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Etanol retorna aos preços praticados na pandemia; a gasolina pode voltar a subir

Defasagem no valor médio do combustível fóssil vendido nas refinarias chegou a 24% em agosto e há pressão para aumento

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O preço médio do litro do etanol voltou a apresentar queda em Campo Grande, com valores retornando aos praticados durante o pico da pandemia de Covid-19, em 2021. Enquanto o biocombustível figura na casa dos R$ 3, a gasolina está perto dos R$ 5. Apesar de os valores estarem acessíveis ao consumidor, há uma pressão externa para que o combustível fóssil volte a subir.

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), atualmente, há uma defasagem de 24% no preço da gasolina comercializada nas refinarias da Petrobras em comparação com os preços internacionais.

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apontam que, em 2021, o litro do etanol hidratado era comercializado, em média, a R$ 3,33 na Capital. Enquanto na primeira semana deste mês o biocombustível foi a R$ 3,42, se aproximando do preço praticado há dois anos.

No comparativo com o valor máximo entre os períodos, é possível observar uma leve queda em relação ao valor de 2021. No ano passado, o litro do etanol era vendido a R$ 3,69, enquanto na semana passada o álcool era vendido a R$ 3,65, ou seja, queda de um 1,09%.

Ainda de acordo com os dados da ANP, os valores mínimos encontrados em Campo Grande foram R$ 3,15, em 2021, e R$ 3,29, neste ano. 

O mestre em Economia Lucas Mikael explica os fatores que podem afetar os valores do produto. “Sempre que a gasolina sobe, há espaço para aumento do etanol. E sempre que a gasolina cai o produtor de etanol não consegue vender se não baixar o preço também”, afirma.

Como o preço da gasolina está em queda, o economista explica que o consumidor vai naturalmente abastecer mais com o derivado de petróleo. E, com a baixa demanda pelo biocombustível, os produtores tendem a reduzir o preço cobrado das distribuidoras, que repassam para as revendas e para o consumidor na tentativa de que o etanol seja competitivo em relação à gasolina.

“É importante destacar também que há fatores secundários que afetam o preço do etanol, como a entressafra e questões climáticas, realidade vivida atualmente no Estado”, ressalta Mikael.

Na comparação de preços, o etanol está competitivo em relação à gasolina. Para que a troca compense, é preciso dividir o valor do etanol pelo da gasolina e o resultado deve ficar abaixo de 0,7. Por exemplo, ao dividir R$ 3,42 (etanol) por R$ 5,07 (preço médio da gasolina), o resultado é 0,6, ou seja, a troca compensa em Campo Grande. 

PRODUÇÃO

Confirmando o cenário favorável do biocombustível, Mato Grosso do Sul se destaca como segundo na produção de etanol no País, ficando atrás somente de Mato Grosso na safra 2022/2023, conforme aponta levantamento da União Nacional do Etanol de Milho (Unem). 

De acordo com a entidade, a produção de apenas uma usina em operação no Estado correspondeu a 21,91% do volume de etanol de milho produzido no Brasil na safra do ano passado.

“Foi produzido 0,71 milhão de metros cúbicos em Mato Grosso do Sul na safra 2022/2023, em uma produção total de 4,38 milhões de metros cúbicos do combustível no País. Segundo a Unem, a estimativa para a safra 2023/2024 é de 1,14 milhão de metros cúbicos de etanol de milho produzidos ainda por apenas uma das usinas de etanol instaladas no Estado”, comenta o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck.

De acordo com a Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul-MS), a produção total de etanol no Estado na safra 2022/2023 chegou a 3,2 bilhões de litros, volume 33% maior em relação à safra passada, já com a participação do etanol de milho.

Destacando a cana-de-açúcar como matéria-prima, o Estado também apresenta volume significativo de contribuição para a fabricação do etanol, o setor sucroenergético tem se expandido na produção, gerando competitividade. 

POLÍTICA DE PREÇOS 

No cenário nacional, a expectativa é de aumento de preços para os derivados do petróleo, levando em conta que a Petrobras deve promover reajustes do produto em breve.

De acordo com a Abicom, atualmente, há uma defasagem de 24% no preço da gasolina comercializada nas refinarias da estatal na comparação com os preços internacionais.

Mikael explica que o cenário em desdobramento ocorre em virtude da manutenção dos preços praticados pela estatal. “Isso significa que a Petrobras precisaria elevar o preço do litro da gasolina em R$ 0,77, caso queira igualar com o mercado internacional, o que traria equilíbrio ao panorama de defasagem”.

Ele ainda ressalta que, caso não haja o reajuste de preços dos combustíveis aos consumidores, a petrolífera poderá sair no prejuízo por ter abandonado a política de paridade de importação (PPI).

“A defasagem da gasolina nada mais é do que a diferença entre o preço interno e o preço externo do combustível sobre a mesma unidade de medida. Basicamente, isso indica que o valor do combustível vendido pela Petrobras às distribuidoras está abaixo das cotações do mercado internacional”, explica.
Adotando uma nova política de preços, a estatal optou pelo fim do PPI. A mudança que incide diretamente sobre o mercado interno trouxe novos patamares de preços para a comercialização do petróleo e seus derivados. 

O novo modelo deixa de considerar o custo de importação mirando na busca por clientes e no custo de oportunidade de venda dos produtos, isso sem perder competitividade e rentabilidade.

