Cidades

Processo digital

Advogado do Itaú acusa e-SAJ, do Judiciário de MS, de "erro sistêmico"

Acusação foi feita em processo em que ex-defensor do banco pede R$ 3 milhões por uso indevido de procuração; parte quer tribunal e Ministério Público investigando denúncia

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Advogado do Banco Itaú, Luiz Rodrigues Wambier, acusa o sistema e-SAJ do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul de erro sistêmico após documento sem assinatura digital ser anexado em processo onde ex-advogado do banco pede R$ 3 milhões por uso indevido de procuração.

A defesa do ex-advogado, que trabalhou para o Itaú por 27 anos, pede investigação pelo Tribunal.

Diante da acusação, Nelson Afonso, que defende o colega advogado Gésse Cubel Gonçalves, que advogou para o Itaú por 27 anos, pede que o Tribunal de Justiça investigue tal acusação, que ele considera séria.

Nelson Afonso apontou que um substabelecimento de procuração que daria poderes para Wambier defender o Banco Itaú neste processo estaria apócrifo (sem a devida assinatura digital) dentro do sistema e-SAJ.

O e-SAJ é por onde tramitam os processos judiciais em Mato Grosso do Sul após o fim dos processos físicos. O sistema é o mesmo usado pelos tribunais de Justiça de São Paulo, Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do Sul, Acre, entre outros.

“Analisando os autos, em particular a petição assinada pelo advogado da Ré, Luiz Rodrigues Wambier, nos deparamos com uma alegação séria e preocupante: a Ré afirma que, devido a um erro sistêmico do e-SAJ, o quadro de assinatura digital foi removido do documento”, alega o advogado Nelson Afonso.

O defensor do ex-advogado do Itaú ainda complementa: “A Ré alega que o e-SAJ é propenso a falhas graves, o que levanta dúvidas sobre a segurança, integridade e confiabilidade do sistema, causando-nos extrema preocupação”.

Em resposta à preliminar em que o advogado de Gésse Cubel alega a nulidade do substabelecimento da procuração de Ana Paula Zampieri Neto a seu escritório, Luiz Rodrigues Wambier e Mauri Marcelo Bevervanço Junior afirmam que “no momento de sua inclusão no sistema SAJ, por motivo alheio à vontade do Réu, e em função de erro sistêmico do e-SAJ, o quadro de assinatura digital foi removido do documento”.

“Ademais (...) verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício, não se aplicando qualquer penalidade à Ré antes dessa concessão de prazo. Portanto, não há que se presumir que a advogada e o preposto da Ré não possuíam poderes para representar a Ré, mas, sim, ser determinada a intimação da Ré para comprovar a existência desses poderes, caso se entenda que existe alguma deficiência na documentação apresentada”, argumentou Wambier.

Investigação

Agora, diante da acusação de que o sistema em que tramitam todos os processos da Justiça de Mato Grosso do Sul (e também de outros estados brasileiros, inclusive o maior deles, São Paulo) tem um erro sistêmico, o defensor do ex-advogado do Itaú cobra uma investigação, e alega que seu cliente é idoso e vulnerável.

“O Autor, pessoa idosa e em situação de vulnerabilidade, pretende garantir que a alegação de erro sistêmico seja devidamente investigada e que a autenticidade dos documentos processuais seja mantida. Confiando na integridade do sistema, pretende-se a justiça na resolução do caso”, argumenta.

Na petição mais recente, o advogado de Gésse Cubel pede uma verificação técnica do sistema e-SAJ para confirmar um possível erro sistêmico apontado pelo advogado do Itaú, e que a Ordem dos Advogados do Brasil e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) sejam oficiados para acompanhar o procedimento e, se não houver confirmação do suposto erro sistêmico, que os autores da acusação sejam responsabilizados pelos prejuízos e que os autos sejam encaminhados ao Ministério Público, para eventual investigação de possíveis ilícitos ou crimes cometidos.

Ainda não há manifestação sobre o pedido pelo juiz da 6ª Vara Cível de Campo Grande, Deni Luis Dalla Riva. 

O caso

Gésse Cubel acionou o Instituto Unibanco de Cinema depois de verificar que recebia notificações de empresas do conglomerado Itaú, com as quais não mantinha relação, caso do instituto objeto da ação.

O autor da ação alega que, desde que encerrou seu contrato de prestação de serviços ao conglomerado Itaú, em 2020, continuou recebendo notificações. A relação dele com o banco teve início em 1993.

Por causa das procurações, que ele reputa serem falsas, Gésse Cubel pede R$ 3 milhões ao banco.

Inicialmente, o banco era defendido por Ana Paula Zampieri Neto, e só depois os poderes outorgados a ela pelo banco foram substabelecidos ao escritório de Wambier, que não colocou a assinatura digital no documento.

O Correio do Estado procurou o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul . Não houve resposta até a publicação da reportagem, o espaço está aberto. 

O Banco Itaú, depois de procurado, enviou a seguinte resposta:

"O Itaú Unibanco informa que o documento citado pela reportagem está assinado via certificado digital, conforme imagem abaixo. Após o protocolo, a assinatura não permaneceu visível no sistema e-SAJ, o que já foi informado pelo banco. A acusação de que o documento é apócrifo não procede.”

