Cidades

MEIO AMBIENTE

Governo define data para pagar quem ajuda a conservar o Pantanal

Programa de Pagamento por Serviços Ambientais para o bioma deve ser lançado em março de 2025, após o Carnaval

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O Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do Pantanal, que pagará, por meio do Fundo Clima Pantanal, quem ajudar a conservar o bioma em Mato Grosso do Sul, deverá começar a dispor de suas linhas de crédito a partir de março de 2025. Assim, o pagamento começará a ser feito no próximo ano.
A medida, estabelecida por meio da Lei Estadual nº 6.160/2023, conhecida como Lei do Pantanal, incentiva produtores rurais, grandes e pequenos, a preservar além do que determina a legislação vigente do bioma, com pagamento pelo espaço mantido.

Segundo Artur Henrique Leite Falcette, secretário-executivo de Meio Ambiente da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o edital para a inscrição no PSA será lançado em março de 2025, depois do Carnaval, que no ano que vem será no dia 4 de março.

Matéria do Correio do Estado publicada em junho mostrou que, entre os critérios utilizados pelo PSA Pantanal, está o tamanho da área preservada, que deve ser maior que o determinado pela legislação. Esse é um dos quesitos mais importantes, porém, não será o único fator determinante para o valor a ser repassado.

“Para o produtor rural, a ideia é olhar muito sinteticamente, porque não dá para ser muito analítico, mas [atentar] para duas questões. A primeira é o quanto de conservação existe naquela propriedade. E aí existe uma série de métricas para isso, a mais simples é o que aquela propriedade preserva além do que está estabelecido na legislação. Um outro olhar será também para como se dá a produção dentro dessa propriedade, que é um aspecto importante. E aí a gente está discutindo outras frentes”, afirmou Falcette ao Correio do Estado na época.

Ainda segundo o secretário-executivo, o governo do Estado também quer olhar para quem atua em práticas que não são de produção, mas que ajudam na conservação. 

“Quem tem brigada, quem está bem equipado, quem tem um plano de prevenção e controle, quem ajuda na manutenção das pontes, dos aterros, das pontes que estão próximas das propriedades, na limpeza e manutenção, enfim, existe uma série de ações que quem está dentro do bioma pode fazer [para se candidatar] e que, de alguma forma, têm um impacto muito grande do ponto de vista do serviço ecossistêmico e que não estão necessariamente associadas diretamente à produção e à propriedade rural”, complementou Falcette.

Este primeiro edital deverá ter a duração de um ano, com os pagamentos divididos em duas parcelas, a primeira paga assim que o produtor for considerado apto e a segunda, no fim do período.

Quem for aprovado neste edital não terá limitação para participar dos próximos, já que a ideia é aumentar a preservação do bioma.
Os projetos de conservação e restauração da propriedade serão feitos em conjunto pela equipe técnica da Semadesc e pelo responsável da área. “[Será escolhida] uma ação que é exequível e que ele tenha recurso para fazer”.

RECURSOS

Assim que foi instituído, o Fundo Clima Pantanal já recebeu repasse de R$ 50 milhões do governo do Estado. Agora, a Semadesc busca outras parcerias para “engordar” o fundo.

Matéria do Correio do Estado publicada nesta quinta-feira mostra que o governo de Mato Grosso do Sul tem enfrentado dificuldades para encontrar empresas e governos que possam contribuir com o fundo.

Apesar de boas sinalizações, como as de duas multinacionais ligadas à cadeia da produção pecuária, uma organização não governamental (ONG) ligada ao meio ambiente e uma conversa com o governo da Noruega, nenhum valor foi efetivamente pactuado.

Entre as medidas para alavancar o Fundo Clima Pantanal, o governo do Estado instituiu um conselho deliberativo dentro do Fórum Sul-Mato-Grossense de Mudanças Climáticas, promovido ontem. Entre os nomes estão quatro membros notáveis convidados pelo Estado. 

A ideia é usar a influência e o conhecimento dessas pessoas para chegar a governos e instituições que costumam destinar recursos para a preservação ambiental.
Os quatro notáveis são: Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente (2010 a 2016) durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, a doutora em Governança Climática Natália Braga Renteria, que é uma das pessoas mais qualificadas para falar sobre o mercado de carbono, o doutor e mestre em Direito pela Universidade de Harvard Daniel Barcelos Vargas e o professor indígena da etnia guarani-nhandeva Cajetano Vera.