A Petrobras afirma que não antecipa informações sobre reajustes, os quais costumam ser anunciados 24 horas antes de entrarem em vigor. Mas, nos bastidores, há uma pressão para que os preços subam. 
A avaliação é que a saúde financeira da Petrobras está mantida, mesmo com o preço dos combustíveis mais baixo em relação ao mercado internacional. No entanto, o primeiro balanço após a nova política de preços trouxe queda no lucro. 

No segundo trimestre, a Petrobras obteve lucro de R$ 28,8 bilhões, 47% a menos do que o lucro do mesmo período do ano anterior.

 

Operação de Férias

Veja os horários especiais do transporte coletivo para o final do ano

No dia de Natal (25) e no Ano Novo (01), a tarifa será R$ 2

22/12/2025 14h00

Veja como irão funcionar os ônibus durante o final de ano

Veja como irão funcionar os ônibus durante o final de ano FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O transporte coletivo vai funcionar em horário diferenciado durante as festividades do Natal e do Ano Novo em Campo Grande, com uma redução de 10% da frota. 

A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) divulgou nesta segunda-feira (22) o funcionamento dos ônibus durante a Operação Especial de Férias, que começa hoje e segue até o dia 30 de janeiro de 2026. 

Aos sábados, domingos e feriados, o transporte funciona conforme os respectivos planos habituais. De segunda a sexta-feira, a operação seguirá da seguinte forma:

Todas as linhas:

Operar com o Plano Funcional  - Operação Especial, conforme Ordens de Serviço.

Linhas 212 (Anache/Nova Lima/Centro) e 215 (Centro/Vida Nova):

Operar com o Plano Funcional de Segunda a Sexta-feira, conforme Ordens de Serviço, no período matutino; Nos demais períodos, operar com o Plano Funcional - Operação Especial, conforme Ordens de Serviço.

O valor da passagem também será diferente. Nos dias 25 de dezembro (Natal) e 1º de janeiro (Ano Novo), a tarifa do transporte público será de R$ 2, exclusivamente para pagamento com o smart card, o cartão eletrônico. 

O valor já estava previsto desde janeiro, divulgado na Portaria nº 30, no dia 23 de janeiro de 2025. Nos outros dias, a taxa segue em valor normal, de R$ 4,95. 

Mesmo com a redução da frota, o Consórcio Guaicurus deve manter mais três veículos reserva com motoristas, além dos dois já programados, para atender eventuais demandas nos seguintes horários: 

  • Pela manhã: das 5h às 9h;
  • À tarde: das 16h às 19h;
  • Nos seguintes terminais: Nova Bahia, General Osório, Júlio de Castilho, Aero Rancho, Bandeirantes, Guaicurus e Morenão. 

No período das 9h às 16h, o Consórcio deve manter mais um veículo reserva com motoristas a postos, além dos dois já reservados nos mesmos terminais, para atender demandas de passageiros, caso precise. 

Caso a Agetran veja necessidade, pode determinar que o Consórcio faça ajustes nas operações. 

“A Agetran reforça seu compromisso em oferecer um transporte público eficiente e seguro, promovendo ajustes operacionais sempre que necessário para garantir o adequado atendimento à população”, afirmou o Órgão. 
 

Cidades

Mulher pede socorro em rodovia após carro capotar e matar adolescente

Além do adolescente, uma criança de 3 anos estava no veículo. As vítimas foram encaminhadas para o hospital em Coxim

22/12/2025 13h00

Crédito: Sidney Assis / Edição MS

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Um adolescente de 16 anos morreu na manhã desta segunda-feira (22), após o veículo em que estava capotar em uma estrada de chão, a cerca de 2 quilômetros da BR-262.

Informações preliminares indicam que o adolescente estaria conduzindo o carro, um Corsa, de cor vinho, quando perdeu o controle da direção, o que resultou no capotamento.

Segundo o site Edição MS, o veículo seguia pela estrada da Cascalheira, com destino à BR-359, que liga Coxim a Alcinópolis.

No veículo estavam mais três pessoas: uma mulher, uma adolescente que não teve a idade divulgada e uma criança de 3 anos.

Durante o tombamento, o adolescente teve a cabeça atingida pelo veículo, e a mulher seguiu até a rodovia para pedir socorro.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros se deslocou até o local do acidente e encaminhou as vítimas ao Hospital Regional Álvaro Fontoura, em Coxim.

Ainda de acordo com o site do interior, há suspeita de que os ocupantes do veículo não usavam cinto de segurança.

 

 

 

Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Outro acidente

Um idoso de 80 anos e uma criança, de 11, morreram em acidente envolvendo dois carros, na tarde deste domingo (21), na BR-262, próximo ao Autódromo Internacional de Campo Grande. 

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas eram da mesma família e seguiam em um Honda Fit, conduzido por uma mulher, que era filha do homem e avó da menina que faleceram.

Informações preliminares do Corpo de Bombeiros era de que a vítima havia dormido ao volante, mas testemunhas disseram que ela tentou realizar uma ultrapassagem indevida e acabou batendo de frente um HB20, que seguia no sentido contrário.

Com o impacto da colisão, o Fit saiu da pista e parou às margens da rodovia, em uma área de vegetação.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram acionados para prestar os atendimentos às vítimas.

O pai da condutora e a criança, que estavam de passageiros, morreram no local, enquanto ela foi socorrida com fratura na perna e encaminhada a Santa Casa de Campo Grande, consciente e orientada.

No outro veículo estava apenas o motorista, que também estava consciente e recusou atendimento.

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