Cidades

SEGURANÇA PÚBLICA

Esquadrões de elite da polícia em MS serão "poupados" do uso de câmeras

Mesmo após 84 mortes em confrontos com a PM, Bope e Choque não integram plano para compra do equipamento pela União

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Com a previsão de que o governo federal deverá abrir ata de compra de câmeras corporais para as polícias a partir de 2025, o governo de Mato Grosso do Sul já estabeleceu que os esquadrões considerados de elite não deverão utilizar o equipamento, mesmo que a maior parte das mortes em confrontos tenha envolvido esses grupos.

Segundo o titular da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antonio Carlos Videira, quem fez essa opção foi o comando da Polícia Militar em Mato Grosso do Sul, e isso deverá ser respeitado.
Com isso, o Batalhão de Operação Policiais Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque da PM não carregarão o equipamento em serviço.

“Bope e Choque não vão ter. Em Mato Grosso do Sul, a polícia vai usar onde achar que deve ter. Onde o comandante da PM disser que tem que ter, vai ser implantado”, declarou Videira ao Correio do Estado.

O secretário ainda afirmou que, pela definição da Polícia Militar, os esquadrões que estão escalados, por enquanto, para usarem o equipamento são grupos com pouco ou quase nenhum confronto com bandidos.
Isso porque quem deverá usar o equipamento são cerca de 400 policiais da Polícia Militar Ambiental (PMA), da Polícia Militar Rodoviária (PMR), do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPMTran) e do programa Mulher Segura.

“Não vamos usar nossos recursos para esta compra porque são equipamentos caríssimos, vamos esperar que venha do governo federal, mas não vamos deixar que tirem de recursos já comprometidos, não vamos tirar dinheiro para a compra de equipamentos de segurança e combustível para comprar câmeras”, disse Videira, lembrando que a União deve publicar a ata de registro de preços para a compra das câmeras já no primeiro semestre de 2025, porém, esses equipamentos devem ser destinados primeiro para a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo a PRF, a implantação nacional do equipamento começará a partir do ano que vem, no entanto, a aquisição e o uso das câmeras serão implantados de forma gradativa.

O projeto do uso de câmeras corporais já vem sendo testado. Neste momento, a fase de testes acontece em cinco cidades: Sorriso (MT), Araguaína (TO), Cascavel (PR), Uberlândia (MG) e São José (SC).

A discussão do uso do equipamento por policiais militares cresceu nos últimos meses, principalmente em São Paulo, após a implantação na PM local e flagrantes de atuações de policiais paulistas em que houve ações consideradas desproporcionais, por exemplo, em casos como a morte de um estudante de Medicina e de lesões de um motoentregador, jogado de um viaduto por um agente da lei.

MORTES EM CONFRONTO

Em Mato Grosso do Sul, este ano foi o segundo da série história da Sejusp que mais registrou mortes em confrontos com agentes da segurança pública.

Dados da Sejusp mostram que, até esta quinta-feira, 84 pessoas haviam sido mortas por policiais no Estado, uma redução de 55,9% em relação ao ano passado, quando 131 pessoas morreram em supostos confrontos com policiais.

Apesar da queda, o número continua alto e, segundo Videira, tem relação com o “novo perfil” dos bandidos, que estariam mais violentos.

“Isso mostra que nossa polícia está lidando com pessoas perigosas, que desafiam a lei e a Justiça. É um novo perfil de criminosos, muito mais violentos e mais jovens, mas temos policiais qualificados para enfrentar esse tipo de ameaça”, afirmou o secretário.

REGRAS

Para a implantação do equipamento nas polícias, o governo federal definiu as diretrizes de uso em maio, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que publicou uma portaria contendo 16 critérios de utilização.

As normas lançadas pelo Ministério admitem três modalidades de uso: a primeira delas, por acionamento automático, assim que o equipamento é retirado da base; a segunda, por meio remoto, quando a gravação começa de forma ocasional; e a terceira, pelos órgãos de segurança pública.

Entre os critérios estabelecidos para o uso obrigatório do equipamento estão: atendimento de ocorrências; atividades que demandem atuação ostensiva ordinária, extraordinária ou especializada; identificação e checagem de bens; durante buscas pessoais, veiculares ou domiciliares; e ao longo de ações operacionais, inclusive aquelas que envolvam manifestações, entre outros.

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TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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