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Governo Federal

Estado perde R$ 17,7 milhões de verba da segurança pública

Mudanças feitas pelo Ministério da Justiça resultaram em redução de 41,8% do valor recebido por MS em 2020

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As novas regras da partilha dos R$ 722 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) aos estados definida em julho deste ano pelo Ministério da Justiça (MJSP) vai reduzir em 41,8% o valor a ser recebido por Mato Grosso do Sul para compra de equipamentos, viaturas e capacitação de policiais. 

Serão R$ 17,7 milhões a menos, já que o valor caiu de R$ 43 milhões no ano passado para R$ 25,3 milhões este ano. Os repasses à unidades da federação começaram a ser feitos este mês.  

Essa mudança foi definida pelo ministro da pasta, Anderson Torres, por meio da portaria 275/2021, publicada no Diário Oficial da União de 6 de julho, no qual o coeficiente sobre o valor total a que o Estado tem direito foi alterado de 5,24% em 2020 para 3,5%.

O percentual maior era assegurado por causa da extensão de fronteira de Mato Grosso do Sul com países vizinhos e registros de criminalidade, parâmetros que tiveram seus pesos reduzidos no cálculo da distribuição dos recursos.

O tráfico de drogas, o combate à corrupção e destinação de ativos oriundos do crime, a apreensão de drogas e armas, o alcance de metas do Plano Nacional de Segurança Pública não tem peso nenhum no cálculo da divisão do Fundo, conforme consta no anexo II da portaria.

Já o furto e roubo de veículos passaram a representar 1,5% na fórmula de distribuição, a redução de morte de mulheres 5%, e os maiores Índices de Criminalidade Violenta representam 2%.  

O tamanho da população tem peso de 20%, o índice de vulnerabilidade social e o índice de Desenvolvimento Humano, bem como efetivo policial representam 10% cada de uma planilha que totaliza 100%. 

Esses quatro itens correspondem a metade do peso dos fatores que definiram os valores que cada estado vai receber do Fundo este ano.  

 

Na distribuição dos recursos foi adotado o parâmetro mínimo de 3,5% do FNSP para cada unidade da federação sobre os R$ 722 milhões, mesmo para aqueles que não teriam este percentual. 

Desta forma 14 estados e o Distrito Federal vão receber R$ 25,3 milhões, entre eles Mato Grosso do Sul que acabou prejudicado pela nova metodologia.  

De 5,24% dos recursos do FNSP, o Estado passou a ter direito a 3,5%, o menor patamar da distribuição. São Paulo tem direito a 4,31%, o maior percentual entre os estados brasileiros, porém também menor em relação a 2020. 

No ano passado, o índice de Mato Grosso do Sul era o segundo maior do país, superado apenas por São Paulo, com 6,66%, e acima do Rio de Janeiro, que era de 5,04%.  

Se houve redução para Mato Grosso do Sul, outras unidades da federação passaram a receber mais. 

É o caso do Distrito Federal e unidades da federação das regiões Norte e Nordeste. Brasília este ano deverá receber R$ 8,8 milhões a mais do que os R$ 16,5 milhões previstos nas regras antes da portaria.

O Ministério da Justiça afirmou que “neste ano, a Portaria MJSP nº 275, de 5 de julho de 2021, definiu novos critérios para a distribuição de recursos do Fundo. 

A mudança atendeu à demanda das Unidades da Federação e foi discutida em um grupo de trabalho com a participação de representantes do Ministério e das Secretarias de Segurança Pública”, e que desde a semana passada esta ocorrendo. 

“O repasse de mais de R$ 722 milhões aos estados e Distrito Federal, do Fundo Nacional de Segurança Pública, na modalidade fundo a fundo”, afirmou o Ministério da Justiça.

Foi confirmado que para Mato Grosso do Sul foi liberado o valor de “R$ 25.280.888,39, o que corresponde a 3,5% do valor total do Fundo”.

REPASSE

Em março deste ano, a pasta repassou os R$ 43 milhões a que Mato Grosso do Sul teria direito referente ao ano passado. 

O Ministério informou à época que  aguardava a aprovação do plano de aplicação que os estados devem fazer para receber os recursos.

Entre os critérios que devem ser observados estão a manutenção de um sistema de dados integrado ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), possuir plano de carreira para os servidores e garantir que somente 3% do efetivo atue fora de suas corporações.

