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Infraestrutura

Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de MS terá quase R$ 1 bilhão para obras no Estado em 2021

Investimento do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de MS será 60% maior no ano que vem

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Em 2021, os recursos do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul (Fundersul) para obras e projetos de infraestrutura executados pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) serão 60% maiores e se aproximarão de R$ 1 bilhão.

Os números estão no Plano de Aplicação dos Recursos do Fundersul aprovado pela Assembleia Legislativa neste mês. Enquanto em 2020 a Agesul teve R$ 608,5 milhões em recursos para aplicação, no próximo ano a verba disponível – caso as previsões de arrecadação se concretizem – será de R$ 975,8 milhões.

O ano de 2021, de fato, é o ano em que o governo de Mato Grosso do Sul pretende dar um salto em projetos de infraestrutura, muitos deles anunciados em março deste ano, mas que ficaram represados por causa da pandemia de Covid-19, cujos primeiros casos chegaram ao Estado no fim daquele mesmo mês.

Ultimas noticias

O próprio plano de aplicação dos recursos aprovado pela Assembleia mostra que em 2020 nem todo o dinheiro arrecadado foi usado. O Fundersul chegará no dia 31 com aproximadamente R$ 280 milhões depositados em conta corrente.

Se levados em consideração os repasses do fundo aos 79 municípios, ele movimentará uma cifra bilionária no próximo ano. Em 2021, as prefeituras devem receber R$ 231,9 milhões do Fundersul. Neste ano, os repasses alcançaram R$ 169 milhões.  

Saltos

Os maiores saltos em investimentos estão na compra de equipamentos e também em projetos de pavimentação e implantação de rodovias.  

Para abrir novos caminhos ou asfaltar rodovias já existentes, o governo de Mato Grosso do Sul planeja aplicar R$ 415,1 milhões em 2021. Neste ano, o plano de investimentos previa R$ 106,8 milhões.

O investimento também poderá ser quadruplicado na aquisição de implementos e equipamentos. Enquanto neste ano foram investidos quase R$ 7 milhões em compra de maquinário, para 2021 estão previstos R$ 28 milhões. O volume de recursos aplicados em obras de restauração e manutenção de rodovias se manterá estável: R$ 227 milhões em 2020 e R$ 229 milhões no ano que vem.

Vale ressaltar que desde março deste ano que o governo não precisa mais aplicar recursos na manutenção da MS-306, na região nordeste do Estado, que foi concedida à iniciativa privada. Os recursos aplicados em construção, reforma e manutenção de pontes também deve se manter em torno de R$ 56 milhões.

Cidades

Em pavimentação asfáltica e drenagem urbana, está prevista uma pequena queda na aplicação de recursos diretamente pela Agesul no próximo ano. Essa redução deverá ser compensada pelo reforço no repasse em obras de serviços urbanos por meio de convênios com municípios e consórcios intermunicipais.  

Enquanto em 2020 foram aplicados R$ 134,3 milhões em obras urbanas via Agesul, no próximo ano serão R$ 116 milhões. São exemplos dessas obras o recapeamento de avenidas nas cidades, como o ocorrido neste segundo semestre, na Avenida Mato Grosso, em Campo Grande.  

Já obras feitas nas cidades por meio de convênios quase dobrarão: passarão de R$ 39,5 milhões para R$ 80 milhões.  

Novidade

Para o próximo ano, o Fundersul também terá novas regras. Projetos de licenciamento ambiental e compra de instrumentos para utilização nos projetos, como aeronaves não-tripuladas (os drones), estão previstos. O investimento em projetos de licenciamento ambiental saltará de R$ 4 milhões para R$ 12 milhões. 

CUIDADO

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Agência emitiu alerta sobre compra e consumo desses medicamentos

21/12/2025 22h00

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas

Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras manipuladas Divulgação

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Popularizadas por influenciadores e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, vêm sendo cada vez mais buscadas por pessoas que desejam emagrecer de forma rápida, muitas vezes sem orientação médica e sem nenhum critério.

Diante da procura desenfreada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e consumo desses medicamentos. Segundo a Anvisa, a venda e o uso de canetas emagrecedoras falsas representam um sério risco à saúde e é considerado um crime hediondo no país.