Ainda segundo o secretário-executivo de Meio Ambiente, para 2025, outro foco será na apresentação do Pantanal Sul-Mato-Grossense na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada pela primeira vez no Brasil, em Belém (PA).

Saiba

Governo da Noruega pode ser parceiro

Matéria do Correio do Estado mostrou que Mato Grosso do Sul negocia para que o governo da Noruega seja um dos doadores do Fundo Clima Pantanal. No fim do mês passado, foram feitas reuniões com o governo norueguês, que mostrou interesse na iniciativa, já que o país europeu conta com muitos recursos para essa finalidade. A sinalização é animadora, pois os noruegueses são os maiores financiadores do Fundo Amazônia. Conforme o Banco Nacional de Desenvolvimento de Econômico e Social (BNDES), a Noruega já destinou mais de R$ 3 bilhões ao fundo.

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LICITAÇÃO

Contrato para pavimentação no North Park tem reajuste de 17,2%

Inicialmente, o contrato previa gastos de R$ 5,4 mi, mas foi reajustado nesta sexta-feira (29) para R$ 6,4 mi; no site da transparência, valor total da obra não é o mesmo que o que consta no Diogrande

29/11/2024 11h30

Pavimentação e drenagem do Bairro North Park sofre reajuste de 17,22%

Pavimentação e drenagem do Bairro North Park sofre reajuste de 17,22% Foto: Denilson Secreta/PMCG

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande anunciou alteração de 17,2% no valor do contrato que prevê pavimentação asfáltica e drenagem de águas pluviais no Bairro North Park, porém valor total apresentado na publicação desta sexta-feira (29) no Diário Oficial (Diogrande) não é o mesmo que o apresentado no portal da transparência.

Segundo o divulgado hoje, o valor foi alterado de R$ 5.476.349,14 para R$ 6.419.313,00, um aditivo de R$ 942.963,86. “A alteração corresponde ao acréscimo de 24,63% do valor do contrato, correspondente a R$ 1.348.878,47 e à supressão de 7,41% do valor do contrato, correspondente a R$ 405.914,61”, ou seja, um aumento de 17,2%.

Todavia, o mesmo contrato está com alguns valores diferentes no Portal da Transparência da Prefeitura. No site, a pavimentação e drenagem do bairro está com valor total de R$ 7.074.153,12, aproximadamente R$ 650 mil a mais do que o anunciado no Diogrande. Se esse for o real valor do contrato, então o reajuste seria de 29,18% (R$1.597.803,98), uma diferença considerável.

A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) para entender o motivo deste aditivo de quase R$ 1 milhão  e também para saber o porque da diferença no valor total do contrato em dois “portais” da Prefeitura, mas ainda não obteve resposta.

Saiba

Essa obra de pavimentação e drenagem no North Park está prevista desde 2022. As ruas que estão recebendo asfalto são Ushuaia, Quito, La Paz, Abrolhos, Mar del Plata, Bahia Blanca, Punta Arena, Caracas, Atacama e San Juan. Além disso, o contrato prevê a construção de calçadas com acessibilidade. 

Ela faz parte de um pacote que também contemplam outros dois bairros: Nashiville e Portal Caiobá. Ao todo, o investimento total nos três locais deve ultrapassar os R$ 15 milhões.

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CIDADE MORENA

Lei reconhece 'grau' como prática esportiva em Campo Grande

Confederação que rege outras modalidades, como o motocross; velocross e até arrancada, não possui regulamento específico para o "wheeling", como é conhecida a prática reconhecida mais recente na Capital

29/11/2024 11h01

Modalidades sobre duas rodas costumam ser dividas em categorias, que variam conforme os tipos de motocicletas e respectivas cilindradas.

Modalidades sobre duas rodas costumam ser dividas em categorias, que variam conforme os tipos de motocicletas e respectivas cilindradas. Reprodução

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Com uma edição extra no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), a Cidade Morena reconheceu ontem (28) o popular "grau" - também conhecido como 'wheeling' - como prática esportiva, mesmo que a modalidade entre a Confederação Brasileira e Federação de Motociclismo do Estado de Mato Grosso do Sul não tenham regulamentos publicados. 