Também à época a pasta informou que trabalhava em conjunto com os secretários de Segurança Pública na atualização dos critérios de rateio dos recursos do fundo, o que acabou sendo efetivado em julho com a portaria da portaria.

REFORMULAÇÃO

O FNSP foi reformulado em 2018, quando passou a prever fonte fixa de recursos - uma porcentagem da arrecadação das loterias federais. 

Uma nova lei estabeleceu que ao menos 50% da verba tem de ser repassada aos Estados para aplicar em ações compatíveis com planos locais de melhoria da segurança pública, o que vai da compra de armas e viaturas à aquisição de sistemas de inteligência policial.

Porém, a efetivação desta transferência teve resistência do governo federal, que se negou em 2019 a fazer o repasse a que os estados têm direito. 

Tanto que os gestores estaduais recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) e no final de 2019 a Corte determinou que a União transferisse “imediatamente” aos estados 50% dos recursos que compõem o Fundo Nacional arrecadados com a exploração de loterias.

De acordo com os 25 estados que protocolaram a ação no STF, o governo federal havia contingenciado  R$ 1,14 bilhão (65% do Fundo), o que inviabilizou os repasses. Isso atrasou o repasse de cerca de R$ 40 milhões a que MS teria direito em 2019.

Recorde

Sem peso para a destinação desses recursos, a apreensão de drogas este ano já é recorde. Apenas nos quatro primeiros meses do ano, 192,4 toneladas de drogas foram apreendidas em Mato Grosso do Sul segundo o governo.

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INTERNACIONAL

Homem atropela multidão em rua de Nova Orleans e mata pelo menos 10

Depois de atropelar a multidão, o motorista desceu do veículo disparando uma arma de fogo

01/01/2025 20h00

O ataque aconteceu por volta das 3h do horário local. Segundo a polícia, um homem vestindo

O ataque aconteceu por volta das 3h do horário local. Segundo a polícia, um homem vestindo "equipamento militar" acelerou uma caminhonete contra pessoas que celebravam a virada do ano Foto: Reprodução

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Um homem jogou um carro contra uma multidão nesta quarta-feira (1º) em uma rua turística de Nova Orleans, nos Estados Unidos, matando pelo menos dez pessoas e ferindo mais de 35 nas primeiras horas de 2025, segundo autoridades locais. Ele foi morto pela polícia logo depois.

O ataque aconteceu por volta das 3h do horário local. Segundo a polícia, um homem vestindo "equipamento militar" acelerou uma caminhonete contra pessoas que celebravam a virada do ano na Bourbon Street, famosa rua do chamado Bairro Francês, uma das principais atrações turísticas da cidade.

Depois de atropelar a multidão, o motorista desceu do veículo disparando uma arma de fogo, com policiais atirando de volta -devido às celebrações de Ano-Novo, mais de 300 policiais estavam patrulhando a cidade no momento do ataque.

A chefe da polícia de Nova Orleans, Anne Kirkpatrick, disse que o homem atingiu dois agentes ao sair do veículo e que estava "completamente determinado a causar a carnificina e destruição que causou". Os policiais estão em situação estável.

O FBI, a polícia federal americana, informou que o motorista era um cidadão dos EUA nascido no estado do Texas e que carregava consigo uma bandeira do Estado Islâmico, o grupo terrorista ativo no Oriente Médio. O órgão disse ainda que encontrou e neutralizou duas bombas caseiras e que acredita que o autor do ataque não agiu sozinho.

A prefeita de Nova Orleans, a democrata LaToya Cantrell, chamou o ocorrido de um ataque terrorista. O governador da Louisiana, o republicano Jeff Landry, disse em uma publicação no X que "um terrível ato de violência aconteceu na Bourbon Street", pedindo que as pessoas evitem a região.

Já a Casa Branca disse em nota que o presidente Joe Biden foi informado do ataque e está em contato com as autoridades locais, tendo conversado por telefone com Cantrell e oferecido "todo o apoio" do governo federal.

"Pedi que minha equipe utilize todo recurso disponível ao longo do trabalho das autoridades para entender o que houve o mais rápido possível e se certificar de que não há mais nenhuma ameaça", disse Biden em nota.

O secretário de Justiça dos EUA, Merrick Garland, que também é responsável pelo FBI, disse que as agências de segurança do governo atuarão no caso de terrorismo. "Meu coração está partido por todos aqueles que começaram o ano descobrindo que seus entes queridos perderam a vida nesse ataque terrível", disse.