E também enviou a imagem do substalecimento da procuração: 

* Atualizado no dia 24 de julho de 2024, às 14h29min

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GRUTA DO LAGO AZUL

Asfalto em rodovia de Bonito vai custar quase o dobro do previsto

Trecho de 15 quilômetros na região da gruta do Lago Azul foi licitado por R$ 32 milhões, mas com os reajustes, custará pelo menos R$ 55,1 milhões

17/01/2025 12h00

Trecho de 15 quilômetros de asfalto interliga a região da Gruta do Lago Azul à região conhecida como Baia das Garças

Trecho de 15 quilômetros de asfalto interliga a região da Gruta do Lago Azul à região conhecida como Baia das Garças

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A pavimentação de um trecho de 15 quilômetros de rodovia próximo à famosa gruta do Lago Azul, em Bonito, vai custar pelo menos 71,8% a mais que o previsto inicialmente pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos, a Agesul. 

Publicação do diário oficial do Governo do Estado desta sexta-feira (17) oficializou um acréscimo de mais R$ 18.292.302,46 ao contrato inicial para asfaltar um trecho da MS-382, formalizado em abril de 2022 por R$ 32.099.413,00. 

Com mais este reajuste, a obra vai custar pelo menos R$ 55.161.146,79, o que representa alta de quase 72% em relação ao valor inicial. E, como a obra ainda estão longe de acabar, existe a possibilidade de sofrer novos aumentos. 

O trecho entre a área urbana de Bonito até a gruta, de cerca de sete quilômetros, já estava asfaltado desde 2020. Dois anos depois, foi lançada a obra de pavimentação ampliando o asfaltamento até o entroncamento com a MS-339, na região conhecida como Baia das Garças.

Com o acréscimo no valor anunciado nesta sexta-feira, o custo médio do quilômetro asfaltado saltou de R$ 2,1 milhões para a casa dos R$ 3,6 milhões. 

E, além de aumentar o valor, a Agesul também ampliou mais uma vez o prazo para conclusão dos trabalhos, desta vez por mais quatro meses. Agora, a empreiteira Via Magna tem até meados de junho de deste ano para concluir os trabalhos. Em 2022, quando da assinatura do contrato, a prazo então definido era de 300 dias a partir da assinatura da ordem de serviço. 

Na época do lançamento da obra, o Governo do Estado explicou que, além beneficiar o escoamento da produção agrícola local, a pavimentação desse trecho da MS-382 facilitaria o acesso à região pantaneira, já que a própria rodovia, em seu prolongamento, e a MS-339 levam ao Pantanal, em direção a Porto Murtinho. 

A reportagem do Correio do Estado procurou a Agesul em busca das razões que provocaram a dilação de prazo para conclusão da obra e as razões que provocaram o aumento do valor do contrato. Porém, até a publicação da reportagem, não havia obtido explicações. 

 

educação

Lista de designação da Reme é divulgada e pais devem fazer a matrícula

Pais e responsáveis podem consultar em qual escola seus filhos irão estudar e fazer a matrícula

17/01/2025 11h30

Escola Municipal Prof Alcídio Pimentel

Escola Municipal Prof Alcídio Pimentel GERSON OLIVEIRA

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Lista de designação da Rede Municipal de Ensino (Reme), com nomes de alunos e escolas onde vão estudar, está disponível para consulta.

Pais e responsáveis podem consultar em qual escola seus filhos irão estudar neste site.

Em seguida, devem efetivar a matrícula, dos estudantes presentes na lista designação, até quinta-feira (23). A matrícula deve ser feita pessoalmente na escola em que o estudante foi designado.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), a segunda listagem de matrículas incluirá 3.628 vagas para candidatos que estão aguardando.

A Semed também informa que as famílias que tiveram seus filhos selecionados na primeira lista de matrículas e não realizaram a matrícula, tiveram as vagas disponibilizadas para a segunda listagem e oferecidas a outro aluno. É necessário também que o responsável realize um novo cadastro e gere um novo protocolo de atendimento.

“A Semed trabalha para garantir que todas as crianças e adolescentes de Campo Grande tenham acesso à educação de qualidade”, afirma a coordenadora do Centro de Matrículas, Adriana Cedrão.

CALENDÁRIO LETIVO

Aulas da Reme começarão em 10 de fevereiro e terminarão em 12 de dezembro de 2025 nas escolas municipais da Capital.

Serão 200 dias letivos distribuídos em quatro bimestres. Confira a data de início e fim de cada bimestre:

  • início do 1º bimestre em 10 de fevereiro de 2025 e término em 30 de abril de 2025;
  • início do 2º bimestre em 2 de maio 2025 e término em 16 de julho de 2025;
  • início do 3º bimestre em 1º de agosto de 2025 e término em 30 de setembro de2025;
  • início do 4º bimestre em 1º de outubro de 2025 e término em 12 de dezembro de 2025, nas escolas que oferecem ensino fundamental e 16 de dezembro de 2025, nas Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs).

Confira as datas:

DATA

FATO

2 de janeiro de 2025

Início do ano escolar

2 a 31 de janeiro de 2025

Período destinado ao atendimento ao público, matrícula e organização das turmas

3 a 7 de fevereiro de 2025

Apresentação de professores e jornada pedagógica

2 a 31 de janeiro de 2025 / 17 a 31 de julho de 2025

Férias de alunos e professores

10 de fevereiro de 2025

Início do ano letivo

12 de dezembro de 2025

Término do ano letivo nas escolas que oferecem ensino fundamental

16 de dezembro de 2025

término do ano letivo nas Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs)

19 de dezembro de 2025

Encerramento do ano escolar

Atualmente, a Rede Municipal de Ensino (Reme) tem aproximadamente 112 mil alunos matriculados em 206 unidades de ensino, 7,5 mil professores e 12 mil servidores (administrativos, limpeza, merenda, monitores, entre outros). 

A Reme atende Educação Infantil (EMEIs), Ensino Fundamental do 4º ao 9º ano e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Campo Grande ganhou novos 487 professores nos últimos meses. Grande parte deles irá atuar nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Os profissionais são do último concurso, realizado entre 2023 e 2024.

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