Vale lembrar que essa ideia nasceu do projeto, apresentado pelo vereador Betinho (Republicanos) e aprovado, como bem acompanha o Correio do Estado, pela Câmara Municipal de Campo Grande há menos de um mês. 

Como bem esclarece o texto oficial, as modalidades reconhecidas na lei n. 7.335 - manobras e acrobacias conhecidas como “Grau”, “RL” (Rear Lift) ou “Bob’s” - só poderão ser praticadas nos locais apropriados e devidamente licenciados para exibição de shows e competições. 

Modalidades sobre duas rodas costumam ser dividas em categorias, que variam conforme os tipos de motocicletas e respectivas cilindradas.Reprodução/PortalCBM

Além disso, a Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM) é citada no texto legal, responsável por estabelecer as regras e normas para segurança e proteção dos pilotos. 

Entretanto, apesar de reservar uma aba específica junto ao seu portal para "wheeling", a Confederação que rege outras modalidades, como o motocross; velocross e até arrancada, não possui um regulamento específico para o "grau" publicada em site oficial. 

Além disso, mesmo com abas reservadas para "classificação", "resultados" e "próximos eventos" não há qualquer registro ou publicação a respeito da modalidade junto ao portal da CBM.

Modalidades sobre duas rodas costumam ser dividas em categorias, que variam conforme os tipos de motocicletas e respectivas cilindradas.Reprodução/PortalCBM

Debaixo do "guarda-chuva" da CBM, existem também as respectivas Federações de Motociclismo, sendo que a FEMEMS em Mato Grosso do Sul também não apresenta junto às suas plataformas oficiais qualquer menção à modalidade. 

Representada por Salvador Machado como presidente, a Federação de Motociclismo de MS foi procurada para comentar como aprovação do "grau" como prática esportiva é vista, bem como sobre o andamento do regulamento da modalidade, porém, até o momento não foi obtido retorno. 

Como é possível notar, a exemplo de outras modalidades regulamentadas pela FEMEMS, práticas esportivas sobre duas rodas costumam ser dividas em categorias, essas, por sua vez, que variam conforme os tipos de motocicletas e respectivas cilindradas. 

Dentro do do motocross e velocross, por exemplo, as categorias são conforme tempos de motor e cilindradas, com pilotos e pilotas classificados conforme idade e gênero, com classes a partir de 15 anos; para crianças de quatro a 10 e até para aquelas pessoas que já completaram meio século de vida. 

Perigo sobre rodas

em junho deste ano, Nicholas Yann dos Santos de Jesus, de apenas 20 anos, morreu após se envolver em um acidente durante o Motor Sound Brasil, evento de som automotivo e manobras de moto, no Autódromo Internacional de Campo Grande.

Além de Nicholas, um casal que estava em outra motocicleta ficou ferido após também se envolver no mesmo acidente, mas ambos foram encaminhados à Santa Casa de Campo Grande, onde permaneceram em observação e foram liberados dias depois.

Segundo informações da Polícia Civil, o evento estava sendo realizado de forma ilegal. Posteriormente, a Prefeitura de Campo Grande informou que o local não tinha alvará para realizar este tipo de evento.

Há dez dias, quatro meses após o acidente, os mesmos organizadores deste evento voltaram e pediram, novamente, autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) para realizar evento similar ao que gerou a morte do jovem no mesmo local, o Autódromo.

Também em junho, um casal, identificados como Peterson Bueno Machado, de 23 anos, e Milena Honorato Cosmo Gomes, de 25 anos, fugiam da Polícia Militar quando bateram em um carro, no Jardim Aeroporto. Com o impacto, ambos foram arremessados por metros e a moça não resistiu.

Segundo informações policiais, o capacete dos dois soltaram-se durante a queda e as consequências foram maiores. Peterson teve fraturas na perna, no punho e cortes nos braços, e foi encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande em quadro estável, acompanhado de escolta policial. Foi confirmado que o motoqueiro não tinha CNH.

Nas suas redes sociais, Peterson compartilhava fotos e vídeos exibindo "habilidades" com motos, muitas delas "dando grau", prática que é considerada infração de trânsito gravíssima, conforme previsto no artigo 244, inciso III, do Código de Trânsito Brasileiro.

 

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