Cidades

AQUIDAUANA

Explosão em siderúrgica deixa três feridos, um em estado grave

Três funcionários da empresa, um deles encaminhado à Campo Grande devido a gravidade, ficaram feridos no acidente; barulho e tremores foram sentidos pela população vizinha

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Uma explosão na Simasul, siderúrgica localizada em Aquidauana, aconteceu na noite desta terça-feira (18) e deixou três funcionários feridos, com um deles encaminhado à Santa Casa de Campo Grande, devido a gravidade da lesão.

Ainda não há confirmação dos motivos, mas a empresa confirmou o ocorrido e prestou solidariedade aos funcionários, além de reforçar que nenhum dos três corre risco de morte.

Um dos feridos precisou ser encaminhado à Santa Casa de Campo Grande, que fica 140 km de distância do local do acidente. O Correio do Estado entrou em contato com o hospital, mas até o momento da publicação desta reportagem não houve retorno.

Os moradores dos bairros próximos à siderúrgica - como Nova Aquidauana, Serraria, Chapecoense, Cidade Nova, Tico Lipu e Pinheiro - também relataram preocupação com o barulho, além de sentir tremores nas janelas e portas das casas, deixando-os assustados com o acontecido.

“Minha nossa, moro muito próximo daí, ontem levei um susto com barulho muito alto”, “foi muito forte aquele estrondo” e “teve tremor nas paredes de casa muito forte ontem” foram alguns dos relatos de moradores nas redes sociais do jornal Princesinha News, de Aquidauana.

HISTÓRICO RUIM

Instalada desde 2004 na cidade, essa não é a primeira vez que moradores reclamam da siderúrgica. Há muitos anos eles reclamam do perigo que a empresa fornece e da sujeira, consequência do serviço realizado na Simasul.

Há cinco anos, a empresa chegou a pedir recuperação judicial pelo alto valor em dívidas, cerca de R$ 7 milhões, alegando também o risco de comprometer 250 empregos, além de prejudicar seu patrimônio empresarial.

Em julho de 2021, o empresário José Afonso Gonçalves, dono da Siderúrgica Simasul, foi condenado a cinco anos e oito meses de prisão, além de multa no valor de R$ 1,375 milhão, por manter 25 funcionários em trabalho análogo a escravidão.

Já em novembro de 2022, uma outra explosão aconteceu, desta vez na tubulação de ar e deixou quatro funcionários feridos. Na ocasião, todos foram encaminhados ao Hospital Regional da cidade, medicados e, posteriormente, liberados.

Além desses acontecimentos, os moradores constantemente reclamam da sujeira nos bairros vizinhos causados pela siderúrgica. Uma poeira preta entra nas casas próximas, não sendo possível deixar janelas e portas abertas.

“Essa Siderúrgica sempre dando pepino”, “poluição de pó de carvão rejeito de minério com pó de ferro!!! Descaso e mais descaso do poder público com a população” e “tem que fechar essa coisa, aí! nojento, só faz sujeiras, pondo em risco a saúde das pessoas” são algumas declarações vistas na redes sociais, feitas pela população aquidauanense.

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Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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