Donald Trump, que assume a Presidência dos EUA no próximo dia 20, disse que seu futuro governo "apoiará completamente a cidade de Nova Orleans enquanto se recupera desse ato de maldade pura" e relacionou o ocorrido à imigração ilegal, apesar de não haver informações de que o autor do ataque fosse imigrante.

"Quando eu disse que criminosos entrando no nosso país são muito piores do que os criminosos que já estão aqui, o Partido Democrata e a mídia fake news refutaram essa frase constantemente, mas acontece que ela é verdadeira", escreveu Trump, a despeito do que já se sabe sobre o caso.

A chefe da polícia local afirmou que a maioria das vítimas no ataque era residente de Nova Orleans, não turistas. A economia da cidade depende do turismo, motivado pela história da região como berço do jazz e pelas celebrações de carnaval.

Além disso, Nova Orleans é conhecida por organizar grandes eventos -o Super Bowl, final da temporada de futebol americano e um dos maiores eventos esportivos do mundo, está marcado para acontecer lá em fevereiro.

Incidentes semelhantes já atingiram a cidade no passado. Em novembro de 2024, duas pessoas morreram e dez ficaram feridas em um tiroteio durante um desfile. Já em fevereiro de 2017, um homem atingiu uma multidão de turistas com uma caminhonete, ferindo mais de 20 pessoas. Segundo a polícia, ele teria usado uma alta quantidade de drogas.

SAÚDE

Governo Federal destinará R$ 262 mil para estruturar Assistência Farmacêutica em MS

Este recurso vai beneficiar os municípios de Angélica, Brasilândia, Camapuã e Corumbá

01/01/2025 18h00

O aporte federal para farmácias de postos de saúde têm como objetivo o aprimoramento da infraestrutura local com aquisição de mobiliário e equipamentos

O aporte federal para farmácias de postos de saúde têm como objetivo o aprimoramento da infraestrutura local com aquisição de mobiliário e equipamentos Foto: Álvaro Resende / Arquivo Correio do Estado

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Investindo em qualificação das estruturas centrais de abastecimento farmacêutico, o Ministério da Saúde anunciou a destinação de R$ 262 mil para melhorar a Assistência Farmacêutica de municípios do Mato Grosso do Sul.

Segundo o ministério, esse recurso será repassado para o sistema de saúde dos municípios de Angélica, Brasilândia, Camapuã e Corumbá.

Os recursos devem ser investidos para a aquisição de mobiliário, equipamentos, computadores e para a estruturação das centrais de abastecimento farmacêutico e das farmácias das Unidades Básicas de Saúde (UBS), como parte do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica (Qualifar-SUS). 

O aporte federal também têm como objetivo o aprimoramento da infraestrutura local, garantindo, assim, a continuidade dos serviços farmacêuticos à população.

Nacionalmente o Ministério da Saúde vai investir mais de R$ 4 milhões para fortalecer a Assistência Farmacêutica no Brasil, beneficiando 83 novos municípios.

PROGRAMA

Na atual gestão foram investidos mais de R$ 23 milhões na área farmacêutica em 2023, habilitando 350 municípios. Em 2024, com um investimento aproximado de R$ 30 milhões, o Qualifar-SUS habilitou 511 novos municípios, totalizando 861 novas habilitações e um investimento superior a R$ 53 milhões. Desde 2019, a pasta não realizava novas habilitações.  

Até 2027, o Governo Federal pretende habilitar 100% dos municípios brasileiros ao programa. Para isso, a Saúde tem articulado junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) para que o Qualifar-SUS ganhe cada vez mais capilaridade no território nacional.  

Criado em 2012, o programa Qualifar-SUS é dividido em quatro eixos: Estrutura, Educação, Informação e Cuidado.

O objetivo principal é contribuir para o aprimoramento, implementação e integração das atividades de assistência farmacêutica nas ações e serviços de saúde. Desde sua criação, o Ministério da Saúde já investiu mais de R$ 624,9 milhões na estruturação dos serviços farmacêuticos nos municípios brasileiros. 

Até o momento, 4.369 municípios, abrangendo baixo, médio e alto Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), foram habilitados no eixo Estrutura do Qualifar-SUS, representando 78% dos municípios brasileiros. 

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