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SAÚDE

Campo Grande tem seis casos de Febre Maculosa em 10 anos; último registro foi em 2018

Prefeitura da Capital alerta para que população tome cuidado ao frequentar áreas com capivaras, como Parque das Nações, Parque dos Poderes, Lago do Amor e UFMS

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Dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) apontam que 12 pessoas foram diagnosticadas com Febre Maculosa entre 2012 e 2022, mas apenas seis casos foram confrmados. Não existem óbitos e nenhum animal foi diagnosticado com a doença neste período.

De acordo com a Sesau, o último caso da doença foi registrado em fevereiro de 2018. Em 2021, a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES-MS) emitiu alerta sobre a doença, após óbito registrado em Itaúna, Minas Gerais.

Nesta semana, quatro pessoas faleceram vítimas de Febre Maculosa na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio, em Campinas (SP).

Capivara é um dos principais hospedeiros da doença

Campo Grande é uma cidade com grande quantidade de capivaras, um dos principais hospedeiros do carrapato-estrela.

Com isso, a prefeitura da Capital alerta para que a população tome cuidado ao frequentar áreas onde habitam capivaras, como parques e áreas verdes.

Parque das Nações Indígenas, Parque dos Poderes, Lago do Amor, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Praça das Águas, avenida Lúdio Martins Coelho e avenida José Barbosa Rodrigues são os principais lugares em Campo Grande onde o animal habita.

“É importante tomar medidas preventivas ao frequentar áreas onde há presença de capivaras, como parques e áreas verdes. Recomenda-se evitar o contato direto com os carrapatos, usar roupas adequadas, aplicar repelentes e realizar uma inspeção minuciosa no corpo após a exposição a esses ambientes”, afirmou a prefeitura em nota enviada ao Correio do Estado.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, a médica infectologista, Rafaeli Cardoso Barbosa, afirmou que não há motivos para preocupação, mas sim para aumentar os cuidados.

“Não há motivo para preocupação devido nosso estado ter uma grande quantidade de capivaras, pois não somos uma área potencialmente endêmica. O que não exclui termos cuidados ao frequentar espaços com risco de exposição a carrapatos. A febre maculosa causada pela bactéria Rickettsia rickettsii é a de maior importância no país por ter taxa de letalidade de 50% e é endêmica na região Sudeste (áreas urbanas com divisa de Mata Atlântica)”, explicou.

Dra. Rafaeli Cardoso Barbosa, médica infectologista formada pela UFMS

FEBRE MACULOSA

De acordo a médica infectologista, Rafaeli Cardoso, a Febre Maculosa é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela (Amblyomma sculptum) infectado pela bactéria Rickettsia.

O carrapato-estrela é encontrado em animais de grande porte, como capivaras, bois, cavalos, gambás, coelhos e aves. Geralmente não é encontrado em cães e gatos.

A transmissão ocorre pela picada. O carrapato infectado permanece fixado por, pelo menos, quatro horas na pele da pessoa. Não existe transmissão de pessoa para pessoa.

A doença é mais comum entre os meses de junho e novembro, período em que predominam as formas jovens do carrapato, conhecidas como micuins.

De acordo com a médica, os sintomas da doença são:

  • Febre alta
  • Manchas avermelhadas, que não coçam e que aparecem primeiramente no pulso e tornozelo
  • Dor no corpo
  • Dor de cabeça
  • Falta de apetite
  • Desânimo
  • Náusea
  • Vômito
  • Diarreia

Para diagnóstico da doença, o médico deve observar o histórico do paciente, principalmente se esteve em regiões onde há cavalos, capivaras ou animais silvestres.

O tratamento é realizado com antibióticos por 10 a 14 dias.

Caso a pessoa não seja medicada corretamente a tempo, a doença pode evoluir para casos mais graves como o comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulmões, das lesões vasculares e levar à óbito.

Para se proteger da doença, é necessário:

  • Usar botas, calça e camisa compridas/claras em locais de mato
  • Evitar caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos
  • Durante a caminhada em locais de mato, verifique se há carrapatos em seu corpo
  • Apare gramados rente ao solo
  • Não leve animais de estimação para áreas rurais, como chácaras ou fazendas - tome cuidado para que ele não se torne reservatório da febre maculosa quando você retornar para a sua cidade
  • Para quem mora em áreas rurais: não deixe animais de estimação dentro de casa e faça higiene desses animais com mais frequência

Alerta

Chuvas intensas e ventos de até 60 km/h devem atingir 68 municípios de MS

Conforme informações do Inmet, há possibilidade de chuvas entre 30 e 60 mm/h ou de 50 a 100 mm/dia, com ventos intensos variando entre 60 e 100 km/h nas próximas 24 horas

21/11/2024 15h00

As chuvas intensas deve atingir Campo Grande e diversas cidades do Estado até amanhã

As chuvas intensas deve atingir Campo Grande e diversas cidades do Estado até amanhã Marcelo Victor / Correio do Estado

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As nuvens pesadas que escureceram o almoço dos campo-grandenses nesta quinta-feira (21) sinalizaram a chegada das tempestades em Campo Grande. Na manhã de hoje, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu um novo alerta laranja de perigo para chuvas intensas, com ventos entre 60 e 100 km/h, afetando 69 municípios do estado nas próximas 24 horas.

Além de Campo Grande, as cidades em alerta incluem: Água Clara, Alcinópolis, Amambai, Anastácio, Anaurilândia, Angélica, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Aral Moreira, Bandeirantes, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Caarapó, Camapuã, Cassilândia, Chapadão do Sul, Corguinho, Coronel Sapucaia, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Deodápolis, Dois Irmãos do Buriti, Douradina, Dourados, Eldorado, Fátima do Sul, Figueirão e Glória de Dourados.

