Cidades

CAMPO GRANDE

Frio não intimidou e público lotou arquibancadas no desfile de 26 de agosto

Estimativa é de que cerca de 20 mil pessoas prestigiaram o evento, em comemoração aos 125 de Campo Grande

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Os Campo-grandenses não foram intimidados pelo frio e acordaram cedo para acompanhar o desfile cívico em comemoração aos 125 anos de Campo Grande, nesta segunda-feira (26). A estimativa da Secretaria Municipal de Cultura (Sectur), com base em informações da Guarda Civil Metropolitana, é de que cerca de 20 mil pessoa compareceram ao evento, sem contar os participantes.

O desfile começou pouco depois das 8h e, inicialmente, as arquibancadas  montadas na rua 13 de Maio, entre a Barão do Rio Branco e 7 de setembro, ainda estavam vazias, mas começou a encher e, por volta das 9h, já estavam lotadas.

No horário de início do desfile, os termômetros marcavam 11°C em Campo Grande, com sensação de mais frio.

O público bateu a expectativa da Prefeitura de Campo Grande, que era de que 20 mil pessoas comparecessem, mesmo número registrado no ano passado.

Rodilsa da Conceição, 70 anos, sempre prestigia o desfile e neste ano não foi diferente. Ela disse estar muito feliz e não soube definir qual a sua parte preferida do evento. "[Gosto de] tudo, é um trabalho bom", disse.

Alberto Elpídio Júnior, 56 anos, também comparece todos os anos. "É uma coisa linda, acho que todo mundo tinha vir prestigiar, é uma vez por ano. Cada ano que eu venho está melhorando mais e ficando mais bonito", disse.

Ele também afirmou que gosta de acompanhar todas as entidades e escolas, mas em especial a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

O campo-grandense também destacou que uma das qualidades da aniversariante Campo Grande é o espírito acolhedor da população. "É uma cidade que todos acolhem quem vem de fora, o povo acolhedor, isso é muito bonito", concluiu.

A prefeita Adriane Lopes (PP) também esteve presente e afirmou que o desfile foi preparado com muito carinho e disse, que apesar da manhã fria, estava feliz em celebrar o aniversário de Campo Grande.

Ela disse estar no evento na condição de prefeita, e não de candidata, mas ressaltou que após a festividade, iria inverter os papéis e pedir apoio do público, fora do palanque.

"Aqui é um espaço que vou atuar como prefeita, a candidata é depois que terminar o desfile, aí a candidata sai para pegar na mão das pessoas, cumprimentá-las e pedir apoio", disse.

Desfile cívico

56 entidades desfilaram neste 26 de agosto56 entidades desfilaram neste 26 de agosto (Foto: Marcelo Victor)

O desfile teve a participação de 56 entidades. 

A presidente do Instituto Mirim de Campo Grande, Patrícia Saraiva de Moraes, disse que o desfile já é uma tradição para a instituição, que existe há mais de 42 anos.

"Hoje nós estamos com mais de 3 mil jovens vinculados por ano e é uma emoção muito grande, que é o momento da gente mostrar a menina dos olhos, que é a banda do Instituto Mirim, que hoje é composta por aprendizes e alguns voluntários. Viemos também com toda a equipe de colaboradores, com os mirins que são cursantes e os aprendizes. Então é um desfile que traz uma grande alegria para nós, porque é um momento que reúne toda a equipe e a gente consegue trazer um pouquinho dessa alegria, que é o trabalho que nós fazemos transformando a vida dos jovens.", disse

Ela ressalta que, após o evento, a banda já inicia os ensaios para o desfile do próximo ano.

O vice-presidente patrimonial da Associação Okinawa, Marcel Arakaki Asato, informou que a Associação participa todos os anos.

"É muito importante para nós mostrarmos um pouco da cultura de Okinawa, que foi tão importante para moldar a cultura de Campo Grande. Por exemplo, o sobá e o karatê são de Okinawa", disse.

Para o desfile, a entidade usou os kimonos tradicionais de Okinawa, e na banda havia sanchin, que é um instrumento de três cordas, o tambor taiko, além da apresentação de shishimai, que é a representação do leão mitológico.

O professor Amauri Oliveira Souza é técnico responsável pela modalidade de capoeira nas escolas da Rede Municipal, em projeto Divisão de Esporte, Arte e Cultura (DEAC) da Secretaria Municipal de Educação (Semed), e alunos também desfilaram nos 125 anos de Campo Grande.

"Aqui tem várias escolas reunidas hoje, várias modalidades, e a capoeira está inclusa. A capoeira está em nove escolas do Município e três Emeis. Hoje temos aproximadamente 500 atletas que praticam a capoeira nas escolas de Campo Grande. É um esporte afrobrasileiro e é importante mostrar nossa cultura, nossa arte marcial brasileira e toda vez que vem para o desfile levanta a plateia", conta.

* Colaborou Marcelo Victor

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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