Cidades

"FECHAR AS FRONTEIRAS"

Governador do Rio só pontuou o que buscamos desde 2015, diz Azambuja

MS é considerado corredor do tráfico no Brasil

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Sobre a segurança pública que envolve a fronteira, Mato Grosso do Sul e outros estados do país, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), destacou que sempre pontuou a importância de investir- com apoio da União- na segurança da fronteira ao redor do estado desde o ínicio do mandato em 2015. Azambuja reiterou o assunto, devido o recurso do Fundo Nacional de Segurança Pública, atualizado em R$ 13 milhões e a declaração do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que atribuiu aos crimes cometidos na cidade carioca às fronteiras, que na visão dele, devem ser fechadas e países como a Bolívia, Paraguai e Colômbia, punidos. 

De acordo com o governador de Mato Grosso do Sul, a segurança na fronteira é uma obrigação de todos -estados e governo federal- e que a proposta nunca foi colocar “muro” na fronteira mas aumentar a segurança ao redor. “A gente tem preocupado com isso, vocês viram esses dias o governador do Rio de Janeiro, o Witzel pontuou aquilo que a gente pontuou desde o início do mandato, desde 2015, a gente não está propondo construir muro na fronteira. Estamos propondo que tenha uma segurança maior, que tenha um olhar das Forças Armadas, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária, mais efetivo na fronteira”, disse. 

Sobre a declaração do governador do Rio, Azambuja reiterou que o assunto é discutido há muito tempo. “E agora o próprio governador lá do Rio de Janeiro diz que se não tiver uma blindagem na fronteira dificilmente ele vai conseguir vencer a guerra lá nos morros do Rio de Janeiro contra o tráfico de drogas e de armas. Então é uma visão daquilo que a gente já defende há anos anteriores. A gente está buscando sempre com o Governo Federal cada vez mais essa parceria para blindar, para realmente colocar um efetivo maior”, finalizou. 

MS: A ROTA DO TRÁFICO
Dos 1,5 mil quilômetros de fronteira com o Paraguai e a Bolívia, Mato Grosso do Sul têm 730,8 quilômetros de fronteira seca- estradas que facilitam a passagem de entorpecentes, inclusive, uma extensa área rural. 

Dos estados brasileiros, Mato Grosso do Sul é o que mais apreende drogas. Nos sete primeiros meses deste ano foram tiradas de circulação pelas forças de segurança pública mais de 220 toneladas de drogas, oriundas principalmente da região de fronteira com o Paraguai. 

A cocaína por exemplo, entorpecente com maior lucro para os traficantes, vinda da Bolívia ou mesmo da Colômbia entra no Brasil por Corumbá e Ponta Porã. Após transitarem por Mato Grosso do Sul, as grandes cargas são levadas a portos marítimos, onde são colocadas em navios e exportadas ao exterior. Já a maconha é levada por “mulas” (pessoas que transportam pequenas quantidades) pela fronteira seca, passa pelos municípios sul-mato-grossenses as grandes metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro. 

 FÓRUM DOS GOVERNADORES
O governador vai participar de fórum para governadores em Brasília na próxima terça-feira (8) e uma das pautas a serem discutidas será a exigência da distribuição do Fundo Nacional de Segurança Pública. “Os estados entendem que a união está com excesso de exigências e contribuindo muito pouco. Então existe uma discussão pelos secretários, inclusive o presidente do fórum que é o Maurício que é secretário de segurança pública da Bahia pediu um momento para falar em nome de todos os secretários pública aos governadores”, disse o governador. 

Ainda sobre o fórum, o representante de Mato Grosso do Sul disse que o governo do Estado vai ouvir o que o governo Central tem para dizer. “Estamos sentindo o Governo com muita dificuldade fiscal, vocês devem estar acompanhando a retração da economia mundial e os problemas que estão sendo vivenciados tem causado algumas dificuldades ao Governo Central Federal também, e tudo que o Governo puder auxiliar aos Estados é bem vindo”, explicou Azambuja. 

