Cidades

BOMBEIROS

Escada de combate a incêndios chega em dez dias

Equipamento alemão custou R$ 4,3 milhões; nevasca atrasou entrega

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Escada Magirus Dayane

A autoescada mecânica (AEN), da empresa Magirus, que será usada pelo Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul em ações de combate a incêndio e resgate de vítimas em altas temperaturas, deverá chegar no dia 17 de fevereiro no Brasil. O equipamento foi comprado em 2018 e está vindo de navio, que deve atracar no porto do Rio de Janeiro (RJ).

De acordo com os bombeiros, a chegada a Campo Grande ainda não tem previsão, pois depende da liberação da Alfândega. A expectativa é de que até o fim deste semestre o equipamento esteja em atividade na Capital.

“A escada é um equipamento de salvamento de pessoas de locais de difícil acesso e auxilia também em combate a incêndio, tanto em edificação ou em tonéis de combustível”, informou o tenente-coronel Waldemir Moreira, comandante do 1º Grupamento do Corpo de Bombeiros da Capital.

A escada custou R$ 4.350.000 e mEtade do valor foi pago no ato do contrato, a outra parte só seria depositada com a entrega da escada. O equipamento foi comprado junto a empresa alemã e inicialmente o cronograma previa entrega para novembro de 2018. Como o prazo não foi cumprido e a nova previsão passou para março do ano passado, que novamente desrespeitado.

Segundo informações repassadas a reportagem, como a fábrica da Magirus - na cidade e Ulm (Alemanha) - está em área de constantes nevascas e por isso ficar parte do inverno fechada, o que teria atrapalhado na construção do equipamento e atrasado o cronograma de entrega.

O Estado tinha apenas uma escada usada desde a década de 70, porém, o equipamento estragou em 2015 e desde então os combates a incêndio na Capital tem sido feitos pelos bombeiros do chão. A AEN atingia 30 metros de altura e quando estragou não foi consertada porque estava obsoleta e as peças para manutenção não eram mais fabricadas.

A nova escada, entretanto, tem 42 metros e é o equipamento mais moderno do mundo. Uma das diferenças entre a antiga e a nova é o fato de o equipamento não precisar da presença de um profissional para segurar a mangueira de água. “Você acopla a mangueira na escada e ela mesma faz o combate”, explicou o tenente-coronel.

“Campo Grande está verticalizando e era a única Capital do País que não tinha escada deste porte. Apesar disso, a cidade não tem prédios tão antigos, a maioria foi construída em padrões mais modernos e já tem estruturas físicas que dificultam propagação de incêndio, completou Moreira.

Além da escada, a Capital recentemente também adquiriu outros três caminhões para atuarem em conjunto. São duas viaturas de combate a incêndio Auto Bomba Tanque (ATP) com mais capacidade de água  - comportando cinco mil litros -, e um Auto Tanque Reboque (ATR), com capacidade de 30 mil litros de água. 

Após a chegada da escada em Campo Grande, um grupo de militares será treinado para utilizar o equipamento. Essas aulas serão dadas por funcionários da empresa e não há custo adicional. Ainda não há informação sobre quantos militares devem participar do treinamento. No ano passado um grupo de bombeiros esteve na fábrica da escada, na Alemanha, para testá-la antes do envio ao Brasil.

TRAGÉDIAS

Em 2011 o publicitário Giovanni Sergio Dolabani Leite, de 24 anos, que era cadeirante, morreu após o prédio em que morava pegar foto. O incêndio começou no nono andar do Edifício Leonardo Da Vinci, e o rapaz acabou asfixiado pela fumaça provocada pelo fogo. Como não possuía equipamento que conseguissem combater o incêndio de fora do prédio, os bombeiros precisaram arrombar a porta do apartamento para iniciar o combate as chamas e os residentes tiveram que ficar na sacada a espera de socorro.

O mesmo incêndio também vitimou a defensora pública Kátia da Silva Soares Barroso. A vítima chegou a ser internada no hospital, mas teve morte cerebral dois dias depois do fato.

