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Fim da paz entre PCC e Comando Vermelho pode reacender violência na fronteira

Secretaria Nacional de Políticas Penais identificou que facções criminosas romperam acordo de não agressão

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Após a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) identificar que as duas maiores facções criminosas do Brasil, o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), deram fim a um acordo de paz, o retorno da animosidade entre elas pode fazer reacender a violência na região de fronteira de Mato Grosso do Sul, onde ambas estão instaladas e de onde operam o tráfico de drogas.

Nesta semana, foi divulgado que informações recebidas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) dão conta de que a trégua entre as facções, que teria começado em fevereiro deste ano, chegou ao fim. Isso indica que poderia haver uma escalada de violência tanto dentro como fora dos presídios de Mato Grosso do Sul e no resto do País. Além disso, uma briga por rotas do tráfico também poderia ocorrer.

Segundo reportagem do Estadão, em fevereiro deste ano, um relatório de inteligência da Senappen revelou a existência de suposta aliança entre as organizações. A trégua teria como objetivo a suspensão das mortes entre os grupos e também a intenção de fortalecer as facções para flexibilizar o tratamento a líderes presos no sistema penitenciário federal.

Entretanto, dois meses depois dessa trégua, as autoridades federais identificaram que pode haver uma nova cisão das facções criminosas.

Ainda de acordo com o Estadão, o rompimento foi confirmado por advogados da facção do Rio de Janeiro, que preferiram não ser identificados. Eles disseram que a cisão foi “feita em paz”.

TRÁFICO DE DROGAS

O fim da pacificação pode trazer problemas recorrentes na fronteira de Mato Grosso do Sul, como a guerra entre os grupos. Com atuação maciça concentrada na faixa de fronteira com Paraguai e Bolívia, um dos principais embates entre os grupos é pelas rotas de escoamento do tráfico de drogas.

A briga naquela região ficou evidenciada em junho de 2016, quando integrantes do PCC executaram o narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, chamado na época de Rei da Fronteira, em ação quase cinematográfica que contou com vários homens usando armamento de guerra para furar a blindagem da caminhonete em que a vítima estava, na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz divisa com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul.

Desde então, as duas facções têm brigado por espaço na região. Após a morte de Rafaat, em 2017, o irmão de Jarvis Ximenes Pavão, conhecido como Senhor das Drogas e apontado com mandante da morte do Rei da Fronteira, foi executado. Rony Pavão foi morto em março daquele ano com tiros de pistola 9 mm.

As mortes não pararam desde então, porém, houve uma queda nos últimos anos, segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), principalmente após a pandemia de Covid-19.

Conforme dados da Sejusp, no ano passado, foi registrado o menor número de homicídios nos municípios da faixa de fronteira de Mato Grosso do Sul, tanto com o Paraguai como com a Bolívia, desde 2015. Foram 199 homicídios.

Porém, só nos primeiros quatro meses deste ano, foram registrados 76 assassinatos, o que pode indicar um possível retorno das execuções na região.

Apenas em Ponta Porã, enquanto no ano passado ocorreram 20 mortes, nos primeiros quatro meses deste ano já foram registrados 9 óbitos. As últimas execuções ocorreram em março deste ano, quando três pessoas foram assassinados em um intervalo de dois dias.

O primeiro a morrer foi Bruno Pacheco Ferreira, no dia 24 de março. Ele foi morto na saída de uma loja em Ponta Porã. Horas depois, Mauritoni Gleberson da Silva, de 43 anos, também foi executado a tiros.
Dois dias depois, no dia 26 de março, a namorada de Mauritoni, Rosângela Ojeda de Souza, foi encontrada morta, cercada de cápsulas de arma de fogo, dentro de uma propriedade rural, em Ponta Porã.

Dez dias depois dessas mortes, os dois pistoleiros que executaram o trio foram mortos pela polícia, durante cumprimento de mandados de prisão. Alan Cristaldo Romero, de 19 anos, e Caio Alexandre Aranda Benitez, de 29 anos, teriam atirado contra os policiais, que revidaram.

SAIBA

Reportagem do Estadão ainda mostrou que relatório da Senappen de 2024 já havia mostrado aliança das duas facções com grupos locais para facilitar a logística do tráfico.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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