O governador explicou que tudo é uma questão de somar esforços e só assim é possível diminuir os problemas e melhorar a infraestrutura dos municípios. “É igual nós aqui, nós estamos auxiliando os municípios em obras que estão dentro das cidades, obras que seriam de responsabilidade das Prefeituras”, disse. 

Ainda sobre o fórum, o governador disse que além da segurança  outras pautas serão discutidas como o Fundeb e a lei Kandir. “Acho que agora com o Governo Federal nós temos um diálogo, tem algumas questões ainda que não estão definidas, como a cessão onerosa, a questão do Fundeb que vence em janeiro do ano que vem. Nós temos a questão da partilha da lei Kandir, que era um compromisso do Ministro Paulo Guedes com os governos que perdem muito com a questão da desoneração das exportações. Agora isso tudo são pautas que vão ser definidas no Congresso Nacional e na terça-feira nós teremos uma reunião para ver se a gente consegue avançar algumas dessas pautas que são de interesse dos Governos Estaduais”, finalizou.

 

*Com informações do Estadão Conteúdo
*Colaborou Alíria Aristides


 

CAMPO GRANDE

Bioparque Pantanal terá Papai Noel mergulhador em programação especial de Natal

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

14/12/2025 18h00

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

Atração promete encantar visitantes de todas as idades Divulgação/ Gov MS

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O Bioparque Pantanal preparou uma programação especial de Natal para receber o público em dezembro, com uma das atrações mais aguardadas do período: o Papai Noel Mergulhador.

A apresentação está marcada para as 10h dos dias 23 e 24 e promete surpreender famílias e visitantes ao unir magia, educação ambiental e o contato direto com a biodiversidade.

A ação, que já se tornou tradicional no calendário do atrativo, leva o personagem natalino para dentro dos tanques, reforçando de forma lúdica a importância da conservação ambiental e da relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza.

Atenção nos horários!

No dia 24 de dezembro, o Bioparque Pantanal funcionará em horário especial, das 8h30 às 14h30, permitindo que o público aproveite a véspera de Natal com uma experiência diferente em um dos maiores complexos de água doce do mundo. O último horário de entrada será até 13h30.

Já nos dias 25 e 31 de dezembro, não haverá visitação. O empreendimento também permanecerá fechado entre 1º e 7 de janeiro de 2026, período destinado à realização de manutenções internas, voltadas à segurança dos visitantes e ao bem-estar dos animais. As atividades serão retomadas normalmente no dia 8 de janeiro.

Bioparque Pantanal

Inaugurado em março de 2022, o Bioparque Pantanal já recebeu mais de 1 milhão de visitantes e se consolidou como referência nacional em turismo científico, inclusivo, sustentável e contemplativo. O espaço é reconhecido pela estrutura moderna e pelo compromisso com a educação ambiental, acessibilidade e conservação da fauna.

A visita ao Bioparque Pantanal é gratuita, mas o agendamento é obrigatório e deve ser feito exclusivamente pelo site bioparquepantanal.ms.gov.br.

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MANIFESTAÇÃO

"Sem anistia", manifestantes protestam contra PL da Dosimetria em todo o Brasil

Atos ocorreram em diversas cidades e classificam projeto como anistia disfarçada aos envolvidos no 8 de Janeiro

14/12/2025 17h00

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Divulgação/ Agência Brasil

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Manifestantes de diversas cidades brasileiras foram às ruas neste domingo (14) em protesto contra a aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os organizadores, o texto representa uma “anistia disfarçada” e abre caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes e partidos de esquerda. Pela manhã, manifestações ocorreram em capitais como Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Fortaleza, Salvador e Brasília.

Na capital federal, o protesto teve início em frente ao Museu da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Durante o trajeto, manifestantes entoaram palavras de ordem e exibiram cartazes com frases como “Sem anistia para golpista” e críticas diretas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Campo Grande

Em resposta a aprovação por 291 a 148 votos na última quarta-feira (10), centenas de campo-grandenses liberais se encontraram na esquina da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena para protestar contra a tentativa de Anistia das pessoas que foram condenadas pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de apoiadores, a manifestação contou com a presença de algumas autoridades da esquerda de MS, como o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que foi o primeiro político a chegar no local.