No ano seguinte o Paulistão, localizado na avenida Costa e Silva foi devastado por um incêndio que começou durante a manhã e só foi controlado completamente à tarde. Para o comandante do 1º Grupamento, que atendeu a ocorrência, a existência da escada já naquela época ajudaria a reduzir o tempo de resposta ao incêndio. 

“Ali demoramos para conseguir chegar próximo ao prédio porque a temperatura era muito alta, então com a escada nós poderíamos lançar água do alto. O esfriamento da área seria mais eficaz”, avaliou Moreira.

Educação

Enade: inscritos devem responder questionários até 23h59 de hoje

Exame teórico será aplicado neste domingo

23/11/2024 20h00

Estudante com prova do Enade

Estudante com prova do Enade Foto: UFT/Divulgação

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Os estudantes que farão o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2024 das Licenciaturas neste domingo (24) devem responder ao Questionário do Estudante até as 23h59 (horário de Brasília) deste sábado (23).

A prova teórica será aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para 283.550 inscritos.

O questionário do Estudante coleta informações que permitam caracterizar o perfil dos estudantes e o contexto de sua formação acadêmica, consideradas pelo Inep como relevantes para a compreensão dos resultados teóricos e práticos dos estudantes no Enade e para subsidiar os processos de avaliação dos cursos de graduação.

O preenchimento completo do Questionário do Estudante é um dos itens que caracteriza a efetiva participação do estudante no exame.

Anualmente, a inscrição no Enade é obrigatória para todos os estudantes de cursos de licenciatura habilitados à avaliação teórica ou à avaliação prática, vinculados às áreas avaliadas, conforme o edital.

A partir desta edição, o exame passa a ter dois tipos de avaliação: a teórica, tradicionalmente realizada, e a nova prova prática dos estudantes de graduações direcionadas à docência.

Cada uma das avaliações terá um cronograma específico.

Áreas de conhecimento avaliadas

O exame das licenciaturas será aplicado em cursos de 17 áreas de conhecimento diferentes. A edição de 2024 avaliará licenciaturas das áreas de artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.

O exame terá foco na avaliação dos cursos que formam professores para a educação básica. O Inep informa que o objetivo é aprimorar as avaliações e a formação de docentes no Brasil.

Aplicação da prova
Para saber o local de aplicação da prova, bem como obter informação sobre atendimento especializado e tratamento pelo nome social, quando for o caso, o participante deve acessar o Cartão de Confirmação de Inscrição, disponível no Sistema Enade, com CPF . O acesso ao documento só é liberado após o preenchimento do Questionário do Estudante.

Neste domingo, os portões de acesso aos locais de provas serão abertos às 12h (horário de Brasília) e fechados às 13h. O início da aplicação será às 13h30, com encerramento às 18h para os participantes regulares. Os estudantes que solicitaram tempo adicional e tiveram o pedido aprovado pelo Inep terão mais uma hora para finalizar a prova.

Orientações para o Enade 2024

Neste domingo, o participante deverá comparecer ao local das provas com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, Cartão de Confirmação de Inscrição e documento de identidade original com foto válido.

Antes da participação na prova, é importante que o inscrito guarde, no envelope porta-objetos, o telefone celular e quaisquer outros aparelhos eletrônicos desligados, além de óculos escuros e artigos de chapelaria (boné, chapéu, gorro ou similares), e material de papelaria (caneta de material não transparente, lápis, réguas e borracha, entre outros).

Também não é permitido ficar com celulares e quaisquer outros aparelhos eletrônicos descritos no edital ou fone de ouvido.

O envelope porta-objetos deve ser mantido, durante todo o período de prova, debaixo da carteira, lacrado e identificado.

Enade

Realizado anualmente pelo Inep, o Enade é um dos componentes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O exame avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos previstos nas diretrizes curriculares, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para formação geral e profissional, bem como o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.

