui o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, quando os empreendimentos passarão a ser fiscalizados pelos riscos psicossociais no trabalho. 

Conforme estipulado pela lei nº 14.831/2024, há novas diretrizes para prevenção desses riscos, como bem esclarece a fonoaudióloga e especialista em expressividade, Dra. Cristiane Romano. 

Ela explica que as comunicações corporativas, quando não bem executadas, podem gerar estresse, ansiedade e inclusive afastar o trabalhador de suas atividades graças a questões ligadas à saúde mental, portanto é necessária atenção da organização para não tornar o ambiente tóxico. 

"A ausência de diálogos claros, a prática de desqualificar funcionários e o não reconhecimento de esforços impactam diretamente a segurança psicológica dos profissionais", cita a Dra. Cristiane em nota.

E no quesito comunicação disfuncional há uma série de efeitos prejudiciais, como a distorção de informações, negação de problemas evidentes, que também pode ser identificado como 'gaslighting corporativo'. 

Entre os exemplos, a fonoaudióloga lista comentários que costumam ser comuns em organizações e características dessa prática, como "você não entendeu direito"; "isso não aconteceu" ou "é exagero", que ela cita com poder de minar a autoconfiança dos trabalhadores. 

Fiscalizações

Conforme o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), o texto da nova NR-1 passa a valer a partir do dia 25 de maio, incorporando os fatores psicossociais aos chamados Programa de Gerenciamento de Riscos (PGRa) das empresas.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) classifica como fatores de risco:

  • Cargas de trabalho excessivas,
  • Exigências contraditórias/ falta de clareza em definição de funções,
  • Falta de participação na tomada de decisões que afetam o trabalhador,
  • Falta de controle da forma como o trabalho é executado,
  • Má gestão de mudanças organizacionais,
  • Precariedade laboral,
  • Comunicação ineficaz,
  • Falta de apoio das chefias ou dos colegas,
  • Assédio psicológico e sexual, etc.

Há uma série de setores que, segundo o Sinait, serão considerados como "prioridade" entre as fiscalizações, como os bancos, serviços de saúde e o de teleatendimentos, por exemplo. 

O Sindicato reforça que doenças mentais são a segunda maior causa de afastamento do trabalho no Brasil, sendo que o descumprimento das diretrizes estabelecidas poderá gerar consequências financeiras para as empresas. 

Caso seja identificado, por exemplo, a ausência de medidas adequadas, o auditor fiscal do trabalho poderá denunciar a situação ao Ministério Público do Trabalho (MPT) que, por sua vez, pode ajuizar ação civil pública contra essa empresa, gerando multas e outras penalidades.

 

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Turismo

Imasul determina paralisação das atividades de balneário famoso em Bonito

Balneário Praia da Figueira já vinha sendo alvo de investigações por irregularidades e agora foi determinado o encerramento das atividades

26/03/2025 15h00

Balneário famoso tem atividades suspensas pelo Imasul

Balneário famoso tem atividades suspensas pelo Imasul Site Praia da Figueira

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O Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) decidiu suspender por tempo indeterminado as atividades de um dos balneários mais frequentados no município de Bonito. Portaria foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (26).

Localizado a 19 quilômetros de Bonito, o Balneário Praia da Figueira vinha ganhando a atenção de visitantes e turistas por seus quiosques, águas cristalinas do Rio Formoso, flutuação e extensa área de lazer. 

A portaria suspendeu a licença do Balneário, determinando que sejam encerradas as atividades, sob pena de implicar em crime ambiental, conforme o diário oficial de MS. 

“Art. 1º SUSPENDER, para reavaliação da licença, por prazo indeterminado, a LICENÇA DE OPERAÇÃO DE N. 27/2021, o processo n. 71.404.632-2020, para a atividade de Balneário – Flutuação – Passeio Ecológico Terrestre em nome de EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS ALTO DE FORMOSO LTDA, nos termos previstos no art. 11, I da Lei Estadual 2257/2001."

Alvo de investigações

Recentemente, a fazenda que abriga o Balneário foi alvo de investigações do Ministério Público por supostas irregularidades ambientais. A propriedade estaria captando água do Rio Formoso irregularmente, através da instalação de duas bombas sem autorização, além de ocuparem uma área de preservação permanente. 

O gerente da empresa afirmou que as bombas eram usadas apenas para situações emergenciais e que possuiam autorização para o funcionamento. Porém, segundo o sistema do Imasul, constou-se que a fazenda não possuia autorização para o uso da água e que apresentava somente uma declaração, que não validava esse tipo de atividade. 

Também foi descoberta uma captação subterrânea por meio de um poço tubular, cuja situação estava pendente de regularização. 

