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Falta de profissionais de enfermagem no HR entra na mira do MP

Comparação entre vagas de concurso e déficit apresentado pela Diretoria do Hospital mostra que há o total de 83 técnicos em falta e ainda a necessidade de 30 enfermeiros

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Ministério Público Estadual busca, junto ao Conselho Regional de Enfermagem do Estado (COREN/MS), apurar a falta de profissionais de enfermagem no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, já que o déficit é apontado mesmo após contratação de 40 enfermeiros e outros 82 desses profissionais, previstos na homologação do concurso que deve sair no fim do próximo mês.

Vale lembrar que ainda em março foi lançado processo seletivo simplificado, com objetivo de contratar 40 enfermeiros homologado logo em abril, aliado ao fato que Secretaria de Estado de Saúde (SES), ainda em janeiro de 2024, tornava público o edital de concurso público para a Fundação de Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul (Funsau), através da Secretaria de Estado de Administração (SAD). 

Esse concurso trouxe 279 oportunidades abertas para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, com previsão da homologação de Provas e Títulos prevista para o próximo dia 30 de julho, "com expectativa de ampliação das vagas ofertadas e reposição de servidores nos quadros defasados", cita o MPMS. 

Entretanto, conforme evidenciado pela Diretoria de Enfermagem do HRMS, ainda em 13 de maio deste ano, pesava o déficit de 135 técnicos de enfermagem e 60 enfermeiros, um total de 195 profissionais, "ainda após a admissão de 28 enfermeiros em virtude de processo seletivo de contratação", cita o MPMS. 

Nem com concurso

Ainda que a homologação do concurso SAD/Funsau esteja prevista para o próximo mês, das 279 vagas, 30 são destinadas para enfermeiros e outras 52 para o cargo de técnico de enfermagem, com as demais voltadas, entre outras funções, para ocupações como: 

  • Fisioterapeuta – 15
  • Farmacêutico – 10
  • Agente de Farmácia – 20
  • Técnico em Radiologia – 22
  • Agente de Serviços Hospitalares – 30
  • Agente Condutor de Veículos – 5 

Ou seja, se comparado com o déficit apresentado pela Diretoria de Enfermagem do Hospital Regional, mesmo após a contratação dos 40 enfermeiros, há o total de 83 técnicos em falta e ainda a necessidade de 30 enfermeiros, para que fatos como a sobrecarga de funções continuem acontecendo na unidade. 

Como evidenciado na "notícia – fato" que baseou as movimentações do Ministério Público, ainda em fevereiro deste ano a falta de profissionais sentida era de aproximadamente 300 técnicos de enfermagem e enfermeiros. 

Há cerca de 20 dias o Correio do Estado relatou e acompanhou as denúncias de insalubridade e negligência médica feitas por uma mãe, a qual o filho passou aproximadamente um mês internado no Hospital Regional. 

Aos 16 dias de vida, a criança foi levada ao HRMS com um quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que evoluiu posteriormente para uma pneumonia e fez mãe e bebê passarem duas semanas no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da unidade. 

Passando por demais setores como o de enfermaria; tomografia, entre outros, ela relata que teve de lidar com um aparelho de tomografia estragado, que ocasionou um jejum desnecessário em seu filho, além de atrasos e "mal-entendidos".  

"Desde meia-noite deixaram meu filhinho sem mamar, ele chorou a madrugada inteira. Ficou de jejum até 11 horas da manhã, para mandarem uma residente me avisar que não estava marcado o procedimento, que ele foi agendado para o dia 11", relatou à época. 

 

O que diz a SES

Quanto ao inquérito civil instaurado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) para investigar o déficit de profissionais de enfermagem no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), a diretoria informa que: 

"a diretoria informa que foram abertas, recentemente, 122 vagas para profissionais de enfermagem através de processo seletivo e concurso público. Também foi solicitada a ampliação de 20 vagas para a enfermagem, por meio de processo seletivo, sempre observando o limite prudencial de vagas previsto na Lei 5175/2018", expõe a pasta em nota retorno. 

Por fim, a Secretaria afirma que está comprometida em solucionar o déficit, além de enfrentar a "demanda que excede a capacidade instalada da unidade hospitalar, proveniente tanto de atendimentos espontâneos quanto da regulação municipal. Mesmo com a alta demanda, o hospital continua a oferecer toda a assistência necessária aos pacientes".
**(Matéria editada às 08h29 de 5ª feira, para acréscimo de nota retorno)
 

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Campo Grande

Policiais encontram com foragido da Justiça R$ 38 mil, joias e bens de luxo

Os policiais estiveram nas ruas de Campo Grande, cumprindo mandados de busca e apreensão. Com um dos suspeitos, os federais encontraram R$38 mil em espécie, e diversas jóias e bens de luxo.

17/09/2024 18h30

Joias e bens de luxo foi encontrado com um foragido da Justiça em Campo Grande.

Joias e bens de luxo foi encontrado com um foragido da Justiça em Campo Grande. Divulgação/ Polícia Federal

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Os policiais estiveram nas ruas de Campo Grande cumprindo mandados de busca e apreensão. Com um dos suspeitos, foram encontrados R$ 38 mil em espécie, além de diversas joias e bens de luxo.

Agentes da Polícia Federal estiveram nas ruas de Campo Grande, nesta terça-feira (17), cumprindo quatro mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas e à lavagem de dinheiro. Um foragido da Justiça foi preso durante mais uma fase da Operação Serra Nevada II.

