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Geração Z troca de emprego mais frequentemente, revela estudo da Gupy

Profissionais entre 18 e 24 anos permanecem em média nove meses em uma empresa

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Um estudo inédito da Gupy, a plataforma de recrutamento mais acessada no Brasil, revela que os jovens da geração Z mudam de emprego com maior frequência do que outras gerações. Segundo o levantamento, profissionais entre 18 e 24 anos permanecem em média nove meses em uma empresa, comparado aos dois anos das gerações anteriores.

O estudo, que entrevistou funcionários de empresas usuárias da plataforma Gupy Clima & Engajamento, destaca que a alta rotatividade da geração nascida entre 1995 e 2010 tem impacto significativo nas finanças das corporações. Tatiana Angelotto, gerente de carreiras do Insper, comenta que um dos principais motivos para as empresas buscarem reter esses jovens é o alto investimento no desenvolvimento de novos talentos.

Guilherme Dias, cofundador da Gupy, afirma que as corporações precisam oferecer mais desafios e oportunidades de mobilidade interna para manter os jovens. “Gerações anteriores preferem estabilidade na carreira, ao contrário da geração Z, que não quer fazer a mesma coisa por muito tempo”, explica.

O levantamento, realizado entre janeiro de 2022 e dezembro de 2023, aponta que o setor de tecnologia é o que mais sofre com o turnover voluntário entre jovens, com 7% de desligamentos. Varejo e atacado seguem com 4,6%, enquanto indústria e agronegócio registram 2,7% e 2,2%, respectivamente.

Raphael Tacla, de 28 anos, trabalha com tecnologia há 12 anos. Desde o início da faculdade, ele já mudou de empresa várias vezes. Em uma das empresas, ficou apenas três meses, motivado por um salário maior. Atualmente, Raphael trabalha como desenvolvedor PJ há mais de um ano e prefere cargos com horários flexíveis e possibilidade de trabalho remoto, mesmo que isso signifique abrir mão de benefícios como vale-alimentação.

Expectativas da Nova Geração

“O setor de tecnologia é o mais dinâmico da economia, onde novas oportunidades de crescimento profissional surgem a todo momento”, diz Naercio Menezes Filho, economista e especialista em mercado de trabalho e tecnologia do Insper.

O estudo Carreira dos Sonhos de 2024, da consultoria Cia de Talentos, também confirma a maior propensão dos jovens a mudarem de emprego. Enquanto 35% da geração Z trabalhou em apenas uma empresa nos últimos cinco anos, 62% dos baby boomers permaneceram na mesma organização.

Danilca Galdini, diretora de Insights da Cia de Talentos, aponta que os pedidos de demissão no Brasil cresceram significativamente a partir do final de 2022, impulsionados por reflexões sobre o papel do trabalho na vida das pessoas, especialmente entre os jovens.

Thaís Paixão, arquiteta de 27 anos, trocou de emprego sete vezes nos últimos dois anos devido à dificuldade de encontrar vagas na sua área de formação. Ela ressalta que a falta de um plano de carreira nas empresas em que trabalhou a desmotivou e até a fez adoecer. Atualmente, Thaís trabalha em uma construtora, aplicando o que estudou na graduação.

Guilherme Ceballos, sócio da plataforma de recrutamento Eureca, afirma que dois dos principais motivos que levam os jovens a desistirem de processos seletivos, mesmo após serem aprovados, são descobrir que não farão exatamente o que desejam e que o pacote de benefícios e remuneração não é competitivo.

Fernanda Canaan, estudante de ciências biológicas de 24 anos, trabalha como garçonete free-lancer em uma cafeteria em São João del Rei (MG). Ela já trocou de emprego várias vezes devido à baixa remuneração e à escala de trabalho, com apenas um dia de descanso semanal. Além disso, o desvio de função é outra causa de rotatividade, como quando foi contratada como caixa e teve que desempenhar diversas outras tarefas.