As cidades de Iguatemi, Inocência, Itaporã, Itaquiraí, Ivinhema, Japorã, Jaraguari, Jateí, Juti, Laguna Carapã, Maracaju, Mundo Novo, Naviraí, Nioaque, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Paraíso das Águas, Paranaíba, Paranhos, Pedro Gomes, Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, Santa Rita do Pardo, São Gabriel do Oeste, Selvíria, Sete Quedas, Sidrolândia, Sonora, Tacuru, Taquarussu, Terenos, Três Lagoas e Vicentina também estão sob risco de chuvas intensas.

De acordo com informações meteorológicas, há possibilidade de chuvas entre 30 e 60 mm/h ou de 50 a 100 mm/dia, com ventos intensos variando entre 60 e 100 km/h nas cidades em alerta do Inmet. Esses riscos meteorológicos podem causar interrupções no fornecimento de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

A orientação é que a população evite se abrigar debaixo de árvores e não estacione perto de torres de transmissão ou placas de publicidade. Em caso de necessidade de ajuda, os contatos são: Defesa Civil pelo telefone 199 e Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

 

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VÍTIMA FATAL

Morre motorista de carro envolvida em acidente grave na BR-060

Luzenir Aparecida de Lima, de 40 anos, ficou internada por 12 dias e deixa marido e dois filhos menores de idade; mãe da vítima continua sob cuidados médicos

21/11/2024 14h45

À esquerda, como o veículo ficou após o acidente; à direita, Luzenir, única vítima fatal do ocorrido até o momento

À esquerda, como o veículo ficou após o acidente; à direita, Luzenir, única vítima fatal do ocorrido até o momento Foto: Repordução/Internet

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Luzenir Aparecida de Lima, de 40 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (21), após ficar 12 dias internada na Santa Casa de Campo Grande em decorrência de um grave acidente na BR-060, em Paraíso das Águas, cidade a 280 km da Capital.

O acidente aconteceu dia 9 de novembro, em um sábado, quando a condutora do veículo, que era Luzenir, e mais quatro passageiros capotaram o carro várias vezes, até parar às margens da rodovia. 

Devido a gravidade de seus ferimentos, Luzenir foi encaminhada à Santa Casa da Capital, juntamente com sua mãe, Dalvanir, que também segue em cuidados médicos até o momento desta reportagem.

Até esta manhã, a condutora estava internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da instituição hospitalar, mas veio a falecer devido à falência múltipla dos órgãos. Recentemente, Luzenir havia se mudado para Chapadão do Sul e deixa marido e dois filhos, ambos menores de idade.

BR-060: Casos recentes

Na noite do último domingo (17), três pessoas morreram e duas ficaram gravemente feridas em um acidente envolvendo dois veículos de passeio no quilômetro 187 da BR-060, próximo à saída para Chapadão do Sul.

Segundo o Boletim de Ocorrência, os veículos envolvidos, um Ford Ka e uma Fiat Toro, colidiram frontalmente.

Com o impacto da batida, o Ford Ka foi "jogado" para fora da pista, momento em que pegou fogo. Foi necessário utilizar um caminhão pipa da Prefeitura de Camapuã para conter as chamas.

Apesar dos esforços, os três ocupantes, que estavam presos às ferragens, morreram carbonizados. Eles foram identificados como Carlos Eduardo Nogueira da Costa, Vanessa Cristina de Oliveira e Maria do Perpétuo Socorro Soares Nogueira. O veículo tinha placa de Cuiabá (MT).

Já a Fiat Toro tinha dois ocupantes, que foram socorridos em estado grave. Inicialmente, eles foram encaminhados para o Hospital de Camapuã. No entanto, devido à gravidade do quadro, foram encaminhados para a Santa Casa de Campo Grande.

Já na noite do dia 23 de outubro, seis pessoas ficaram gravemente feridas, incluindo duas crianças de 6 e 9 anos, em uma colisão entre dois veículos na BR-060, próximo a Campo Grande. Segundo informações de testemunhas, o acidente ocorreu durante uma tentativa de ultrapassagem.

De acordo com informações de testemunhas que transitavam pelo local, o HB20 de cor vermelha seguia em direção a Sidrolândia, enquanto o outro HB20, de cor cinza, seguia em direção a Campo Grande. Durante uma tentativa de ultrapassagem de um caminhão, ocorreu a colisão frontal.

O impacto da colisão foi tão violento que as vítimas de ambos os veículos ficaram presas nas ferragens. Para retirar as vítimas, os socorristas precisaram usar um desencarcerador.

Curva da Morte

O antigo fantasma de título de "curva da morte" volta a assombrar o trecho da rodovia BR-060, que há cerca de dois anos teve parte do traçado da pista refeito Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com gastos da ordem de R$ 4 milhões.

Na altura do quilômetro 515 da rodovia, há tempos o trecho é palco de tragédias, até a liberação em meados de 2022 de passagem por um novo traçado de cerca de 700 metros, implantado para tentar acabar com os acidentes.

Coordenador da Defesa Civil de Nioaque, Robson Humberto Maciel esclarece que o número de mortes no trecho reduziu cerca de 80% desde que houve a readequação da rodovia, porém, a mudança de velocidade ao se aproximar da antigamente conhecida como "curva da morte" é o que tem causado boa parte dos acidentes que seguem acontecendo.

*Colaborou João Gabriel Villalba, Leo Ribeiro e Alanis Netto

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