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Espetaria vendia glândulas mamárias e carne com corante em Campo Grande

As carnes eram cortadas e preparadas para venda em espaço infestado de sangue, barata e moscas

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Um homem de 38 anos foi preso nesta terça-feira (10), após ser flagrado comercializando espetinho em local clandestino, na região das Moreninhas, em Campo Grande. 

Conforme relato da Polícia Civil, as carnes eram cortadas e preparadas para venda em espaço infestado de sangue, barata e moscas. Após a apreensão de 370kg de espetinho, também foi constatado que o estabelecimento não tinha autorização e documentação legal para ser aberto. 

Investigações apontam que o comerciante utilizava corantes e produtos de uso para bovinos na manipulação dos espetinhos. Além disso, no lugar da gordura da carne, eram utilizadas glândulas mamárias. 

Toda a carne foi apreendida e enviada para descarte conforme as normas sanitárias. Já o homem, foi preso em flagrante e deverá passar por audiência de custódia.

Como identificar carne estragada

Doenças transmitidas por alimentos, como E.coli e Salmonella, causam milhões de casos de intoxicação alimentar todos os anos. Muitos desses casos estão relacionados ao consumo de carne bovina inadequada para consumo.  

Armazenar a carne de forma adequada é essencial, pois alimentos mal armazenados ou mais antigos aumentam o risco de contaminação. Identificar corretamente se a carne bovina está em condições seguras para consumo pode prevenir episódios graves de intoxicação alimentar.

  • Passo 1  

Antes de comprar carne, confira sempre a data de validade na embalagem. Se a carne estiver fora do prazo de validade, não compre, independentemente do preço. Caso o pacote não apresente data de validade, lote ou data de embalagem, evite a compra por questões de segurança.

  • Passo 2 

Observe a cor da carne, pois esse é um dos principais indicadores de sua qualidade. Mesmo dentro da validade, a carne pode estar comprometida, e a cor ajuda a identificar isso. Carne moída fresca geralmente apresenta um tom vermelho brilhante, mas essa não é sua cor natural, pois ela já teve contato com oxigênio. Se a carne estiver embalada a vácuo, sua tonalidade deve ser vermelho-púrpura.

  • Passo 3 

Sinta o cheiro da carne, pois essa é uma forma prática de verificar sua condição. Independentemente do tipo, se o odor for desagradável, a carne não deve ser consumida. Cheiros de ranço, mofo ou algo incomum indicam que ela está deteriorada. Um cheiro estranho também pode significar que foi utilizado monóxido de carbono (aditivo proibido) para manter a coloração avermelhada, mesmo após a deterioração.

  • Passo 4 

Examine a carne de perto. Carne estragada pode apresentar uma textura viscosa ou pegajosa, sinalizando a multiplicação de bactérias na superfície. Se houver áreas pretas, verdes ou qualquer elemento estranho, isso indica a presença de microorganismos.

  • Passo 5 

Para conservar a carne bovina adequadamente e evitar que perca suas propriedades, é essencial tomar medidas de segurança. A temperatura é um fator crucial, tanto no momento da compra quanto no transporte. A carne deve ser mantida em temperaturas inferiores a 7°C e nunca deve estar quente.

  • Passo 6 

Ao verificar se uma carne bovina preparada está estragada, observe se há pedaços viscosos. Esse é um dos melhores indicadores de que a carne está inadequada para consumo. Corte-a e examine o interior para identificar possíveis manchas ou alterações anormais. 

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Em crise financeira, Hospital Alfredo Abrão terá contratos analisados pelo MPMS

Os documentos analisados pela Promotoria de Justiça apontam um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal

18/12/2025 19h20

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado Divulgação: Hospital do Câncer Alfredo Abrão

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O Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA) vive cenário de desequilíbrio financeiro, agravado por limitações orçamentárias e pela crescente demanda por serviços oncológicos de média e alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Diante das circunstâncias, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a contratualização e o financiamento do local.

De acordo com os documentos analisados pela 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, há um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal, além de perdas adicionais decorrentes da não cobertura de produção excedente desde novembro de 2024. 

O hospital também enfrenta atrasos no pagamento de procedimentos já realizados, redução temporária do teto MAC (Média e Alta Complexidade), pendências de liberação de emendas parlamentares e insuficiência de repasses para custear cirurgias, quimioterapias, radioterapias, exames de imagem e manutenção de leitos clínicos. 

Como o HCAA atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado, qualquer interrupção representa risco imediato de desassistência em larga escala.

Em resposta às requisições, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou repasses mensais que totalizam R$ 1.738.005,52, distribuídos entre incentivos de custeio e projetos específicos.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por sua vez, reconheceu o excedente de produção e informou que o pedido de majoração do teto MAC está protocolado no Ministério da Saúde desde 2023, aguardando disponibilidade orçamentária federal.

O Ministério da Saúde confirmou que os pleitos permanecem em análise, tendo havido apenas um repasse pontual de R$ 2.999.840,00 ao Município para ações de média e alta complexidade.

Diante desse quadro, o MPMS expediu portaria e edital tornando pública a instauração do procedimento e notificou formalmente o Ministério da Saúde, a SES, a Sesau e a direção do HCAA.

Entre as diligências determinadas, estão pedidos de informações sobre repactuações contratuais, recomposição financeira, cobertura da produção excedente, valores recebidos em 2025, déficit acumulado e providências adotadas para garantir a continuidade dos atendimentos.

O MPMS destaca que sua atuação é preventiva, institucional e colaborativa, voltada para preservar a continuidade do atendimento oncológico e a promover soluções coordenadas entre Município, Estado e União. O objetivo é assegurar estabilidade financeira ao HCAA, evitar a interrupção de tratamentos que não podem ser suspensos e garantir que a assistência oncológica permaneça integral, resolutiva e acessível à população.

Com o procedimento instaurado, a Promotoria de Justiça seguirá monitorando respostas, prazos, repasses e eventuais reprogramações orçamentárias, além de fomentar pactuações que permitam ampliar a oferta de serviços com segurança, transparência e qualidade. A atuação ministerial busca prevenir o colapso assistencial e assegurar a efetividade do direito fundamental à saúde dos pacientes oncológicos de Mato Grosso do Sul.

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Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

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