Os policiais estiveram nas ruas cumprindo mandados de prisão em aberto e apreenderam R$ 38 mil em espécie, além de diversas joias e bens de luxo.

Segundo a polícia, a primeira fase da Operação Serra Nevada II foi deflagrada em 2016 e visava combater uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas e à lavagem de capitais.

De acordo com as investigações, o principal investigado fugiu do sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul há pouco mais de dois anos e estava vivendo em um apartamento de luxo em São Paulo (SP).

 

Operações 

Os policiais federais estiveram também nas ruas de Ponta Porã em outras operações. 

A primeira delas foi a região de fronteira com o Paraguai em cumprimento de ordens judiciais após investigadores apontarem Tiago Godoy, de 26 anos, como membro importante do PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira. 

Segundo as investigações, o grupo criminoso atuava em cinco núcleos autônomos e teriam movimentado ao longo de dois anos mais de R$ 82 milhões de origem ilícita, em grande parte, provenientes de câmbio ilegal e tráfico de drogas.

Além de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, as operações aconteceram nas cidades de Curitiba/PR, São José dos Pinhais/PR, São Paulo/SP, São Caetano do Sul/SP, Natal/RN, Ponta Porã/MS, Chuí/RS, Bagé/RS e Aceguá/RS.

Outra ação da Polícia Federal foi na prisão de um casal de paraguaios em Ponta Porã por praticar o crime de falsidade ideológica, após declarar informações inverídicas sobre sua localização em uma unidade de migração da Polícia Federal, durante o processo de confecção da Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM). 

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Combate aos incêndios

Governo federal deve liberar R$ 550 milhões para o combate aos incêndios florestais

O valor será disponibilizado após a cobrança do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, e tem como objetivo combater os incêndios florestais na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal.

17/09/2024 18h00

Bombeiros e brigadistas na região da Serra do Amolar, no Pantanal de MS.

Bombeiros e brigadistas na região da Serra do Amolar, no Pantanal de MS. Foto: Governo de MS/Divulgação

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O governo federal deve divulgar, ainda nesta terça-feira (17), uma medida provisória de abertura de crédito extraordinário no valor de R$ 550 milhões para combater os incêndios florestais na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal 

O país há meses enfrenta uma das piores secas já registradas. As chamas localizadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul, na Amazônia, na região de Rondônia e na caatinga, próximo a Brasília, geraram alerta

O cenário piorou ainda mais, quando a Capital do país não chove há mais de 110 dias. 

Apesar das chuvas no Pantanal sul-mato-grossense, o solo continua seco e os incêndios devem permanecer por mais tempo. 

Por causa dessas preocupações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está reunido desde as primeiras horas desta terça-feira (17) com cúpulas e ministros de Estado para definir os próximos passos para enfrentar essa crise climática.

Ainda hoje, deverá ser anunciada uma autoridade climática que atuará como coordenador fiscal das medidas de enfrentamento das mudanças climáticas. A única dúvida é sobre a subordinação dessa pessoa.

Até o momento, as portas do Palácio do Planalto continuam fechadas, sem nenhum pronunciamento sobre as medidas. Isso porque o desafio de combater os incêndios pode impactar as contas da Casa Civil e do Ministério do Planejamento e Orçamento.

O recurso de R$ 550 milhões poderá ser disponibilizado após a cobrança do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, para que o Executivo tome ações mais efetivas. Dino autorizou, no domingo (16), o crédito extraordinário, que ficará fora do limite de gastos do governo federal.


Pantanal 

Após a queima de 1,76 milhão de hectares, o Ibama convocou a contratação de 145 novas brigadas para combater os incêndios florestais em quatro municípios pantaneiros de Mato Grosso do Sul. Até agora, o fogo já consumiu 1,76 milhão de hectares do bioma pantaneiro apenas em MS.

A autorização foi publicada no Diário Oficial da União, mas não existe data para que comecem a atuar. Com esses contratações, a estrutura do Ibama no Estado terá aumento de 100%, já que até agora o número de brigadistas é de 145. Eles foram contratados em maio.

A maior parte das contratações temporárias será em Porto Murtinho  e em Corumbá, com 44 contratações em cada município. Para Corumbá está prevista a contratação de dois chefes de brigada, seis chefes de esquadrão e 36 brigadistas para prevenção e combate aos incêndios. Estrutura parecida  está prevista para Porto Murtinho.

Conforme Diário Oficial  da União, serão duas duas equipes temporárias em Aquidauana e uma em Miranda. Cada uma terá 15 pessoas, sendo um chefe de brigada, dois chefes de esquadrão e  mais 12 brigadistas.


Além disso, o Ibama autorizou, ainda, que Mato Grosso do Sul contrate nove brigadistas de queima prescrita e três supervisores estaduais de brigada.

Por causa da frente fria, que trouxe chuva e frio no último sábado, os focos de incêndio foram extintos na região pantaneira. Mas como o volume de chuva foi baixo, de 6,8 milímetros em Corumbá, a tendência é de que os focos recomecem nos próximos dias. 

Para as próximas semanas não existe chuva nos radares dos institutos de meteorologia e a umidade do ar já está abaixo dos 30% em boa parte do bioma. Além disso, há previsão de fortes ventanias. Estes cenários facilitam a propagação do fogo.

Em maio, quando da primeira contratação, a remuneração variava de R$ 1.320,00 (brigadista) a R$ 5,28 mil (supervisor estadual). O período máximo do contrato foi de seis meses e os condidatos deviam ter entre 18 e 59 anos. 

 

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