Cidades

INDENIZAÇÃO

Ex-goleiro Bruno atrasa pagamento de R$ 1,9 milhão ao filho

Criado pela avó em Campo Grande, no distrito de Anhanduí, Bruninho Samúdio está nas categorias de base do Botafogo (RJ) e também é goleiro

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O ex-goleiro Bruno, condenado pelo assassinato de Eliza Samúdio há 14 anos, recebeu uma nova cobrança referente ao pagamento de R$ 1,9 milhão de indenização por dano moral e material ao filho Bruninho Samúdio, criado pela avó Sônia de Fátima Moura, em Campo Grande, no distrito de Anhanduí.

O procedimento judicial foi feito pela advogada do menino de 14 anos, Maria Lúcia Borges, no qual pede que o pagamento da indenização e que os 10% de honorários advocatícios sejam quitados. Ao todo, são R$ 446,5 mil por danos materiais e R$ 1,4 milhão por danos morais, ambos valores atualizados.

No dia 02 de novembro, o juiz Deni Luis Riva, titular da 6ª Vara Civil de Campo Grande, solicitou que o pagamento fosse feito dentro de 15 dias, a partir do momento em que a notificação fosse enviada ao ex-goleiro. Já que não foi cumprido, ele foi “punido” com multa equivalente a 10% da condenação e de honorários advocatícios de 10% do valor da dívida.

No processo original, era pedido cerca de R$ 4,4 milhões por danos morais e materiais, do qual a primeira decisão ocorreu em novembro de 2022. Porém, desde então, o ex-goleiro recorreu em todas as instâncias possíveis, mas não obteve sucesso.

Em junho deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o recurso de Bruno e pôs fim às tentativas de reverter a decisão. Assim sendo, ficou determinado que o condenado cumpra o pagamento da indenização, decidido pelo em abril de 2023 pela 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS).

Bruninho

Desde julho deste ano, Bruninho é goleiro nas categorias de base do Botafogo, após sair do Athletico-PR. Atualmente, o jovem atleta tem 1,92m com apenas 14 anos, com projeção de crescimento até 2,02m. No mês passado, o jogador e sua avó participaram de um vídeo do youtuber "Cartolouco" e responderam algumas perguntas sobre a relação com o ex-goleiro Bruno e futuro.

"Ele não fala e não tem vontade de falar com o pai. Sempre converso com ele, a psicóloga conversa, e eu o oriento a, caso um dia o pai dele precise de ajuda, que ele o ajude. Sempre digo: não pague na mesma moeda, não faça o que ele fez com você", disse Sônia de Fátima.

Ainda, Bruninho também fala sobre sua personalidade, desafios e objetivos. "O meu objetivo é chegar a jogar no profissional. Eu acho que sou um cara de personalidade forte, já superei muita coisa, mas ainda não alcancei o que quero. Muita gente fala coisas ruins nas redes sociais, então prefiro nem olhar".

Hoje, ambos moram juntos em um apartamento em São Paulo (SP), depois de saírem de Campo Grande rumo à capital paulista no ano passado. Inclusive, sua avó conta que a vida esportiva do neto a ajudou a "custear" o ensino particular do menino durante seu tempo na Cidade Morena.

Saiba

O Caso Eliza Samúdio ficou nacionalmente conhecido justamente por envolver diretamente o goleiro Bruno, na época jogador do Flamengo, em um crime brutal, que acabou no assassinato da mulher de 25 anos.

Mesmo com a certeza do crime, o corpo de Eliza nunca foi achado e é uma das maiores esperanças da mãe até hoje. Em março de 2013, o ex-atleta foi condenado a 22 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, além do sequestro e cárcere privado do seu filho, que tinha apenas 4 meses.

Hoje, Bruno está com 39 anos e em liberdade condicional. Atua como goleiro no União do Bom Destino, clube de várzea do Espírito Santo;

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Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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