Cidades

AÇÃO POPULAR

Ex-candidato a prefeito entra com ação para Município intervir no transporte coletivo

Relatório identificou enriquecimento ilícito, dano ao erário e responsabilidade civil e administrativa da concessionária.

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O ex-cadidato à prefeitura, Luso Queiroz (PT) entrou com ação popular na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, solicitando a intervenção administrativa imediata do Poder Executivo Municipal e do Ministério Público Estadual na concessão dos serviços de transporte coletivo urbano, operado pelo Consórcio Guaicurus. 

De acordo com a ação popular movida por Queiroz, a intervenção se impõe para:

  • assegurar a continuidade e adequação do serviço público, hoje em situação de colapso;
  • reestabelecer a confiança social e institucional no sistema de transporte;
  • garantir transparência, controle e eficiência na aplicação dos recursos públicos;
  • sanear irregularidades operacionais, financeiras e contratuais;
  • preparar a reorganização estrutural da concessão, inclusive sua caducidade ou relicitação, caso necessário.

A ação popular tem como base o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do transporte coletivo. Luso menciona as obrigações contratuais por parte do Consórcio Guaicurus e a necessidade de auditoria independente junto à concessionária, que segundo ele, apresentou falhas que comprometem a transparência e a continuidade do serviço público essencial já ofertado pela empresa responsável pela mobilidade urbana da Capital. 

Cabe destacar que o relatório identificou enriquecimento ilícito, dano ao erário e responsabilidade civil e administrativa da concessionária.

“Tal omissão da Prefeitura, ao não adotar qualquer medida corretiva mesmo diante de provas robustas e recomendações expressas do Poder Legislativo caracteriza grave dever constitucional de garantir a eficiência, moralidade e regularidade dos serviços públicos delegados”, destacou. 

“A omissão perpetua o colapso do sistema de transporte coletivo e agrava o prejuízo social imposto à população de Campo Grande”, completou.

Luso também usa como base os descumprimentos contratuais, a precariedade da frota do Consórcio Guaicurus e os possíveis atos de desvio financeiro ao longo dos anos.

De acordo com a ação popular, a frota média ultrapassa os oito anos, sendo que o limite contratual é de até cinco. Além disso, há veículos com mais de 15 anos de uso, em total desconformidade com o Caderno de Encargos.

Outros pontos abordados são: falta de manutenção preventiva e corretiva, com falhas mecânicas recorrentes, quebras e superlotação; inexistência de seguros obrigatórios. 

Em relação às irregularidades financeiras e possíveis atos de desvios, o documento aponta:

  • uma transferência indevida de R$ 32 milhões do Consórcio Guaicurus à empresa Viação Cidade dos Ipês, sem justificativa contratual nem retorno ao serviço público.
  • uma alienação de imóvel da Viação Cidade Morena, avaliado em R$ 14.405.170,30, sem destinação transparente ou reinvestimento no sistema.
  • omissão contábil de receitas e fluxos de caixa desde 2012, conforme constatado pela CPI do Transporte Coletivo (2025);
  • pleitos judiciais por reequilíbrio econômico-financeiro e aumento tarifário, mesmo com descumprimentos evidentes das obrigações contratuais.

O ex-candidato a prefeito também aponta que órgãos públicos do poder concedente, como a AGEREG e a AGETRAN, foram omissos ao deixarem de exercer o dever de fiscalização, aplicando sanções formais sem execução prática. Também relatou que houve falta de auditoria operacional, técnica e financeira desde 2018.

Por fim, a ação popular destaca que as subvenções e subsídios públicos continuam sendo repassados ao Consórcio, sendo que R$ 33 milhões foram destinados em 2024 e R$ 19 milhões em 2025, sem contrapartida efetiva de melhoria do serviço.

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Trilha de Hermes

Operação investiga grupo criminoso que matou informante da polícia

O homem identificado como colaborador policial era Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que se encontrava sob monitoramento eletrônico

04/12/2025 17h45

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie Divulgação: Polícia Civil

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A Operação Trilha de Hermes, deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON) e da Delegacia Regional (DRP) de Naviraí, investiga a morte de Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que era monitorado com tornozeleira eletrônica. O homem foi identificado por um grupo criminoso como sendo um informante da polícia.

Por este motivo, Aldevan foi sequestrado pela quadrilha e possivelmente morto, de acordo com a Polícia Civil, perdendo o sinal de seu equipamento na área rural de Itaquiraí, de onde partiram as investigações.

A DEFRON e a DRP de Naviraí identificaram uma estrutura organizacional criminosa armada, com estruturada cadeia de comando e divisão de tarefas. As prisões temporárias e a busca domiciliar em desfavor dos suspeitos ocorreram durante a terça (2) e quarta-feira (3).

A Operação Trilha de Hermes resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, duas prisões em flagrante, além da apreensão de veículos de alto valor, armas, munições, dinheiro em espécie e diversos outros objetos.

A quadrilha criminosa é investigada pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. As investigações prosseguem para apuração de outros envolvidos e para localização de ativos financeiros que o grupo criminoso auferiu durante sua atividade ilícita.

Balanço

No primeiro dia, foram realizados o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e o cumprimento de 12 mandados de busca domiciliar. A operação ocorreu nas cidade de Itaquiraí, Naviraí e Porto Velho (RO), onde um dos alvos estava no momento da operação.  Duas pessoas foram presas em flagrante pelo crime de posse de arma de fogo e de munições. 
 
Já na quarta-feira, foram realizadas diligências em áreas rurais, com o cumprimento do mandado de prisão de um dos alvos que se mantém foragido. As autoridade utilizaram os meios de locomoção fluvial e aéreo para esta etapa da operação, com apoio do Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA).
 
Ao todo, a operação resultou no cumprimento da prisão de sete pessoas, entre elas os três líderes do grupo, apreensão de armas, munições, seis veículos de alto valor, dez celulares, R$ 8 mil em espécie e documentos a serem analisados.

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Cidades

Polícia barra contrabando na entrada de Campo Grande

Ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras

04/12/2025 17h30

Foto: Divulgação / Policia Civil

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A Policia Civil por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Dracco) interceptou 4 caixas grandes de óculos, 2 pneus de caminhão, bolas de pneus e 12 caixas de cigarros, fiscalização realizada na  Avenida Gunter Hans, saída para Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (3).  

A ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras e combate ao contrabando e descaminho no Estado, mercadoria encontrada em uma Fiat/Doblo. 
O material apreendido foi encaminhado diretamente à sede da Polícia Federal de Campo Grande.Dois indivíduos foram conduzidos em flagrante.

A ação faz parte da 3ª etapa da Rede Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), iniciativa nacional de enfrentamento ao crime organizado.

Em todo o país, a organização e preparação da operação envolve ao menos 18 ações estratégicas, que abrangeram desde o encaminhamento de demandas originadas na reunião de alinhamento até a preparação de sistemas e o treinamento de usuários.

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