A farmacêutica Natally Rosa esclarece que o uso de versões manipuladas ou de origem desconhecida é uma prática perigosa.

"Uma pessoa que ela se submete, que ela é exposta ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações, os riscos dela, com certeza, estão exacerbados. Desde a ausência de uma resposta ideal, como as contaminantes."

A farmacêutica destaca o que observar na embalagem e no produto para conferir sua autenticidade:

"Temos alguns sinais. A própria embalagem já chama a atenção, já que as bulas são de fácil acesso na internet. Então, qual é a apresentação física dessa embalagem? De que forma que ela se apresenta? Como está o rótulo? O rótulo está no idioma do Brasil? Do nosso idioma aqui? Não deve estar em outras línguas, por exemplo. Existe lote e validade de fácil acesso? Você consegue identificar? A leitura, a descrição do medicamento, o princípio ativo, ela precisa estar bem legível. Todas as informações precisam estar bem claras."

Ela também chama a atenção para valores: preços muito abaixo do praticado no mercado são sinal de alerta grave. O medicamento só é vendido com apresentação e retenção da receita médica.

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BRASIL

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

21/12/2025 21h00

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências

Presa por três anos, ela foi submetida a choques e mais violências Comissão da Verdade/Divulgação

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A ex-presidente Dilma Rousseff receberá, da União, uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, em razão de perseguição política e tortura durante a ditadura militar no Brasil. A decisão foi proferida na última quinta-feira (18) pela 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que também determinou o pagamento de uma reparação econômica mensal, em razão da demissão que ela sofreu na época.

O relator do caso, desembargador federal João Carlos Mayer Soares, afirmou que os atos praticados pelo Estado caracterizam grave violação de direitos fundamentais e ensejam reparação por danos morais.

“Foi evidenciada a submissão [de Dilma] a reiterados e prolongados atos de perseguição política durante o regime militar, incluindo prisões ilegais e práticas sistemáticas de tortura física e psicológica, perpetradas por agentes estatais, com repercussões permanentes sobre sua integridade física e psíquica”, diz Soares.

Ao longo dos anos, a ex-presidente deu diversos depoimentos sobre os interrogatórios violentos que sofreu. A tortura contra Dilma incluiu choques elétricos, pau de arara, palmatória, afogamento, nudez e privação de alimentos, que levaram a hemorragias, perda de dentes, entre outras consequências de saúde.

Dilma Rousseff foi presa em 1970, aos 22 anos, e passou quase três anos detida, respondendo a diversos inquéritos em órgãos militares em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

Após deixar a prisão, Dilma mudou-se para o Rio Grande do Sul e, em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado.

Ela continuou sendo monitorada pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até o final de 1988 e perseguida por seu posicionamento político de críticas e oposição ao governo militar. Em 1977, o ministro do Exército à época, Silvio Frota, divulgou uma lista do que chamou de “comunistas infiltrados no governo”, que incluía o nome de Dilma, o que acarretou na sua demissão.

De acordo com o desembargador federal, o valor da prestação mensal, permanente e continuada, a ser paga pela União, deve ser calculada de modo a refletir a remuneração que receberia caso não tivesse sido alvo de perseguição política.

Anistia política

Em maio desse ano, a Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reconheceu a anistia política à Dilma Rousseff e também fez um pedido de desculpas pelos atos perpetrados pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

Para o colegiado, ficou comprovado que o afastamento de Dilma de suas atividades remuneradas, à época, ocorreu por motivação exclusivamente política.

Então, foi determinado o pagamento de R$ 100 mil de reparação econômica, em parcela única, que é o teto de pagamento previsto na Constituição para esses casos.

Entretanto, para a 6ª Turma do TRF1, é assegurada a prestação mensal, permanente e continuada aos anistiados que comprovem o vínculo com atividade laboral à época da perseguição política, “ficando prejudicada a prestação única anteriormente concedida na esfera administrativa”.

Após a redemocratização de 1988, a ex-presidente também teve a condição de anistiada política reconhecida e declarada por quatro comissões estaduais de anistia, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo, recebendo outras reparações econômicas simbólicas.

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