Após as conclusões do laudo, o Ministério Público instaurou um inquérito para apurar a captação irregular de água, a intervenção em área protegida e a possível ocorrência de crime ambiental. 

Cidades

COP15: Campo Grande é escolhida como sede para evento sobre espécies migratórias

O Brasil é o país com maior biodiversidade do mundo e abriga uma grande variedade de espécies migratórias, que dependem dos ecossistemas brasileiros para se reproduzir, alimentar e descansar

26/03/2025 14h00

COP15: Campo Grande é escolhida como sede para evento sobre espécies migratórias

COP15: Campo Grande é escolhida como sede para evento sobre espécies migratórias Divulgação

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Nesta quarta-feira (26), o governo brasileiro anunciou que Campo Grande sediará a 15ª Reunião da Conferência das Partes (COP15) da Convenção, o evento que acontecerá nos dias 23 e 29 de março de 2026 reunirá representantes de governos, cientistas, ambientalistas, povos indígenas e comunidades tradicionais para debater estratégias de preservação da fauna migratória em escala global.  

“Sediar a COP15 da Convenção sobre Espécies Migratórias em Campo Grande reforça o compromisso do Brasil com a proteção da biodiversidade por meio da preservação da fauna silvestre migratória. O Pantanal, um dos biomas mais ricos e vibrantes do mundo, será o cenário ideal para esse diálogo internacional sobre conservação e desenvolvimento sustentável”, destacou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

O Brasil, que integra a CMS desde 2015, é o país com maior biodiversidade do mundo e abriga uma grande variedade de espécies migratórias, como a onça-pintada, o falcão-peregrino, diversas espécies de tartarugas marinhas, tubarões, arraias e baleias. Muitas dessas espécies dependem dos ecossistemas brasileiros para reprodução, alimentação e descanso ao longo de suas rotas migratórias.  

No entanto, um relatório divulgado na COP14 da CMS, realizada em 2024 no Uzbequistão, apontou que as espécies migratórias estão cada vez mais ameaçadas. A degradação dos habitats, a caça ilegal, a poluição e as mudanças climáticas têm impactado diretamente esses animais. 

O estudo também revelou que 399 espécies reconhecidamente migratórias ainda não estão incluídas nos anexos da CMS, o que significa que elas não contam com medidas internacionais de conservação.  

Nesta edição, espera-se que os países discutam novos compromissos para ampliar a proteção das espécies migratórias, incluindo a inclusão de novas espécies na CMS, o fortalecimento da fiscalização contra a caça ilegal e a promoção de iniciativas para preservar rotas migratórias e habitats essenciais. 

“Animais migratórios conectam o planeta, cruzando continentes, oceanos e céus em jornadas incríveis a cada ano, mas enfrentam pressões sem precedentes. A COP15 da CMS em Campo Grande é uma oportunidade para fortalecer a cooperação internacional e adotar medidas transformadoras que garantirão o futuro das espécies migratórias e seus ecossistemas vitais”, afirmou Amy Fraenkel, Secretária Executiva do CMS.

Além disso, a conferência deve ampliar a cooperação entre tratados ambientais internacionais, como a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), a Convenção de Ramsar e a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES).  

Por fim, apoiam direta ou indiretamente a prestação de importantes serviços ecossistêmicos como polinização, dispersão de sementes, controle de pragas e doenças e ciclagem de nutrientes, que dão suporte à resiliência e produtividade geral dos ecossistemas. Fornecem, ainda, benefícios econômicos aos povos indígenas e comunidades tradicionais, viabilizando o ecoturismo e a produção de alimentos e equilibrando sua contribuição crucial para a preservação desses animais e seus habitats.

CMS

De acordo com o Governo Federal, a Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS, na sigla em inglês) é um tratado ambiental das Nações Unidas que fornece uma plataforma global para a conservação e uso sustentável de animais migratórios e seus habitats.

O evento reúne governos e especialistas em vida silvestre para abordar as necessidades de conservação de espécies migratórias terrestres, aquáticas e aviárias e seus habitats ao redor do mundo. Desde que a Convenção entrou em vigor, em 1979, 133 países da África, América Central e do Sul, Ásia, Europa e Oceania aderiram. 

COP

Ainda conforme informações do Governo, a conferência das Partes (COP) é o principal órgão decisório da Convenção. Reúne-se uma vez a cada três anos e define o orçamento e as prioridades dos três anos seguintes (o triênio). Também decide sobre a alteração dos Anexos e considera os relatórios submetidos pelas Partes, o Conselho Científico e os acordos estabelecidos sob a Convenção. A última Conferência das Partes, a COP14, foi realizada em Samarcanda, Uzbequistão, em fevereiro de 2024.

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