*Com informações de Folhapress

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ALERTA

Mineração ilegal no Pantanal tenta entrar no mercado de mais de R$ 111 milhões

A exploração de minérios em Mato Grosso do Sul teve o maior salto econômico em 13 anos, conforme os dados levantados

27/08/2024 09h30

Pedras preciosas foram apreendidas pelas PF na operação

Pedras preciosas foram apreendidas pelas PF na operação Foto: Divulgação/PF

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A Polícia Federal (PF) em Corumbá busca aprofundar uma investigação para combater a mineração ilegal no Pantanal, principalmente na região do Paraguai-Mirim.

Os crimes nessa área que tem difícil acesso, distante mais de 3 horas e 30 minutos por embarcação a partir de Corumbá, Rio Paraguai acima vem sendo averiguados desde fevereiro do ano passado.

O que mobiliza os criminosos na exploração ilegal são as cifras envolvidas no setor: em 2023, foram R$ 111,4 milhões os valores apurados da produção mineral em Mato Grosso do Sul.

Os produtos explorados de forma regular no Estado envolvem minério de ferro, calcário e minério de manganês, além de rochas (britadas) e cascalho. A retirada de produtos minerais em MS foi a maior em 2023 na série histórica avaliada pela Agência Nacional de Mineração (ANM), que conta com dados computados desde 2010.

O maior volume de produção mineral até então apurado havia sido em 2016, que contabilizou R$ 102,4 milhões.

Os investigadores identificaram até agora que, além da exploração ilegal, os criminosos envolvidos nesse esquema também praticam outros crimes. Entre eles está o de grilagem de terras, principalmente em áreas devolutas e que se encontram em regiões de difícil acesso no território pantaneiro.

Por conta de vistorias feitas, houve também a apuração de que trabalhadores acabam sendo submetidos também a trabalho análogo à escravidão nessas propriedades. Outra situação observada foi o registro de desmatamento.

Uma nova repercussão sobre o inquérito envolvendo esses casos ocorreu no dia 23, quando houve a deflagração da Operação Chamberlin, com mandados de busca e apreensão cumpridos em Corumbá e também em Cuiabá (MT).

"Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Corumbá e um mandado de busca e apreensão em Cuiabá. Durante o cumprimento, um dos investigados foi encontrado com arma de fogo irregular, e foi realizada sua prisão em flagrante pelo crime de posse de arma de fogo de uso permitido", apontou a PF, 
em nota sobre a operação.

Os pedidos para busca e apreensão foram solicitados à Justiça Federal, para que os policiais federais conseguissem reunir mais provas contra os investigados. Nessa averiguação, realizada na semana passada, itens como mídias digitais, dinheiro, veículos e pedras preciosas foram apreendidos.

Todo o material foi encaminhado para a perícia, a fim de permitir a identificação de novos elementos, o que deve exigir um prazo de mais 30 dias, pelo menos.

"Esses materiais serão submetidos a análises periciais para aprofundar as investigações e identificar outros integrantes da rede criminosa", declarou a PF.

Um estudo do Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil, que envolveu 
o Ministério da Infraestrutura e foi publicado em 1991, indicou que o Pantanal conta com um potencial para diferentes explorações econômicas.

Nessa lista, constam matérias-primas como cristal de rocha (quartzo hialino), calcário dolomítico, barita, calcita óptica, ouro, areia para construção civil, minério de ferro e minério de manganês.

Parte dessas riquezas minerais, conforme a publicação oficial, encontra-se em situação de baixa potencialidade na exploração, principalmente pelos danos ambientais que poderiam ser causados.

"Qualquer atividade minerária na região teria de ser encarada com muita restrição, pois interferiria sobremaneira no meio ambiente, causando degradação da paisagem e poluição dos cursos d'água e mananciais, além de ruídos e vibrações em uma área considerada como santuário ecológico, sem similar em outras partes do Brasil e, muito provavelmente, do mundo e que deveria ser considerada área de preservação permanente", apontou a pesquisa, que teve como autores Antônio Theodorovicz e Mário Mota Câmara.