Em conversa com a reportagem, o parlamentar falou sobre o movimento desta manhã e a importância de dar uma rápida resposta ao PL da Dosimetria.

"Mais uma vez, a população dá um recado para a Câmara dos Deputados, que está votando na contramão de tudo aquilo que a população deseja, porque quem atentou contra a democracia, quem quebrou a série dos poderes em Brasília, quem tentou dar um golpe de estado no Brasil tem que ser condenado e pagar por esses crimes. Dar uma lição na história de que nós não aceitamos mais golpes no Brasil", disse o petista.

O ex-deputado estadual e agora candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, como oficializado neste sábado (13) pelo presidente do partido, Fábio Trad também compareceu ao protesto.

"É um momento muito importante, mas não só para a esquerda, para todos os democratas. Eu convido também a direita liberal que respeita a democracia, aquela direita dos anos 90 que respeitava a vontade das urnas, que não apoiava os Estados Unidos contra o próprio Brasil. Ela deveria estar aqui conosco, porque o que está em jogo aqui hoje não é só uma disputa partidária, é uma questão de civilização e barbárie", destaca.

Paulista ocupada

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes concentrados nos quarteirões próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, estudantis e partidos políticos contrários ao projeto.

Durante o protesto, o coro de “sem anistia” foi repetido diversas vezes. Cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” ganharam destaque, assim como críticas ao comando da Câmara. Parte dos participantes vestiu roupas verde e amarelas para reforçar a rejeição à anistia dos envolvidos nos atos golpistas.

A votação do PL na Câmara ocorreu em meio a um episódio de tensão, após a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a ação, e profissionais da imprensa relataram agressões.

Parlamentares da oposição avaliam que, com as mudanças previstas no texto, Bolsonaro poderia ter a pena reduzida de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, conforme o cálculo atual da Vara de Execuções Penais.

Segundo Juliana Donato, da Frente Povo Sem Medo, a mobilização foi motivada pela gravidade da proposta. “Nós entendemos que isso é uma anistia. Os crimes cometidos contra a democracia são muito graves e não podem ser perdoados. A impunidade abre espaço para novas tentativas de golpe”, afirmou. Ela acredita que a pressão popular pode influenciar a tramitação do projeto no Senado.

Protestos no Rio

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas próximas ao Posto 5, em Copacabana. O ato contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, parlamentares, artistas e militantes de esquerda.

A manifestação ganhou caráter cultural com a participação de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se apresentaram durante a tarde. O evento foi batizado de “Ato Musical 2: o retorno”, em referência a uma mobilização anterior contra a PEC da Blindagem.

Além do PL da Dosimetria, os participantes protestaram contra a escala de seis dias de trabalho por um de descanso, o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o feminicídio e cobraram transparência em investigações envolvendo o Banco Master.

Uma performance realizada por um grupo de mulheres chamou atenção ao comparar parlamentares favoráveis ao projeto a “ratos traiçoeiros”, com a distribuição de animais de borracha e fotos de deputados que votaram pela redução das penas.

A aposentada Angela Tarnapolsky, de 72 anos, afirmou que não poderia se omitir diante do que considera retrocessos democráticos. “Depois de tudo o que vivi desde a ditadura, é impossível aceitar um Congresso com esse nível de retrocesso”, declarou.

O deputado Glauber Braga participou do ato e agradeceu o apoio popular. Com a suspensão de seu mandato por seis meses, ele afirmou que levará o gabinete “para as ruas” e seguirá mobilizado contra o PL da Dosimetria e contra as chamadas emendas Pix, que permitem repasses de recursos públicos sem detalhamento do uso.

O que prevê o projeto

O PL da Dosimetria estabelece que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, sejam punidos apenas com a pena mais grave, e não pela soma das penas. O texto também reduz o tempo necessário para a progressão de regime, do fechado para o semiaberto ou aberto.

A proposta pode beneficiar, além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior, como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

**Colaborou Felipe Machado**

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