Decisão

Caixa demite ex-vice-presidente por assédio sexual e moral

Decisão foi publicada no Diário Oficial da União

23/11/2024 18h00

Agência bancária da Caixa Econômica Federal

Agência bancária da Caixa Econômica Federal Marcelo Camargo/ Agência Brasil

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Por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), a Caixa Econômica Federal demitiu, por justa causa, o ex-vice-presidente Antônio Carlos Ferreira de Sousa. Funcionário de carreira do banco, ele estava afastado do cargo desde julho de 2022, quando sugiram denúncias de assédio sexual e moral durante a presidência de Pedro Guimarães, que comandou o banco entre 2019 e 2022.

A CGU publicou na sexta-feira (22) a portaria do desligamento no Diário Oficial da União. Durante a gestão de Guimarães, Sousa foi vice-presidente de Estratégia de Pessoas e de Logística e Operações.

Além da demissão, o ex-vice-presidente está impedido de ocupar cargos comissionados ou funções de confiança no Poder Executivo Federal por 8 anos. Desde a divulgação das denúncias, Sousa estava afastado do cargo, mas continuava a trabalhar na Caixa.

Na época da divulgação das acusações de assédio moral e sexual por Pedro Guimarães, que pediu demissão em junho de 2022, a Caixa criou um canal interno de denúncias. Com base nos relatos recebidos no Contato Seguro da Caixa, o banco investigou os casos e constatou várias ocorrências de assédio por parte de Sousa.

Em nota, a Caixa afirma que não tolera nenhum tipo de assédio por parte de dirigentes ou empregados. O banco também informou ter começado a investigar os casos por meio da corregedoria interna e que o processo seguiu as regras de administração pública.

“Com a finalização das investigações feitas dentro dos ritos da governança, o banco enviou o relatório conclusivo à Controladoria-Geral da União (CGU) em outubro de 2023. O ex-dirigente já estava afastado do cargo desde julho de 2022. Com a ciência da decisão da CGU, a Caixa iniciará as providências devidas para o cumprimento”, informou a assessoria de imprensa do banco.

Histórico
Em junho de 2022, surgiram denúncias em série de casos de assédio sexual e moral durante a gestão de Pedro Guimarães na Caixa. Imediatamente após a divulgação dos relatos, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho passaram a investigar os casos. Além do então presidente, vice-presidentes e diretores foram acusados.

Guimarães pediu demissão no dia seguinte à publicação das denúncias, e outros vice-presidentes do banco renunciaram em seguida.

Desdobramentos

Em março de 2023, Guimarães virou réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias da Caixa. A ação tramita sob sigilo, e a defesa do executivo nega as acusações.

Em uma outra ação, movida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a Caixa foi condenada a pagar R$ 3,5 milhões de indenização por um evento no interior de São Paulo em que Guimarães obrigou funcionários a fazer flexões em estilo militar.

Acordos

Em abril do ano passado, a Caixa fechou um acordo com o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal para pagar uma indenização de R$ 10 milhões para encerrar a denúncia das funcionárias. Em janeiro deste ano, o banco assinou um termo de ajuste de conduta (TAC), que concedeu vantagens em processos internos de seleção a funcionários que sofreram perseguição na gestão de Guimarães.

O banco foi condenado em outros processos em São Paulo, no Amazonas e no Distrito Federal. Somadas as condenações e os TAC, o banco até agora desembolsou cerca de R$ 14 milhões em indenizações, que poderiam ser mais altas se não houvesse acordo. Sem eles, a instituição financeira teria de pagar multa de até R$ 300 milhões. No ano passado, a Caixa informou que cobraria de Pedro Guimarães, na Justiça, o dinheiro das indenizações.

Em março deste ano, a Comissão de Ética da Presidência da República aplicou uma “censura ética” a Guimarães. Aplicada a autoridades que deixaram o cargo, a penalidade prevê apenas advertência. A ação contra Guimarães na Justiça Federal ainda está na fase de audiências.

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