Quando as investigações começaram, no ano passado, agentes da ANM participaram dos primeiros levantamentos com fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), unidade instalada em Corumbá.

Naquela primeira incursão, as autoridades fiscalizatórias encontraram sinais de uma tentativa de mineração, mas o local não estava ativo no território do Paraguai-Mirim.

Também houve a constatação de que houve desmatamento para a construção de caminhos sem a devida autorização.

Depois que os incêndios florestais no Pantanal causaram danos que superam 2 milhões de hectares queimados entre janeiro e agosto, houve a determinação do governo federal para que ocorram investigações ligadas a crimes contra o meio ambiente.

Nesse inquérito que envolve a mineração ilegal, a PF não divulgou nomes, pelo fato de o caso correr em segredo de Justiça. "A Polícia Federal reafirma o compromisso com a prevenção e a repressão aos crimes ambientais no Pantanal, atuando de forma combativa aos criminosos que atuam na região", alegou a corporação.

Saiba

Além da exploração ilegal, os criminosos também praticam outras ilegalidades. Segundo a PF, ocorre também a grilagem de terras, principalmente em áreas devolutas.

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CAMPO GRANDE

Motociclista que bateu de frente com poste é a terceira vítima em 24 horas

Homem morreu na hora com diagnóstico de Traumatismo Craniano Encefálico (TCE), com perda de massa encefálica

27/08/2024 09h15

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (Depac-Cepol), onde o caso foi registrado

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (Depac-Cepol), onde o caso foi registrado ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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Fábio Alves Ramires, de 39 anos, morreu após perder o controle da direção da moto e chocar contra um poste, na tarde desta segunda-feira (26), na esquina da avenida Bandeirantes com rua Terenos, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, o rapaz trafegava pela Bandeirantes em uma moto Honda/CB300, de cor amarela, na faixa na direita, quando realizou a conversão para a rua Terenos de forma brusca.

Em seguida, perdeu o controle da motocicleta, bateu de frente com uma placa que estava na calçada e chocou contra um poste de iluminação.

De acordo com o boletim de ocorrência, Polícia Militar (PMMS) e Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) foram acionados, mas a vítima faleceu no local com diagnóstico de Traumatismo Craniano Encefálico (TCE), com perda de massa encefálica. Após constatação do óbito, Polícia Científica, Polícia Civil e Pax foram acionados.

A moto estava com licenciamento atrasado e sua parte frontal foi danificada. O veículo foi removido para o pátio do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS).

O caso foi registrado como “Sinistro de Trânsito com Vítima Fatal Provocado pela Própria Vítima” na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (Depac-Cepol).

OUTRAS MORTES NO TRÂNSITO

Outras duas mortes foram registradas nas últimas 24 horas, entre a noite de domingo (25) e noite de segunda-feira (26).

Letícia Machado Gonçalves, de 19 anos, morreu após ser atropelada por um carro, na noite deste domingo (25), no cruzamento das avenidas 14 de julho e Marechal Rondon, Centro, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, ela conduzia uma Honda Biz, quando foi atropelada por uma BMW X1 que furou o sinal vermelho em alta velocidade.

Augusto Dias, de 40 anos, morreu após ser atropelado e arremessado por um carro, na manhã desta segunda-feira (26), no cruzamento da avenida José Barbosa Rodrigues e rua Itapiranga, Jardim Aeroporto, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, Augusto conduzia uma motocicleta quando foi atingido na lateral por uma caminhonete S10. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Almeida, mas faleceu horas depois.

Dados divulgados pela Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) apontam que 33 pessoas morreram no trânsito de Campo Grande, sendo 23 motociclistas, 3 ciclistas, 5 pedestres, 1 condutor e 1 passageiro, no primeiro semestre de 2024, entre janeiro e julho. 

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